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quinta-feira, 14 de julho de 2011

É preciso manter aceso o protagonismo do sindicalismo , dizem dirigentes da CTB - Geral - :: CTB :: Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

É preciso manter aceso o protagonismo do sindicalismo , dizem dirigentes da CTB
O povo brasileiro descortinou através de seu forte protagonismo, sobretudo de sua classe trabalhadora, um inédito ciclo político no país. O acúmulo da luta de classes no Brasil produziu, a partir de 2003, a mais rica e inédita experiência na condução do principal centro de poder da nação. Um operário sindical e uma combativa mulher desenvolvem esse novo processo com um rumo social-desenvolvimentista.

Por Divanilton Pereira* e Nivaldo Santana**

Esse período mais recente de nosso país possibilitou avanços democráticos importantes, dentre os quais a legalização das centrais sindicais, além de uma relativa melhoria na valorização do trabalho. Nessas conquistas destaca-se o novo protagonismo político do sindicalismo brasileiro. Na consecução desses avanços, as mobilizações sindicais e a unidade de suas organizações foram determinantes.

A realização da Conclat em junho de 2010, para o pensamento classista no Brasil, não foi apenas uma mera agenda entre as centrais sindicais brasileiras. Para, além disso, foi mais um marco em torno da atitude tática mais determinante na luta pela proteção do trabalho: a unidade política de suas maiores organizações. A resultante dessa histórica decisão foi a proclamação da mais recente e ampla plataforma programática, que sustenta a necessidade do Brasil realizar um novo projeto nacional de desenvolvimento que valorize o trabalho.

A partir desse acontecimento constituiu-se o fórum das centrais sindicais, uma instância que vem produzindo mobilizações unitárias e conseguindo colocar na ordem do dia, reivindicações e bandeiras estratégicas da classe trabalhadora, com destaques para a redução da jornada de trabalho sem redução salarial e a conquista de uma política permanente de valorização do salário mínimo.

A CTB tem em seu DNA, a permanente convicção da importância da unidade política entre as representações dos trabalhadores e trabalhadoras. Para nós é a senha para as vitórias.

Atualmente o governo brasileiro vive uma transição, mesmo que de continuidade, está sob novas circunstâncias. As dificuldades na articulação política, sobretudo pelo seu núcleo condutor, vêm condicionando as diretrizes governamentais nesse período. Os movimentos sociais, sobretudo o sindical, têm uma grande responsabilidade nessa fase e sobre seus desdobramentos.

A quem interessa desconstruir essa unidade alcançada pelo sindicalismo brasileiro?

Nenhuma resposta classista consegue justificar atitudes nessa direção, ao não ser as guiadas pelo pensamento pequeno, inoportuno e desserviçal à classe trabalhadora brasileira. Aos seus promotores, a história das lutas dos trabalhadores os cobrará com adequada repulsa.

A mais recente manifestação formal da CUT - uma importante central sindical na luta pela valorização do trabalho em nosso país – através de uma nota assinada pelo seu presidente nacional anunciou sua saída do fórum das centrais sindicais. Mesmo que dominemos suas razões político-ideológicas, não deve ser recepcionada como momento para demarcação política entre as centrais sindicais. Isso seria entrar numa disputa inoportuna e estéril que a CUT tenta nos atrair. Se assim agíssemos, fragilizaríamos a luta dos trabalhadores e trabalhadoras diante de um cenário político marcado por oportunidades.

As vésperas de celebrarmos os 30 anos da realização da 1ª Conclat que ocorreu nos dias 21, 22 e 23 de agosto de 1981 em Praia Grande-SP, o caminho apresentado pela CUT constitui-se como uma nódoa que busca amarelar a trajetória de luta da classe trabalhadora brasileira. Ao contrário disso, a CTB comemorará essa data com mais vigor na contínua construção pela unidade das agendas mobilizadoras no país.

A CTB, NCST, UGT, CGTB e a Força Sindical já lançaram a jornada unitária de lutas de 2011, e o dia 06/07/2011 em Brasília é a que está na ordem do dia entre aqueles e aquelas que se preocupam com os destinos da nação.

Convictos de nosso estratégico papel na conjuntura nacional haveremos de saudar os 30 anos da 1ª Conclat em 2011 com a presença de todas as centrais sindicais nessa agenda que se avizinha e nas demais lutas que buscam alçar o Brasil a um novo padrão civilizacional, tendo a centralidade do trabalho como eixo estruturante.

Sigamos em frente.

Mãos à obra.

*Divanilton Pereira é diretor Nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

** Nivaldo Santana é vice-presidente nacional da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.

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