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segunda-feira, 28 de junho de 2021

Projeto de Resolução ao 15º Congresso do Partido Comunista do Brasil - 15, 16 e 17 de outubro de 2021



24 de junho, 2021

O 15º Congresso do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) se realizará, de modo virtual, nos dias 15, 16 e 17 de outubro de 2021. E o Projeto de Resolução, aprovado pela Comitê Central do Partido, é o documento que orienta e desencadeia o debate coletivo que, a partir de agora, se realizará em todos país, envolvendo o conjunto da militância e os amigos e amigas, aliados e aliadas, da legenda.

O Congresso é a expressão máxima da democracia interna do Partido e de seu método de elaboração, centrado na inteligência e sabedoria do coletivo. Esse Projeto de Resolução será debatido, emendado, enriquecido, pelo crivo crítico da militância comunista.

O 15º Congresso pelo calendário é um encontro de deliberação ordinário, todavia, pelas circunstâncias de o país estar sob o jugo do neofascismo bolsonarista, está revestido pela excepcionalidade, pelos desafios de dar saídas à crise brasileira, em defesa da democracia e da nação.

Circunstância adversa que exige grande esforço pelo revigoramento da centenária legenda comunista, para estar à frente dessas lutas, em defesa do povo brasileiro e a retomada da construção nacional soberana e democrática. Como em muitos outros momentos históricos, o 15º Congresso está chamado mais uma vez a assegurar a plena presença do PCdoB na vida política e institucional do país.

Leia abaixo a íntegra:

Projeto de Resolução ao 15º Congresso do Partido Comunista do Brasil 

terça-feira, 22 de junho de 2021

RENATO RABELO: O PCdoB vive décadas transpondo travessias, mas seguro de seu rumo!


Não se pode entender a história do Partido Comunista do Brasil sem entender a história política do Brasil, mas também não se pode entender a história brasileira sem se ter em conta a ação dos comunistas. Salientamos esta realidade histórica desde a comemoração dos 90 anos do PCdoB.

Ao longo da sua trajetória, o PCdoB enfrentou diversas situações. Extensos períodos de governos autoritários, de ditaduras que levaram à perseguição, cassação de mandatos, prisões, repressões e mortes de heróis e mártires, levando à resistência prolongada dos comunistas; e períodos de abertura, de ascenso democrático; fases de luta ideológica complexa, com as apostasias nas fileiras comunistas à época da crise do socialismo na União Soviética e do ápice da ofensiva neoliberal na década de 1990; até as experiências recentes de participação no governo nacional no período progressista.

O Partido passou por implacáveis riscos de delicadas travessias tendo que exercer sua reestruturação em consequência da forte ação repressora, na Conferência da Mantiqueira, em 1943; no final da ditadura militar na década de 1980; e até na sua reorganização em função da tentativa em seu próprio seio de renunciar à sua identidade política e ideológica, em 1962.

A luta constante pela renovação

Mas o Partido também buscou sempre sua renovação e contemporaneidade, como no 8º Congresso Nacional, realizado em 1992, diante da constatação de novo tempo e da nova luta pelo socialismo no final do século passado. A 8ª Conferência, realizada em 1995, que aprovou o Programa Socialista, representou um novo patamar teórico. Ela proporcionou respostas justas aos dilemas da realidade surgida com a crise do socialismo, sendo um acerto de contas com o dogmatismo reducionista um salto avançado do pensamento estratégico do PCdoB.


E seguindo essa linha adotada, levando em conta as grandes mudanças no início do século atual e as novas experiências de construção do socialismo, sobretudo a demonstração do socialismo como forma histórica na China – emergência de uma nova, complexa e inovadora experiência econômico-social e a ascensão da China. Assim, o debate na Fundação Maurício Grabois e no Partido desembocou no 12º Congresso, que aprovou por unanimidade o novo Programa de 2009, cuja essência é: O Rumo socialista e o caminho cuja aplicação é um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.

Na atualidade, pelo ritmo das mudanças na luta de classes no mundo e no Brasil, já estamos diante da tarefa de reatualizar e redimensionar o Programa vigente desde 2009. Assim é o PCdoB, caminhando para seu centenário e sempre se renovando.

Foco no curso da situação mundial e nacional

Hoje, o PCdoB tem procurado sempre vivenciar outra linha de sua atuação: a análise concreta da situação do mundo e do Brasil.

Onde chegamos? A característica principal mundial atual é o declínio relativo dos Estados Unidos e a ascensão da China; tal quadro conforma a principal tendência da geopolítica contemporânea. Diante disto, os EUA têm como objetivo estratégico central conter a todo custo a ascensão da China e relançar sua hegemonia no sistema mundial. E para alcançar esses objetivos torna-se mais agressivo e intervencionista unilateralmente, provocando profundas implicações para a paz e a estabilidade internacional.

Desse quadro, ressalta uma conclusão importante: o socialismo nas condições históricas da China, que impressiona amplamente, junto aos esforços de outros países socialistas, demonstra que há esperança para os povos e nações, sendo uma alternativa que enseja um ciclo de Nova Luta pelo Socialismo – sendo seu tempo presente e futuro.

Em contraste a desesperança da dura realidade do capitalismo contemporâneo, propiciou em escala global uma onda política conservadora, de direita de cunho fascista. A derrota do ex-presidente Donald Trump nos EUA, sob o impacto da pandemia, permitiu de certo modo uma desarticulação dessas forças no mundo.

Em nosso país onde chegamos? O presidente Bolsonaro se mantém como um dos maiores bastiões dessas forças de ultradireita globais. O caráter autoritário do seu projeto de poder insiste em conduzir as instituições ao impasse, busca depreciar o ambiente democrático, emitindo sinais de uma preparação de tipo golpista, a fim de se manter no poder por todos os meios. Seu governo impeliu o Brasil para uma crise de múltiplas faces.

É grave a regressão a que submeteu o Brasil enquanto país soberano e democrático. O Estado nacional está ao sabor do capital especulativo e do rentismo. A pandemia em nosso país adquiriu a envergadura de uma tragédia humana. A política ultraliberal de Bolsonaro-Guedes, apressa a desnacionalização da economia e a desindustrialização; agrava sobremodo a exclusão e as desigualdades sociais.

