SIGA O COLETIVIZANDO!

Livro Kindle Textos de Combate - Venda Disponível

Textos de Combate: Sem perder a ternura, jamais - Paulo Vinícius da Silva - à Venda

O livro Textos de Combate: sem perder a ternura, jamais! já está disponível!Não precisa ter kindle, basta baixar o aplicativo ou entrar no c...

domingo, 23 de outubro de 2011

José Dirceu sobre Orlando Silva e a Imprensa Golpista - Do Blog do Dirceu


blog do zé
Ditadura da mídia mantém Operação Derruba Ministro a pleno vapor
Publicado em 18-Out-2011
Image
Orlando Silva
Um editorial e seis matérias, pelo menos na Folha; manchete enorme de 1ª página em O Globo e cinco páginas de matérias; isso sem falar no Estadão, com chamada de capa e pelo menos 6 matérias.

Hoje, esse é o quadro e o resumo só dos nossos maiores jornalões na continuidade da cobertura - melhor seria dizer "campanha" - sobre as denúncias feitas contra o ministro do Esporte, Orlando Silva. A Operação Derruba Ministro está a mil.

Nossa mídia, fantasiada de objetiva e neutra, mas na prática transformada em partido político de oposição, opera no sentido de desmantelar a base (de aliados) do governo e criar um clima "de mar de lama". O termo era usado nos anos 50 do século passado por essa mesma imprensa e pela UDN no auge da campanha contra o presidente Getúlio Vargas que moveram - até levá-lo à morte.

Operam, agora, de novo, para criar um clima de oposição a um governo que tem aprovação recorde, já que mantém um rumo aprovado três vezes pela cidadania em eleições democráticas em 2002, 2006 e 2010. É só conferir, também, as últimas pesquisas de opinião pública. Por elas, mais de 70% dos brasileiros aprovam o governo e apóiam a presidenta Dilma Rousseff.

Situação criada é uma violação das normas democráticas


Beira a uma violação das normas de convivência democrática o uso descarado e aberto da imprensa com fins políticos, sem meios termos, por seus donos e proprietários. O que querem é derrubar ministros, mesmo quando as acusações ou denúncias sejam infundadas.

Não estou dizendo que não se deva apurar os fatos e as providências nesse sentido já foram tomadas. Mas, mídia, oposição e cia não aguardam a mais leve, sequer o início, de investigações ou decisões da Justiça.

São taxativos. Fulminantes. Não querem sequer esperar a tramitação normal de um processo dessa natureza. Vide o título do principal editorial do Estadão hoje: "Ministro tem que sair"..... E na Folha: "Mais um"... Nunca vi coisa igual.

Sabem os interesses que o Minstério dos Esportes desperta hoje com suas verbas para obras da Copa e das Olimpíadas. Sabem o caráter de quem fez as denúncias, também já mostrado à exaustão pelo ministro acusado.

Mini-gestapos promovem uma ditadura


Mas, sobre isto, calam, não querem saber. São ao mesmo tempo, acusação e autoridade judiciária. Fazem e aceitam a denúncia, presidem o inquérito, e condenam. São ao mesmo tempo ministério público, delegado e juiz, uma espécie de corpo de jurado sumário, que se alça acima da Justiça e da Constituição.

Uma ditadura! Ou, pior, ovos de serpentes, filhotes de pequenas milícias e mini-gestapos que vão sendo inoculados nas  redações, acima do bem e do mal. Portam-se qual anjos vingadores, numa caricatura dos seriados norte-americanos onde se faz justiça com as próprias mãos.

DITADURA! Isso mesmo! Este é o nome de todas as formas não democráticas de justiça, que não respeitam o devido processo legal, o contraditório, a presunção da inocência e o princípio elementar de que o ônus da prova cabe ao acusador.

É preciso dar um basta a essa escalada golpista que se assoma acima da lei e da Constituição. Com a palavra o Judiciário e o Legislativo, como deve ser numa democracia.

Mídia não consegue disfarçar frustração por não derrubar ministro Orlando Silva
Publicado em 22-Out-2011
Image
Orlando Silva
Não foi desta vez. Desta, não deu certo. A mídia tentou e forçou para que o ministro do Esporte, Orlando Silva caísse. Desrespeitou abertamente o seu direito à presunção da inocência e ao devido processo legal ante denúncias em seu Ministério.

Tentou - e continua a tentar - substituir a Justiça. Quando não consegue, pressiona para que o julgamento não a desmoralize, não mostre que todo o escândalo foi factóide criado artificialmente por ela. É sua forma e jeito de continuar tentando impor decisões, primeiro à presidenta Dilma Rousseff, depois à Justiça.

Ainda que no caso de que falamos agora, do ministro Orlando Silva, a presidenta da República tenha deixado claro que se pautará pela lei e a Constituição, e que não aceita linchamentos morais e pré-julgamentos.

"Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio"

O governo "não condena ninguém sem provas e parte do princípio civilizatório da presunção da inocência. Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio e não vamos aceitar que alguém seja condenado sumariamente", disse a presidenta em nota oficial.

