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Textos de Combate: Sem perder a ternura, jamais - Paulo Vinícius da Silva - à Venda
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011
PC do Samba: PCdoB filia Fabinho do terreiro, grande sambista mineiro - com o Correio Progressista
Correio Progressista
As notícias mais interessantes para os internautas progressistas
Com muita alegria e samba na ponta do pé o PCdoB realizou neste último sábado uma grande festa em comemoração à entrada para as fileiras do partido de um dos mais renomados sambistas de Minas Gerais, Fabinho do Terreiro. “É com grande satisfação que recebemos o Fabinho em nosso partido”, disse a presidenta do PCdoB em Minas, a deputada federal Jô Moraes.
“Desde garoto o Fabinho freqüenta as rodas de samba. Ele é uma grande pessoa e um lutador da causa da musica popular”, declarou Dona Elisa, sambista referência da velha guarda do samba em Minas Gerais, também presente no evento.
Vários nomes de peso do samba mineiro prestigiaram o evento na sede estadual do PCdoB de Minas. Entre eles Bira Favela, cantor, que fez questão de destacar que Fabinho do Terreiro conhece a trajetória do samba em Minas das últimas décadas e tem autoridade para representar o samba e a cultura popular. A grande roda de samba também marcou o lançamento da pré-candidatura do sambista a vereador na cidade de Belo Horizonte.
“Para nós da direção do PCdoB em Belo Horizonte é uma honra e um orgulho receber a filiação do grande sambista Fabinho do Terreiro. É uma grande emoção, pois Fabinho muito mais que um excelente músico, é um símbolo da resistência à marginalização social do povo negro e do samba. Com toda certeza, a construção da sua candidatura para vereador em Belo Horizonte tem muito a acrescentar ao projeto partidário e à política da cidade, em especial na área da Cultura”, declarou Dalva Estela presidente do comitê municipal do PCdoB em BH.
O PCdoB em Belo Horizonte acaba de sair de sua 12ª conferência com mais de 800 filiados e militantes mobilizados em suas bases. O partido vive um momento de consolidação e reposicionamento na política municipal. A filiação de Fabinho do Terreiro chega para coroar este momento de fortalecimento do PCdoB na capital mineira.
O compositor e interprete, Brassamba ressaltou que Fabinho é uma liderança do movimento cultural de BH, que conhece por dentro as comunidades e é uma referência para as novas gerações do samba em Minas. Opinião está endossada pelo compositor Cabral e pelo ritmista Simão de Deus, todos presentes no lançamento da pré-candidatura. Barba do Pandeiro, cantor e instrumentista, e Jaiminho do Surdo falaram do compromisso do Fabinho com o samba: “ele já gravou para o Neguinho da Beija-Flor, para Almir Guineto e para o Zeca Pagodinho, mas ele é desprendido do dinheiro, faz show de graça sempre que é para divulgar a cultura popular. Fabinho é poesia pura.”
“Vim para o PCdoB pelo respeito que encontrei neste partido pela cultura e pela história de luta do povo brasileiro. Martinho, Leci e Netinho são grandes amigos que me incentivaram e me convidaram para o partido. Aqui eu me sinto em casa”, disse Fabinho. O sambista relatou quais são suas principais idéias e objetivos: “nossa luta é pelos direitos dos músicos e pela valorização da cultura popular. Acredito que Belo Horizonte precisa dar mais vida para os espaços culturais e precisamos ter mais abertura na mídia para os músicos das comunidades divulgarem seus trabalhos. É a serviço deste projeto e do fortalecimento do PCdoB que quero construir minha candidatura.”
Outro grande amigo do Fabinho do Terreiro, Dener da Beija-Flor, relatou que acredita ainda ser baixo o compromisso do poder público com a Cultura popular. “Ainda há muita marginalização da cultura oriunda do povo negro. As casas de samba da periferia sofrem muito mais fiscalização e presença da polícia militar do que as casas da região central da cidade. É preciso mudar isto, o samba representa a história do povo do Brasil”, disse.
Fatos como este é a melhor resposta que o PCdoB pode dar aos ataques caluniosos que a mídia reacionária tem desferido contra o partido nas últimas semanas. È com crescimento e inserção no seio do povo que combateremos nestes tempos de difamações, pois, é justamente o aumento do prestígio do PCdoB entre o povo que a direita midiática quer impedir. O PCdoB segue firme na luta, assim como o samba, buscando ser cada vez mais nacional e cada vez mais popular.
Vários nomes de peso do samba mineiro prestigiaram o evento na sede estadual do PCdoB de Minas. Entre eles Bira Favela, cantor, que fez questão de destacar que Fabinho do Terreiro conhece a trajetória do samba em Minas das últimas décadas e tem autoridade para representar o samba e a cultura popular. A grande roda de samba também marcou o lançamento da pré-candidatura do sambista a vereador na cidade de Belo Horizonte.
“Para nós da direção do PCdoB em Belo Horizonte é uma honra e um orgulho receber a filiação do grande sambista Fabinho do Terreiro. É uma grande emoção, pois Fabinho muito mais que um excelente músico, é um símbolo da resistência à marginalização social do povo negro e do samba. Com toda certeza, a construção da sua candidatura para vereador em Belo Horizonte tem muito a acrescentar ao projeto partidário e à política da cidade, em especial na área da Cultura”, declarou Dalva Estela presidente do comitê municipal do PCdoB em BH.
O PCdoB em Belo Horizonte acaba de sair de sua 12ª conferência com mais de 800 filiados e militantes mobilizados em suas bases. O partido vive um momento de consolidação e reposicionamento na política municipal. A filiação de Fabinho do Terreiro chega para coroar este momento de fortalecimento do PCdoB na capital mineira.
O compositor e interprete, Brassamba ressaltou que Fabinho é uma liderança do movimento cultural de BH, que conhece por dentro as comunidades e é uma referência para as novas gerações do samba em Minas. Opinião está endossada pelo compositor Cabral e pelo ritmista Simão de Deus, todos presentes no lançamento da pré-candidatura. Barba do Pandeiro, cantor e instrumentista, e Jaiminho do Surdo falaram do compromisso do Fabinho com o samba: “ele já gravou para o Neguinho da Beija-Flor, para Almir Guineto e para o Zeca Pagodinho, mas ele é desprendido do dinheiro, faz show de graça sempre que é para divulgar a cultura popular. Fabinho é poesia pura.”