PCdoB na linha de frente para derrotar Bolsonaro



O PCdoB se encontra na primeira fileira da luta decisiva de isolar e derrotar Bolsonaro. Esta é a questão mais premente para salvar o Brasil. Mais uma vez o PCdoB com base na sua vasta experiência lançou a tática de frente ampla que vai ganhando grande influência entre as oposições. É preciso levar em conta que essa é a forma de acumular forças do lado democrático e progressista na rota da transição para suplantar a fase da defensiva tática, fortalecendo a esquerda.

Junta-se a isso o crescimento da mobilização do povo e das classes trabalhadoras, superando o refluxo por conta do isolamento social na pandemia. Contudo, agora, voltando a ocupar as ruas, com cuidados sanitários, como nas duas últimas mobilizações massivas que se irrompeu por todo país, além das capitais dos Estados. Como tem assinalado nosso Partido a tática de frente ampla respaldada pela mobilização política do povo, levantando suas bandeiras mais candentes e urgentes, torna-se a orientação e o modo político necessários para enfrentar e derrotar Bolsonaro, contendo-o na sua manobra golpista, visando pôr fim ao regime democrático.

Em um governo cujo centro de gravidade do poder político nacional se encontra uma força de extrema direita, obscurantista e visceralmente antidemocrática e anticomunista, como em outros períodos semelhantes, o PCdoB se encontra numa situação de muita desvantagem estratégica e tática. Impõe-se uma situação, ainda de defensiva tática, mas de resistência e de luta a fim de acumular condições que possam assegurar a sua sobrevivência institucional.

Por essa situação de grave retrocesso, o PCdoB avalia ser preciso construir a unidade das forças progressistas e democráticas, superando a crise e abrindo o caminho para a Reconstrução Nacional, sustentado por forças amplas, com o resgate do Estado Nacional democrático e o encontro com a estabilidade democrática. Esta é a primeira grande jornada para o deslanche e crescimento das forças progressistas e, em especial, do nosso Partido.

E soma-se a isto, contra o PCdoB, o dilema das restrições à democracia para o papel institucional do Partido. É a Constituição de 1988 que consagrou o pluralismo partidário no Brasil. No entanto, jamais cessaram as pressões dos setores conservadores para restringir e elitizar o sistema eleitoral partidário, com cláusulas de barreira e eliminação abusiva das alianças nas eleições proporcionais parlamentares. Esta legislação eleitoral restritiva e casuística atinge forças políticas estruturadas com base em programa e ideário bem definidos, cuja presença eleva o patamar do sistema político-partidário em nosso país.

A atuação em frentes, tanto políticas e eleitorais, quanto no embate social, são parte formadora da identidade da luta dos comunistas. Como também as amplas frentes unitárias estão na formação histórica da Nação brasileira, no rumo do avanço civilizacional.

A bancada do PCdoB na Câmara dos Deputados, liderada pelo deputado Renildo Calheiros, em intenso diálogo com praticamente todas as legendas do Congresso Nacional, procura formar uma maioria que aprove as Federações partidárias. Todo o Partido está empenhado para suplantar as atuais restrições à democracia e garantir sua representação institucional, baseado no pressuposto da sua continuidade histórica, identidade e autonomia.

Em suma, o Partido Comunista do Brasil em seu longo percurso na sequência da história da nossa Nação, passou por escarpados entroncamentos, por períodos extensos de regimes de chumbo, de escassa liberdade política, por situações díspares, por períodos de fim de linha e de recomeços, sempre manteve sua continuidade e sua permanência, e pelo tempo percorrido, uma trajetória partidária única no Brasil. Por tudo isso, o PCdoB tem demonstrado ser indispensável à democracia, à luta dos trabalhadores e à defesa do Brasil.

Estamos seguros do rumo e do caminho da nossa luta

Os dirigentes e militantes do Partido e das suas fileiras estamos seguros do rumo e do caminho que nossa luta deva seguir, agora e no futuro. Milhares de homens e mulheres, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, intelectuais, artistas, lideranças públicas, fizeram a história de quase 100 anos do Partido Comunista do Brasil. Alguns atuaram nessas fileiras por algum tempo, mas a força do Partido está centrada na militância e nas lideranças reconhecidas que, a ele dedica toda sua vida de lutas, muitos oferecendo a própria vida.

O Partido formou e promoveu lideranças renomadas, cujo currículo de maior representação pública foi construída no Partido, contribuindo para engrandecê-lo. Alguns destes tendo permanência episódica. Outros por sua dimensão, provocaram abalos com sua saída, mas não atingiram as raízes profundas do PCdoB. Nestes casos, o corpo partidário se levanta em contundente defesa do Partido.



Assim também uma grande liderança do Partido, como Manuela D’Ávila, afirma salientando um princípio básico da organização partidária, consagrado na história da corrente universal dos comunistas: “Não acredito em saída individual para problemas coletivos”. E que, “O Partido encontrará soluções para seus desafios”. Ou diante da avalanche de comentários nas redes sociais neste momento, Luciana Santos, presidente da nossa legenda afirma, o que realmente se passa: “O PCdoB, prestes a completar seu centenário, seguirá sua jornada alicerçado em seu valioso coletivo de militantes e no seu elenco de respeitadas lideranças”.

Assim prosseguiremos, unindo-nos aos aliados possíveis e necessários para defrontar os desafios iminentes de conformar uma Plataforma Programática de Governo, com três movimentos integrados e coetâneos: medidas emergenciais em defesa da vida, deflagração do processo de reconstrução nacional e as primeira medidas para retomada do desenvolvimento de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.

Para implementar esta Plataforma, defender a vida e reconstruir a economia nacional, é necessário e urgente consolidar esforços para a construção de uma ampla frente democrática com os mais amplos setores da sociedade a fim de isolar e derrotar o desgoverno genocida de Jair Bolsonaro (Proposta encaminhada ao Comitê Central do PCdoB a ser apresentada ao 15º Congresso do Partido, neste ano).

A construção de saídas vincará a dinâmica do processo congressual do 15º Congresso, com uma linha de soluções coletivas, coesão e tempo hábil para aprovação da alternativa.

