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Textos de Combate: Sem perder a ternura, jamais - Paulo Vinícius da Silva - à Venda

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quarta-feira, 31 de março de 2021

Depoimento de Elza Monnerat | #1 História e Memória do PC do Brasil – CDM #DitaduraNuncaMais


Especial Coletivizando #DitaduraNuncaMais

 
FILMES HISTÓRICOS SOBRE A DITADURA MILITAR

Na data de hoje, 31 de março de 2021, completam-se 57 anos do golpe militar de 1964, que deu início a uma longa e tenebrosa noite de 21 anos. Foram anos de graves violações de direitos humanos, mortes, torturas, desaparecimentos, execuções, exílio, censura e humilhações contra os brasileiros.
No momento em que completamos 57 anos deste vergonhoso episódio da nossa história forças retrógradas buscam negar os fatos passados através de um revisionismo histórico. Temos um governante que explicitamente defende a tortura e celebra figuras de torturadores, além de estimular a comemoração de data tão terrível para qualquer ser civilizado.
Desta forma, nesta data, o Núcleo de Direitos Humanos do Departamento de Direito da PUC-Rio convida a todas e todos que assistam e divulguem alguns filmes que retratam aqueles momentos de terror.
Ditadura Nunca Mais
Tortura Nunca Mais
João Ricardo Dornelles

PROJETO COM SENTENÇAS CONDENATÓRIAS NAS AUDITORIAS MILITARES
TAMBÉM DISPONÍVEL O LIVRO BRASIL NUNCA MAIS NA INTEGRA
ACESSE CLICANDO NOS LINKS ABAIXO DO TEXTO

TÉCNICAS DE TORTURA UTILIZADAS PELA DITADURA MILITAR - DOCUMENTOS REVELADOS


Vídeos: Ditadura de 1964 - Para não esquecer jamais - Onde estão nossos desaparecidos políticos? Verdade! Justiça!


Observatório da Imprensa - A imprensa e o Golpe Militar de 1964 - TV Brasil 


'Marcha da Família com Deus pela Liberdade'; saiba quem a financiou e dirigiu - Ópera Mundi

 

Baixe o Relatório da Comissão Nacional da Verdade e veja os nomes dos heróis mortos e desaparecidos - CNV 


Professor de Literatura Comparada da Uerj, João Cezar de Castro Rocha se dedicou no último ano e pouco a ler, assistir, ouvir o principal da produção do bolsonarismo. O atual governo produziu uma visão muito particular da história recente do Brasil. É a partir dela que lê o país e o mundo, assim como escolhe atuar. Em sua entrevista ao editor Pedro Doria, Castro Rocha explica esta visão. Durante a entrevista, João Cezar menciona o Orvil. Cá está o link onde pode ser encontrado: https://drive.google.com/file/d/1cPgX...


Bomba na Comissão da Verdade: "Frias visitava o Dops"


PCdoB: Memória, História e Hegemonia - Portal Vermelho


Comissão da Verdade: Rubens Paiva foi morto pelo DOI-Codi - Portal Vermelho


Osvaldo Bertolino: A história da Chacina da Lapa  - Portal Vermelho 


40 anos do massacre da Comissão Nacional de Organização do PCdoB - Portal Vermelho


Torturador Brilhante Ustra denunciado pelo sequestro de Edgar de Aquino Duarte


Livro revela que a ditadura executou 41 guerrilheiros no Araguaia - Portal Vermelho


Há 40 anos, Guerrilha do Araguaia era noticiada pela 1ª vez - Portal Vermelho


40 anos da Guerrilha do Araguaia - Justiça e verdade para nossos herois insepultos - Paulo Vinícius

 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dilma anuncia integrantes da Comissão da Verdade - Portal Vermelho


Blog do Luiz Aparecido: Ditadura torturou, matou, roubou e desaparecem com os corpos das vítimas! - Carta de Sílvio Tendler


Protesto expõe Harry Chibata, legista que encobriu tortura durante ditadura - Portal Vermelho - Portal Vermelho


O homem que criou a nova sigla, PCdoB - Portal Vermelho


Leia o Manifesto: PCdoB 90 anos, pelo Brasil e o socialismo - Portal Vermelho


Guerrilha do Araguaia: 12 de Abril de 1972 marcou nossa história - Portal Vermelho


Major Curió será o primeiro torturador processado no Brasil - Portal Vermelho


Carta aos Comunistas - Luiz Carlos Prestes - Março de 1980 


Intrigas e golpes das elites no Brasil — os casos Vargas e Jango - Por Augusto César Buonicore*


Maurício Grabois e o heroísmo na selva « CartaCapital 


Bertolino:O Diário de Maurício Grabois e os devaneios de um jornalista 


Gilse Cosenza: História viva do PCdoB - PCdoB. O Partido do socialismo. 