“Vim para o PCdoB pelo respeito que encontrei neste partido pela cultura e pela história de luta do povo brasileiro. Martinho, Leci e Netinho são grandes amigos que me incentivaram e me convidaram para o partido. Aqui eu me sinto em casa”, disse Fabinho. O sambista relatou quais são suas principais idéias e objetivos: “nossa luta é pelos direitos dos músicos e pela valorização da cultura popular. Acredito que Belo Horizonte precisa dar mais vida para os espaços culturais e precisamos ter mais abertura na mídia para os músicos das comunidades divulgarem seus trabalhos. É a serviço deste projeto e do fortalecimento do PCdoB que quero construir minha candidatura.”
Outro grande amigo do Fabinho do Terreiro, Dener da Beija-Flor, relatou que acredita ainda ser baixo o compromisso do poder público com a Cultura popular. “Ainda há muita marginalização da cultura oriunda do povo negro. As casas de samba da periferia sofrem muito mais fiscalização e presença da polícia militar do que as casas da região central da cidade. É preciso mudar isto, o samba representa a história do povo do Brasil”, disse.
Fatos como este é a melhor resposta que o PCdoB pode dar aos ataques caluniosos que a mídia reacionária tem desferido contra o partido nas últimas semanas. È com crescimento e inserção no seio do povo que combateremos nestes tempos de difamações, pois, é justamente o aumento do prestígio do PCdoB entre o povo que a direita midiática quer impedir. O PCdoB segue firme na luta, assim como o samba, buscando ser cada vez mais nacional e cada vez mais popular.
Augusto Buonicore: Quem são os herdeiros de 1922?
Devo dizer que me espantei com uma Nota Política do PCB de 25 de outubro de 2011. A própria linguagem a desqualifica, mas é seu conteúdo que choca pela agressão que realiza contra a honra e a memória de parte importante do movimento comunista brasileiro e, ainda, por se prestar ao papel de linha auxiliar da reação que há uma quinzena realiza uma verdadeira caçada reacionária ao Partido Comunista do Brasil, PCdoB.
Por Augusto C. Buonicore *
Esta “Nota”, por sinal, não tem a cara de alguns de seus valorosos militantes, que conheço e respeito.
O referido texto começa com um parágrafo lapidar: “Se nosso Partido fosse legalista, poderíamos reclamar no Procon, no TSE, na justiça comum, contra a tentativa de sequestro da história do PCB: propaganda enganosa, falsidade ideológica, estelionato político, apropriação indébita”. Assinalamos que o texto já começa com um linguajar de “briga de salão”, que não é adequado a uma discussão teórica e política séria. O fundo da questão é que o atual PCB se considera o verdadeiro e único Partido Comunista do Brasil, fundado em 25 de março de 1922. Assim, ninguém mais poderia reivindicar esta herança. A pena para tal crime seria o achincalhe público e a desqualificação moral. Tese e prática com a qual não concordamos.
O alvo central das críticas – e da pretensão – dos neopecebistas é o PC do Brasil (PCdoB). Afirmam: “Todas as pessoas razoavelmente informadas, todos os intelectuais, historiadores, militantes políticos e sociais sabem que o PCdoB foi fundado em 1962, por uma insignificante minoria do Comitê Central do PCB, após ser fragorosamente derrotada no V Congresso do nosso Partido”.
De fato, grande parte das pessoas acredita que o PCdoB foi fundado em 1962. Contudo, também, não deixa de ser verdade que as “pessoas razoavelmente informadas”, tem a convicção de que o atual PCB foi fundado em 1992, depois que uma “insignificante minoria” – ainda menor do que aquela que “reorganizou” o PCdoB – foi sucessivamente derrotada nos últimos congressos do antigo PCB. Todos sabem que, para o bem ou para o mal, não existe nada mais diferente do velho PCB que o atual PCB.
Pergunto: se o PCdoB foi criado em 1962 e o atual PCB o foi em 1992, qual, então, seria o legítimo herdeiro de 1922? Os “especialistas”, talvez, respondesse “ninguém” e iria rir gostosamente desta discussão um tanto bizantina.
Estranhamente tentando reconstruir a história do seu ponto de vista, o neoPCB acabou distorcendo-a, ajudando a aumentar a confusão que ele se propõe esclarecer. A nota diz que apenas recentemente PCdoB se arvorou como herdeiro do antigo PCB. “Esta tática – de renegar hoje sua própria trajetória para tentar se apropriar da história que rejeitaram em 1962 – vem sendo aplicada em razão de uma realidade que os dirigentes desse partido nunca imaginaram possível: a reconstrução revolucionária do PCB”. Por isso, “precisam fingir que são o PCB, fundado em 1922, confundindo a opinião pública”. E conclui: “Se o verdadeiro comunista João Amazonas estivesse vivo ficaria envergonhado de assistir à manipulação de sua própria história”.
Todas as pessoas “razoavelmente informadas” sabem que essas afirmações não são verdadeiras, parecem saídas de alguém que não conhece minimamente a história do PCdoB e do próprio PCB. Leigos na rica história da esquerda brasileira.
Quando o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) começou a se reivindicar herdeiro de 1922? Será que foi durante o governo Lula ou devido à autointitulada “reconstrução revolucionária” do neoPCB, como afirmam? É obvio que não. Este debate surgiu logo no início da década de 1960 e foi uma das razões centrais para o racha dos comunistas brasileiros. Vamos aos fatos:
Quando em agosto de 1961, a direção do P C do Brasil (então PCB) decidiu apresentar um novo Estatuto e Programa ao Tribunal Superior Eleitoral, mudando o nome da organização para Partido Comunista Brasileiro e tirando as referências ao internacionalismo e ao comunismo, um grupo de expressivos militantes protestou e, numa carta, exigiu a convocação de um novo congresso para deliberar sobre aquelas mudanças. Ao serem expulsos, convocaram o que chamaram de V Conferência Nacional extraordinária com o objetivo de reorganizar o antigo Partido Comunista do Brasil, mantendo o nome e o Estatuto.
Os delegados reunidos ali reivindicaram para si – e para o Partido Comunista do Brasil reorganizado – a continuidade do antigo Partido e não o rejeitaram como diz o texto desinformado do atual PCB. Foi exatamente neste momento que o nosso país passou a ter dois partidos comunistas, reivindicando o mesmo passado, a mesma herança.
