Eu não comentei aqui as acusações, publicadas com enorme destaque em O Globo e em outros jornais, envolvendo o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o do Equador, Rafael Correa, com crimes políticos e recebimento de dinheiro das FARC por uma razão muito simples: elas se baseavam num relatório calcado, essencialmente, em supostos dados de computadores apreendidos durante a invasão do exército colombiano ao Equador, na qual foram mortos 17 guerrilheiros daquela organização.
E não publiquei por uma razão muito simples. Estes dados nunca foram tornados públicos e podem ter sido objeto de todo tipo de manipulação, se é que existem.
Agora há pouco, o site Opera Mundi mostra que nem mesmo a Justiça da Colômbia os admitiu como prova válida, por sua obtenção ilegal. Depois da qual, sabe-se lá o que aconteceu.
O mesmo critério, é obvio, não teve o jornal O Globo, do último dia 11, que reproduzo no post, acusando um governante de um país vizinho, eleito legitimamente, na posição de mandante de assassinatos, com base num documento que a Justiça considera, agora, lixo.
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