Depoimento de Gilse Cosenza à Comissão da Verdade sobre a Ditadura Militar

Acusado de torturar Dilma dá entrevista: “Era uma coisa comum” - Portal Vermelho


Entre os facínoras, assassino de Carlos Nicolau Danielli 


“Se pudesse, faria tudo outra vez” - Entrevista de Adelino Cassis na Revista Extratos do SEEB DF


Onde estão nossos heróis, mortos e desaparecidos pela Ditadura?



Mártires do PC do B

 

Bergson Gurjão Farias: Guerrilheiro do Araguaia 

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Em rompante de nostalgia, Folha saúda o regime militar


PCdoB propõe excluir torturadores da Lei da Anistia  - PCdoB. O Partido do socialismo.


terça-feira, 30 de março de 2021

Aldo Rebelo debate a questão militar com Leonardo Attuch - Brasil 247

 

O ex-ministro Aldo Rebelo, que chefiou a Defesa no governo Dilma, fala sobre sua visão dos militares, o livro de Villas Bôas e o quadro político, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Minha Opção Cotidiana e o Centenário - Paulo Vinícius da Silva


Ser comunista é uma opção cotidiana.

Diógenes Arruda


En la lucha de clases
todas las armas son buenas
piedras
noches
poemas.
Paulo Leminski


Em meio a tantas tristezas, precisamos sim celebrar nossas alegrias. Por isso, parabéns, queridos e queridas camaradas comunistas do Brasil que compartilhamos nosso 99o. aniversário.

 O ano que inicia com o aniversário dos 99 anos do PCdoB coincide com meus 30 anos de Partido, em que ingressei por iniciativa própria com apenas 14 anos, filiação interna, em maio de1991. Eu era um adolescente, fui à sede para fazer um trabalho escolar sobre a Ditadura, pedido pelo meu professor Cícero, do Salomé Bastos. 

Página que sobrou do meu trabalho de Geografia no Salomé Bastos em maio de 1991, quando entrei no Partido. Entrevista com Cabo Chico. 


Naquela tarde, em que eu saía todo pabo da Barra do Ceará "pru centru", fui recebido pelo Silvinho, pela Meire Costa, aqueles que foram os primeiros militantes do PCdoB que conheci. Eram, sim funcionários do Partido, mas eram sobretudo militantes de corpo e alma, e me receberam com atenção, abrindo-me as portas da compreensão política e do nosso país e da democracia. Deram-me as teses do 8o. Congresso, que ocorreria em fevereiro de 1992, e marcaram com um dos mais experientes quadros do Partido, Cabo Chico, agrimensor, organizador de sertanejos, ex-cabo, fino articulador. Ele me recebeu uns dias depois na sede que ficava então na Rua São Paulo, no Centro de Fortaleza.

E o Cabo Chico me contou o sentido da Ditadura, a violência, o arbítrio, o que vivera jovem ainda. Eu achei a sede legal, achei o pessoal massa e achei o papo bom. Os textos, achei bem embasados, passei a entender umas coisas que não entendia, mas queria entender e me filiei. Mas, naquela oportunidade mesmo, disseram-me: 

- Você precisa conhecer a UJS. 

- UJS? 

- É, a UJS, vou te passar um contato.

Eu achei estranho. Por que o Partido era Comunista e a Juventude Socialista? Naquele momento mesmo o Partido me dava uma aula pela boca do Silvinho: pela minha juventude, pela escola que era, o meu lugar era a UJS. E lá fui eu.

Liguei num telefone público de ficha na Mozart Lucena, Nova Assunção. Falei com o Huston, (fiquei impressionado, o "diretor de Imprensa" da UJS) e soube por ele de um debate no Auditório Castelo Branco, da Reitoria da UFC sobre a crise do Socialismo e o 8o. Congresso. Cada lugar novo ampliava o horizonte do secundarista, e foi lá que tomei a palavra pela primeira vez no Partido, nervoso, guiado um papelzinho com minha pergunta/resposta anotada - já dei minha opinião sobre se aquela União Soviética era mesmo socialista. Na mesa estava a Gilse Cosenza e lá conheci meu amigo Flávio Arruda, que me apresentou a UJS e o movimento estudantil cearense. 

Naqueles tempos tormentosos, vi o Partido reafirmar a bandeira do socialismo quando a União Soviética e o campo socialista ruíam.   No ano seguinte, e depois com o Fora Collor, aprendi o que era fazer história, e entendi o poder do coletivo e a responsabilidade do indivíduo. Foi assim que tudo começou para mim.