Só este estupendo desconhecimento da nossa história comum, beirando mesmo à má-fé, justificaria a afirmação que o verdadeiro comunista João Amazonas ficaria chocado se soubesse que o PCdoB estava reivindicando a história do PCB, antes de 1962. Existem dezenas de artigos nos quais Amazonas reivindica essa continuidade histórica, destaco apenas o documento 50 anos de Luta (1972) (e não dez anos), escrito em plena selva do Araguaia, em parceria com outro grande comunista, Maurício Grabois. Se estavam errados é outro problema, mas ninguém pode tirar-lhes o sagrado direito de reivindicar a herança, especialmente os neopecebistas.
Atualmente, seria perfeitamente defensável afirmarmos que a frondosa árvore nascida em 25 de março de 1922 deu vários galhos e frutos – uns morreram pelo caminho, outros cresceram e se desenvolveram, e um deles pelo menos, o PCdoB, se transformou num partido comunista que não para de crescer, com uma massa de militantes e com influência política e social. Um partido revolucionário e contemporâneo, fiel a sua identidade e aos seus princípios. Outros não tiveram a mesma sorte. Entre os galhos e frutos desta árvore estão Luís Carlos Prestes, João Amazonas, Carlos Marighella, Mário Alves, Maurício Grabois, Mário Alves, Pedro Pomar, Joaquim Câmara Ferreira, Gregório Bezerra, David Capistrano, Nestor Veras etc. Uma lista infindável.
Penso que, aos poucos, vamos superando a falsa ideia de que só poderia haver um único partido comunista em cada país. O restante, portanto, seriam necessariamente forças políticas pequeno-burguesas ou burguesas, adversários (ou inimigos) a serem derrotados. Tese que levava a um eterno processo de exclusões e anátemas, que prejudicavam a unidade das forças mais avançadas da sociedade. Ressuscitar este velho espírito em pleno século XXI é prestar um grande desserviço à causa dos trabalhadores e do socialismo.
Calúnias sob o manto de debate programático
Para o neoPCB um partido só é verdadeiramente comunista se não participar de governos, não tiver expressão política de massas e for uma organização exclusivamente de quadros, preferencialmente uma seita de puros. Nada mais avesso às concepções marxistas e leninistas de partido. Transportam modelos de partidos feitos para atuar na clandestinidade para momentos históricos marcados pela existência de uma democracia ampliada, ainda que burguesa.
O atual PCB entra inclusive no mérito do programa de TV do PC do B. Critica-o por exibir “um programa eleitoral voltado para as eleições de 2012!”. Continua a acusação: “com efeitos especiais, exibiram cinco atuais parlamentares que já estão em campanha para prefeituras, uma manobra comum a todos os partidos eleitoreiros”. Assim, continua ele, “ganham de qualquer forma. Vencendo as eleições, se tornam prefeitos. Se as perdem, antecipam em dois anos a campanha para sua reeleição ao parlamento”.
Para os neocomunistas passou a ser crime projetar lideranças, através do seu espaço na TV, um ano antes da campanha eleitoral. Pela nova cartilha estaria proibido aos deputados e senadores comunistas se lançarem candidatos às prefeituras de suas cidades e, especialmente, conseguirem ser eleitos. Os políticos de direita, que se utilizam diariamente da grande mídia, gostariam que a esquerda seguisse estes conselhos extremamente revolucionários. Somente uma seita sectária – sem nenhuma expressão política e social – seria capaz de propor algo deste tipo.
Continua a crítica dos neocomunistas: “Em 10 minutos de programa, não houve menção alguma ao imperialismo e ao capitalismo. Parece que, para esse partido, nem o imperialismo está inventando guerras contra os povos nem os trabalhadores do mundo estão lutando contra as retiradas de seus direitos, em meio à crise sistêmica do capitalismo”. Eles reduzem seu campo de visão aos 10 míseros minutos do programa de TV, no qual o PCdoB teve que, excepcionalmente, passar a maior parte do tempo se defendendo de ataques da direita.
Parece que eles não viram nenhum dos programas anteriores, não leram a imprensa do PCdoB, as resoluções de seus congressos ou seu programa socialista. Não acompanharam – nem acompanham – as lutas travadas pelas entidades nas quais os comunistas (do B) têm alguma influência. Se tivessem feito isso, teriam uma visão muito diferente e mais próxima da realidade. Não é sem motivo que é uma dirigente do PCdoB, Socorro Gomes, a atual presidente do Conselho Mundial da Paz e a primeira reunião dos Partidos Comunistas em nosso continente tenha sido no Brasil, tendo o PCdoB como anfitrião. Sinal de reconhecimento do seu papel na luta anti-imperialista por parte dos demais partidos operários e comunistas. Isso não é pouco.
Por fim, cabe nos referir à parte mais deplorável do documento – engrossando o coro da mídia burguesa contra o PCdoB. Afinal, esta tem sido a prática histórica de certas correntes esquerdistas no Brasil e no mundo. O texto começa de uma maneira um tanto malandra: “Aliás, por falar em dinheiro público, o PCB, na crítica política e ideológica que faz ao PCdoB, não centrará suas divergências nas recentes denúncias contra o Ministro dos Esportes. Ficamos com o benefício da dúvida, aguardando os desdobramentos do caso e a apuração das denúncias”.
Passa então a descrever detalhadamente as acusações contra o referido ministério, todas plantadas pela mídia conservadora, e chega mesmo a supor que estas denúncias seriam “a principal motivação da candidatura do deputado Aldo Rabelo a Ministro do TCU”. E, contrariando o nobre direito da dúvida, anunciado anteriormente, afirmou, sentenciando: “Independente dos resultados da apuração das denúncias (sic), um fato já é cristalino: integrado ao sistema, o PCdoB, durante os nove anos em que dirige o Ministério dos Esportes e outros espaços de poder, se enredou na promiscuidade com esquemas, públicos e privados, e com delinquentes”.
Fala, inclusive, que o PCdoB teria “voracidade por recursos não contabilizados”. Conclui, sem medo do ridículo: “Mas, como dissemos, nossa discussão é no campo político, na tática e na estratégia que devem adotar os que se reivindicam comunistas”. Aqui, num passe de mágica, calúnia sem prova virou crítica política e ideológica. Para o atual PCB o fato já é cristalino, não precisa de apuração, que passa ser uma formalidade jurídica. Os “neocomunistas” adotam as calúnias da revista Veja, e com base nelas fazem coro com o campo político mais reacionário do país.
