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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Ocupar Wall Street denuncia prisão de 200 manifestantes - Portal Vermelho

Ocupar Wall Street denuncia prisão de 200 manifestantes - Portal Vermelho





O movimento Ocupar Wall Street, que hoje completa dois meses, afirmou, para agências de notícias, que pelo menos 200 pessoas já foram detidas, nesta quinta-feira (17), durante os confrontos entre policiais e manifestantes, nas imediações da Bolsa de Valores de Nova York, quando o grupo realiza uma grande manifestação contra o capital financeiro e a desigualdade social.






Segundo a Polícia, cerca de 70 prisões foram efetuadas. Mas, os policiais observaram que os números podem aumentar com a continuidade da mobilização.




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Movimento Ocupar Wall Street completa dois meses
A tensão no sul de Manhattan foi crescendo à medida que os manifestantes voltavam a se concentrar na praça Zuccotti, rodeada de barricadas da Polícia, que tinha sido desalojada na terça-feira por ordem do prefeito Michael Bloomberg, que falou nesta quinta-feira sobre os protestos durante um ato público no bairro de Midtown.

"O povo tem medo, não sabe o que fazer, e por isso canta ''Não sabemos o que queremos, mas queremos agora''", declarou Bloomberg, mais condescendente com os manifestantes. O prefeito reconheceu que a mensagem do Occupy é de que o sistema "não está funcionando" e que o movimento não está disposto a seguir à espera de "promessas ocas dos políticos".

Os manifestantes planejavam "tomar" a sede de Wall Street para interromper o início do pregão na Bolsa de Valores. No entanto, uma forte esquema policial impediu que se aproximassem do local quem não estivesse devidamente identificado com crachá da Bolsa.

Alguns dos manifestantes que se aproximavam da praça Zuccotti, esvaziada por ordem de Bloomberg, levam cartazes com mensagens como: "Prenda um de nós e outros dois aparecerão" e "Vocês não podem prender uma ideia".

"Hoje é um dia de celebração, uma lembrança do quão forte é este movimento", destacou à agências uma porta-voz do movimento, Senia Barragan. Segundo ela, cerca de 1,5 mil estão concentradas no sul de Manhattan para protestar "contra o sistema financeiro e em defesa de 99% da população".

Ocupar o metrô

Segundo o site do movimento, entre o final da tarde e início da noite, milhares de estudantes, trabalhadores e outros defensores se reuniram em Union Square para protestar contra o capital financeiro e compartilhar histórias de "como os bancos e a ganância corporativa tem impactado os 99%" excluídos. Simultaneamente, integrantes do movimento ocuparam cinco estações do metrô (Bronx, Brooklyn, Queens, Manhattan e Staten Island).

Por volta das 19h30, ainda segundo informações do movimento, diversos grupos de manifestantes estão se somando aos demais, que seguiam em direção à Broadway Foley Square (Praça Foley).

Mais informações, ao vivo, no site do movimento aqui

com agências



Desde a última quinta-feira (10), integrantes do Ocupar Wall Street estão em marcha em direção a Washington, onde deverão chegar no próximo dia 23. Eles caminharão 30 quilômetros por 13 dias, levando a comunidades rurais a mensagem dos organizadores contra a desigualdade e a crise iniciada em 2008 por absoluta incompetência dos homens que manejam a economia, além de defender a criação urgente de novos empregos. A repressão ao movimento parece ter fortalecido ainda mais a marcha.



Eles estarão diante do Capitólio na véspera da reunião do Comitê Bipartidarista, que examinará a decisão de continuar com o corte de impostos iniciado pelo governo Bush. O problema é que o corte beneficia apenas os mais ricos, dentro da filosofia de Bush e seus apoiadores.

A caminhada ganhou até título próprio (Ocupar a Autopista). Eles partiram da Praça Zicotti, no sul de Manhattan, onde estão acampados desde 17 de setembro. Na primeira parada, foram até a estação de trem de Staten Island, de onde cruzaram para Nova Jersey. No local, fizeram a primeira assembléia.

A marcha vai passar por comunidades de Pensilvânia, Delaware e Maryland, terá concentrações especiais com indignados de Filadélfia e Baltimore, até chegar à Casa Branca.

Em Washington, percorrerão as ruas da cidade.

O Movimento está integrado por desempregados, profissionais, estudantes, intelectuais de diversas correntes, personalidades do meio artístico, latinos, afro-descendentes e soldados veteranos, entre outros.

E há gente que continua achando o movimento insignificante. Está chegando o ponto em que não pode mais ser ignorado.

Fonte: Blog do Mário Marcos

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