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sábado, 30 de setembro de 2017

Luto na cena cultural joinvilense: morre Caroline Lisa Schultz

Tive a sorte de conhecer a Caroline Lisa, e só hoje soube de sua partida.
E dói.

Luto na cena cultural joinvilense: morre Caroline Lisa Schultz


Luto na cena cultural joinvilense: morre Caroline Lisa Schultz08 de abril de 20141



A cultura de Joinville e do Estado ficou mais vazia na madrugada desta terça-feira (8). Caroline Lisa Schultz perdeu a batalha contra o câncer, que a vinha assombrando desde 2012. Ainda atuante nos últimos meses, o quadro da atriz e produtora agravou-se nos últimos dias, quando ela encontrava-se em Goiás. Transferida para Joinville, onde desenvolveu uma longa e sólida carreira na música e, principalmente, no teatro, Caroline faleceu à 1h20, na casa de sua mãe, e está sendo velada na Capela Borba Gato.
Atriz e bailarina com mais de 20 anos de experiência, Caroline atuava como produtora cultural desde 2000. Em 2006, virou produtora e integrante da Cia. Didois, ao lado de Sabrina Lermenn e Amarildo Cassiando, com quem explorou fortemente a pesquisa em dança-teatro em espetáculos como Samsara, Amor Barato e (R)existência. Produziu espetáculos para os grupos Novo Tempo, Coral Boca da Noite, Compasso Livre, Chá de Cevada, Mercado de Dança e Teatro e Cia. Joinvilense de Teatro. Também respondeu pela direção artística e dramaturgia do espetáculo Os Gatos, da Orquestra de Câmara Villa-Lobos, da Casa da Cultura.
Fora dos palcos, foi secretária e tesoureira da Associação Joinvilense de Teatro (Ajote), diretora de comunicação e vice-presidente da Federação Catarinense de Teatro (Fecate), suplente no Colegiado Nacional de Teatro, trabalhou na Fundação Cultural de Joinville entre 2009 e 2012 e foi secretária executiva do Conselho Municipal de Políticas Culturais. Caroline batalhou arduamente pela implantação do Sistema Estadual de Cultura, tendo inclusive participado da mobilização que aconteceu no CIC, na Capital, em 2012. No ano seguinte, passou alguns meses trabalhando na Fundação Cultural de Rio do Sul, além de desenvolver um espetáculo de música infantil com o marido, o músico Diogo Goulart.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Valores postos à prova - Luciano Siqueira

Navegando no mar revolto da múltipla crise que aflige o país, pode parecer "ideológica" - em sentido pejorativo - a reafirmação de valores muito caros à militância revolucionária.

Mas não é.

Ao contrário, justamente nas refregas de maior envergadura, quando a dispersão política e ideológica se expande e o movimento transformador reclama descortino e rumo, a necessidade de uma justa atitude militante se acentua.

Isto porque a uma corrente política consequente, como o PCdoB, se impõe o que temos chamado de inteligência coletiva - a construção solidária da orientação política, fruto da vivência na luta concreta e da fascinante aventura da especulação teórica e tática.

Com a consumação do golpe que afastou do governo a presidenta Dilma, interrompeu-se o ciclo transformador que se iniciara no primeiro governo Lula, a partir de 2001, dando lugar a uma conjuntura inteiramente nova - de regressão neoliberal.

Nela, do ponto de vista tático, a essência está na correlação de forças, agora muito adversa. Agrupamentos situados ao centro, antes aliados ao Partido dos Trabalhadores, migraram para o conluio com a direita.

O campo comprometido com o ciclo anterior hoje não passa de um quinto do parlamento.

E a cena política recorrentemente sofre direcionamento advindo do Judiciário, do aparato policial e da mídia hegemônica.

Nossas forças, derrotadas na batalha do impeachment, se reagrupam gradativamente e ainda sob enorme dispersão no terreno das ideias, além da pressão "esquerdista" de que resulta exacerbado sectarismo.

A complexidade da situação e o entrechoque de distintas percepções e entendimentos sobre o que se passa, em ambiente de tremenda instabilidade e de consumada imprevisibilidade, inquieta a todos e se reflete no interior dos partidos.

Assim, o chamado debate interno é tão necessário quanto intenso, sujeito a divergências não imediatamente elucidadas com as quais é preciso conviver.

No caso particular do PCdoB, o correto, equilibrado e respeitoso equacionamento de divergências políticas é, na atualidade, uma das expressões mais elevadas do seu amadurecimento. Inspira-se na política de quadros aprovada no 11° Congresso, ela mesma um salto qualitativo quanto à construção partidária.

Nada que impeça a imperiosa necessidade do Partido agir "como um só homem" (usando a expressão de Lenin). Ou seja, preservando sua unidade, coesão e capacidade combativa.

A cada pronunciamento da Comissão Política Nacional - que responde pelo Comitê Central -, uma opinião hegemônica se afirma e se faz referência para todo o coletivo militante, resguardadas eventuais divergências individuais.

