Representantes das centrais sindicais CTB, CUT, CGTB, FS, NCST, UGT e Conlutas participaram nesta quinta-feira (13), de um café da manhã com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o secretário estadual de Emprego e Relações do Trabalho, Davi Zaia, que teve como tema principal o reajuste do salário mínimo regional.
Alckmin evitou detalhar o valor para as três faixas do piso regional, que hoje são de R$ 560, R$ 570 e R$ 580. "O piso vai ser discutido e será superior ao processo inflacionário", esquivou-se Alckmin. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o projeto de lei de reajuste do salário mínimo regional será enviado, "no máximo", à Assembleia Legislativa de São Paulo "no começo de março" e levará em conta a inflação acumulada de 2010.
Para os sindicalistas é importante que ele seja aprovado o mais breve possível e que, a cada ano, esse período seja antecipado até chegar em janeiro (mesma data do reajuste nacional).
Na opinião de Pascoal Carneiro, secretário-geral da CTB Nacional, que participou do encontro e viu a iniciativa com “bons” olhos, é importante que o salário seja reajustado acima da inflação. “Se ele for reajustado acima da inflação do período certamente ficaria acima dos R$ 600,00”, destacou Carneiro.
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 6,47% em 2010. Desde o início dessa semana, as centrais sindicais fazem esforço concentrado para pressionar para um reajuste dos vencimentos regionais em encontros com governadores. A estratégia é também pressionar o governo federal a elevar o mínimo, que foi fixado em R$ 540 desde o dia 1.º de janeiro, para R$ 580.
Durante a reunião, o governador de São Paulo apresentou as diretrizes de governo e prometeu manter um canal de diálogo - nunca antes aberto -, com o movimento sindical. Garantiu que irá discutir perdas salariais e tirar do papel um projeto que cria um Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, espaço de discussões entre empresários, trabalhadores e representantes do terceiro setor. Seguindo o exemplo do governo federal.
Presente no evento, Salaciel Vilela, secretário-geral adjunto da CTB, acredita que a mudança de postura do governo estadual é resultado da derrota nas últimas eleições presidenciáveis. “Eles nunca tiveram um canal de interlocução com o movimento sindical. É uma iniciativa positiva, já que vamos discutir entre outros temas a profissionalização dos trabalhadores no Estado, a agricultura familiar, além do piso regional”, afirmou Vilela.
Agora as centrais e o secretário Davi Zaia, que já foi sindicalista, voltam a se reunir no máximo até o início do mês de fevereiro para negociar o índice de reajuste do mínimo. O objetivo é enviá-lo para Alesp o mais breve possível.
Portal CTB (Foto: Alessandro Rodrigues - assessoria CGTB)
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