Concluo com uma frase lapidar daquele documento que se diz comunista: “só é abatido na luta pelo poder no Estado burguês quem tem telhado de vidro”. Que o digam os parlamentares comunistas cassados em 1948, Jango e Allende, abatidos por um golpe militar. Apesar do desejo da direita e dos setores a ela aliados, o PCdoB não foi e nem será abatido tão facilmente, pois além de não ter telhado de vidro, possui história, grandes amigos e uma militância aguerrida que o fez transpor situações muito mais difíceis.
* Augusto Buonicore é historiador e secretário geral da Fundação Maurício Grabois
Orlando Silva é aplaudido de pé: "Eu sou inocente" - Portal Vermelho
Orlando Silva é aplaudido de pé: "Eu sou inocente" - Portal Vermelho
Depois de deixar o cargo na semana passada após denúncias sem nenhuma prova, o ex-ministro do Esporte Orlando Silva foi aplaudido de pé ao discursar na cerimônia em que entregou o cargo ao sucessor Aldo Rebelo. "Eu fico feliz de olhar para minha mãe, para minha esposa , minha filha e à senhora, presidenta, e dizer: eu sou inocente". Os dias vão passar, evidências vão surgir e a verdade vai prevalecer", afirmou o ex-ministro.
Blog do Nivaldo Santana - SINTAEMA - Grande vitória da Chapa 1!
Blog Nivaldo Santana
Sintaema: grande vitória da chapa 1!
Às quatro horas da manhã deste sábado, dia 29 de outubro, foi encerrada a apuração das eleições do Sintaema - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. A chapa 1, da situação, encabeçada por Renê Vicente dos Santos, foi a grande vencedora, alcançando 3.568 votos, 44,08% do total.
Cinco chapas disputaram as eleições - a chapa dois teve 244 votos (3,01%), a chapa três 1.241 (15,33%), a chapa quatro 1.490 (14,94%) e a chapa 5 1.209 (14,94%).
O Sintaema representa os trabalhadores do setor de saneamento básico e meio ambiente (Sabesp, Cetesb, Fundação Florestal, Saned e outras empresas menores) e é filiado à CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
O estatuto da entidade prevê a realização de segundo turno, que será realizado na segunda semana de novembro. A ampla maioria alcançada pela chapa 1 é um testemunho eloquente da representatividade da atual direção do sindicato.
Além de intensificar o trabalho junto às bases neste segundo turno, as lideranças da Chapa 1 discutem com as outras chapas uma repactuação política nesta nova batalha. Uma visão ampla e unitária é fundamental para assegurar que o Sintaema continue sendo um sindicato forte, combativo e democrático!
Às quatro horas da manhã deste sábado, dia 29 de outubro, foi encerrada a apuração das eleições do Sintaema - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. A chapa 1, da situação, encabeçada por Renê Vicente dos Santos, foi a grande vencedora, alcançando 3.568 votos, 44,08% do total.
Cinco chapas disputaram as eleições - a chapa dois teve 244 votos (3,01%), a chapa três 1.241 (15,33%), a chapa quatro 1.490 (14,94%) e a chapa 5 1.209 (14,94%).
O Sintaema representa os trabalhadores do setor de saneamento básico e meio ambiente (Sabesp, Cetesb, Fundação Florestal, Saned e outras empresas menores) e é filiado à CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
O estatuto da entidade prevê a realização de segundo turno, que será realizado na segunda semana de novembro. A ampla maioria alcançada pela chapa 1 é um testemunho eloquente da representatividade da atual direção do sindicato.
Além de intensificar o trabalho junto às bases neste segundo turno, as lideranças da Chapa 1 discutem com as outras chapas uma repactuação política nesta nova batalha. Uma visão ampla e unitária é fundamental para assegurar que o Sintaema continue sendo um sindicato forte, combativo e democrático!
29/10/2011 - Chapas 1 e 4 irão para o 2º Turno
Terminou por volta de 4h da manhã a apuração das 86 urnas de votação, levando a Chapa 1 e a Chapa 4 para concorrer ao 2º turno das eleições para diretoria do Sintaema.
Confira o resultado final:
Total de votos: 8.095
Chapa 1: 3.568 (44,08%)
Chapa 2: 244 (3,01%
Chapa 3: 1.241 (15,33%)
Chapa 4: 1.490 (18,41%)
Chapa 5: 1.209 (14,94%)
Brancos: 116 (1,43%)
Nulos: 227 (2,80%)
O 2º turno será nos dias 8,9 e 10 de novembro.
O Sintaema parabeniza a todos pela participação no pleito.
Carta Maior: Proposta de consulta pública sobre regulação da mídia vai a ministro Paulo Bernardo
Paulo Bernardo (Comunicações) recebe nos próximos dias documento sobre novo marco regulatório da mídia para despachar com Dilma Rousseff. Consulta pública será feita a partir de conceitos gerais, não de redações na forma de lei. Tendência é que processo comece em 2012 - governo não quer ser acusado de fazer consulta 'clandestina' em meio às festas de fim de ano.
André Barrocal
BRASÍLIA – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, vai receber da equipe nesta semana a proposta de consulta pública sobre um novo marco regulatório para a radiodifusão. Bernardo deverá levá-la até à presidenta Dilma Rousseff para que ela aprove as linhas gerais e autorize o início das consultas.
Segundo a fonte que deu às informações à reportagem, hoje, o mais provável é que a consulta fique para o começo de 2012. Para o ministério, é melhor evitar dar motivos para reclamações de que supostamente estaria patrocinando uma consulta de faz de conta, ao promovê-la numa época em que muita gente sai de férias ou de recesso.
Até então, o ministério trabalhava com a perspectiva de abrir a consulta ainda em 2011.
André Barrocal
BRASÍLIA – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, vai receber da equipe nesta semana a proposta de consulta pública sobre um novo marco regulatório para a radiodifusão. Bernardo deverá levá-la até à presidenta Dilma Rousseff para que ela aprove as linhas gerais e autorize o início das consultas.
Segundo a fonte que deu às informações à reportagem, hoje, o mais provável é que a consulta fique para o começo de 2012. Para o ministério, é melhor evitar dar motivos para reclamações de que supostamente estaria patrocinando uma consulta de faz de conta, ao promovê-la numa época em que muita gente sai de férias ou de recesso.
Até então, o ministério trabalhava com a perspectiva de abrir a consulta ainda em 2011.
A regulação da mídia deverá ser objeto de um tipo de consulta diferente daquelas que o governo, em suas diversas áreas, costuma realizar. O ponto de partida não serão textos redigidos como se fossem uma lei, mas conceitos mais genéricos. Para o ministério, o detalhamento numa questão muito técnica seria contraproducente.