Havia desde então forte campanha contra a China. Mesmo assim, resistimos ao anticomunismo e já éramos tachados de dinossauros. E avançamos na luta contra o neoliberalismo e contra o anticomunismo. Conheci uma galera, jovens como eu, que sabia que o capitalismo presente é um regime do passado. Com Cazuza ouvíamos, O Tempo Não Para, cantávamos Saudações a Quem Tem Coragem e dizíamos: O Socialismo Vive. Com Legião Urbana cantamos Fábrica, Quem é o Inimigo, Quem é Você?, Eduardo e Mônica, Que País é Esse?, Tempo Perdido e Geração Coca-cola. Mas também era comum sentarmos sob a luz da noite alencarina e ouvirmos os violões de Paulo Renato, ou de Marquinhos, recitando poemas, dando beijos de amor, conversando sobre a vida, fazendo a luta, e tomando uma cachacinha entre amigos cujo carinho e confiança jamais me faltaram. Naquelas noites mornas e cheias de brisa da capital cearense, aprendemos as canções de Paulinho Pedra Azul, Clube da Esquina, Chico, Ednardo, Alceu, Belchior e Zé Ramalho, uma trilha musical que acompanhou nossas vidas, os versos, canções, lágrimas, gritos e lutas que foram se acumulando até deixarmos de ser jovens. Assim a gente se formou para libertar o Brasil da Ditadura, da Desigualdade e do Imperialismo. 

E somava-se a luta dos(as) estudantes à luta das operárias castanheiras e do Distrital da Barra, aonde conheci gente como Rubão, Toinha, Aparecida, Aguinaldo, Antonio, Edson, Eliana, e Sílvia, que seria minha primeira namorada. Rubão, Rodrigues e Gilse  e Ana Lúcia eram e são até hoje as principais referências militantes para mim.

Eu encontraria minha turma de movimento secundarista, do Liceu e da Escola Técnica, Andréa, Zizia, Viviane,  Flávio, Marcelo, Fátima, Eduardo, Houston, Cristóvão, Bisqui, Juliana, Neyla, Neidinha, Paulo Rogério, Aírton, Gorete, Wagner e meu irmão Roberto dos Santos seria o líder estudantil do Hilza Diogo e da Barra do Ceará, com Mário, Gerson uma nova geração à época.

Eu conheci pessoas muito boas no Partido que, como toda coletividade sã, é diversa, tem gente real. Mas logo no começo, minha mãe, Dona Lourdes, perguntou: 

- Meu filho, esse negócio de comunismo não é perigoso não? 

E eu, do alto do que vira e com meus 14 anos completos, disse mais ou menos a mesma resposta que trago ainda hoje no peito, quase 30 anos depois.

- É um pessoal honesto, do povo, que não faz coisas erradas, mas lutam pelo que é certo, pelo Brasil, e com fundamento. E eu acho que vou ajudar as pessoas muito mais nesse Partido, que indo numa igreja, porque eu posso ajudar a organizar o povo para lutar. 

Mãe começou a conhecer o povo do Partido. Foi ver quem era. E começou a conhecer não apenas os camaradas, mas também as mães dos jovens da UJS e monitorava nossas andanças por aí. Na sede, Dona Geralda cuidava da sede e de nós, matava a fome secundarista com bolacha e café doce, e com um pouquinho da comida dela mesma. Era uma convivência intergeracional rica, conflituosa, estimulante. 

Mãe respeitou minha opção, que me impulsionava tanto e até hoje me molda. Ela dizia, ao falar de uma notícia que falaram "do nosso Partido". E Dona Lourdes conhecia o Inácio, tornou-se amiga da Dra. Teresinha, "meu anjo", ela o dizia. Quando minha mãe chegava na sede era acolhida por todos com cheiros, abraços, fez-se mãe de muito comunista cearense.

 Meu pai votara no Collor em 1989 (eu simpatizava com o Covas). Ao longo dos anos, ele foi vendo não apenas o que era o Partido através de mim, mas a nossa inserção no Esporte e no Ceará. Quando coordenei com Cássia Damiani a sistematização da 3a. Conferência Nacional do Esporte, fui à etapa do Ceará (eu já morava em Brasília) e meu pai estava lá, participando. Louro Massagista, Goleiro, Árbitro, Bom Conselho, do Campo do Quintino Cunha, ele é uma lenda do futebol cearense, trabalhador, boleiro que jamais fez outra coisa que não o futebol.  E foi lá naquele espaço democrático conquistado na luta que ele pôde estar comigo. Algum tempo depois, quando ele partiu, vi uma coroa de flores do Partido, e soube que meu pai se filiara ao PCdoB, o "Camarada Louro".

Jamais quisemos ganhar nada do Partido, e no entanto, ele me deu tudo que eu sou. Desde então tenho essa convicção, essa prática, esse pensamento, essa ética e esses camaradas. E embora tenha visitado 18 países, amado, sofrido, lutado sempre, jamais me perdi, sempre soube pelo que lutava, qual meu lado, quais minhas bandeiras, e estava com as pessoas que quero, amo e respeito. Eu conheci o valor dos e das camaradas e dele não me afasto, acredito muito na nossa capacidade de mudar o Brasil.

Por isso eu tenho essa alegria de ser comunista, de lutar pelo Brasil, pela democracia, pelo socialismo, pelos direitos do nosso povo, em defesa da Ciência, da vida, do amor. É na carne, é na alma, é na vida que se sente a alegria de ser comunista. Amazonas, Grabois, Elza Monerat, Haroldo Lima, Helenira eram pessoas comuns e nisso residia seu heroísmo que se achou no Partido Comunista.

