Novo ministro diz que defende projeto do governo para Copa - PCdoB. O Partido do socialismo.
“Não vou discutir a posição da Fifa. Como ministro, vou defender o projeto do Poder Executivo. Há de se manter posição de cooperação e independência entre os dois entes, um público, com responsabilidade diante da sociedade, e o outro ente privado, que se rege e se orienta por interesses objetivos que nem sempre têm sido os interesses do Estado”. A fala é do novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, em entrevista coletiva à imprensa, na tarde desta quinta-feira (27), na Câmara dos Deputados.
Agência Câmara
Ele anunciou a reunião que teve com o ex-ministro Orlando Silva, para tomar conhecimento da estrutura e ações do Ministério, e a posse, na próxima segunda-feira (31), quando decidirá sobre a equipe que vai trabalhar com ele.
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Aldo Rebelo é o novo ministro do Esporte
“Procurei, ainda hoje, tomar conhecimento básico da estrutura do Ministério, suas responsabilidades e seu funcionamento, e a partir de agora começar a pensar na montagem da equipe que deverá começar, logo após a minha posse, na segunda-feira, a acompanhar o trabalho no Ministério”, afirmou.
Ele negou que tenha recebido da presidente Dilma qualquer recomendação quanto á troca de membros da equipe. Ou sobre a relação que terá com a Fifa, na organização da Copa do Mundo de 2014.
“Recebi da presidente Dilma demonstração de confiança e responsabilidade de montar a minha equipe”, afirmou, anunciando que “as mudanças serão anunciadas de acordo com as consultas que vou realizar para estruturar a equipe que trabalhará comigo. Certamente que haverá mudanças”.
Sem condenações
Segundo o novo ministro, as competências que lá estão e que têm correspondido às suas atribuições serão mantidas e outras serão mudadas pelo critério de escolha pessoal ou técnica, descartando que as mudanças representem “condenações”.
Disse ainda que “as sindicâncias instaladas continuarão e as ações do Ministério Público, Controladoria Geral da União e Polícia Federal, todas terão curso com apoio e ajuda do ministério, como deve ser a atividade do poder público”.
As indagações mais agressivas dos jornalistas, o novo ministro reagiu com ironia. Foi o caso da pergunta sobre sua posição diante dos parceiros da Fifa de quem recebeu doações de campanha. Quais? Quis saber Aldo Rebelo. O jornalista citou o banco Itaú. “Ah, os grandes anunciantes de jornais? Não tenho de cabeça, mas estão todos registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Não há problema dos parceiros divulgarem nos grandes jornais”, disse, acrescentando que “se houve contribuição não atinge a minha independência”.
Relacionamento de praxe
E rejeitou um possível comprometimento na relação com a Fifa pelo ter sido presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Nike, que investigou a entidade. “O relacionamento será o de praxe. A Fifa tem uma responsabilidade e o governo tem também a sua e trabalharão levando em conta a cooperação, na construção da Copa do Mundo, e a independência.”
“A Fifa tem responsabilidade com organizadora ( do evento) e o governo, como país que vai sediar, e eu como principal executivo do governo na organização do evento. O fato de ter investigado Fifa não vai gerar qualquer tipo de ressentimento na atividade como ministro”, assegurou.
Os jornalistas também insistiram sobre a polêmica questão da meia-entrada. Ele disse que foi presidente da UNE e como ex-líder estudantil defende a meia-entrada. E explicou aos repórteres que não cabe ao ministro mudar a lei proposta pelo Executivo. A atribuição é da Câmara, onde o projeto está tramitando.
“Fui presidente da UNE e líder estudantil e uma das bandeiras do movimento estudantil é a meia-entrada. Isso consta na legislação brasileira. Eu não tenho atribuição de rever a Lei da Copa. É atribuição da Câmara. Eu vou defender a posição do governo”.
Queda de braço
Diante da insistência dos jornalistas sobre a mudança da Lei Geral da Copa para recepcionar a cobrança de meia-entrada, que é rejeitada pela Fifa, o ministro manteve a mesma insistência na resposta: “A Lei Geral da Copa foi enviada pelo governo. Como ministro do Esporte, eu tenho compromisso com o projeto do governo. Não sei se a Câmara tem disposição de mudar, como é sua prerrogativa. Se houver, como integrante do Poder Executivo, devo respeitar”.
“Então o senhor vai mudar de opinião para atender o governo?”, insistiram os jornalistas. “Eu sou torcedor do Palmeiras, eu vou mudar de posição porque a presidente é do Corinthians ou do Vasco? Não. Eu vou defender o projeto do governo”, insistiu o ministro, encerrando a entrevista.
Na sua fala introdutória, Aldo Rebelo disse que aceitou o novo cargo como “uma honra, uma responsabilidade, um desafio” e que se comprometeu com a presidente Dilma a fazer todo esforço para corresponder à confiança. Segundo ele, é grande a responsabilidade do nosso país e do Ministério do Esporte de conduzir, não apenas as ações ordinárias e programáticas de governo, como também a responsabilidade extraordinária do Brasil de acolher os eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
“A responsabilidade do Ministério não é só do Partido, mas minha, pessoal, e do governo e, acima de tudo, responsabilidade diante do povo e da população. Governo e Estado existem para a população e eu vou procurar cumprir essas responsabilidades de acordo com a minha capacidade, minha história, minha competência e minhas limitações”, afirmou.
De Brasília
Márcia Xavier
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