Como Paulo Bernardo já informou, o novo marco regulatório não se limitará a atualizar o Código Brasileiro de Telecomunicações (1962), ou seja, não tratará apenas de emissoras de rádio e TV. Também vai modernizar a Lei Geral de Telecomunicações (1997), abrangendo questões relativas a operadoras de telefonia.
Defensor do marco regulatório, o PT diz que vai realizar um seminário internacional para debater o assunto ainda em novembro.
Como Paulo Bernardo já informou, o novo marco regulatório não se limitará a atualizar o Código Brasileiro de Telecomunicações (1962), ou seja, não tratará apenas de emissoras de rádio e TV. Também vai modernizar a Lei Geral de Telecomunicações (1997), abrangendo questões relativas a operadoras de telefonia.
Defensor do marco regulatório, o PT diz que vai realizar um seminário internacional para debater o assunto ainda em novembro.
http://www.cartamaior.com.br
Abaixo-assinado da UNE, UBES e ANPG já conta com mais de 3 mil adesões | UNE - União Nacional dos Estudantes
Abaixo-assinado da UNE, UBES e ANPG já conta com mais de 3 mil adesões | UNE - União Nacional dos Estudantes
Campanha agora quer ir para o youtube; envie o seu vídeo e concorra a um kit com livros sobre a UNE
Com menos de uma semana no ar pelo site Petição Pública, o abaixo-assinado #educação10 já recolheu mais de 3 mil assinaturas e pretende, até o final do ano, bater a marca de 1 milhão de apoiadores de uma das maiores campanhas em defesa da educação já promovida no Brasil.
Realizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e Associação Nacional dos Pós-graduandos (ANPG) -principais entidades de representação dos estudantes brasileiros- a campanha vai realizar, nos próximos meses, uma ampla mobilização envolvendo diversos setores da sociedade pela aprovação dos 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-sal como recursos a serem investidos exclusivamente no setor educacional.
Todo esse dinheiro deverá ser destinado para erradicar o analfabetismo, melhorar a estrutura das escolas, o pagamento de salário digno aos professores, a excelência do ensino público na periferia das cidades e nas zonas rurais de todos os municípios, além da ampliação do acesso e da qualidade nas universidades para todas e todos.
Os dois objetivos da campanha poderão ser alcançados ainda esse ano. Nos próximos meses, o Congresso deverá votar o projeto do Plano Nacional de Educação (PNE) do governo federal, que propõe a ampliação dos investimentos no setor para 7% do PIB até 2020. Esse percentual é insuficiente. A UNE defende que o texto seja refeito e garanta o investimento de 10% na educação do Brasil até 2014.
Urgente também é a aprovação do PLS 138/2011, em tramitação no Congresso, que garante 50% do Fundo Social do Pré-sal para a educação. O Fundo Social, criado em 2010, tem o objetivo de garantir que os recursos dessa riqueza natural sejam revertidos com finalidades sociais. A UNE tem certeza que a educação precisa ser, prioritariamente, alvo desses recursos.
Existem diversas formas de contribuir, participar e ajudar as entidades estudantis na aprovação dos 10% do PIB e 50% do Pré-sal para a educação, uma campanha que poderá mudar a cara do Brasil no próximos anos.
A primeira forma é simples. Basta acessar o site Petição Pública, preencher o formulário e automaticamente você terá aderido à campanha da UNE, UBES e ANPG em defesa da educação. Para ajudar ainda mais, o internauta pode também divulgar o abaixo-assinado para o seus contatos de e-mail. O próprio site Petição Pública lhe oferece essa opção.
Outra contribuição essencial e importante é usar as redes sociais como forma de divulgar a campanha. A página da UNE no facebook criou um evento e pelo twitter está sendo utilizada a hashtag #educação10.
As entidades estudantis lançaram ainda uma campanha pelo youtube. A proposta é que os internautas produzam pequenos vídeos sobre a pergunta: “Por que a educação tem que ser 10?”. Os vídeos devem ser postados no youtube e o link enviado para o e-mail educacao10@une.org.br.
Os 10 melhores vídeos serão premiados com um kit completo de livros e materiais sobre o movimento estudantil. Cada kit conterá: 1 camisa da UNE, 1 bandeira da UNE, 1 livro “Caravana da UNE: Saúde, Educação e Cultura”, 1 livro “Memórias Estudantis”, 1 catálogo da 7ª Bienal da UNE e 1 DVD duplo do filme de Silvio Tendler “Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil” e “O afeto que se encerra em nosso peito juvenil”. Use a criatividade e participe.
O abaixo-assinado #educação10 também está percorrendo as universidades e escolas de todo o Brasil. Para isso, é só fazer o download do documento, imprimir e recolher as assinaturas dos amigos de turma, professores, diretores, funcionários e reitores.
Depois, é necessário enviar todos os formulários para a sede nacional das entidades estudantis, aos cuidados de União Nacional dos Estudantes, no seguinte endereço: Rua Vergueiro, nº 2485, bairro Vila Mariana, São Paulo/SP – 04101-200
. Para assinar online pelo site Petição Pública: http://bit.ly/pAgR4G
. Divulgue em seu facebook o evento educação10: http://on.fb.me/oLjGfX
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. Divulgue em seu twitter a hashtag: #educação10
. Faça aqui o download do formulário de abaixo-assinado em pdf
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Altamiro Borges: Blogueiros: Carta de Foz do Iguaçu
Altamiro Borges: Blogueiros: Carta de Foz do Iguaçu:
O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.
Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:
- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;
- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;
- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.
- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação. O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.
- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA no seu processo de bloqueio à Cuba.
Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do II Encontro Mundial de Blogueiros, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro.
O 1º Encontro Mundial de Blogueiros, realizado em Foz do Iguaçu (Paraná, Brasil), nos dias 27, 28 e 29 de outubro, confirmou a força crescente das chamadas novas mídias, com seus sítios, blogs e redes sociais. Com a presença de 468 ativistas digitais, jornalistas, acadêmicos e estudantes, de 23 países e 17 estados brasileiros, o evento serviu como uma rica troca de experiências e evidenciou que as novas mídias podem ser um instrumento essencial para o fortalecimento e aperfeiçoamento da democracia.