Enquanto existir capitalismo, o PCdoB é objetiva e subjetivamente uma exigência da história. 

terça-feira, 15 de junho de 2021

Dispersos - Alí Primera - Versão Paulo Vinícius da Silva e Ingrid Mangabeira

 Minha opinião sobre as Federações Partidárias:

Versão de Paulo Vinicius da Silva e Ingrid Mangabeira
Dispersos os nomes
Dispersos corações
as lutas dispersas
busquemos as razões
juntemos nossos braços
a Pátria é quem reclama
a luta de todo que a . BIS
queira libertada
Por que não unirnos?
sim, por que, se já se uniram
o fuzil e o evangelho no
Caldeirão do Padim Ciço?!
Por que não unirnos
E lutamos como irmãos
pela Pátria tão ferida?!
Nosso Brasil que amamos!
Pergunto, pergunto:
Por que nos dividimos?
se apenas alegramos
a nossos inimigos?!
Por que nos empenhamos
em isolar nossas lutas??
As lutas que irão nos levar
até a vitória final!
A luta é que irá nos levar
até a vitória final!
Por que não unirnos?
sim, por que, se já se uniram
o fuzil e o evangelho no
Caldeirão do Padim Ciço?!
Por que não unir-nos?
e gritamos como irmãos:
Viva a Pátria Brasileira!
Viva o Brasil que amamos!
Pergunto, pergunto:
Por que não nos unimos?!

Peru: hip hop: Sra. K, tenga dignidad!

 

domingo, 13 de junho de 2021

Yuri Castro, líder do Peru Livre exalta vitória de Castillo: “Nunca mais colônia” - Portal Vermelho - por Leonardo Wexell Severo





Líder do Peru Livre exalta vitória de Castillo: “Nunca mais colônia”



Para Yuri Castro, é preciso romper com a camisa de força da dependência, imposta pela desindustrialização e desnacionalização da indústria.


por Leonardo Wexell Severo

Publicado 12/06/2021 10:50 | Editado 12/06/2021 17:24
Yuri Castro - Foto: Divulgação

Membro do comando nacional do Partido Peru Livre, secretário de Organização em Lima, Yuri Castro, afirmou nesta entrevista exclusiva que “a chegada de Pedro Castillo à presidência fortalece o sonho de Bolívar de uma América Latina unida frente a um império que nos trata como seu quintal”. “É hora de avançarmos juntos para nunca mais sermos colônia”, destacou Yuri, para quem é fundamental ampliar a arrecadação fiscal do Estado, revertendo a lógica neoliberal que repassa às mineradoras transnacionais de 70% a 80% dos lucros.

“Nós propomos inverter este cálculo e que o país fique com a maior parte”, frisou o dirigente, apontando que é daí que virá o dinheiro necessário para investimentos públicos tão necessários, e dos quais o povo peruano é tão carente, como educação e saúde.

Para avançar, Yuri enfatizou a necessidade de romper com a camisa de força da dependência, imposta pela desindustrialização/desnacionalização. “No Peru praticamente não há indústrias, porque repetindo o conto de que ‘o Estado é um mau administrador’ os neoliberais deixaram que tudo fosse sendo quebrado. Nós temos o compromisso de investir na industrialização”.


Confira a entrevista:

Na sua avaliação, qual o significado da eleição de Pedro Castillo para a história do Peru?

Na realidade está é a primeira vez em 200 anos que o nosso país escolheu um homem do povo, vindo da área rural, que soube canalizar de maneira brilhante o sentimento popular para realizar as transformações que o nosso país tanto precisa. Pedro Castillo chega à Presidência conectado com os mais esquecidos, com os que menos têm, precisamente por sua origem andina e por ser um professor de escola. Esta vitória é um ato histórico, pois não é somente a eleição do primeiro presidente de esquerda da história do Peru, mas do primeiro presidente camponês.


E do ponto de vista da integração latino-americana?

Nós acreditamos que a América morena, a América Latina precisa estar coesa, unida, para seguir em frente. Há pouco estivemos reunidos com os companheiros da Argentina, com quem sempre estamos compartilhando, da mesma forma que com vocês [brasileiros], valorizando os encontros entre os nossos povos.

Para nós, o projeto da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) é extremamente importante porque a Comunidade Andina de Nações (CAN) não cumpriu com o seu papel. Precisamos impulsionar uma integração latino-americana muito maior, para podermos competir em condições de igualdade e ter uma posição muito mais forte frente às grandes potências. Neste sentido, acredito que a vitória do Peru Livre fortalece o sonho de Bolívar de uma América Latina unida frente a um império que nos trata como seu quintal. É hora de avançarmos juntos para nunca mais sermos colônia.


Durante a campanha, Pedro Castillo reiterou a importância do papel do Estado, a fim de garantir melhores condições de vida para os peruanos. Como fazer para tirar do papel a agenda de mudanças e os compromissos assumidos?

Nós temos apontado, claramente, que a atual Constituição do Peru tem uma concepção neoliberal, criada pela ditadura de Alberto Fujimori (1990-2000) para presentear as empresas transnacionais com recursos que são de todos. Consideramos essencial recuperar estes recursos, ampliando a arrecadação fiscal para garantir mais benefícios à população, principalmente aos mais necessitados.

Antes, quando as mineradoras cobravam preços extorsivos todos os superlucros extraídos por estas transnacionais eram transferidos para fora do país, servindo para enriquecer as potências mundiais.


Na atualidade, lastimosamente, entre 70 a 80% dos lucros destes conglomerados ainda vão para o estrangeiro, deixando o país com somente 20% ou 30%. Nós propomos inverter este cálculo e que o povo peruano fique com a maior parte, uma vez que o recurso é nosso, o subsolo de onde este minério é extraído é nosso e não há nenhum sentido na manutenção desta lógica. Por isso, precisamos renegociar cada um desses contratos e fazer uma mudança constitucional.

Quais os passos a serem dados para garantir esta mudança e romper com as amarras impostas pela atual Constituição fujimorista?

Nós temos duas alternativas, legalmente falando. A primeira é que o Congresso aprove a mudança constitucional por meio de uma moção. A segunda é modificar a Constituição por meio de um referendo. Esperamos que o Congresso saiba captar a voz do povo peruano, que está majoritariamente a favor da mudança constitucional, e facilite a transformação. Se isso não ocorrer, precisaremos fazer as alterações por um caminho mais longo.

Para este processo de avanços políticos, econômicos e sociais, qual o papel da industrialização?


