Centrais sindicais vão se reunir com a presidente Dilma Rousseff na próxima segunda (29), no Palácio do Planalto. Segundo o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, a reunião foi convocada pela própria Dilma. “Não nos informaram qual a pauta da reunião, mas vamos levar para a discussão a questão do fator previdenciário e também da desindustrialização”, disse.
Centrais não aceitarão medidas que prejudiquem trabalhador
“Acompanhando os noticiários, percebemos que a crise está sendo uma das principais preocupações do governo. Nesse sentido, já estamos indo à reunião com o objetivo de defender interesses sociais. Se surgir como assunto o corte de benefícios nessa área, vamos nos manifestar contra. Não colaboramos com o governo para prejudicar trabalhadores.”, diz João Carlos Gonçalves, o Juruna, Secretário geral da Força Sindical
As centrais vêm pedindo a extinção do fator previdenciário e já vinham discutindo a questão com o governo. Ontem (25), o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, disse que as discussões estão interrompidas porque o governo ainda estuda uma alternativa ao fator previdenciário.
De acordo com Garibaldi, as discussões serão retomadas quando o governo apresentar sua proposta, o que deve acontecer até o final do ano. Quanto à desindustrialização, as centrais pedem que o governo tome medidas para conter a entrada de produtos importados que estão prejudicando a geração de empregos.
Todas as Centrais confirmaram participação. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), por exemplo, estará representada pelo presidente Wagner Gomes e por Adilson Araujo, presidente da CTB-Bahia.
Segundo informações da Agência Sindical, a expectativa das entidades é grande. Elas querem aproveitar a reunião para discutir com Dilma, além da pauta trabalhista unitária, medidas que fortaleçam a economia e coloquem o Brasil o mais distante da rota da crise que atinge parte da Europa e dos Estados Unidos, sob o ponto de vista dos trabalhadores.
O movimento sindical, no entanto, evita usar a palavra crise e pretende chegar no encontro munido de propostas. “Temos o remédio: é mais salários e menos juros”, afirma o consultor sindical João Guilherme Vargas Netto.
Reportagem do Vermelho com informações da Agência Brasil, Agência Sindical e CTB
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