E quando eu olho o que o capitalismo faz com o mundo e com as pessoas, como ameaça o futuro da vida, eu só reafirmo a convicção de que o socialismo não é mero ato de vontade, mas necessidade histórica, é saída para os dilemas atuais da Humanidade, é submeter a condução da vida à Ciência, ao progresso e não deixar o mundo ser conduzido por meia dúzia de rentistas degenerados numa nau sem rumo. Em meio à tragédia e ao genocídio brasileiro, vejo a China, Cuba, Venezuela, Coréia Popular, Vietnã, cuidando de sua gente, mostrando o caminho de paz e cooperação num mundo ameaçado pela loucura e pela ganância capitalista. E na ampla maioria dos casos, a vitória só veio porque havia um Partido Comunista e camaradas à altura. Eu me sinto grato, sim, mas incompleto. Precisamos da vitória, precisamos salvar o Brasil. Se nos armamos com a Frente Ampla e ainda tivermos um Lula, poderemos, sim, escrever outra História. Minha geração ainda não cumpriu sua missão, mas estamos prontos, Manuela o prova.

É a partir desta ciência, desta vivência e desta história, que me deparo com o ano do Centenário do PCdoB, e faço-o mais animado e convicto que nunca. Nós venceremos esses tempos de trevas, abrindo largas avenidas para o povo trabalhador, à juventude, às mulheres,  à cultura e ao saber, para sermos outra vez felizes e livres no Brasil que retomaremos.  E para isso precisamos de Frente Ampla, união do povo e precisamos de um forte e influente PCdoB!

Já tive cabelo! Iulix Bento, Andréa Oliveira, Sílvia, Zizia e Flávio Arruda (o menino não me lembro) parte da nossa UJS secundarista dos anos 90 em Mulungu-CE





Linda foto em que não saí


Com Arthur Poerner e Joel Benin 


Despedida da UJS

Quem sai aos seus não degenera



Essa foto eu não tirei, eu agitei, coordenando a agitação e com a turma da Bateria da UJS

 

Dona Lourdes se emocionou quando conheceu Dona Maria Prestes


 

Aniversário de Mariana na sede do PCdoB-CE




Eu e Seu Louro, Louro Deda, Louro Massagista, Louro Golero, meu pai, atleta cearense
 


 

 

A Federação Mundial das Juventudes Democráticas é levada pela UJS ao então prestigiado Itamaraty com Celso Amorim

 






















quinta-feira, 25 de março de 2021

99 anos do Glorioso Partido Comunista do Brasil!



Em meio a tantas tristezas, o Partido e o Brasil são as nossas maiores esperanças. Parabéns a cada camarada! Força, camaradas! Venceremos!

Mas quem é o Partido? Bertold Brecht - A Bandeira do meu Partido - Jorge Mautner declama e canta  
O tripé torto e as nossas desventuras - Paulo Vinícius Silva
http://coletivizando.blogspot.com/2021/03/o-tripe-torto-e-nossas-desventuras.html?m=1

Superar a cláusula de barreira, defender a democracia e o PCdoB- Paulo Vinícius Silva
https://vermelho.org.br/coluna/superar-a-clausula-de-barreira-defender-a-democracia-e-o-pcdob/

Coletivizando: Da crítica e autocrítica para o Avante, camaradas! Paulo Vinícius Silva https://coletivizando.blogspot.com/2020/12/e-eu-sei-o-seguinte-luta-continua.html?spref=tw

Viva os 99 anos do Partido Comunista do Brasil - Manuela

 

quarta-feira, 24 de março de 2021

Haroldo Lima vive em nós. E viva o PCdoB! Paulo Vinícius da Silva

 


Somos povo brasileiro e sentimos as suas alegrias e tristezas na carne, na alma. Temos chorado muito, como todos que perdem seus entes mais queridos, quando isso podia ter sido evitado.
Bolsonaro tornou o país um risco para toda e qualquer pessoa e para o mundo. São crimes monstruosos contra a saúde, que tem matado nossos amores, como foi com Haroldo Lima.
Hoje, choramos, sim.
Mas para honrar o exemplo de Haroldo Lima, não podemos nos deixar quebrar, nem cair no desalento, jamais. Teremos de ser comunistas como ele foi, honrar o exemplo dele, de Zezinho, de Moacir, de Maria, Lúcia, de tantos imprescindíveis camaradas, amigos e familiares que temos perdido. Não pode ficar impune.
Mas o mais importante agora é que há ainda milhares de vidas a salvar, salvar a sua vida, que me lê, salvar minha vida. Éssa é a matriz da Frente Ampla, e é por isso que nossa luta democrática contra o genocida é de salvação nacional. Para salvar-nos, será preciso salvar o Brasil, vacinar o Brasil todo, e é preciso tirar o genocida do controle das nossas vidas, até por sobrevivência. Então, o que se exige de nós, em meio à tristeza, é beber a lágrima salgada e seguir ainda mais na luta.
Haroldo era um líder! Legou-nos um exemplo que cumpre compreender e manter vivo, seguir, com aquele brio, com aquela força com essa luz que brilha no coração vermelho de cada comunista que, ri, chora, sofre e luta, que acima de tudo luta sempre, exatamente como Haroldo ensinou. Então, a despeito das lágrimas, força, camaradas, há muiito o que fazerI Não nos afastemos, ao contrário, estejamos juntos para resistir e vencer. Haroldo Lima vive em nós. E viva o PCdoB!