Como principais consensos do encontro – que buscou pontos de unidade, mas preservando e valorizando a diversidade –, os participantes reafirmaram como prioridades:
- A luta pela liberdade de expressão, que não se confunde com a liberdade propalada pelos monopólios midiáticos, que castram a pluralidade informativa. O direito humano à comunicação é hoje uma questão estratégica;
- A luta contra qualquer tipo de censura ou perseguição política dos poderes públicos e das corporações do setor. Neste sentido, os participantes condenam o processo de judicialização da censura e se solidarizam com os atingidos. Na atualidade, o WikiLeaks é um caso exemplar da perseguição imposta pelo governo dos EUA e pelas corporações financeiras e empresariais;
- A luta por novos marcos regulatórios da comunicação, que incentivem os meios públicos e comunitários; impulsionem a diversidade e os veículos alternativos; coíbam os monopólios, a propriedade cruzada e o uso indevido de concessões públicas; e garantam o acesso da sociedade à comunicação democrática e plural. Com estes mesmos objetivos, os Estados nacionais devem ter o papel indutor com suas políticas públicas.
- A luta pelo acesso universal à banda larga de qualidade. A internet é estratégica para o desenvolvimento econômico, para enfrentar os problemas sociais e para a democratização da informação. O Estado deve garantir a universalização deste direito. A internet não pode ficar ao sabor dos monopólios privados.
- A luta contra qualquer tentativa de cerceamento e censura na internet. Pela neutralidade na rede e pelo incentivo aos telecentros e outras mecanismos de inclusão digital. Pelo desenvolvimento independente de tecnologias de informação e incentivo ao software livre. Contra qualquer restrição no acesso à internet, como os impostos hoje pelos EUA no seu processo de bloqueio à Cuba.
Com o objetivo de aprofundar estas reflexões, reforçar o intercâmbio de experiências e fortalecer as novas mídias sociais, os participantes também aprovaram a realização do II Encontro Mundial de Blogueiros, em novembro de 2012, na cidade de Foz do Iguaçu. Para isso, foi constituída uma comissão internacional para enraizar ainda mais este movimento, preservando sua diversidade, e para organizar o próximo encontro.
Reflexões à luz do tiroteio - Paulo Vinícius Silva
Os acontecimentos recentes expõem a cruenta luta de classes em curso no Brasil.
Sob a superfície do funcionamento normal das instituições democráticas, a direita joga sujo para tentar reverter a sucessão de derrotas nacionais e locais e a desidratação de seus partidos mais relevantes (DEM, PSDB). É cada vez mais evidente a interferência no processo político por outros meios disponíveis à burguesia para a disputa do Estado e da opinião pública.
Por um novo pacto em favor do desenvolvimento
Esses movimentos subterrâneos se intensificam, na medida em que a Presidenta Dilma se afirma e dá passos decididos no sentido de reverter a subserviência da Nação ao esquema macroeconômico do Plano Real, que cobra altíssimo custo aos brasileiros e privilegia a especulação em detrimento da produção e do desenvolvimento (vide gráfico).
Surge no horizonte um novo e possível pacto político para substituir o anterior, que trocou hiperinflação por juros altíssimos. Pode ser um pacto pelo desenvolvimento, pela produção e pela valorização do trabalho. A combinação é poderosa: mudança na macroeconomia e afirmação do Brasil em um mundo de mudanças, o que pode abrir caminhos para uma nova era para o nosso país. Isso eles não podem admitir.
Experimentos sociais da direita visam a juventude
As forças progressistas, afinal, chegaram ao governo central, mas o poder em si tem instâncias mais efetivas que ultrapassam a representação política. E a perda de relevância do consórcio demo-tucano tem aberto espaço para experimentos que visam ao ressurgimento de uma extrema direita liberal no discurso, elitista na sua visão de democracia, conservadora moralmente, racista inconfessa ou descarada, cheia de complexo de vira-latas, cínica e debochada, anti-popular, e, infelizmente, com apelo junto a jovens de classe média.
A direita não desconhece a relevância da juventude. A imprensa golpista visa a constituir o "seu" movimento social. Daí advém seu ódio à UNE e aos partidos de esquerda, assim como a suas organizações juvenis. Com isto, ela precisa, em verdade, blindar seu experimento de influências externas. Precisa atacar as representações legítimas dos estudantes e da juventude para preservar sua legitimidade conservadora.
A corrupção e a esquerda: nem omissão, nem oportunismo, mas ousadia democrática.
Ao contrário do esperado pelo PIG, a esquerda não se pôs em retirada ante a disputa política enunciada desde antes da posse da Presidenta Dilma. Quando atacada, reagiu e travou a luta campal da opinião pública, ainda em curso. Todavia, ao combater os comunistas e a esquerda abertamente, a fúria da imprensa conservadora alertou e unificou o campo da mudança e deu visibilidade aos comunistas. Desconhecendo sua própria impopularidade, a imprensa golpista mostrou quem lhe incomoda, e granjeou-lhes involuntária simpatia, pela coragem com que os encarnados lhe deram combate. Daí que a luta continua, e não se espera outra coisa que não novos embates.
A principal armadilha do PIG é manter o domínio do debate político, a partir dos pressupostos da direita, que se concentram na sua cantilena hipócrita da corrupção. Essa é uma tática histórica, já usada contra Getúlio, Juscelino e Jango, e que malogrou em 2005 graças à mobilização popular e da juventude.
Algumas características saltam aos olhos no discurso ético histérico e rancoroso:
- tem apenas um viés. A análise é claramente dirigida, há dois pesos e duas medidas;
- tornou-se uma armadilha com as concessões que permitiram a incorporação da "ultra-esquerda", que passa a ser instrumentalizada para legitimar o PIG;
- considera a luta contra a corrupção um cenário preto e branco, ignora ser a corrupção um problema estrutural no capitalismo, firmemente assentada no sistema político, e não só aqui;
- só mira um lado, demoniza atores e organizações, desconhece a natureza processual e democrática, única forma séria de se combater a corrupção;
- inverte o ônus da prova; institui o linchamento político para paralisar o governo; silencia sobre o financiamento privado; noveliza a política.
Essa grita serve a propósitos antidemocráticos. Visa à limitação da democracia, à demonização de partidos, entidades sociais representativas, ONGs e centrais sindicais. Nesse contexto, aspiram à adoção de medidas restritivas, como o voto facultativo, com indisfarçável desejo de diminuir a participação popular e fortalecer a elitização das eleições, como nos Estados Unidos.
O verdadeiro combate à corrupção não serve a propósitos desestabilizadores
A luta contra os desvios éticos é permanente, parte do avanço de nossa democracia em criar mecanismos de controle social e fiscalização que permitam o aprimoramento do investimento público, combater o desperdício e melhorar o impacto das políticas públicas. Ninguém está interessado mais nisso que o governo e a esquerda, que nos últimos 9 anos mais trabalharam para estruturar as instituições públicas desmontadas pelo neoliberalismo.
