28/11/2011
O 12o Congresso da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, realizado no último final de semana, dias 26 e 27, em Salvador, aprovou alterações no estatuto e elegeu a nova diretoria da entidade para o triênio 2012/2015. Foram reeleitos como presidente, Emanoel Souza, e como vice, Eduardo Navarro. No congresso, os bancários discutiram também temas de interesse da categoria, como a crise econômica mundial, a regulamentação do Sistema Financeiro e as perspectivas do sindicalismo no Brasil.
Foto: Manoel Porto
Na solenidade de abertura do Congresso, no sábado (26), estiveram presentes a deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) e representantes de outras entidades sindicais, como Rumiko Tanaka (Contec), Miguel Pereira (Contraf) e Edival Góes, presidente da CTB-SE. Participaram do Congresso, 102 delegados (81 homens e 21 mulheres), 13 observadores e 11 convidados.
Homenagem
Homenagem
O momento mais marcante na abertura do encontro foi a homenagem prestada ao ex-dirigente do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana durante o golpe militar, Osmar Pereira Ferreira, que sofreu prisão e tortura em defesa dos seus ideais e pela luta dos trabalhadores. O companheiro Osmar, ao receber a placa comemorativa, emocionou a todos com seu depoimento forte e corajoso: "Continue a luta. Fortaleça seus sindicatos e reúnam os bancários. Não podemos depor as armas!", conclamou Osmar.
Crise econômica
Crise econômica
No debate sobre a crise econômica mundial, José Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe, traçou um panorama da situação do sistema capitalista na atualidade. Uma crise que começou em 2008 nos Estados Unidos e agora alcança gravemente os países da Europa, como Grécia, Itália, Portugal, Espanha e França. Souza destacou que as dificuldades econômicas neste momento mostram o poder do mercado financeiro, que tem derrubado governos e atacado o Estado de bem-estar social, levando a população a ir para ruas protestar.
Foto: Manoel Porto
Foto: Manoel Porto
Sistema financeiro
Eduardo Navarro, vice-presidente da Federação e diretor da CTB Nacional, iniciou a discussão sobre a regulamentação do Sistema Financeiro. Navarro reafirmou a necessidade de uma reforma no sistema financeiro no Brasil, que é altamente concentrado com apenas 10 grandes bancos e com os bancos públicos disputando o mercado e possuindo relações trabalhistas às vezes piores do que dos bancos privados.
Eduardo enxerga uma mudança de postura do governo Dilma em relação ao sistema financeiro, com uma ênfase na diminuição das taxas de juros. Destacou a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento econômico e bancarização do país. Criticou a bancarização adotada atualmente no Brasil baseada nos correspondentes bancários: "É esse o sistema financeiro que se quer para um país de ponta?", questionou. Para Navarro, "um sistema financeiro que temos que pensar deve ser baseado nos bancos públicos, voltado para a clientela e que valoriza o capital humano".
Foto: Manoel Porto
Eduardo enxerga uma mudança de postura do governo Dilma em relação ao sistema financeiro, com uma ênfase na diminuição das taxas de juros. Destacou a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento econômico e bancarização do país. Criticou a bancarização adotada atualmente no Brasil baseada nos correspondentes bancários: "É esse o sistema financeiro que se quer para um país de ponta?", questionou. Para Navarro, "um sistema financeiro que temos que pensar deve ser baseado nos bancos públicos, voltado para a clientela e que valoriza o capital humano".
Foto: Manoel Porto
Sindicalismo
No sábado à tarde, os debates foram reiniciados com a exposição de Emanoel Souza sobre a perspectiva do sindicalismo no Brasil. Emanoel lembrou os ataques que os sindicatos dos bancários sofreram no período da implantação do neoliberalismo no país a partir do Governo Collor, com corte de liberação de dirigentes, demissões, perdas de direitos para os novos trabalhadores e epidemia de LER (Lesões por Esforços Repetitivos).
Emanoel avaliou que durante a Era Lula o sindicalismo viveu uma crise de identidade, com muito dirigentes sindicais no governo. Mas neste período aconteceu a legalização das centrais e a realização da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), que definiu uma agenda conjunta dos trabalhadores, como a diminuição da jornada de trabalho.
O presidente da Federação chamou a atenção para os desafios do movimento sindical na atualidade, como a reforma da Previdência, que pretende retirar direitos dos trabalhadores, e a reforma sindical defendida pela CUT, que propõe a unicidade e a extinção do imposto sindical. Emanoel defendeu a participação dos sindicatos na luta pela democratização da mídia e a busca por um nível maior de mobilização no movimento sindical.
Emanoel avaliou que durante a Era Lula o sindicalismo viveu uma crise de identidade, com muito dirigentes sindicais no governo. Mas neste período aconteceu a legalização das centrais e a realização da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), que definiu uma agenda conjunta dos trabalhadores, como a diminuição da jornada de trabalho.
O presidente da Federação chamou a atenção para os desafios do movimento sindical na atualidade, como a reforma da Previdência, que pretende retirar direitos dos trabalhadores, e a reforma sindical defendida pela CUT, que propõe a unicidade e a extinção do imposto sindical. Emanoel defendeu a participação dos sindicatos na luta pela democratização da mídia e a busca por um nível maior de mobilização no movimento sindical.
FEEB Sergipe e Bahia aposta na renovação e na Juventude
A federação inovou ao incluir no seu estatuto a diretoria de juventude, que será ocupada por Lucas Galindo (à esquerda), jovem bancário do Banco do Brasil e militante da União da Juventude Socialista. Ademais, a FEEB Bahia e Sergipe incluiu em seu estatuto mecanismo que fortalece a renovação, com a proibição de eleições sucessivas, que passam a ser limitadas a dois mandatos.
http://feebbase.com.br e Coletivizando
Nenhum comentário:
Postar um comentário