sexta-feira, 19 de março de 2021

Putin dá resposta épica a Biden - Sputnik

Sputnik no Youtube

Em entrevista ao jornalista da ABC, George Stephanopoulos, o Presidente estadunidense Joe Biden assentiu à pergunta capciosa, de se considerava o homólogo Russo um assassino. Biden assentiu, mas viu-se que fora pego de surpresa e seu hu-hum afirmativo mostra a tibieza. Contudo, no contexto, são exatamente acusações e ataques que se fazem contra a Rússia e seu mandatário.

A resposta não tardou. Putin fez um vídeo direto, olhos nos olhos - pois foi acusado de ser frio no olhar. Antes de tudo, deseja saúde ao idoso Joe Biden. Fica no ar a alfinetada sobre se suas declarações eram intencionais ou um lapso. E em seguida devolve com brilho e gênio ao ataque recebido. Um show.


terça-feira, 16 de março de 2021

O tripé torto e as nossas desventuras - Paulo Vinícius da Silva




A Bandeira do Meu Partido - Jorge Mautner

A bandeira do meu partido
é vermelha
de um sonho antigo
cor da hora que se levanta
levanta agora, levanta aurora!

Leva a esperança, minha bandeira
tú és criança a vida inteira
toda vermelha, sem uma listra
minha bandeira, que é socialista!

Estandarte puro,
da nova era
que todo mundo espera, espera
coração lindo, no céu flutuando
te amo sorrindo, te amo cantando!

Mas a bandeira do meu Partido
vem entrelaçada com outra bandeira
a mais bela, a primeira
verde-amarela, a bandeira brasileira.


O PCdoB manteve o legado da participação comunista na democracia brasileira. Mesmo perseguido até a morte, com os que tombaram no Araguaia, na luta contra a Ditadura Terrorista, no campo e na cidade, mesmo assim, não feneceu. Por que? Necessidade histórica. Em 1985 foi um dos partícipes à mesa da conciliação nacional que culminou na Constituição de 1988. Cresceu enquanto o PCB definhou, e reafirmou-se como uma legenda influente e necessária à vida política nacional. Destaca-se por representar a classe trabalhadora, as mulheres, os negros e negras, sendo uma sigla campeã de produtividade, seja nos mandatos, seja no executivo. Na Câmara está presente desde 1979, mantendo a presença operária, desde o metalúrgico Aurélio Peres; teve figuras como o metalúrgico cetebista gaúcho Assis Melo, e tem o influente deputado, o operário têxtil Daniel Almeida, cumprindo essa importante representação.

Só a partir da década de 1990 iniciam-se, tímidas ainda, as tentativas de lançar-se ao Executivo. O PCdoB hesitou em fazê-lo, por receio do que significaria "administrar" o capitalismo. As tribunas parlamentares foram seu espaço preferencial. Haroldo Lima, Aldo Arantes, Sérgio Miranda foram amplamente reconhecidos, e mais recentemente, tivemos um protagonismo renovado por mulheres como Jô, Jandira, Perpétua, Manu, Marcivânia, Alice e Vanessa. Tamanha qualidade expressa esse êxito, na representação e na apresentação de inovações legislativas que são patrimônio da democracia brasileira.

A Anistia, a legalização dos partidos de esquerda, o fim da intervenção em centenas de sindicatos, a Lei do Grêmio Livre, a Meia Entrada Estudantil, o apoio a Tancredo neves no Colégio Eleitoral, a Constituinte, O Voto aos 16, a Constituição Cidadã e a proposta da Frente em torno do nome de Lula, em 1989, o Fora Collor que lideramos; são só alguns exemplos que colocam a importância dessa ação multifacetada que trouxe conquistas para o Brasil e a Democracia.

Na resistência ao Neoliberalismo, não foi menor o nosso papel. Reafirmamos o socialismo e o símbolo, a foice e o martelo, o vermelho e o amarelo, e fomos à luta. A unidade da esquerda seguiu a presidir nossos esforços, na construção do Fórum Nacional de Lutas que uniu ação de massas e institucional, e ganhou o debate contra o neoliberalismo. A Marcha dos 100 mil a Brasília contra FHC e o Plebiscito sobre a ALCA, e a luta contra as privatizações marcaram essa iniciativa. Essa base permitiu a vitória de Lula em 2002, tendo este contado com a solidariedade e o apoio do PCdoB desde 1989.