Nós, como Peru Livre, defendemos que se deve priorizar a industrialização, a fim de fortalecer a independência. Em nosso país temos uma indústria manufatureira incipiente, instalada pelo governo de Juan Velasco Alvarado (1968-1975) com as montadoras de veículos vindos do Japão. Com a queda de Velasco e a passagem dos demais governos até a chegada de Alberto Fujimori (1990-2000) foi destruído o pouco que até então havia e se preferiu a importação de produtos acabados, agora fundamentalmente da China.

Inclusive a indústria têxtil peruana, que chegou a ser uma das mais importantes, encontra-se extremamente golpeada porque as produtoras de tecido foram obrigadas a fechar por não ter havido a proteção necessária, não terem sido colocadas barreiras protecionistas.

Em muitas eleições os assentos do parlamento foram tomados por representantes de um conjunto de lobistas para favorecer as transnacionais.


Na área têxtil, por exemplo, trazem roupas importadas por um dólar o quilo. Desta forma, atualmente, apenas uma em cada dez peças é nacional. Assim uma das nossas indústrias mais importantes encontra-se sucateada. Uma indústria que era resultado de puro empreendimento nacional quebrou porque os governos não investiram, o Estado se “esqueceu” de proteger os seus.

E é importante frisar que temos um dos melhores algodões do mundo, mas com a indústria têxtil extremamente golpeada. Então os empresários se queixam constantemente de que não lhes é dado apoio. E nós daremos.


No nosso país há uma lei, que não se cumpre, que determina que os grandes supermercados, atacadistas e lojas deveriam vender pelo menos 40% de roupa peruana e que os outros 60% poderiam ser importadas. E isso não é cumprido, embora seja lei.

Isso tem levado à quebradeira da indústria nacional. Somente Gamarra [um conjunto de pequenas e microempresas de confecção e do ramo têxtil] chegou a gerar quase dois milhões de empregos, muita mão de obra e renda, e um comércio muito grande. Havia centenas de unidades de produção, milhares de lojas, que simplesmente desapareceram. Essas pessoas a única coisa que pedem é que olhem para eles e que deixem de ser mantidos à margem, no esquecimento.

No Peru não há refinarias, não há absolutamente nada de indústrias, porque repetindo o conto de que “o Estado é um mau administrador” os neoliberais deixaram que tudo fosse sendo quebrado. Nós temos o compromisso de investir na industrialização.


Na mesma semana da eleição, fomos informados de que o número de mortos pelo coronavírus no país supera os 180 mil mortos, mais do que o dobro do anteriormente anunciado. O que fazer para enfrentar a pandemia?

Como partido Peru Livre, já tivemos conversações com o governo da Rússia para a compra de 20 milhões de vacinas Sputnik e o atual presidente [Francisco Sagasti, interino desde novembro de 2020] também informou que já há um contrato de compra de 60 milhões de vacinas. Esperamos uma vacinação rápida e eficiente para evitar a multiplicação de mortes.

Com este compromisso, temos ao nosso lado a presidente do Sindicato das Enfermeiras, que são as que trabalham, se dedicam ao tema da vacinação e o conhecem muito bem.


A vacina Sputnik serve para chegar aos locais mais distantes do país, porque não necessita um sistema de refrigeração muito avançado, podendo se manter com gelo seco e durar vários dias. E esta questão da temperatura é importante.

Nós também temos a intenção de passar a fabricar uma vacina própria, que se desenvolva com investimentos do Estado em ciência e tecnologia, para deixarmos de depender da indústria farmacêutica internacional.

Uma palavra aos brasileiros.


Que estejamos cada vez mais unidos e mobilizados para combater o imperialismo, que é o nosso inimigo comum. Que nossa experiência sirva para fortalecer a imprensa alternativa, comprometida com os fatos, com a verdade e a libertação dos nossos povos.


AUTOR

Leonardo Wexell Severo
Jornalista e analista internacional

sábado, 12 de junho de 2021

#ForçaManu - ASSINE! Solidariedade à Manuela D’Ávila contra o ódio e à violência

 Pessoal, entramos na campanha de solidariedade à Manu pelas ameaças que ela e sua filha estão sofrendo.

Manu tornou público no último dia 2, que um pai da escola de Laura tirou uma foto da menina e a imagem chegou nas redes de ódio da internet. Desde então, Manuela tem sofrido ameaças de morte e Laura, que tem apenas 5 anos, de estupro. É uma monstruosidade!

Assinem o abaixo-assinado por justiça e contra a violência política de gênero.

https://m.forcamanu.com.br/apoie

Por CTB Educação – Apeoesp

Mais uma vez somos obrigadas a vir a público para externar apoio à Manuela D’Ávila. Mas desta vez os fascistas extrapolaram todos os limites até da barbárie ao ameaçar aquilo que todas nós temos de mais sagrado. Ameaçaram a pequena Laura, de apenas 5 anos, dessa violência inominável, que atinge milhares de mulheres e meninas todos os anos no país.

A agressão à Manuela D’Ávila e à sua filha, representa agressão a todas as mulheres. É inadmissível a tamanha desumanidade que o fascismo atinge. Ainda mais contra Manu, a maior vítima desses facínoras, que se dizem “cidadãos de bem”, defensores da família.

Mas destilam ódio. Ódio às mulheres, principalmente as que se destacam como Manu. Ódio às mulheres que lutam por equidade, por direitos iguais e se mostram livres, donas de seu destino. Os ataques à Manuela, atingem todas as mulheres, todas as crianças e o próprio Estado Democrático de Direito. 

Esses covardes se escondem em pseudônimos, acreditando que a internet é uma terra de ninguém, mas serão pegos e punidos como manda a lei. São extremamente covardes.

Covardes porque promovem ataques sorrateiros, tentando esconder a identidade. Covardes porque não respeitam nem a infância. Covardes porque têm medo da mulher livre. Têm medo da liberdade, das pessoas que sonham e lutam por um mundo mais igual e mais justo.

A covardia é tamanha que não mostram a cara, mas as autoridades públicas, inclusive policiais têm obrigação de localizar os criminosos e propor a punição mais exemplar, para que o fato não se repita, nem contra Manuela, nem contra nenhuma mulher. Muito menos contra nenhuma criança.

Esses ataques persistem por causa do clima de impunidade. Temos um desgoverno que incentiva esse tipo de violência contra todas as pessoas que se levantam contra o autoritarismo e a bandalheira que ocorre no país. 