E o ministro, na reunião com ela na noite de ontem comunicou-lhe ter adotado todas as providências para corrigir e punir malfeitos, ressarcir os cofres públicos e aperfeiçoar os mecanismos de controle do Ministério do Esporte.

"É inaceitável para mim conviver com qualquer tipo de suspeição. Esclareci todos os fatos e as acusações que tenho sofrido. Desmascarei todas as mentiras para a presidente", afirmou ele ao sair dessa reunião no Palácio do Planalto.

Imprensa age como se suas manchetes não fossem desmentidas


Nada. Nenhum desses pontos fica em destaque. Vai para o meio das matérias - quando vai. A imprensa finge que não é com ela. Apesar do desmentido de várias de suas manchetes, continua a agir como se nada tivesse acontecido. Agora arrumou que Pelé foi consultado e que o jornalista Juca Kfouri, também, foi convidado para ser ministro, quando os fatos demonstram o contrário.

Essa mesma mídia e tipo de manchete já haviam sido desmentidos na informação que deram de que o ministro Orlando Silva tinha sido substituído na coordenação da Copa e da Olimpíada no Brasil e que estava demitido.

Nada abala a estratégia traçada pela nossa imprensa. Ela continua criando factóides sem nenhum compromisso com a verdade jornalística. Da mesma forma que insiste em dar foros de verdade às denúncias do soldado ongueiro João Dias acusador do ministro. Mesmo Dias não apresentando provas e sendo desmentido diariamente pelos fatos e testemunhas.

Por que não aceitam que o governo e o ministro Orlando Silva tenham seus direitos constitucionais respeitados da mesma forma que a mídia exige respeito aos seus próprios direitos?

Foto: Valter Campanato/ABr
 .
Lei de Imprensa é fundamental
Publicado em 22-Out-2011
A presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), também superintendente do Grupo Folha, Judith Brito, declarou que o Brasil não precisa de uma nova legislação sobre as atividades das empresas de comunicação e sobre o trabalho jornalístico.

Ela externou sua opinião no seminário promovido pela ANJ e pela Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul com o objetivo de discutir as relações entre liberdade de imprensa e Poder Judiciário. Um tema fundamental, aliás.

Judith tenta justificar sua posição e a do seu e demais jornalões com o argumento de que os temas abordados pela velha Lei de Imprensa serão "gradualmente" abordados pela Justiça que criará jurisprudência sem que haja necessidade de o país criar novas normas. Ela se refere-se à velha Lei de Imprensa, aquela sancionada pela Junta Militar que governava o Brasil em 1969, extinta em 2009 porque absolutamente defasada.

Mas, como ficamos diante da violência com que foi tratado o ministro Orlando Silva nesta semana, quando "cairam" com ele várias vezes? E diante da placidez com que a mídia encarou e noticia a venda das emendas parlamentares na Assembléia Legislativa por deputados aliados ao governo Geraldo Alckmin?

Frente ao verdadeiro dois pesos duas medidas da imprensa brasileira, é mais do que óbvio que precisamos, sim, de uma lei de imprensa. Uma lei para regulamentar a Constituição e garantir direitos mínimos, como os de resposta e de preservação de imagem à semelhança do que ocorre em todos os países democráticos do mundo.


Não se conformam que sua vontade política não seja obedecida
Publicado em 22-Out-2011
As manchetes da mídia hoje, nessa linha seguida pelo menos pelos três grandes, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo e O Globo, de que "ultimato do PC do B evita degola na esplanada" só expressa a frustação e o ódio dos jornalões porque sua vontade política não foi obedecida.

São mais uma demonstração inequívoca de que eles querem governar o país e executar sumariamente ministros. Todas três manchetes (desses grandes jornais) revelam o sentimento de frustração da mídia. Dizer - como faz o Estadão no alto de sua 1ª página - que o governo ignora denúncias é mentira.

É puro jornalismo ideológico contra um partido comunista, e partidário, alinhado à oposição contra o governo. Mentira, porque todos os órgãos do governo estão investigando as denúncias - todos os órgãos do Estado brasileiro responsáveis por questões dessa natureza, repito. É só conferir o que os próprios jornalões têm sido obrigados, a contragosto, a noticiar.

Inventar um ultimato do PC do B também, como querem fazer esses jornais... francamente...Esta manchete da 1ª do Folhão, então, "Fifa já 'demitiu' ministro, e Temer cita nome de Pelé"... Até parece que a Folha converteu-se numa sucursal do Palácio do Planalto na Barão de Limeira, nomeando e demitindo ministros. Com essas manchetes, só pode ser essa a pretensão do jornal.

A única verdade nessas manchetes é a que afirma que a presidenta Dilma recusou e repeliu o rito sumário exigido pela imprensa. Leiam a íntegra da nota oficial divulgada pelo Planalto sobre a reunião do ministro com a presidenta na noite de ontem, e o artigo publicado pelo ministro Orlando Silva, hoje, na Folha de S.Paulo.

Um comentário:

  1. É, PV, e agora a Época com a matéria atacando diretamente o PCdoB (chamando-o de PCdoBolso)... Isso irrita, hein? Dizem que defendem a liberdade de imprensa, mas só usam a leviandade de imprensa...

    ResponderExcluir