A partir de então, o Partido assumiu uma liderança muito maior do que o número de seus lugares. A habilidade e a retidão de quadros compromissados com o povo desenhou políticas públicas fundamentais. Deu um impulso inimaginável ao Esporte Brasileiro como políticas públicas, mudou a cara das cidades, plantando praças esportivas para a Terceira Idade, criando espaços públicos para o fruir da população, com quadras, pistas de skate, centros esportivos e culturais, além do desenho da Política Nacional do Esporte e da realização dos grandes eventos esportivos, que foram objeto de todo tipo de interesse e sabotagem. Os pontos de Cultura vieram do Do-In Cultural de Gil e de Célio Turino, mas também da UNE e da UBES e dos CUCAS. A política de assistência estudantil, cotas, ampliação do ensino técnico, PROUNI, PRONATEC e expansão do ensino superior público teve a juventude como protagonista, em especial pela nossa ação no movimento estudantil, quando pontificam lideranças como Manuela, Orlando Silva, Gustavo Petta, Augusto Vasconcelos,  Wadson Ribeiro, num movimento de ideia, lei e luta que virou conquista porque a filha do pedreiro agora podia virar doutora, como cantava e construiu a UNE e a UBES. Eu estava lá.

As Conferências Nacionais de Politica Pública e os Conselhos tentaram fazer o povo influir no Estado, usando as sendas da participação popular que inscrevemos na CF 88, redesenhando as políticas públicas. A teoria e a liderança petista apostava na ampliação da democracia por esta via. Nossa adesão ou contraponto nesses espaços foi importante para ampliarmos a influência do povo. Mas em muitos aspectos é preciso discordar das ilusões com esta transição pelo Estado através de políticas públicas, sem romper com a política macroeconômica neoliberal. Seu limite é, como vimos, a luta de classes. Como a grita demonstrou, essa via "pacífica" é tão interditada quanto qualquer outra, e o primado da luta de classes mostra que a institucionalização da democracia brasileira padece de defeitos que a envenenam e a podem matar.

É o conjunto de sequelas que advém da nossa formação social como Nação que está à mostra. Bolsonaro é o signo dessa crise, não é objeto do acaso. Foi ungido pelo mercado. Deram um jeitinho e foi inclusive aprovado pelas urnas eletrônicas que, ingrato, critica. Foi entronizado na Casa Branca com o então Presidente Trump. Abençoaram-no os Bispos da teologia da prosperidade, e aqueles que dizem defender as famílias quando atacam as mulheres e a comunidade LGBTQ, negando-lhes o estatuto básico da igualdade humana, maior mensagem do Cristo: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.

Nosso passado escravista racista, de matar índio e derrubar florestas, grita em nossos ouvidos como em nossas narinas chega a lembrança de falta de moradia e saneamento básico. O lucro do rentismo das finanças, mesmo que às custas da privataria, é a creche que falta, a escola sem estrutura, a dívida estourada e impagável, é a privatização do SUS, é o lucro privado em saúde em meio à pandemia.

A Casa Grande resta em nossas almas quando exercitamos mais ou menos frequentemente a indiferença com o outro ser humano, lição que aprendemos com a Escravidão. Foi ela que plantou em nossa alma a árvore da indiferença com que vemos a desigualdade praticada diariamente. Há humanos e menos humanos, cidadãos e cidadãs de primeira e segunda classe por toda a parte. É essa estrutura que, na ponta, permite o assassinato impune de milhares de negros e negras, seu encarceramento e empobrecimento sistemático.

Afora isso, é o próprio Capitalismo que afirma as tendências inexoráveis de Concentração de Renda, Oligopolização e Rentismo Parasitário. O "mercado" é, em verdade, a ditadura dos monopólios. 1% da humanidade detém mais riqueza do que os 99% restantes.

Esse é o biombo que limita as mudanças no Brasil. A despeito disso, na relação com o Congresso, colecionamos vitórias quando esteve a nosso cargo o diálogo com o legislativo. O PCdoB já tinha larga trajetória de negociações delicadas e complexas, mantendo a correção, costurando e pressionando, tendo Aldo Rebelo - então em nome do PCdoB - defendido Lula da tentativa de Golpe de 2005. As ruas mobilizadas por estudantes, trabalhadores e movimentos de moradia no dia 16 de Agosto de 2005, em Brasília, e a ação ampla e radical de Aldo detiveram naquele momento as forças que já queriam ganhar no tapetão.

É nesse contexto, analisando autocriticamente a crise do mensalão, que o Partido avalia e se auto-avalia. Reconhece no 11o. Congresso, em outubro de 2005, as dificuldades de romper o cerco neoliberal que constrangeu o primeiro governo Lula, desmascara a cantilena "ética" da oposição golpista e expõe os limites da política macroeconômica do governo. Entre avanços e recuos, reconhece que vale o jogo e a participação, apontando para um tripé de luta político/institucional/eleitoral, luta de ideias e luta de massas como equação a dar a justeza da ação do Partido em meio à bruma do período. Dizia então o PCdoB:

"a afirmação do projeto nacional de desenvolvimento alternativo depende em grande medida da elevação da organização e da mobilização ampla e unitária do movimento social, que possa assim resistir aos entraves ao progresso social e aos limites para a soberania. Esse é o ator que precisa jogar seu papel de força-motriz principal no processo transformador atual. Por isso, o Partido deve elevar seu nível de intervenção no movimento social, principalmente entre as camadas dos trabalhadores, reforçar seu trabalho entre a juventude e desenvolver sua atividade entre as mulheres, a intelectualidade e todos os contingentes populares."