Essa compreensão democrática e amadurecida da orientação centralizada reforça o caráter de classe do Partido e sua missão histórica.

E, por conseguinte, contribui para a compreensão de que nenhum militante é maior do que o Partido, por mais saliente que seja o seu papel na sociedade e por relevante que seja a sua contribuição para a ampliação da influência dos comunistas.

Dito de outra forma, haverá sempre uma linha demarcatória (de que a sensibilidade e o espírito coletivo de cada um deve dar conta) entre o pensamento individual (com todos os seus méritos e nuances) e o pensamento do Partido.

Somos homens e mulheres "de partido", preservamos conscientemente essa linha demarcatória e remetemos dúvidas e divergências ao debate nos fóruns partidários.

Desse modo, nenhum comunista tem a sua criatividade e o seu ímpeto pessoal inibido, pois direciona suas inquietações para a construção coletiva das ideias.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

PCdoB emite nota sobre desfiliação de Aldo Rebelo - Portal Vermelho



PCdoB emite nota sobre desfiliação de Aldo Rebelo - Portal Vermelho:




Em nota divulgada nesta terça (26), o PCdoB comenta a desfiliação do ex-ministro Aldo Rebelo. O Secretariado Nacional do partido afirma que lamenta a decisão do antigo correligionário, mas a respeita. "Afinal, o vínculo a um partido político se mantém ou se desfaz com base em convicções e livre consciência", diz. Segundo o texto, a relação com Aldo se modifica, mas “pode prosseguir pautada pelo respeito mútuo e por ações convergentes em torno da defesa da Nação e da classe trabalhadora”.


Confira a íntegra:

Sobre a desfiliação de Aldo Rebelo do PCdoB

Aldo Rebelo, destacada liderança do PCdoB, respeitada personalidade nacional, desfiliou-se da legenda comunista, à qual se vinculou ao longo de 40 anos, e anunciou sua filiação a um outro partido.

No PCdoB, Aldo foi eleito, com o trabalho abnegado da militância e seu talento político, cinco vezes deputado federal. Com a confiança nele depositada pelo Partido, foi ministro de Estado em quatro pastas e eleito presidente da Câmara dos Deputados.

Ao longo dos últimos meses, a direção nacional do PCdoB empreendeu com Aldo persistente diálogo, visando à superação de divergências programáticas e políticas que ele vinha pontuando. Buscou mantê-lo no Partido que ele ajudou a construir, o formou e o projetou como uma das principais lideranças do país. Apesar dos esforços empreendidos, entretanto, a escolha de Aldo foi outra.

O PCdoB lamenta a decisão de Aldo Rebelo, mas a respeita. Afinal, o vínculo a um partido político se mantém ou se desfaz com base em convicções e livre consciência. Daqui por diante, abre-se uma relação política de natureza nova. Relação que pode prosseguir pautada pelo respeito mútuo e por ações convergentes em torno da defesa da Nação e da classe trabalhadora.

Guiado por um Programa cuja síntese é Nação forte, soberana e rumo socialista, o Partido Comunista do Brasil caminha para completar um século de presença na história do país. Chegou até aqui e projeta-se para o futuro pelo trabalho abnegado e coerente de várias gerações de lutadores e lutadoras do povo brasileiro. Os militantes do PCdoB sabem, inclusive suas maiores lideranças, que acima das opiniões pessoais está a sabedoria do coletivo partidário.

No presente, os comunistas realizam seu 14º Congresso, fortalecendo o PCdoB em todas as suas dimensões. A centralidade da luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento, soberano, democrático e popular – eixo estruturante de nosso programa e caminho para transição ao socialismo – faz do PCdoB a trincheira consequente da defesa da nação, da democracia e dos direitos dos trabalhadores. Estamos convictos de que as fileiras da legenda comunista são terreno fértil para essas perspectivas.

São Paulo, 26 de setembro de 2017

Secretariado Nacional do PCdoB






Do Portal Vermelho

domingo, 24 de setembro de 2017

Dilma, a honrada, a valente, avisou em abril de 2016.

A porta da rua é a serventia da casa. Avante, e viva o PCdoB! - Paulo Vinícius Silva



Não peço desculpa a quem sai. A porta da rua é a serventia da casa. Esperei pra dizê-lo.

Mas, a quem ingressa e quem fica... A porta da entrada é a mais bonita. Somos pequeninos, mas invocados(as) e temos uma História linda a defender, sonhos ainda mais belos a conquistar. Amamos o Brasil, a classe trabalhadora, a democracia, a solidariedade.

A esses e essas tantos, exatamente agora, digo: Dê cá um abraço, camarada, e vamos construir o 14º Congresso do PCdoB!!

Há muito a fazer pelo Brasil, pela democracia, pelos trabalhadores e trabalhadoras.

Ser militante comunista é orgulho. Sempre vi assim.

