Centenas de pessoas participaram na tarde desta quarta-feira (1) do segundo grande protesto do Movimento Desocupa, que pede a saída do prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro (PP), que faz uma das piores administrações que a cidade já teve. A manifestação começou no Campo Grande e tomou corpo durante todo o percurso até a sede da Prefeitura, na Praça Municipal.
A Federação das Associações de Bairros de Salvador (FABS) é uma das entidades que participam desde o início do movimento, que não tem uma organização centralizada. “O movimento é formado por um conjunto de entidades e pessoas de diversos segmentos da sociedade. Começamos com a luta contra a privatização do espaço público e ampliamos a luta contra o PDDU e a LOUS. Hoje o movimento está crescendo a cada nova manifestação, o que mostra que a insatisfação com o governo João Henrique é um sentimento de toda a sociedade”, disse o presidente da FABS, João Pereira.
Os protestos contra a aprovação do PDDU e da LOUS sem discussão com a sociedade permearam todos os discursos dos manifestantes. Muitos criticaram também a Câmara de Vereadores, que aprovou a retirada do poder deliberativo do Conselho da Cidade e as mudanças do PDDU que foram incluídas na LOUS. Os nomes dos 31vereadores que votaram pela aprovação do projeto foram lidos durante a caminhada, para que a população soubesse quem eram eles.
Outros vereadores, como as comunistas Aladilce Souza e Olívia Santana, além da petista Marta Rodrigues, se integraram ao movimento sem constrangimento, já que votaram contra o PDDU, a LOUS e tantos outros projetos que prejudicam Salvador. Entidades como a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Unegro, UNE, ABES, MSTS e muitos sindicatos também compareceram à caminhada.
“A manifestação foi uma demonstração de força, com uma quantidade grande de gente vindo para as ruas, mostrando sua indignação, dizendo que a gente quer ser ouvido. Pedindo a revogação desta LOUS, dizendo que a gente não aguenta mais a cidade ser dirigida a partir de uma gestão catastrófica, um desvario completo. A fragilidade política, moral e institucional desta gestão, configura um ambiente perfeito para a atuação predatória dos interesses privados em Salvador, da especulação imobiliária, da indústria da limpeza, máfia do transporte. Ou seja, são várias máfias que atuam na cidade hoje e a gente quer dá um basta nisto”, ressaltou Ícaro Vilaça, um dos articuladores do Movimento.
O grupo já começou a mobilizar uma grande manifestação para a segunda-feira de Carnaval, quando desfila a Mudança do Garcia.
De Salvador,
Eliane Costa.
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