A radicalização do raciocínio ético unidirecionalmente dirigido contra o governo é uma trama, uma trampa, um alçapão. Por isso a direita não tem propostas, só tem calúnias. É em torno dessa armadilha que o PIG pretende galvanizar movimento próprio que, no futuro, sirva de lastro social a seus intentos golpistas.
Por isso mesmo, longe de acuada, a esquerda deve incorporar às bandeiras de luta de massas o debate acerca da corrupção, mas com viés distinto do que pretende a imprensa golpista. Em vez do moralismo hipócrita, o controle através da participação popular. Em vez da personalização rasteira, a denúncia das causas estruturais que lastreiam esse mal, e que constrangem o sistema político. Em vez da criminalização da relação das entidades sociais e ONGs com o Estado, a normatização republicana da participação como parte do arcabouço jurídico brasileiro e o aprofundamento do protagonismo popular para alterar os dogmas das elites, incrustadas no Estado. Faz falta uma ampla plataforma unitária, como foi o Fórum Nacional de Lutas, para servir de contraponto e alternativa unificadora da luta por reformas democráticas no Brasil.
É luta política, pura e brutal
Trata-se de luta política pelo poder. Não nos iludamos com os arroubos éticos dos filhotes das oligarquias. Não acreditemos na indignação fingida de canastrões a posar de jornalistas para legitimar os propósitos golpistas de veículos que se legitimaram e firmaram na concupiscência lambe botas dos torturadores da Ditadura. O povo ensina: não lhes dá crédito.
O anseio supremo da direita nessa batalha, longe de mobilizar a população, é arregimentar uma suposta elite e desmoralizar a militância de esquerda, confundindo-a; equiparar esquerda e direita à luz de uma distorção bizarra do debate da corrupção; equiparar a sua falta de projeto ao programa de governo eleito pelo povo, que é de desenvolvimento com valorização do trabalho e afirmação do Brasil.
Não combinaram com o Zé
Todavia, o ardil da oposição não saiu como esperava. Seu apetite desesperado induziu a erros. O povo vê as manobras que querem impedir o governo Dilma de funcionar. É cada vez mais claro que a oposição torce contra oportunidades estratégicas para o país. Ficou marcada na população a conspiração que atingiu o governo para ocultar uma participação fenomenal nos Jogos Panamericanos e a serviço de entidades estrangeiras interessadas em enfraquecer o país nas negociações acerca da Copa de 2014. Ficou evidente o jogo baixo, a inversão do ônus da prova, o cerco midiático e a preparação da crise para obrigar a saída de Orlando Silva.
Mais explícita ainda ficou a celebração zombeteira e maldosa dos "vitoriosos", alheia a qualquer prurido ético, movida por despeito e inclinação partidária explícita. Desmascararam-se. E ainda assim, deram-se mal, porque terão que engolir ninguém menos que Aldo Rebelo.
Contra as vilezas, a força da unidade
Mas o pior ainda viria. Com a descoberta de um câncer na laringe de Lula, das profundezas mais abjetas da direita, emergiu qual purulenta secreção um gozo sinistro e deformado, exposto enfim ao escárnio público. O Brasil teve calafrios ao ver que os mesmo veículos e articulistas que clamam por ética foram incapazes de esconder sua lúgubre satisfação ante a doença de Lula. E isso doeu no Brasil, porque o Brasil não é essa vileza, essa maldade, esse ódio.
A direita e o PIG foram longe demais. Mas falta ao campo progressista convicção para desmontar os alçapões no caminho do desenvolvimento brasileiro, que não poderão ser vencidos sem participação popular, democratização da mídia e o despir-se da camisa-de-força em que os banqueiros e rentistas colocaram o Brasil.
Tantos foram os ataques e a violência, que a unidade se fortalece no campo democrático, solidário, humanista, da diversidade e da tolerância. Unidade e luta, de mãos dadas, impulsionarão a mudança, como onda vermelha a purgar todo fascismo, tanta vileza, toda a arrogância dos golpistas, que podem ter ódio, mas não tem povo, não tem moral, nem tem um futuro a oferecer ao Brasil.
Sob a superfície do funcionamento normal das instituições democráticas, a direita joga sujo para tentar reverter a sucessão de derrotas nacionais e locais e a desidratação de seus partidos mais relevantes (DEM, PSDB). É cada vez mais evidente a interferência no processo político por outros meios disponíveis à burguesia para a disputa do Estado e da opinião pública.
Por um novo pacto em favor do desenvolvimento
Esses movimentos subterrâneos se intensificam, na medida em que a Presidenta Dilma se afirma e dá passos decididos no sentido de reverter a subserviência da Nação ao esquema macroeconômico do Plano Real, que cobra altíssimo custo aos brasileiros e privilegia a especulação em detrimento da produção e do desenvolvimento (vide gráfico).
Surge no horizonte um novo e possível pacto político para substituir o anterior, que trocou hiperinflação por juros altíssimos. Pode ser um pacto pelo desenvolvimento, pela produção e pela valorização do trabalho. A combinação é poderosa: mudança na macroeconomia e afirmação do Brasil em um mundo de mudanças, o que pode abrir caminhos para uma nova era para o nosso país. Isso eles não podem admitir.
Experimentos sociais da direita visam a juventude
As forças progressistas, afinal, chegaram ao governo central, mas o poder em si tem instâncias mais efetivas que ultrapassam a representação política. E a perda de relevância do consórcio demo-tucano tem aberto espaço para experimentos que visam ao ressurgimento de uma extrema direita liberal no discurso, elitista na sua visão de democracia, conservadora moralmente, racista inconfessa ou descarada, cheia de complexo de vira-latas, cínica e debochada, anti-popular, e, infelizmente, com apelo junto a jovens de classe média.
A direita não desconhece a relevância da juventude. A imprensa golpista visa a constituir o "seu" movimento social. Daí advém seu ódio à UNE e aos partidos de esquerda, assim como a suas organizações juvenis. Com isto, ela precisa, em verdade, blindar seu experimento de influências externas. Precisa atacar as representações legítimas dos estudantes e da juventude para preservar sua legitimidade conservadora.
A corrupção e a esquerda: nem omissão, nem oportunismo, mas ousadia democrática.