Seu posicionamento desenvolvimentista, contra a política de juros herdada do Plano Real foi afirmado desde sempre. Nenhum nome seu foi alvejado com êxito pela sanha lavajatista, embora mirados.

Contudo, olhando para trás e para o hoje, é evidente para mim que o peso do Estado e do "Mercado", afora a "Mídia"e o Judiciário foram de tal modo eficazes como obstáculos, que a via institucional foi supervalorizada, ocasionando reveses que não se explicam. Hoje, para muitos, a derrota na via institucional é o fim do Partido. Não foi, não é e não será. O que se espera do CC é que tenha luzes para reafirmar o Partido superando a cláusula de barreira. Que ela seja insuperável é um pressuposto inaceitável. 
Um tripé torto


Cabe a pergunta: Como avançamos mais do que nunca na via institucional e perdemos bases populares? Como crescemos nos governos e no legislativo e perdemos conexão exatamente com as bases que representamos? Em que medida o tripé luta de massas, de ideias e eleitoral foi desequilibrado? em que medida perdemos apoio no povo e fomos derrotados na luta e ideias, exatamente quando se esperava que lograríamos o apoio do povo para levar adiante às mudanças?  Para além das ações dos adversários e aliados, em que medida não fomos reconhecidos pelo nosso próprio povo? Para mim, a ênfase na política institucional pesou muito mais que o nosso investimento na luta de ideias e na luta de massas. Ou será que não?

Considero inexplicados os reveses eleitorais do PCdoB enquanto ocupou crescentes, exponenciais espaços institucionais. Aí está o busílis. Esse período de 35 anos é hoje o maior legado de participação comunista na vida democrática e é um critério da qualidade da democracia. Não é à toa que padecemos hoje do recrudescimento do anticomunismo, assim como de armadilhas como uns apressadinhos que deram adeus a Lênin. Todos entramos sabendo que os e as comunistas são exatamente quem irá até o fim na defesa do Brasil e da Classe Trabalhadora. 

Por outro lado, há que se avaliar a não renovação das lideranças eleitorais, as características próprias de mandatos paramentares e do exercício do executivo com limitantes tamanhos e a política de concentração eleitoral , marca do PCdoB em todos os Estados, que deveria ser analisada. O próprio projeto de ligação com o povo, que tem na UJS e na CTB as suas marcas, padece de defeitos já mapeados e não sanados. A juventude segue apenas estudantil sem se ligar à classe trabalhadora; os sindicalistas, no topo da pirâmide invertida, sentem a inexorável solidão que não os elege representantes da classe trabalhadora. O não cumprimento das deliberações do 11o. Congresso, mais que gesto consciente, parece-me ter sido consequência da própria vida, da luta, de nossas forças e fraquezas. Não acredito que mais pragmatismo, mais institucionalismo, mais do mesmo, seja a saída para sermos pelo povo reconhecidos. Não foi o nosso símbolo que construiu nossas derrotas, do mesmo modo que não impediu nossas vitórias. 

A foice e o martelo foi baixada na luta pelas Diretas por vetos dos "aliados". Por uns dias, baixamos, depois levantamos de novo. Mas é preciso reconhecer triste, que o símbolo foi ocultado na maior parte das vezes, seja pela nossa defesa da unidade, seja por defensismo eleitoral. Não há uma campanha sistemática em defesa da história, do símbolo, que permeie nossa política eleitoral, lamentavelmente. Recentemente, nem no logo dos 99 anos do aniversário do PCdoB coube a Foice e o Martelo. 

Ora, a quem isso ganha? Se ao ganharmos, perdermos o Partido Comunista, que teremos ganho? Parece-me que o ataque ao símbolo é a ponta de um iceberg. Não é só o PT que precisa de autocrítica, todos precisamos. Certamente, não é do socialismo, da foice e martelo e do comunismo que precisamos fazer autocrítica. E, com certeza, não será um indivíduo milagroso - Lula, Dino, quem quer que seja - ou uma só mudança - que permitirá acharmos a saída. Menos pragmatismo e mais compromisso, mais História e praxis, saber o que é importante, influenciar no centro dos acontecimentos políticos, entender que a luta é nas ruas, nas ideias e nas eleições, mas sem ilusões com caminhos errados já trilhados no passado. 

Talvez seja duro demais admitir, mas falta autocrítica em reconhecer que houve uma perda de conexão com o povo causada exatamente pela hipertrofia da via institucional em meio à crise da nossa principal aposta, que foi o Lula. A crise ética que o PT viveu também causou-nos enorme dano. Há um problema geracional, a despeito dos avanços da representação feminina e de negros e negras em nosso Partido. Há um problema de falta de ligação com o povo. E não será dobrando a aposta no reformismo, no liquidacionismo e na diluição que sanaremos esses problemas, muito ao contrário. 