Não podemos deixar passar sem resposta contundente e dizer que resistiremos sempre. Até o dia em que a civilização vencer a barbárie, a liberdade vencer o fascismo, o respeito prevalecer e o amor superar todo o ódio, que destrói a natureza, a humanidade, a vida e o mundo.

Forças reacionárias, fascistas, de direita, não aceitam que mulheres avancem nos espaços políticos, principalmente quando essas mulheres expressam de forma tão viva, tão clara, a luta pela emancipação feminina, por igualdade de direitos entre os gêneros, pela democracia e justiça social.

Força Manu!

Todas as mulheres estão com você!

CTB Educação – Apeoesp é um coletivo de professoras e professores da rede pública oficial do estado de São Paulo, filiados à Apeoesp

segunda-feira, 7 de junho de 2021

UNEGRO REALIZA III CICLO DAS OFICINAS AFRODIALÓGICAS, Inscreva-se até 15/06

 

Já estão abertas, até o dia 15/06, as inscrições para a terceira edição das Oficinas Afrodialógicas, promovidas pela Unegro Bahia. Com o tema central “Mulheres Negras e a Arte de (Re)Existir!”, o evento traz ao centro as mulheres negras que, em um cenário de aumento de violência, sub-representação nos cargos eletivos e de chefia, além das consequências do abismo social existente, lutam por seu espaço. 


O link para inscrições pode ser acessado através do link: bityli.com/RoAmJ ou entrando em contato através do e-mail: unegrobaoficinas@gmail.com. 


As oficinas aconteceram de forma gratuita, de 10 a 29 de junho, às 18h30, e sua abertura está marcada para o próximo dia 07, às 19h. As aulas serão integralmente virtuais através do canal da entidade na plataforma youtube, com disponibilização de certificado ao fim do circuito. 


Programação


Aula Inaugural 

07 de junho | 19h 


Oficinas: 


Legado de Lélia Gonzalez para a Compreensão e Interpretação do Brasil

10 de junho |Horário: 18h30 


Mulher Negra e Espaços de Poder 

15 de junho | Horário: 18h30 


Mulheres Negras e Ancestralidade 

17 de junho | 18h30 


O Direito à Favor das Mulheres Negras 

22 de junho | Horário: 18h30 


Saúde das Mulheres Negras 

29 de junho |Horário: 18h30 


Para mais informações, favor contatar a Coordenação das Oficinas Afrodialógicas:

Andréia Almeida: 71 98506-9329 (wpp) 71 9 9206-7431 |e-mail: andreiap.almeida@hotmail.com

Luís Cláudio Costa: 71 99118-9070 | e-mail: causidico21@yahoo.com.br

domingo, 6 de junho de 2021

Morre o líder comunitário Wanderley Gomes, do PCdoB e da Conam




Militante foi vítima da Covid-19


por André Cintra

Publicado 05/06/2021 13:34 | Editado 06/06/2021 14:00


Morreu na noite desta sexta-feira (4), aos 59 anos, o líder comunitário Wanderley Gomes da Silva, dirigente do PCdoB-AP, da Conam (Confederação Nacional das Associações de Moradores) e da Unegro (União dos Negros pela Igualdada Racial). Ele estava internado desde maio no Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá (HU-Unifap) devido a complicações da Covid-19.

Wanderley chegou a ser intubado e a passar por sessões de hemodiálise, mas não resistiu. Sua morte ocorreu no dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 470 mil vítimas da pandemia do novo coronavírus.

“A Conam está de luto. Perdemos nesta noite o nosso amigo, militante e parceiro de muitas lutas: Wanderley Gomes da Silva”, registrou a diretoria da Conam, em nota. “Além da sua militância, Wanderley era um grande formulador e sua opinião sempre contribuía aos debates do movimento comunitário e da saúde. Seu legado e exemplo viverão na nossa luta por comunidades mais justas e democráticas, pelos direitos do novo povo!”


Mineiro de Conselheiro Lafaiete, nascido em 1961, Wanderley era apelidado pelos amigos e companheiros de “Caranguejo”. De origem sindical, passou para o movimento comunitário na região metropolitana de São Paulo ainda nos anos 1980. Na década seguinte, foi eleito para o primeiro de seus mandatos na Facesp (Federação das Associações Comunitárias do Estado de São Paulo). Desde as primeiras lutas, destacou-se sobretudo como ativista do SUS (Sistema Único de Saúde).


“É preciso que a sociedade brasileira lute pelo SUS constitucional – aquele que garante a saúde como um direito. Um SUS universal, com qualidade e equidade, como obrigação do Estado e direito do cidadão”, afirmava. “Não permitamos a volta do tempo anterior ao SUS, em que os mais pobres eram tratados como indigentes e a atenção à saúde estava garantida somente para aqueles que faziam parte do mercado formal de trabalho.”

Uma vez na Conam, Wanderley representou o movimento comunitário e a própria entidade em uma série de instâncias colegiadas. Ele esteve, entre outras tarefas, no Conselho Nacional de Saúde, no Conselho Nacional das Cidades, na Comissão Nacional Intersetorial de Vigilância em Saúde e, mais recentemente, no Conselho Estadual de Saúde do Amapá. Em nota de pesar, o conselho amapaense lamentou a perda de “um dos mais valorosos combatentes em defesa das políticas públicas”, que “dedicou sua vida às causas nobres e à luta por justiça social”.


Filiado ao PCdoB desde os anos 1980, Wanderley foi militante de base, dirigente municipal em Mauá e membro da direção estadual do PCdoB-SP. Desde 2011, era da comissão executiva (secretariado) do PCdoB-AP. Militante antirracista, integrou ainda a Unegro. “Wanderley era um dos imprescindíveis a que se referia Brecht, era um legítimo herdeiro da luta de Zumbi, abençoado pelo Orixás e por Tupã, pelas águas, pelas florestas”, registrou a Unegro, também em nota.

