O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (16) que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do país registrou alta de 1,15% em novembro do ano passado, em relação ao mês de outubro. Não por acaso, o crescimento se deu em meio ao processo de redução da taxa de juros iniciado pelo próprio BC, no segundo semestre de 2011.
Alexandre Tombini, presidente do BC: nova fase na política de juros do país?O IBC-Br é um indicador criado pelo Banco Central para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) e ajudar a autoridade monetária na definição da taxa básica de juros (Selic). Antes divulgado por estados e por regiões, desde o início deste ano o indicador passou a ser calculado com abrangência nacional. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além dos impostos.
"A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção+importações)", explica o Banco Central.
Para Wagner Gomes, presidente da CTB, a realidade fria dos números mostrados pelo BC se soma ao que a população em geral tem sentido na prática: com juros menores, a economia do país se aquece, mais empregos são gerados e o que se vê é um cenário mais positivo em todos os aspectos. “Nossa história recente mostra que juros altos só beneficiam uma parcela muito pequena da sociedade”, comentou o dirigente.
O presidente da CTB reconhece que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC agiu corretamente em suas últimas três reuniões, ao decidir por consecutivas reduções da taxa de juros, mas entende que ainda há uma boa margem para novas quedas. “O Brasil ainda lidera um ranking vergonhoso, de país com a maior taxa de juros real do mundo. É por isso que esperamos uma nova queda para esta quarta-feira”, afirmou.
Expectativa
O IBC-Br é um dos indicadores de atividade econômica utilizados pelo Copom para definir o rumo da taxa básica de juros, a Selic. O BC inicia nesta terça-feira (17) a primeira reunião de 2012. A definição sobre a taxa de juros será conhecida na noite de quarta-feira.
Atualmente, a taxa Selic está em 11% ao ano. A expectativa dos analistas ouvidos pelo BC é de que os juros recuem 0,5% nesta semana, para 10,5% ao ano. Se essa projeção se confirmar, será o quarto corte consecutivo na Selic. O BC começou o ciclo de redução da taxa de juros na reunião de agosto do ano passado.
Analistas têm dito, de forma quase unânime, que ainda haverá mais dois cortes em 2012, até que a taxa de juros estacione em 9,5%. Para Wagner Gomes, é importante que o BC não se deixe influenciar pelos interesses do mercado financeiro. “Esperamos que os membros do Copom vejam a realidade da economia brasileira, da classe trabalhadora, das indústrias, do mercado de trabalho em geral para tomar uma decisão que não coloque em risco o desenvolvimento do país”, afirmou.
Ato
Diante desse delicado cenário, mais uma vez as centrais sindicais se reunirão em São Paulo, em frente à sede local do BC, para exigir uma nova queda da taxa de juros.
O ato está marcado para as 10h, na Avenida Paulista. Clique aqui para mais detalhes.
Fernando Damasceno – Portal CTB, com agências
Alexandre Tombini, presidente do BC: nova fase na política de juros do país?
"A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que são estimados a partir da evolução da oferta total (produção+importações)", explica o Banco Central.
Para Wagner Gomes, presidente da CTB, a realidade fria dos números mostrados pelo BC se soma ao que a população em geral tem sentido na prática: com juros menores, a economia do país se aquece, mais empregos são gerados e o que se vê é um cenário mais positivo em todos os aspectos. “Nossa história recente mostra que juros altos só beneficiam uma parcela muito pequena da sociedade”, comentou o dirigente.
O presidente da CTB reconhece que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC agiu corretamente em suas últimas três reuniões, ao decidir por consecutivas reduções da taxa de juros, mas entende que ainda há uma boa margem para novas quedas. “O Brasil ainda lidera um ranking vergonhoso, de país com a maior taxa de juros real do mundo. É por isso que esperamos uma nova queda para esta quarta-feira”, afirmou.
Expectativa
O IBC-Br é um dos indicadores de atividade econômica utilizados pelo Copom para definir o rumo da taxa básica de juros, a Selic. O BC inicia nesta terça-feira (17) a primeira reunião de 2012. A definição sobre a taxa de juros será conhecida na noite de quarta-feira.
Atualmente, a taxa Selic está em 11% ao ano. A expectativa dos analistas ouvidos pelo BC é de que os juros recuem 0,5% nesta semana, para 10,5% ao ano. Se essa projeção se confirmar, será o quarto corte consecutivo na Selic. O BC começou o ciclo de redução da taxa de juros na reunião de agosto do ano passado.
Analistas têm dito, de forma quase unânime, que ainda haverá mais dois cortes em 2012, até que a taxa de juros estacione em 9,5%. Para Wagner Gomes, é importante que o BC não se deixe influenciar pelos interesses do mercado financeiro. “Esperamos que os membros do Copom vejam a realidade da economia brasileira, da classe trabalhadora, das indústrias, do mercado de trabalho em geral para tomar uma decisão que não coloque em risco o desenvolvimento do país”, afirmou.
Ato
Diante desse delicado cenário, mais uma vez as centrais sindicais se reunirão em São Paulo, em frente à sede local do BC, para exigir uma nova queda da taxa de juros.
O ato está marcado para as 10h, na Avenida Paulista. Clique aqui para mais detalhes.
Fernando Damasceno – Portal CTB, com agências
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