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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Sobre a perda do camarada Zé Augusto, comunista cearense

Boa parte do que eu me tornei decorre da convivência com a militância comunista, que se somou ao exemplo da minha família, particularmente dos meus pais Seu Louro e dona Maria De Lourdes Dos Santos da Silva. Não que eu tenha conseguido, mas é o meu ideal, e o Partido no Ceará conta com gente muito especial. Exemplos daquilo que o camarada João Amazonas dizia ser a coisa mais importante: militantes.
Perdemos ontem um dos mais exemplares militantes comunistas que povoam anônimos as vidas do nosso partido e são dele esteio e Fortaleza. Perdemos o Zé Augusto, que merece entrar na história, que reunamos ao redor de seu nome para lembrar o boa gente que ele era.
Zé, amor de toda a vida de Argentina, o firme e gentilíssimo camarada, aquele sorriso tranquilo e a boa prosa nos ajudaram muito.
Tá bom, 2018, chega.

Então eu e meus amigos de vida inteira tivemos essa gente digna, esses coroas admiráveis, ao redor de nós, ensinando no dia a dia como fazer e luta e ser um ser humano de verdade, que falta fará o Zé, pai  da Neyla Meneses e tio do Tulio Roberto Nogueira Menezes, amigos muito queridos meus, assim como a nossa Argentina, tão querida, que abraço daqui, com todo o carinho.
Eu sou um filho da legalidade do PC do B. Toda minha militância ocorreu em democracia que a geração precedente conquistou ao custo da liberdade da vida e da Saúde física e emocional. E o partido no Ceará conta com essas pessoas, esse patrimônio da esquerda. Com o apagar da vela da vida de José Augusto, cumpre reconhecer seu inquebrantável compromisso militante. Certamente ele não queria de nós uma atitude de prostração nem de esquecimento. O Zé era da luta. E com a permissão do pranto e do luto, é necessário que o seu exemplo simples cotidiano brasileiro, desse bom pai de família, irmão, amigo, seja lembrado Como exemplo que é. Não apenas temos uma vida eterna densa e democrática, tivemos um ambiente saudável, construtivo, impulsionador do melhor de nós, promovido pela geração de camaradas que sempre cuidou do partido.
 Força, meus camaradas. Ele tem uma história que merece ser contada, ele continua com a gente.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

PCdoB perde militante histórico José Augusto Meneses - Portal Vermelho

PCdoB perde militante histórico José Augusto Meneses - Portal Vermelho:

PCdoB perde militante histórico José Augusto Meneses

É com profundo pesar que o Portal Vermelho informa o falecimento de um dos militantes mais antigos, simbólicos e comprometidos do PCdoB: José Augusto Meneses. O geólogo e professor morreu no fim da tarde desta segunda-feira (10), aos 81 anos, vítima de um câncer.

  
Um dos responsáveis pela reorganização do PCdoB no Ceará, Zé Augusto, como era carinhosamente chamado por todos que tiveram o privilégio de conviver com ele, teve atuação importante, sempre em frentes destacadas, sendo, inclusive, membro da direção estadual do PCdoB no Ceará.

Ao lado de Dona Argentina, a companheira que lutou ao seu lado por mais de 50 anos, tornaram-se referência de amor, cumplicidade, resistência e compromisso com o povo brasileiro. Juntos, deram imensa contribuição para o movimento democrático.

O sorriso constante, o abraço acolhedor e as palavras firmes, desde a redemocratização, a defesa da Anistia, a reorganização do PCdoB, Zé Augusto teve a vida marcada pela sua militância e pela luta por uma sociedade mais justa. 

Vida e trajetória ligada ao PCdoB

O elo que ligava Zé Augusto ao PCdoB vem ainda da década de 1960. Em meados de 1963, teve o primeiro contato com o partido por intermédio de um amigo que atuava com ele na Petrobras. Depois do golpe, em 1964, a casa de Zé Augusto e Argentina passou a ser ponto de apoio da direção nacional. Era lá onde os dirigentes se hospedavam quando vinham ao Ceará. Cartas de militantes clandestinos eram endereçadas para a residência deles e então repassadas para que as famílias tivessem notícias de seus parentes.

Com a reorganização do Partido, nos anos de 1965/1966, juntaram-se a Zé Augusto e Argentina, Abel Rodrigues, Gilse Cosenza e outros valiosos militantes. Já na década de 1980, compuseram a primeira direção estadual do PCdoB, onde assumiu a Secretaria Estadual de Finanças. 

