Os líderes da Confech (Confederação de Estudantes do Chile) anunciaram neste domingo (9) uma nova greve nacional para os dias 18 e 19 de outubro. Eles lutam mais uma vez por uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Os estudantes ratificaram a decisão de não continuar o diálogo com o governo conservador e neoliberal de Sebastián Piñera.
"A proposta do governo não inclui avanços na gratuidade do sistema de ensino", afirma a líder estudantil Camila Vallejo.
Os estudantes chilenos lutam pelo acesso gratuito ao sistema educativo mais segregado do mundo, produto das reformas do ditador Augusto Pinochet, (que governou o país a ferro e fogo entre 1973 e 1990).
O governo propõe a concessão de bolsas, que não atenderiam toda a população, enquanto que os estudantes buscam um maior protagonismo do Estado, que redistribua os recursos públicos com uma reforma tributária.
"Quando falamos da gratuidade no sistema educacional é porque cremos que não deve prevalecer o Estado subsidiário e sim um estado garantidor", disse Vallejo.
"Decidimos fazer um chamado a todos os estudantes do Chile para que façam o maior esforço possível. Iremos radicalizar a mobilização e nos preparar para tempos difíceis", disse o dirigente estudantil David Urrea.
Com UOL
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