E o PCdoB? Que fará o PCdoB?
Oxente, o de sempre camarada. Você não lembra quantos caíram, quantos erraram a senda, quantos contaram que a gente já era, e nós aqui, traveiz, traveiz, traveiz, hasta la victoria siempre?

Então, olha o que eu tenho de importante sobre o que fará o PCdoB:
https://pcdob.org.br/…/14o-congresso-do-pcdob-resolucoes-a…/

Nós, passarinho! E viva o PCdoB <3

#ForaTemer #DiretasJá #Frenteampla

sábado, 23 de setembro de 2017

A Presidenta do PCdoB Luciana Santos emite nota sobre ameaça de intervenção militar - Portal Vermelho

Luciana Santos emite nota sobre ameaça de intervenção militar - Portal Vermelho: '





  
Confira a nota na íntegra:
Democracia e soberania nacional serão restauradas pelo povo


O Golpe de Estado de que o Brasil foi vítima, depois de a democracia ter sido mutilada, segue a expor o país a uma crescente crise institucional, com a perda de equilíbrio e o choque entre os Poderes da República. Um novo sintoma de que essa crise se deteriora veio de uma declaração recente de um general da ativa pregando abertamente uma “intervenção” militar como solução para a grave situação nacional. Este General já fora disciplinarmente admoestado em 2015, quando foi removido do comando militar do Sul, por ato político de indisciplina.  O presente episódio, embora isolado, não pode ser minimizado pelas forças democráticas, patrióticas e populares. É grave e exige firme e equilibrado repúdio.
Este episódio não é um raio em céu azul. Em grande medida, deriva da perda de autoridade dos Poderes da República, da forte desmoralização – sobretudo do Executivo – do protagonismo político descabido do Judiciário, dos gravíssimos danos contra a Nação e a classe trabalhadora, entre eles, o desmonte do Estado nacional e a privatização de empresas e riquezas estratégica do país.
É produto, também, da “satanização” que houve, e que há, por parte dos monopólios midiáticos, da política e dos partidos como um todo. A campanha exaustiva e contínua de que todos os partidos e todos os políticos são inaptos e corruptos cria um caldo de cultura reacionário de que a saída seria fora da política. Daí esse brado reacionário, afrontoso à Constituição Federal, de que a intervenção militar seria a solução.
Esse grito do general por uma “intervenção” militar contra os descaminhos do golpe parlamentar soma-se a outras cogitações retrógradas, como implantação do parlamentarismo ou de um semipresidencialismo, que, no seu conjunto, ameaçam truncar, este sim, o único caminho –dentro do calendário estipulado pela Constituição Federal – para se restaurar a democracia e a soberania nacional: a realização da eleição presidencial de 2018.
Pela realidade política concreta do país, a responsabilidade de restaurar a democracia, salvar o Brasil, preservar os direitos é uma tarefa que cabe às forças democráticas, patrióticas e populares.
Que as Forças Armadas, nas circunstâncias da ruptura democrática que houve, sigam, como corretamente o fizeram até aqui, atuando nos marcos da Constituição. Por isto, é positiva a Nota do Comandante do Exército, General Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, reafirmando o compromisso da Instituição com a democracia, com a Nação e informando que, diante do episódio citado, foram adotadas providências para assegurar “ a coesão, a hierarquia e a disciplina”.
Recife, 23 de setembro de 2017
Deputada Federal Luciana Santos
Presidenta do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)



Do Portal Vermelho

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Cuba e os corações que encaram furacões - Sérgio Serrano



Irma, mulher furiosa, que, com seu andar destruidor, nos dá uma lição de política prática.


Anuncia que vai para Cuba e que daí viajará, como qualquer balseiro, rumo à Flórida para buscar o sonho americano.

Oh, surpresa! O sonho americano consiste num grito que diz “lá vem o Irma, salve-se quem puder”. As pessoas correm ao supermercado para acumular comida até desabastecê-lo totalmente. As pessoas, em seus carros, procedem à evacuação gerando o bloqueio das vias. As pessoas pensam se está em dia o pagamento do seguro.

A população da Flórida foge do Irma. Em sua fuga, a gasolina se esgota e as vias se engarrafam com a quantidade de carros. Em seu fuga, movida por combustível fóssil, garantem que virão mais furacões ainda maiores.
Darwinismo social, sobrevive quem tem.

Em Cuba, pequena ilha bloqueada e solidária, de imediato formam-se as brigadas de trabalho, que são a forma organizada de defender o outro, o vizinho, o irmão, o desconhecido. Uns põem a comida e os medicamentos de todos a salvo; outros se ocupam de lhe fazer manutenção do saneamento básico para mitigar as inundações; podam-se as árvores para que os ramos não sejam projéteis assassinos; ocupam-se de levar as pessoas a refúgios e instalações militares seguras. Ante o perigo coletivo, o plural é a resposta. A ira do Irma encontra um povo, por amor e por dever reunido.

Antes de morrer, Irma saberá que sua ira é inútil quando há um muro de corações que se juntam.

Sergio Serrano (@Cubanamera)

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