O editor do Vermelho, Inácio Carvalho, também lamentou a morte de Wanderley em mensagem enviada à família. Carvalho externou sua solidariedade “pela partida desse baita cara, lutador do povo” e afirmou que teve muito contato com o líder comunitário quando ele decidiu enviar artigos para o portal. Conforme o jornalista, os textos “aliavam a luta popular e a defesa de ideias avançadas, sempre focado na necessidade um programa de desenvolvimento para o Brasil que atendesse as necessidades do povo”.Homenagem da UJS-AP a Wanderley

Na opinião de Wanderley, era preciso garantir a politização das lutas populares. “O movimento comunitário evoluiu sua visão estratégica de luta na medida que deixou de ser um movimento reivindicativo e elevou seu patamar a movimento político. Com uma visão avançada das lutas sociais no Brasil, compreende que suas lutas específicas devem estar ligadas às lutas políticas que apontam saídas progressistas para os dilemas do País e o projeto de nação”, escreveu ele em artigo para o Vermelho, onde publicou vários artigos.
Segundo Wanderley, “o movimento comunitário politizado e de luta nos aproxima do povo e abre janelas para abordagens dos mais amplos problemas sociais. Reforçar o diálogo com o movimento comunitário é relevante ao projeto de desenvolvimento social como alternativa para o para o BrasilWanderley Gomes da Silva deixa a esposa, Aldinea Machado, e três filhos.

O arranjo do novo governo sionista e a resistência palestina - Sayid Marcos Tenório





Alternância no comando sionista não trará nenhum benefício para o povo palestino. É mais do mesmo.


por Sayid Marcos Tenório no Portal Vermelho

Publicado 05/06/2021 10:36 | Editado 05/06/2021 12:01
Naftali Bennett

Segundo a mídia internacional, o chefe do partido de direita Yamina, Naftali Bennett, deve assumir o cargo de primeiro-ministro da entidade sionista, derrotando Benjamin Netanyahu, o premiê que desde 2009 se mantém à frente do governo israelense, sem interrupção do mandato. Contudo, o novo gabinete só será anunciado na próxima quarta-feira (9), quando o Knesset, o Parlamento israelense, fará votação para aprovação do novo gabinete.

Apesar das previsões a respeito da escolha de Bennett, Netanyahu ainda busca uma última cartada, tentando provocar uma nova eleição, que poderia alterar a atual composição do Knesset para permanecer à frente do governo da ocupação. Manter-se no poder significa, para Netanyahu, não ter que responder as acusações de suborno, fraude e abuso de confiança que poderiam, caso fosse condenado, levá-lo a cumprir até 10 anos de prisão.

Este arranjo para formação do novo governo que envolve uma coalizão de oito partidos foi anunciado nos últimos minutos do prazo pelo líder do bloco de oposição no Knesset, Yair Lapid. O esforço do bloco será unificar partidos da direita e centro-direita sionistas que supera o apoio de 61 deputados, para formação do governo que incluirá o Yamina e Yesh Atid, mas também o Azul e Branco, liderados por Benny Gantz; Yisrael Beytenu, dirigido por Avigdor Lieberman; Nova Esperança, dirigido por Gideon Saar; o Partido Trabalhista, liderado por Marav Michaeli; Meretz, dirigido por Nitzan Horowitz; e o Ra’am, ou Lista Árabe Unida, liderada por Mansur Abbas.

Um fato que chamou a atenção, foi o anúncio de que os “árabes” estariam apoiando a nova composição política que governará a ocupação sionista. A Lista Árabe Unida (Ra’am) também conhecida como Movimento Islâmico, é um partido árabe religioso que elegeu quatro deputados nas últimas eleições e que fez parte da Lista Conjunta, uma coligação partidária “árabe” que incluía os partidos Balad, Hadash e Taal. Sua plataforma política concentra-se amplamente em questões socioeconômicas para os cidadãos palestinos, sem, no entanto, contestar a ocupação, as violações cotidianas de Israel contra palestinos, mesmo os que vivem nos territórios de 1948.

Apesar do que afirmam alguns analistas e até órgãos de mídia, a Lista Árabe e o seu líder Mansour Abbas, embora sejam considerados como uma organização islâmica na configuração política israelense, não mantém nenhum nível de relação direta com o Movimento de Resistência Islâmica – Hamas ou com a Jihad Islâmica Palestina. O Hamas rejeita fortemente a participação política no Knesset e não apoia qualquer iniciativa de composição de governo.

Em um comunicado de imprensa na noite da quarta-feira 2 de junho, o membro do Birô Político do Hamas, Izzat al-Rishq, declarou que o povo palestino não apoia nenhum governo sionista, e que alimenta esperanças apenas na “nossa valente resistência, para libertar todas as nossas terras palestinas ocupadas.”

A narrativa de que a Lista Árabe e seus integrantes são ligados ao Hamas, além da desonestidade intelectual, tem como objetivo confundir tanto a opinião pública israelense, quanto o movimento global de solidariedade pró-Palestina. Ao se associar a esse processo de formação de um novo governo de direita, a Lista Árabe age com o objetivo de ganhar benefícios para os seus integrantes e não para os árabes israelenses, que continuarão sendo tratados como cidadãos de segunda categoria pelos governos da ocupação sionista.

O Hamas não fez nenhuma declaração oficial ou se posicionou sobre a composição do novo Governo da entidade sionista. Simplesmente, porque a coalizão que está se formando para assumir o governo é composta por partidos da direita e centro-direita sionistas, incluindo o Ra’am. O pretenso novo premiê, Naftali Bennett, é tão ou mais radical de direita quanto Benjamin Netanyahu, no que se refere ao direito dos palestinos ao seu estado nacional soberano.

O entendimento é que essa alternância no comando sionista não trará nenhum benefício para o povo palestino. É mais do mesmo. A resistência continuará com o dedo no gatilho, porque a qualquer momento, seja Bennett ou Netanyahu, a entidade sionista desencadeará novas agressões com o objetivo de expandir a ocupação e negar os direitos do povo palestino ao seu Estado e o retorno dos refugiados. Por isso, o Hamas e as demais forças da resistência palestina continuarão lutando pelos direitos do povo, pela preservação dos locais sagrados, pela libertação dos presos políticos e pelo fim da ocupação em todos os territórios palestinos.

Outro ponto coincidente entre Netanyahu e Bennett, que causa preocupação, refere-se ao posicionamento a respeito dos aliados externos da resistência palestina, entre eles o Hezbollah, o Irã e a Síria. Ambos são capazes de uma aventura contra o Irã, por exemplo, com o único objetivo de mobilizar a os israelenses em torno dos seus objetivos de consagrar o projeto colonial e o apartheid na Palestina.