Ao contrário do esperado pelo PIG, a esquerda não se pôs em retirada ante a disputa política enunciada desde antes da posse da Presidenta Dilma. Quando atacada, reagiu e travou a luta campal da opinião pública, ainda em curso. Todavia, ao combater os comunistas e a esquerda abertamente, a fúria da imprensa conservadora alertou e unificou o campo da mudança e deu visibilidade aos comunistas. Desconhecendo sua própria impopularidade, a imprensa golpista mostrou quem lhe incomoda, e granjeou-lhes involuntária simpatia, pela coragem com que os encarnados lhe deram combate. Daí que a luta continua, e não se espera outra coisa que não novos embates.
A principal armadilha do PIG é manter o domínio do debate político, a partir dos pressupostos da direita, que se concentram na sua cantilena hipócrita da corrupção. Essa é uma tática histórica, já usada contra Getúlio, Juscelino e Jango, e que malogrou em 2005 graças à mobilização popular e da juventude.
Algumas características saltam aos olhos no discurso ético histérico e rancoroso:
- tem apenas um viés. A análise é claramente dirigida, há dois pesos e duas medidas;
- tornou-se uma armadilha com as concessões que permitiram a incorporação da "ultra-esquerda", que passa a ser instrumentalizada para legitimar o PIG;
- considera a luta contra a corrupção um cenário preto e branco, ignora ser a corrupção um problema estrutural no capitalismo, firmemente assentada no sistema político, e não só aqui;
- só mira um lado, demoniza atores e organizações, desconhece a natureza processual e democrática, única forma séria de se combater a corrupção;
- inverte o ônus da prova; institui o linchamento político para paralisar o governo; silencia sobre o financiamento privado; noveliza a política.
Essa grita serve a propósitos antidemocráticos. Visa à limitação da democracia, à demonização de partidos, entidades sociais representativas, ONGs e centrais sindicais. Nesse contexto, aspiram à adoção de medidas restritivas, como o voto facultativo, com indisfarçável desejo de diminuir a participação popular e fortalecer a elitização das eleições, como nos Estados Unidos.
O verdadeiro combate à corrupção não serve a propósitos desestabilizadores
A luta contra os desvios éticos é permanente, parte do avanço de nossa democracia em criar mecanismos de controle social e fiscalização que permitam o aprimoramento do investimento público, combater o desperdício e melhorar o impacto das políticas públicas. Ninguém está interessado mais nisso que o governo e a esquerda, que nos últimos 9 anos mais trabalharam para estruturar as instituições públicas desmontadas pelo neoliberalismo.
A radicalização do raciocínio ético unidirecionalmente dirigido contra o governo é uma trama, uma trampa, um alçapão. Por isso a direita não tem propostas, só tem calúnias. É em torno dessa armadilha que o PIG pretende galvanizar movimento próprio que, no futuro, sirva de lastro social a seus intentos golpistas.
Por isso mesmo, longe de acuada, a esquerda deve incorporar às bandeiras de luta de massas o debate acerca da corrupção, mas com viés distinto do que pretende a imprensa golpista. Em vez do moralismo hipócrita, o controle através da participação popular. Em vez da personalização rasteira, a denúncia das causas estruturais que lastreiam esse mal, e que constrangem o sistema político. Em vez da criminalização da relação das entidades sociais e ONGs com o Estado, a normatização republicana da participação como parte do arcabouço jurídico brasileiro e o aprofundamento do protagonismo popular para alterar os dogmas das elites, incrustadas no Estado. Faz falta uma ampla plataforma unitária, como foi o Fórum Nacional de Lutas, para servir de contraponto e alternativa unificadora da luta por reformas democráticas no Brasil.
É luta política, pura e brutal
Trata-se de luta política pelo poder. Não nos iludamos com os arroubos éticos dos filhotes das oligarquias. Não acreditemos na indignação fingida de canastrões a posar de jornalistas para legitimar os propósitos golpistas de veículos que se legitimaram e firmaram na concupiscência lambe botas dos torturadores da Ditadura. O povo ensina: não lhes dá crédito.
O anseio supremo da direita nessa batalha, longe de mobilizar a população, é arregimentar uma suposta elite e desmoralizar a militância de esquerda, confundindo-a; equiparar esquerda e direita à luz de uma distorção bizarra do debate da corrupção; equiparar a sua falta de projeto ao programa de governo eleito pelo povo, que é de desenvolvimento com valorização do trabalho e afirmação do Brasil.
Não combinaram com o Zé
Todavia, o ardil da oposição não saiu como esperava. Seu apetite desesperado induziu a erros. O povo vê as manobras que querem impedir o governo Dilma de funcionar. É cada vez mais claro que a oposição torce contra oportunidades estratégicas para o país. Ficou marcada na população a conspiração que atingiu o governo para ocultar uma participação fenomenal nos Jogos Panamericanos e a serviço de entidades estrangeiras interessadas em enfraquecer o país nas negociações acerca da Copa de 2014. Ficou evidente o jogo baixo, a inversão do ônus da prova, o cerco midiático e a preparação da crise para obrigar a saída de Orlando Silva.
Mais explícita ainda ficou a celebração zombeteira e maldosa dos "vitoriosos", alheia a qualquer prurido ético, movida por despeito e inclinação partidária explícita. Desmascararam-se. E ainda assim, deram-se mal, porque terão que engolir ninguém menos que Aldo Rebelo.
Contra as vilezas, a força da unidade
Mas o pior ainda viria. Com a descoberta de um câncer na laringe de Lula, das profundezas mais abjetas da direita, emergiu qual purulenta secreção um gozo sinistro e deformado, exposto enfim ao escárnio público. O Brasil teve calafrios ao ver que os mesmo veículos e articulistas que clamam por ética foram incapazes de esconder sua lúgubre satisfação ante a doença de Lula. E isso doeu no Brasil, porque o Brasil não é essa vileza, essa maldade, esse ódio.
A direita e o PIG foram longe demais. Mas falta ao campo progressista convicção para desmontar os alçapões no caminho do desenvolvimento brasileiro, que não poderão ser vencidos sem participação popular, democratização da mídia e o despir-se da camisa-de-força em que os banqueiros e rentistas colocaram o Brasil.
Tantos foram os ataques e a violência, que a unidade se fortalece no campo democrático, solidário, humanista, da diversidade e da tolerância. Unidade e luta, de mãos dadas, impulsionarão a mudança, como onda vermelha a purgar todo fascismo, tanta vileza, toda a arrogância dos golpistas, que podem ter ódio, mas não tem povo, não tem moral, nem tem um futuro a oferecer ao Brasil.
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