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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Globo joga pesado para impedir povo do Acre de mudar fuso horário - Portal Vermelho

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Em greve desde dezembro do ano passado contra o aumento da taxa de matrícula, que subiu para 800 dólares, os estudantes conseguiram uma vitória: a renúncia do presidente, José Ramón de la Torre, no último dia 14. Antes de renunciar, ele enviou uma carta ao Chefe de Polícia solicitando a saída dos policiais do campus.

A notícia da saída da polícia foi recebida com alegria pelos estudantes, que estavam em uma marcha por todo o campus. No entanto, continuam as demandas pelo fim da taxa de matrícula, garantia de recursos para a universidade e de que não haja perseguição aos estudantes, professores e servidores que participaram da greve.

Depois de sucessivos atos de truculência por parte da polícia, a solidariedade com os estudantes tornou-se crescente. A indignação se canalizou para a marcha "Yo Amo la UPR”, no último dia 12, que reuniu mais de 10 mil pessoas. Tanta pressão contribuiu para a saída da polícia e a renúncia do presidente José Ramón de la Torre.

Na tarde do dia 14, a Junta de Síndicos da Universidade nomeou o reitor do campus de Mayagüez, Miguel Muñoz, como presidente interino. Conhecido por sua política "linha dura” contra os estudantes, ele fez ameaças de chamar novamente a Força de Choque caso os alunos não terminem a greve.

Repúdio

Em nota, a Federação Universitária Pró-Independência (Fupi) repudia a imposição de Muñoz como presidente da Universidade de Porto Rico e suas ameaças de trazer a polícia de volta aos campi. "Ameaçar de voltar a chamar a polícia aos recintos universitários, deixar ver que Miguel Muñoz é uma marionete a mais a serviço do governo vigente. Se quisesse trazer paz institucional à Universidade, se sentaria e dialogaria sossegadamente com o estudantado e revisaria a cota de 800 dólares, que é o ponto da discórdia no conflito”, afirmou o secretário de comunicação nacional da Fupi, Diego Oliverio. Ele lembra ainda que os cargos administrativos da UPR devem ser eleitos pelos três setores que compõem a comunidade universitária: estudantes, professores e servidores. "Para isto, a UPR deve ser verdadeiramente autônoma”, acrescenta.

Os estudantes seguem em greve e exigem que o governo negocie com o Comitê de Representação Estudantil. "Mas uma negociação com poder real, não de fachada”, acrescentam, no site do Centro de Comunicação Estudantil. Ontem (17), houve paralisação nas faculdades de ciências sociais e ciências humanas, além de rodas de conversa, uma assembléia e caminhada com músicas e palavras de ordem.

Mais mobilizações

Redes de simpatizantes com a greve da Universidade de Porto Rico preparam um dia de mobilizações ao redor do mundo, que acontecerá em 11 de março, data representativa para o movimento estudantil do país, pois remete a um episódio sangrento de confronto com a polícia, em 1971. Os interessados em organizar manifestações podem enviar um email para redaccion@gmail.com para aderir à declaração de solidariedade e acessar a página redaccion-pr.net para obter informações sobre as atividades já pautadas.

Fonte: Adital, com informações do Indymedia Puerto Rico

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