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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Para os que virão - Thiago de Mello

Que lindo esse poema que nos foi apresentado pelo Igor, do RS, através de seu Orkut.



Como sei pouco, e sou pouco,
faço o pouco que me cabe
me dando inteiro.
Sabendo que não vou ver
o homem que quero ser.

Já sofri o suficiente
para não enganar a ninguém:
principalmente aos que sofrem
na própria vida, a garra
da opressão, e nem sabem.

Não tenho o sol escondido
no meu bolso de palavras.
Sou simplesmente um homem
para quem já a primeira
e desolada pessoa
do singular - foi deixando,
devagar, sofridamente
de ser, para transformar-se
- muito mais sofridamente -
na primeira e profunda pessoa
do plural.

Não importa que doa: é tempo
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja
de aprender a conjugar
o verbo amar.

É tempo, sobretudo, de deixar de ser
apenas a solitária vanguarda de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
( Dura no peito, arde a límpida verdade
dos nossos erros. )
Se trata de abrir o rumo.
Os que virão, serão povo, e saber serão, lutando

Thiago de Mello

Estrofe final sugerida por Igor, incluída a 30/10/2015 às 08h24

Um comentário:

  1. Cabe dizer que a poesia ainda tem uma estrofe final:

    "É tempo sobretudo
    de deixar de ser apenas
    a solitária vanguarda
    de nós mesmos.
    Se trata de ir ao encontro.
    ( Dura no peito, arde a límpida
    verdade dos nossos erros. )
    Se trata de abrir o rumo.

    Os que virão, serão povo,
    e saber serão, lutando".

    Esta poesia foi muito marcante para mim, foi quando eu decidi entrar na UJS.

    Grande abraço.

    Igor Corrêa Pereira
    Porto Alegre/RS

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