Mesmo sem vislumbrar mudança na composição do governo sionista, gostaríamos de salientar algumas mudanças no cenário interno e externo em Israel e na Palestina ocupada que podem sinalizar alterações principalmente na imagem de “bom mocismo” e na narrativa surrada do “direito legítimo de defesa” que Israel vem sustentando nas sete décadas de ocupação do território palestino.

O evidente fracasso militar e da inteligência da entidade sionista na recente agressão militar contra Gaza, a crescente impopularidade de Israel em todo o mundo, o fato de o Tribunal Penal Internacional ter iniciado inquérito sobre os crimes de guerra e de lesa-humanidade praticados contra a Faixa de Gaza desde 2014, se somam a recente decisão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, que aprovou a abertura de investigação sobre os abusos de Israel nos territórios palestinos ocupados, após os episódios criminosos de maio deste ano. Esses fatos demonstram que Israel dificilmente vencerá batalhas contra palestinos em qualquer terreno.

Estamos assistindo os esforços dos políticos sionistas de direita e centro-direita onde a incapacidade de firmarem um acordo para compor o governo de ocupação, evidenciam a inviabilidade histórica e civilizacional do estado judeu, essa aberração criada após a partilha ilegal e injusta da Palestina Histórica em 1947. Por outro lado, é notório o crescimento mundial do sentimento de que povo palestino tem o legítimo direito de existir e de resistir ao apartheid e a limpeza ética com todas as medidas e métodos possíveis, inclusive com os mísseis da resistência.

Sayid Marcos Tenório
Historiador, Vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina (Ibraspal) e autor do livro Palestina: do mito da terra prometida à terra da resistência (Anita Garibaldi/Ibraspal, 2019). E-mail: sayid.tenorio@uol.com.br - Twitter: @HajjSayid

sexta-feira, 4 de junho de 2021

PLENÁRIA DAS ESTATAIS ATIVIDADE PRÉ-CONGRESSO DA CTB DF


PLENÁRIA DOS NÚCLEOS DAS ESTATAIS DO V CONGRESSO DA CTB DF E ENTORNO - CONGRESSO DA UNIÃO COM A CGTB


Querido(a) trabalhador(a) de Estatal


Faremos uma plenária com os núcleos dos Urbanitários (as) e dos Bancários(as) da CTB e da CGTB do DF e Entorno. Essa plenária é para esclarecer e organizar a luta em defesa das estatais, na semana decisiva para a manutenção da ELETROBRAS pública. Participe, ajude-nos nessa luta e do V Congresso da CTB-DF e Entorno, ajude-nos a salvar o Brasil, a democracia e as estatais do Genocídio de Bolsonaro.
 

PLENÁRIA DAS ESTATAIS DO V CONGRESSO DA CTB DF E ENTORNO - CONGRESSO DA UNIÃO COM A CGTB

 Reunião do(a) Zoom.

Segunda - 7 jun. 2021 19h00


Inscreva-se antecipadamente para esta reunião:
https://zoom.us/meeting/register/tJ0tcO6qpjwjG9CK5GgExbcHmFNJYohGCQWU

Após a inscrição, você receberá um e-mail de confirmação contendo informações sobre como entrar na reunião.
 
Defender as estatais é defender o Brasil!
Parem a privatização da ELETROBRAS!
 
 
 Saudações classistas
 
Victor Frota da Silva e Rosângela Rosa
Núcleo dos Urbanitários CTB-DF/CGTB/DF
 
Paulo Vinícius da Silva e Rafael Guimarães
Núcleo da CTB Bancári@s DF

quinta-feira, 3 de junho de 2021

A gente se vê no #ForaBolsonaroGenocida - Paulo Vinícius da Silva

O meu aniversário foi lindo. Betinho, Mari, Ingrid, Eliana e Hadassa comigo, a gente vivo e com saúde, teve até sarau e bolo. Graças, que benção. Mas foi ainda melhor. O meu aniversário foi na data em que o povo brasileiro se espritou e disse #ForaBolsonaroGenocida. 

 

26 de maio em Brasília, participação da CTB-CGTB

Isso muda tudo, esses meses de sofrimento e luto que temos partilhado sobre a Nação amortalhada. Eu amanheço e leio o obituário do Facebook, foi o que se tornou. Nunca mais escreverei a podre palavra Bolsonaro sem lhe agregar o devido Genocida. Peço pelos meus amigos que sofrem e padecem pelo genocídio, e sofro e morro um pouco também, com eles e elas. 
 
Que tristeza foi ter presenciado nesses anos tanta gente empobrecendo, perdendo sonhos, oportunidades, e por fim, sendo morta, de racismo, de violência, de feminicídio, de fome e de COVID... Fico triste sobretudo pelas pessoas de 18 a 45 anos que não veem futuro no Brasi e em suas vidas por não termos um projeto nacional de desenvolvimento e estarmos sendo saqueados pelo rentismo financeiro miliciano e vende-pátria. Eu falei tanto, avisei tanto, eu já sabia, e todos os dias eu me condôo, sinto essa dor, essa vergonha, esse medo, essa raiva, junto com minha geração que sofre. 
 
Nunca acreditei que o sofrimento sozinho leva à justa consciência e à saída. A consciência e a unidade são os grandes desafios. O sofrimento pode pôr a pergunta, mas é a solidariedade e o esclarecimento que dão os caminhos para buscarmos as respostas, nesses tempos de neblina e escuridão a perder de vista. Amanhecemos com esse gosto amargo na boca, de pensar que a vida está uma merda, e da certeza que podemos fazer melhor, que o Brasil é muito melhor que essa quadrilha, monstros, ladrões. Tanta vontade de ver meu povo feliz...


E é por isso, que todo dia, eu e vocês, amanhecemos lutando, pela vida, pela democracia, contra o preconceito, a discriminação, a injustiça, já cedo, com sangue nos olhos e no coração. Toda manhã agradeço, por despertar e poder lutar pela libertação do Brasil e pelo Socialismo. O capitalismo é um fracasso de dimensões apocalípticas e eu não sou de tocar violino no convés do Titanic.

É uma alegria, uma honra e um imperativo moral, militar com vocês, queridos(as) camaradas de todas as correntes que dividem comigo todos os dias essa mesma luta pelo socialismo, aonde estiverem. E vocês sabem que podem contar com os(as) camaradas, pois nós iremos até a última estação. Os comunistas guardam sonhos. Para isso, no entanto, é preciso ter mais disciplina e consciência. Lutar sempre custou as nossas vidas, mas hoje isso tem um sentido diferente. Então, tenho exigido mais de mim e de todos, e acho que está pouco.

