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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Mais Médicos zera mortalidade infantil em parte dos municípios do Piauí | Conversa Afiada

Mais Médicos zera mortalidade infantil no Piauí | Conversa Afiada




O Conversa Afiada reproduz matéria do portal Meio Norte:

Programa ‘Mais Médicos’ zera a mortalidade infantil em municípios do Piauí


Os médicos cubanos Olívia Rodriguez
Gonzalez e Omar Diaz, professores da Universidade Che Guerava, em sua
cidade natal, Pina del Rio, em Cuba, estão trabalhando há um ano no do
Posto de Saúde de Barras, na região Norte de Piauí, e sorriem quando
falam da conquista em vida que obtiveram no trabalho da atenção básica.


“Há um ano não registramos nenhuma
morte de criança e de gestante. Estamos sem mortalidade materna e
infantil”, afirmam Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, no Posto de
Saúde de Barras, atuando no Programa Mais Médicos, do Governo Federal.


Esta realidade de redução com a
capacidade de zerar a mortalidade infantil e materna se espalhou nos
municípios onde o Programa Mais Médicos foi implantando para oferecer
atenção básica de saúde onde era difícil a permanência de médicos ou de
número suficientes de médicos brasileiros para atender a população.


“Tem sido uma experiência muito
boa. Encontramos uma comunidade muito carente, mas acolhedora, pessoas
muito sensíveis, muito boas e necessitadas”, relata Olívia Rodriguez.


Segundo ela, as doenças mais
frequentes são doenças respiratórias, doenças parasitárias, hipertensão,
diabetes. Olívia Rodriguez e Omar Diaz fazem visitas domiciliares aos
pacientes de Barras, que são programas e os pacientes atendidos são
pessoas que não podem ir ao posto de saúde. São crianças com
hidrocefalia, puérperas (mulheres que tiveram bebês recentemente),
gestantes, hipertensos e idosos.


“Nós não temos mortalidade
infantil, nem mortalidade materna. Temos registros de crianças e mães
doentes, mas nenhuma chegou a óbito”, enfatiza Olívia Rodriguez, de tem
30 anos trabalhando como médica. “Isso é uma vitória”, comemora Omar
Diaz.


Olívia Rodriguez e Omar Diaz
afirmam que trabalhar é diferente de onde trabalharam antes com atenção
básica na Venezuela, Paraguai e Paquistão, que não tinham uma rede
constituída de atenção primária. “Na Venezuela não tínhamos nada, tudo
era precária.


No Paraguai igual, não tinha rede
implantada. No Brasil, nós temos uma rede de atenção básica de saúde,
não temos médicos, mas temos uma rede criada. Nos outros países foram
nós que criamos a rede de atenção primária”, falou Olívia Rodriguez.


Omar Diaz, 23 anos de formado em
Medicina, sendo que oito anos trabalhando na Venezuela, avalia como
muito boa a sua experiência de um ano em Barras.


“Temos encontrado uma população
muito necessitada de atenção médica e todos são muito receptivos porque a
população é muito receptiva com os médicos cubanos, fica muito contente
com o nosso trabalho, muito compreensiva porque nós estamos ajudando a
melhorar a saúde dessa população que estava carente de atenção”, falou
Omar Diaz, que encontra crianças com baixo peso e desnutrição, mas não
com desnutrição extrema.



Abraços e atenção ajudam na cura dos pacientes


Omar Diaz percebeu que muitos
pacientes ficam curados mais rápido com um abraço, um cuidado mais
afetuoso e fraterno. As pessoas ficam muito agradecidas.


Omar Diaz afirma que quando estão
fazendo visitas domiciliares, os pacientes dizem que nunca um médico
foram em suas casas. Pedem desculpas porque não podem oferecer refeição
melhor, mas Omar Diaz e Olívia Rodriguez avisam que as famílias estão se
alimentando com as mesmas refeições com que se alimentam.


“São pessoas muito carentes e
quando vemos as pessoas acamadas e não podem caminhar, elas ficam muito
contentes porque elas falam dos problemas de saúde que têm e nós também
falamos muitas coisas. Essas pessoas ficam muito agradecidas”, fala Omar
Diaz.