Que o  Centenário do PCdoB seja para apontar o futuro socialista, e jamais palco de ataques ou divisão do Partido. Jamais aceitarei o fim do PCdoB ou sua descaracterização. Defender sua participação eleitoral é central, é dever de todo(a) militante. Minha posição completa agora 30 anos em maio, da minha filiação ao Glorioso. Partido Comunista não é tático. Só deixa de existir com a consecução do comunismo. Até lá, a aliança dos trabalhadores da cidade e do campo é o primado, foi assim que ingressamos, sob os auspícios da foice e do martelo. Foi assim que Dino se elegeu, foi assim que Aldo salvou Lula do impeachment, Manuela sempre ergueu esta bandeira, foi assim no Araguaia, foi assim nas torturas, foi assim no Fora Collor. É assim e seguirá sendo nosso gesto rebelde cotidiano de fazer tremular nas praças, nas ruas e no coração, os dois estandartes: a bandeira do Brasil, verde e amarelo; e ao lado dela, o rubro e ouro da Foice e do Martelo. Na verdade, pelo mau uso das cores nacionais, inclusive, devemos compreender que não basta apenas a bandeira nacional, aliás nunca bastou, porque devemos defender a democracia e o direito de nossa presença quase centenária na vida nacional, assim como a perspectiva socialista. O Partido Comunista do Brasil é uma necessidade histórica. 

Creio exista um problema de superestimação da "via institucional" no PCdoB, e vejo as distorções e erros que tal política causou . Longe do equilíbrio preconizado como caminho, quando surgiu a definição das três frentes de ação e acumulação de forças - luta político/institucional/eleitoral, luta de ideias, luta de massas - vige a dura realidade da tensão crescente entre as vias, e a prioridade natural daquela que conta com poderes que naturalmente se colocam como rivais ou guias do coletivo, compondo muitas vezes centros de poder paralelo. Assim, muitas vezes ocorre com o "mandato", o sindicato ou a Prefeitura, a Secretaria, etc. Institui-se aí uma supremacia difícil de contornar, um desnível do investimento dedicado às três magnas tarefas - luta de ideias, luta de massas - luta institucional/eleitoral.

A comemoração dos 99 anos do Partido Comunista do Brasil é de todos aqueles e aquelas que sustém a gloriosa e solidária bandeira do vermelho, da vida e do sangue do povo derramado pela ganância dos capitalistas; a foice dos camponeses, o martelo dos primeiros operários metalúrgicos. É esse o símbolo que tremula nos céus da China em meio às mais gloriosas batalhas contra a Covid, e é reafirmado por Xi Jinping, porque significa a verdadeira perspectiva socialista.

Enquanto isso, o capitalismo leva à morte, à degradação do planeta, à concentração inacreditável e imoral de riquezas, um regime de oligopólios. O Socialismo é a esperança da humanidade, e afirma sua superioridade contra a barbárie. A salvação da humanidade é exatamente o socialismo e, no futuro, a harmonia universal, a paz, o fim das diferenças de classes, o fim de tantas chagas do presente, a sociedade futura, o comunismo.

Estão errados aqueles que sugerem ou agem para tirar de nós a foice e o martelo e o vermelho e o amarelo. Aceito o verde, no máximo. No resto, vou lutar contra isso até o fim (ou o renascimento). 

A lição de João Amazonas foi precisamente essa: aqui nem tem desistência nem tem descanso militante. No PCdoB manda a sua militância organizada. Longe de coibir, o centralismo democrático é a nossa força, nossa voz, é o poder da militância. Claro que o institucional é importante, mas somos acima de tudo o partido da militância e da classe trabalhadora. E é desse lugar que me posicionarei, contrário à proposição de o Partido parar de se apresentar sob seu símbolo, número e ideias ao povo brasileiro, conquista anterior à Constituição de 1988, quando o Presidente José Sarney, dentre os compromissos democráticos, contribuiu para a legalização do PCB e do PCdoB em 1985. Vender essa derrota como avanço exige muito malabarismo verbal, mas eu não caio nessa.

Mais do que de uma antecipação, precisamos é de um bom e bem conversado congresso, que dê voz à militância, aos quadros, e não apenas um espaço de atos políticos e institucionais que ocupam o centro, deixando o debate das polêmicas em último plano. Até pela pandemia e pela tragédia, precisamos de tempo e de debate franco, debater as razões da falência da tática eleitoral que inauguramos com a eleição de Lula em 2002. Crescemos na institucionalização como nunca, e perdemos votos para Federal e estamos ameaçados pela cláusula de barreira. Na verdade, o problema é faltar a identidade que poderia captar muito mais votos que conquistamos, pois o Socialismo tem apoio muito maior do que necessitamos para vencer a Cláusula de Barreira. O socialismo é o presente e o futuro, e o Partido Comunista existe, não por concessão das elites, e sim por necessidade histórica.