Em vez de ficarmos pabos, só uma dica: a gente ainda tá perdendo de lavada. 
 
 
Dia 29 a gente até chamou, mas o povo foi porque quis. Será que estamos em sintonia? Falta liga entre nós para vencer essa batalha tão dura, gente. Teremos de enfrentar as milícias e o vírus nas ruas. Precisamos de coragem, certamente, mas sobretudo de unidade popular, organização para poder impulsionar a Frente Ampla. É possível. Nos EUA, na Colômbia, na Palestina, eles mostraram. É possível, mas apenas se tivermos as ruas e não tivermos medo. E o povo disse que quer lutar. Mas ainda não sanamos as fissuras e fraturas que permitirão termos a hegemonia do processo político para salvar o país. Bolsonaro ainda é Presidente, nós continuamos a morrer, eles estão vendendo o patrimônio indispensável para reconstruir o Brasil. É preciso unir-nos.

Ao tempo que saúdo o retorno de Lula ao cenário político, preciso alertar que não se fazem grandes mudanças com indivíduos, por melhores que sejam. Muitas vezes eles eliminaram nossos líderes. Ter o Lula é fantástico. Mas quando não temos, o que nos sobra? Luta institucional é UMA dimensão da luta política, UMA parte do poder politico, este sim, o centro do processo transformador. Aonde isso se realizou e aonde a defesa  foi eficiente, foi aonde se construiu melor  Frente Popular como pólo capaz de dirigir uma Frente Ampla e que conduza o país. parece não será nem Frente Ampla sem PT, nem Frente de Esquerda, mas, olhem só, Frente Ampla com Lula. O Brasil não é para principiantes.
 
É preciso construir a unidade do povo de modo mais perene para que a Frente Ampla prevaleça como um avanço, abrindo caminhos. Sem povo na rua, sem unidade popular, a amplitude pode se perder, como nos inúmeros acordos conservadores que obstaram as transformações da nossa história. Frente Ampla e Frente Popular não são duas coisas separadas, sem o povo unido não poderemos dirigir os setores inorgânicos e vacilantes, o centro. Frente, seja ampla, seja popular, sempre é um misto de unidade e luta. A volta de Lula muda muito, mas não muda tudo. A espada do arbítrio ameaça a democracia com a cláusula de barreira.  As milícias estão de armas em punho. A desunião nos trouxe inúmeras derrotas e estamos cercados de luto e dor.
 
O caminhos das federações partidárias pode ser a saída para a democracia brasileira e para a unidade necessária para levar o processo de mudanças adiante. O desatre do Bolsonaro Genocida exige também à direita liberal dar-lhe um fim, e nuclear-se numa versão menos hidrofóbica e viável.  É pelo jogo grande que encontraemos a saída. Poderá o pós-Bolsonaro Genocida ser conquistado ou conduzido sem grandes conjuntos que deem racionalidade à condução do país?! Não basta ganhar no voto, amigos, a Frente Ampla é imprescindível, mas sem a união do povo, servirá a que?! Quem sabe o caminho das federações não abra caminho para uma outra coisa, mais ampla, uma verdadeira frente popular, não restrita aos partidos, apenas, mas aberta ao povo?! Diz que no Brasil, até voto é capaz de valer nas eleições de 2022. Mas está em disputa.

Um líder, um partido apenas, não podem levar adiante uma tarefa que cabe à Nação, por melhor que sejam. Nõa podemos desperdiçar jamais a oportunidade histórica, vejam só o que nos ocorreu até agora e meçam o peso de suas ações.

Fora Bolsonaro, Frente ampla, e sólida união do povo, parecem-me a luz no fim do túnel. É nessa esperança que eu me fio. Aí, em vez de seguir o dia triste, passo o dia lutando. Foi assim que não endoidei. Um dia, não poderei lutar mais, mas até lá, terei forjado camaradas com minhas palavras e atitudes, e acho lindo ver florescer as novas lideranças do povo, há que semear um futuro melhor hoje.

Eu nunca estive sozinho. O Partido Comunista me deu essa identidade indissolúvel com meu país e com o destino do meu povo, deu-me as armas certas para lutar por eles, e nós não pararemos jamais, até a vitória final. Deu-me, igualmente, esses ensinamento preciosos: vanguarda não é nada sem retaguarda, seu papel é exatamente unir o líder, as massas e o momento histórico, Príncipe Moderno, abrindo caminho spara o desenvolvimento nacional, a democracia e para o Socialismo. 
 
Há muito a fazer e temos de ter um senso de urgência, comprometimento e sacrifício, pois até outubro estamos a decidir a nossa vida e nossa futuro. Besta é quem pensa que a gente se atemoriza com dificuldades e desafios, deixa estar. Mas confesso minha impaciência com a tibieza e com nossos defeitos, há que corrigir. Sejamos rigorosos com nossa luta, porque voluntária, arriscada, decisiva, temos de fazer com amor, com consciência, e bem feito, mas temos de fazer. Vamos dar trabalho, tá pouco. Bora arrochar o nó. 
 
Paz entre nós, guerra aos Senhores, Frente Ampla, e dia 19 de junho a gente se vê no #ForaBolsonaroGenocida .

terça-feira, 1 de junho de 2021

PLENÁRIA DA EDUCAÇÃO DO V CONGRESSO DA CTB - UNIÃO COM A CGTB - Sábado - 05/06, 9H INSCREVA-SE

Sábado, 05/06/2021 às 9h00 PLENÁRIA DO RAMO DA EDUCAÇÃO DA CTB - UNIÃO COM A CGTB

Atividade de mobilização ao V CONGRESSO DA CTB DF E ENTORNO (19/06) - CONGRESSO DA UNIÃO CTB-CGTB: UNIDADE NA LUTA  PELA VIDA, A DEMOCRACIA E PELO EMPREGO NO DF.

 #FORABOLSONARO - Sábado, 05/06/2021 às 9h00 PLENÁRIA DO RAMO DA EDUCAÇÃO -

Faça sua inscrição:   

https://docs.google.com/formS/d/1XWI4EJAKAtPwqAnykY860GhpJ9X_YEz6ttdBQQaYnUQ/edit