Omar Diaz afirma que abraçar e ouvir o paciente ajuda psicologicamente os doentes e em sua cura.


“As pessoas que estão acamadas
ficam depressivas. A gente fala com elas, falamos que vão melhorar a
saúde. Essas pessoas ficam psicologicamente animadas, é a palavra do
médico animando o paciente. Isso ajuda na cura”, diz Omar Diaz.


“Tem pacientes que dizem que bastou
o médico olhar e já melhoraram. Dizem: ‘esse médico me olhou e eu já me
senti bem”, afirma Olívia Rodriguez.


“Quando o médico fala, conversa é
muito importante para o paciente e também é muito importante o médico
escutar o que o paciente fala. Isso é muito importante para a
recuperação e melhorar ao paciente”, falou Omar Rodriguez.


Médica cubana faz terapia contra vício em medicamentos

A médica cubana Olívia Rodriguez
Gonzalez iniciou um trabalho com 42 mulheres de uma comunidade da
periferia de Barras com atividades fisioterápicas com 42 mulheres para
que rompam o ciclo fármaco, vício de medicamentos para dormir,
medicamentos ansiolíticos usados como tranquilizantes e contra
ansiedade.


O ciclo fármaco é formado por medicamentos como o diazepan, rivotril, contra insônia, antidepressivos e ansiolíticos.


“O resultado é que as mulheres não
tomam mais cinco medicamentos que tomavam, estão mais alegres, perderam
peso. São 42 mulheres integradas nas atividades fisioterápicas”, falou
Olívia Rodriguez.


O trabalho é realizado com mulheres
do bairro Residencial Morada de Barras. São realizadas atividades
físicas com as mulheres. A coordenadora de Atenção Básica de Barras,
Saara Serafim, disse que o trabalho dos médicos cubanos é muito positivo
no município.


“Foram muito bem recebidos pela
comunidade. Hoje nós temos médicos pela manhã e tarde de segunda-feira a
quinta-feira atendendo os pacientes da maneira adequada e a população
está muito satisfeita.


Já estamos até ampliando a rede de
atenção básica. Nós começamos com 17 equipes e nós estamos com 19.
Graças a Deus estamos conseguindo isso porque, antes, nós tínhamos
dificuldades com médicos porque eles só atendiam duas vezes na semana”,
falou Saara Serafim, adiantando que chegou a ficar seis meses sem
médicos para atender a população na atenção básica. Hoje Barras tem seis
equipes do Programa Mais Médicos.



“A médica pergunta, fala e sorri”, diz vendedora em Piripiri

A lavradora e vendedora Maria Aparecida
Ferreira, de 48 anos, estava sendo atendida no Posto de Saúde João
Mariano dos Santos, no bairro Caixa D´Água, em Piripiri.


Ela vinha sendo atendida por um
médico cubano que viajou de volta para Cuba e foi substituído por outra
médica cubana, Maritza Duquen Labore.

Maria Aparecida Ferreira diz que os
médicos cubanos dão atenção ao paciente, fazem perguntas, ficam ouvindo o
que o paciente tem a dizer e sorriem.


“O médico cubano é melhor, ele dá
atenção a gente, pergunta, fica ouvindo, o explica o o que gente deve
fazer, orienta os exames. Eu achei melhor do que os outros, já fui
atendido por vários médicos.


Os outros médicos não falavam, nem
olhavam para a gente, não dava atenção, só escrevia no papel. O médico
cubano ouve a gente, fala, sorri. Foi melhor, eu adorei”, falou Maria
Aparecida.


A estudante do curso de
Administração na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) Laiana Moreira,
de 25 anos, faz acompanhamento e controle de sua diabetes no Posto de
Saúde no bairro Caixa D´Água, em Piripiri, e é atendida por médico
cubano do Programa Mais Médico.


“O tratamento é mais adequado, o
médico cubano dá atenção, avalia o nível de glicemia (taxa de açúcar no
sangue), faz exames. A diferença entre os médicos cubanos e os outros é
grande.


Eles são mais atenciosos. Dão mais
atenção, perguntam o que a gente está sentindo, já os outros não, só
passam os exames. Os médicos cubanos perguntam antes de pedir e
autorizar os exames”, fala Laiana Moreira.











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