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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Reflexões militantes sobre 2012 - Paulo Vinícius Silva


O ano de 2011 marcou uma mudança importante na luta de classes no Brasil. A direita, visando a conter os avanços transformadores - tais como as mudanças na política econômica sempre defendidas pelo PCdoB, o crescimento eleitoral da esquerda e em especial dos comunistas, seu avanço orgânico e comunicacional-, passou a atacá-los sistematicamente, chegando a urdir um factóide para defenestrá-los do governo Dilma e de suas responsabilidades junto à condução da Copa do Mundo e das Olimpíadas.

Esperava assim atemorizá-los(as), conter o avanço do PCdoB na institucionalidade, na juventude, nas prefeituras, na internet. Maior surpresa não poderia haver que a resistência cibernética levada adiante pela militância, em plena unidade com a direção partidária e sua ainda maior participação na luta para denunciar as guerras e maquinações imperialistas, o capital rentista e o monopólio da mídia a restringir a liberdade de imprensa. À sórdida tentativa de desconstruir a militância e de fazer grudar nos comunistas a pecha de corruptos encontrou intransponível trincheira no coração abnegado dos militantes, nas sua unidade, no brio com que defendem sua honra, e a certeza de quem não deve, como tem se demonstrado, dado o caráter mentiroso das denúncias que os fatos estão a mostrar.

O PCdoB pôde assim frustrar as pretensões da direita, mantendo-se à frente do Ministério dos Esportes através de Aldo Rebelo, sem passar recibo à tentativa de desconstrução de Orlando Silva, inclusive levando à justiça as publicações detratoras. E fechou o ano dando um presente de Natal à altura ao Brasil, quando o camarada Protógenes Queiroz levou adiante o clamor popular de uma década, propondo uma CPI para a investigação do escandaloso crime de lesa-pátria da Privataria Tucano, magistralmente denunciado pelo intimorato Amaury Júnior.

É plenamente possível antever o implacável cerco aos comunistas para conter seu crescimento, fato que se reafirma com a crescente mobilização da imprensa conservadora que, em meio à piora da crise capitalista, tece incessante campanha anticomunista e anti-socialista, como evidenciam as coberturas sistemáticas visando a estigmatizar a luta de resistência da Coréia Popular e o bombardeio da Rede Globo contra Cuba. Buscam esconder o desespero ante a comprovação dos crimes do neoliberalismo cometidos contra a Nação, assim como vingar-se desse resiliente protagonismo dos vermelhos, que aprenderam com Amazonas, Grabois, Pomar, Arruda Câmara e Prestes que não se pode jamais desistir da luta.

Outra frente da grande imprensa visou a pagar com trinta moedas de ouro - na verdade, os 15 minutos de fama - a quem dentre a esquerda se dispusesse a fazer coro com a direita no intento de desconstruir o Partido Comunista do Brasil. E, para registro lamentável da implacável História, encontrou quem o fizesse. Mas não apenas, pois a solidariedade - muito mais representativa - também veio, de todos os lados, acalentando, enternecendo, emocionando, apoiando a militância no combate.

Assim, a estratégia é clara: visa a, por um lado, desmoralizar o ideal socialista e comunista, de outro, deslegitimar o Partido Comunista como legítima organização nacional, brasileira, campeã da defesa da democracia no Brasil, surgida do povo, herdeira de 90 anos de Histórias de lutas, assim como ocultar, desvirtuar e corromper suas ideias sobre o Brasil e o mundo.

A imprensa golpista ameaça e investe pesadamente nessa batalha, mas, por outro lado, não pode evitar de difundir a existência e seu incômodo com essa força política que reúne mais de 200 mil membros e que esgrime lideranças reconhecidas, honestas, combativas e representativas do povo, muitas delas favoritas nas eleições municipais de 2012. O tratamento anterior era ignorar, menosprezar os(as) comunistas, e isso não é, nem será mais possível. Mas são desafios ainda maiores, e demandam mais firmeza e inteligência tática e estratégica para saber, com serenidade, vencer a presente quadra, avançando ainda mais na acumulação de forças.

E ante as provocações, ataques e o cerco, o PCdoB tem sua História de lutas, tem sua militância, tem suas opiniões sobre como mudar o Brasil, imediata e no médio e longo prazos. O PCdoB tem seu Programa Socialista para o Brasil, elaborado por sua militância democraticamente, com a singular, rica e democrática vida interna, razão de suas unidade e força. E é por isso que o Coletivizando, vermelho assumido, sem mandato outro que não a mirada sincera de um militante comunista, apresenta para conhecimento de todos um pouco da História e o próprio Programa, como modesta contribuição à monumental luta de ideias que marcará o ano de 2012, que inicia.

Sem receios, ansioso pela peleja, confiante na vitória, esperançoso de grandes conquistas para o Brasil, deixo para todos(as) os(as) democratas verdadeiros, progressistas, socialistas consequentes e aos(às) queridos(as) camaradas esses elementos que considero importantes para o próximo período. E desejo um 2012 de vitórias, saúde, esperanças, de vitórias na vida pessoal de cada um(a), e de muita luta. Como disse sabiamente Gonçalves Dias: "a vida é combate, que aos fracos abate. Aos fortes, aos bravos, só pode exaltar".

Paulo Vinícius Silva

Um vídeo para entender a coragem dos militantes do PCdoB

Programa Socialista para o Brasil

O fortalecimento da Nação é o caminho, o socialismo é o rumo

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