Amigos valham os bons, poucos que sejam,
que nisto pouco importa a quantidade,
pois quase sempre é de infidelidade
o tom daqueles que demais cortejam.
Amigos versos fácil não bafejam,
pois sabem que o que conta é qualidade
e na alma infundem só sinceridade,
quando de alguém a face acaso beijam.
pois sabem que o que conta é qualidade
e na alma infundem só sinceridade,
quando de alguém a face acaso beijam.
Amigos quer-se-os como os vinhos raros -
sutis no odor, no paladar, discretos,
quanto mais simples, tanto mais amados.
sutis no odor, no paladar, discretos,
quanto mais simples, tanto mais amados.
E de assim serem poucos, são tão caros
que, quais doces pecados, e secretos,
são no íntimo do peito conservados.
que, quais doces pecados, e secretos,
são no íntimo do peito conservados.
OTACÍLIO COLARES (1918-1988)
Nascido em Fortaleza, bacharelou-se em Direito, excercendo, porém, a atividade jornalística. Sua obra poética esta em grande parte esparsa, pois publicou apenas Poesias (1947) e O Jogral Impenitente (1965). Foi, também, ensaísta. Membro do Grupo Clã e da Academia Cearense de Letras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário