Durante a 8ª Reunião da Executiva Nacional da CTB, os dirigentes cetebista receberam a visita de Fernando Pereira e Juan Castillo, representantes do Plenário Intersindical de Trabalhadores e Convenção Nacional dos Trabalhadores (PIT-CNT), que fizeram parte da delegação oficial que acompanhou o presidente uruguaio, José Mujica, em viagem ao Brasil.
No período em que esteve reunido com a direção da CTB, Juan Castillo concedeu uma entrevista ao Portal CTB em que enfatizou a luta classista pela unidade da luta da classe trabalhadora no Brasil e o trabalho desenvolvido pela PIT-CNT e como essa unidade fortalece o combate contra as classes dominantes na América Latina. Leia abaixo:
Portal CTB: Em seu discurso, você comentou que a luta da PIT-CNT, no Uruguai, é pela unidade na luta dos trabalhadores. Essa é a mesma luta que a CTB tem no Brasil. Qual a importância dessa unidade para fortalecer as lutas populares na América latina?
É de fundamental importância. A PIT-CNT e a CTB são entidades que tem a mesma concepção e forma de buscar mudanças reais para um mundo melhor. Apesar de termos avançado muito politicamente na América latina, vencendo projetos que não possibilitavam que o trabalhador pudesse ter melhores condições de vida, sabemos que falta muito a conquistar. Assim acreditamos que só conseguiremos os avanços necessários com a unidade da classe trabalhadora para a elaboração de plataformas reivindicativas claras e importantes, capazes de mobilizar a sociedade será possível dar combate mais efetivo contra as classes dominantes.
Portal CTB: Os países sul americanos estão passando, nesses últimos anos, por uma transformação no cenário político em que quase todos os países são administrados pelas forças de esquerda. Mas a herança dos governos de direita ainda existem. Como reverter esse quadro?
O que esta acontecendo na América Latina é que os países estão ampliando suas riquezas. Porque hoje o Brasil, o Uruguai, a Argentina, a Venezuela, Bolívia, Paraguai estão todos melhor por conta das constantes derrotas das forçar dominantes, mas essa herança traz ainda muita miséria. Existe na América do sul uma diferença muito grande entre os países muito ricos e os países muito pobres, contudo para rompermos com essa situação é preciso seguir lutando contra as classes dominantes, por uma melhor distribuição de renda e como sempre, pela unidade na organização social, pois nós sabemos que é de fundamental importância a contribuição de movimentos como: estudantis, de mulheres, campesinos, indígenas, sem-terra, entre outros.
Portal CTB: Em 2010 tivemos as eleições presidenciais no Brasil e, novamente, o neoliberalismo foi vencido. Qual a importância desse resultado para a América Latina?
Antes das eleições do Brasil, nos outros países da América já diziam que estavam na expectativa do que poderia ser esse pleito, pois sabíamos que havia uma continuidade do programa de governo de Lula, com Dilma. Mas se tivéssemos perdido as eleições brasileiras e o neoliberalismo voltasse ao poder, seria um retrocesso para toda América, pois o Brasil é um dos países mais importantes por toda sua capacidade de negociação e que beneficia todos a sua volta. Agora estamos na expectativa de que o Brasil possa continuar a avançar, pois os outros terão muito a ganhar.
Por Fábio Ramalho – Portal CTB
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