Mais 

A notícia entristeceu amigos e camaradas que com ele militaram nas últimas décadas. “Zé Augusto sabia ser firme e intransigente nos princípios, e sensível e solidário com os camaradas do partido e o povo”, lamentou Cabo Chico. 

“Grande amigo, grande combatente, grande camarada, de uma firmeza ideológica ímpar, sempre de prontidão para a luta, deixa um vazio muito grande entre nós. Seu nome ficará gravado eternamente no panteão dos lutadores do povo. Sua disposição de lutar e o seu discernimento político continuarão sendo nosso combustível. Foi um grande aprendizado, ter lutado ao teu lado, continuaremos para concretizar teu sonho de uma sociedade mais igualitária, justa e humana”, ratificou o sindicalista Luciano Simplício, presidente estadual da CTB-CE.

Ex-deputado estadual Lula Morais também declarou pesar com a perda do amigo. “Ficamos aqui, em família, muito consternados com o falecimento deste companheiro classista, comunista e revolucionário, que sempre contribuiu com o partido. Que prestou ao longo dos 14 anos do nosso mandato, uma valiosa contribuição como assessor parlamentar. Valeu guerreiro!”, enalteceu.

O publicitário Flávio Arruda lamentou a perda do camarada a quem chamou de “pai”. “Nosso Zé nos deixa justo no Dia Mundial dos Direitos Humanos. Quem teve a felicidade de conviver com ele sabe o quão solidário, companheiro, atencioso, humano foi esse combativo filho do Pacajus. Suas casas tantas vezes foram ponto de encontro, de alegria e de partida para as lutas que nos convocavam. A juventude comunista da nossa época tinha ali um de seus abrigos. Argentina e o Zé Augusto nos tratavam como se fossem nossos pais. Sim, hoje perdemos um dos nossos pais. Viva Zé Augusto! Ele está eternizado na memória das lutas da nossa gente”.

Para o ex-senador Inácio Arruda, Zé Augusto permaneceu sempre firme, até o último minuto de vida. "Consciência elevada, professor da UFC, petroleiro, empreendedor, construtor, fez de tudo. Sobretudo ajudar a construir o PCdoB. Zé e Argentina de braços abertos recebendo os comunistas de todo o Brasil. Especialmente João Amazonas, acolhido em seu próprio quarto com carinho sem igual. Um abraço forte para guerreira Argentina, suas filhas maravilhosas e aos netos. O legado do Zé, é inesquecível! Sua alegria e de toda família está registrada para sempre em nossas mentes e corações", enalteceu.

Já o ex-presidente estadual do PCdoB-CE, Carlos Augusto Diógenes (o Patinhas), exaltou a conduta humilde e solidária do amigo. “Quando voltei a morar no Ceará, depois da Anistia, estava em situação difícil e ele me de uma casa para morar, onde fiquei uns dois ou três anos. Zé tinha espírito solidário, era uma pessoa muito prestativa, humana e simples, características confirmadas pelos companheiros, familiares e amigos. Todos nós temos o dever de honrar e reconhecer o papel que ele teve como pessoa dedicada à luta do povo. Eu tinha o Zé como um irmão”, ratifica. “Zé Augusto será sempre exemplo de militante. Ele foi um ser humano extraordinário, com o verdadeiro espírito de comunista”, avalia.

Luis Carlos Paes, presidente estadual do PCdoB-CE, também enalteceu a trajetória do militante, que teve a luta e a defesa do partido como bandeira. "Além de ser uma pessoa muito simples e solidária, o camarada Zé Augusto sempre teve uma preocupação muito grande com o estudo e a formação dos militantes do Partido tendo como base o marxismo-leninismo. Era um defensor intransigente da teoria científica do proletariado, sem o que o partido comunista perde o rumo revolucionário. Seu esforço e dedicação a causa do socialismo servirão de exemplo para as atuais e futuras gerações de militantes comunistas", reitera.

Serviço


O velório acontece a partir das 22h30 desta segunda-feira (10) na funerária Ternura (Rua Padre Valdevino, 2255 – Aldeota). O sepultamento será às 16h, no Cemitério Parque da Paz.



(Matéria atualizada às 22h15min do dia 10 de dezembro de 2018)



De Fortaleza,
Carolina Campos