O melhor que
aconteceu nesses tempos sombrios foi o surgimento das Frentes Brasil
Popular e Povo Sem Medo.
Dilma saudou
Samuel Pinheiro Guimarães e fez menção à acusação do Chanceler
Uruguaio de que o Govrno Interino comprar o voto do Uruguai no
MERCOSUL.
Dilma também
mencionou que no seu governo não se admitia que faltassem recurso
exatamente para os mais pobres que esperam pelo Programa Minha Casa
Minha Vida.
Agradeceu comovia
o buquê de flores, entregues uma a uma pelos participantes.
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Foto: Brito Júnior |
Quais os motivos
que se colocam como justificativa para o impeachment? Os motivos
foram as quatro derrotas sistemáticas que os hoje golpistas
sofreram em 2002, 2006, 2010 e – a que entornou o caldo – na
eleição de 2014, quando ela venceu com mais de 45,5 milhões de
votos.
Os motivos também
são as conquistas que agora se tentam retirar, quais sejam, por
exemplo:
- A Política
Nacional de Valorização do Salário Mínimo, proposta das
Centrais, Lei de Lula que Dilma manteve;
- A vinculação dos
benefícios ao Salário Mínimo, como as aposentadorias rurais;
- A política de
inclusão educacional, através do REUNI, PROUNI, FIES e Cotas para
Negros(as) e Estudantes de Escolas Públicas;
- O novo Marco do
Petróleo, que assegurou maior participação brasileira na
exploração dos recursos do Pré-Sal e a garantiá de 30% de
conteúdo nacional nos equipamentos utilizáveis para a exploração
do Pré-Sal;
- O Programas Mais
Médicos, que levou saúde à população está nas regiões mais
carentes do país;
- Cita o Brasil
Medalhas e todo o esforço para construir as vitoriosas Olimpíadas
de 2016 no Rio de janeiro, com o conjunto de políticas esportivas
que fizeram com que já o nosso ouro fosse conquistado por
medalhistas que representam a população mais pobre, negros,
defensores dos direitos das mulheres, dos direitos da população
LGBT.
É com surpresa
que vem observado como, primeiro de modo velado, e depois
descaradamente, vê que as políticas derrotadas se apresentam como
solução, quando são o Golpe encoberto, um golpe “grandão”: a
redução por vinte anos seguidos dos recursos para Educação e
Saúde.
Assumem
claramente que tomarão “Medidas Impopulares”.
Assumem uma
política de subordinação e diminuição do Brasil no plano
internacional para destruir o MERCOSUL, desorganizar o MERCOSUL e
comprometer os BRICS. Como disse Chico Buarque de Holanda, capaz de
sínteses precisas, os golpistas querem uma política exterior que
não aceitamos, em que o Brasil falem fino com os Estados Unidos pra
falar grosso com a Bolívia.
No final, o
objetivo deles é vender o patrimônio nacional de forma desastrosa,
querem acabar o Regime de Partilha que favorece o Brasil, entregar a
parte do país a interesses internacionais. Sabemos como explorar,
temos a tecnologia, não podemos aceitar.
Por isso essas
propostas contam com o respaldo da elite conservadora desse país. É
o caso da imprensa oligopolizada,q eu foi desmascarada com o
contraste diante da cobertura da imprensa internacional. Isso causou
que despencássemos no ranking democrático internacional. Entre as
causas estão a concentração da propriedade não regulada na
imprensa e sua parcialidade.
É este o quadro.
Está em questão uma das nossas maiores riquezas, a democracia que
conquistamos.
O Presidente
Getúlio Vargas suicidou-se naquela data (24 de agosto de 1954) para
preservar a democracia ameaçada. E foi a sua conquista que faz com
que ela, hoje, não precise repetir seu gesto de sacrifício.
Está em curso um
Golpe, a ruptura da legalidade, que é a base da democracia. Querem
rasgar a Constituição.
Os golpes mudam de
forma ao longo da História. Pode ser coo um machado que atnge a
árvore da democracia, atingindo as suas bases: a liberdade de
organização, o direito de greve etc.
Outra forma é a
que ocorre agora, a condenação de um “não crime”. E isso
ocorre com as instituições de pé. O que está acontecendo, então?
Ou seja, a árvore está de pé, mas é atacada por parasitas que,
não obstante a estão atacando. Nós reconhecemos as instituições,
mas não reconhecemos os golpistas e o golpe.
Por isso,
precisamos de PARTICIPAÇÃO, DEBATE, ORGANIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO,
que são os remédios que matam os parasitas que desejam matar a
árvore da democracia. Por isso também a importância do surgimento
das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e o protagonismo dos
movimentos sociais.
Há risco de uma
restarem marcas profundas com a ruptura democrática. Não é
possível um acordo por cima. É necessário realizar ELEIÇÕES PARA
RECONSTRUIR AS INSTÂNCIAS. Querem substituir 110 milhões de
brasileiros(as) por 81 senadores numa eleição indireta.
Novamente
mencionou as flores que, quando a mesquinharia levou a retirarem as
rosas que havia no Palácio da Alvorada, passaram a chegar pelas
mãos das mulheres e do povo ao Alvorada numa quantidade diária de
rosas superior a todo o seu período na Presidência. Fala da
importância crescente, em especial nesse período de dificuldade,
da mobilização das mulheres na luta contra o golpe.
Dilma diz ser
apenas a primeira das muitas mulheres que ocuparão a Presidência
da República. E a sua capacidade de resistir vem da
responsabilidade de honrar as mulheres do Brasil. Diz que tem
sofrido os ataques e os instrumentos que se costuma utilizar quando
se trata de atacar as mulheres, e que tais ataques pretendiam
levá-la a renunciar. Mas ela nunca cometeu crime. E não renuncia
porque sua presença é o incômodo, sua presença é a denúncia do
crime e da injustiça que contra ela se cometem, e por isso ela
decidiu que irá ao Senado, porque é a maneira de garantir que
isso nunca mais aconteça.
Nunca temos a
democracia garantida. Ela mesmo não imaginava que ainda veria
golpes e ruptura democrática, mas está vendo isso outra vez.
Então, na vida, não existe isso de que não tem mais de lutar, que
a luta acabou. Nós resistimos à Ditadura, vencemos e implantamos a
democracia. E nós venceremos para consolidar a Democracia. Nós já
somos vitoriosos, mas teremos que continuar lutando.
E agradece o tempo
das pessoas que se mobilizaram para ouvi-la, o apoio, destacando ao
final do discurso as pessoas que não conseguiram entrar e que
acompanharam o ato a partir do telão instalado fora do Sindicato
dos Bancários de Brasília.
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Foto: Brito Júnior |
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