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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Solidariedade com o povo do Sahara Ocidental - Entenda a luta Saaraui

Extrato de matéria do Blog http://pimentanegra.blogspot.com/



Encontro com Jaddu el Hay, deputada do Parlamento da República Árabe Saharaui Democrática, na Biblioteca Municipal Almeida Faria em Montemor-o-Novo, dia 18 de Maio às 18 e 30m


O povo do Sahara Ocidental vive suspenso há cerca de 17 anos na realização de um referendo e refugiado há mais de trinta anos num canto esquecido do Sul da Argélia vivendo apenas com ajuda humanitária.

Para perceberem a situação deste povo pode-se fazer a associação ao que se passou com Timor, o Sahara Ocidental foi colonizado por Espanha e quando este se retirou do território, o exército marroquino invadiu a região norte do Sahara. Assim como a Indonésia invadiu Timor.

Em 1981 Marrocos iniciou a construção de um muro com cerca de dois mil quilómetros, dividindo ao meio o território do Sahara Ocidental. Para o reino marroquino ficou a zona ocidental, com o Atlântico e as minas de fosfatos. Para a República Árabe Sarauí Democrática ficou um oceano de areia.

Estes dois países (Sahara Ocidental e Marrocos) estiveram em guerra cerca de 15 anos.

Em 1991 Marrocos concordou em efectuar um referendo para saber se o povo saharaui pretende a independência ou ficar sobre o controlo do poder marroquino.

Desde essa altura cerca de 160 mil pessoas vivem em acampamentos com condições mínimas e esquecidos pela maioria dos europeus, pois países como França, Espanha e também Portugal tem muitos acordos comerciais com Marrocos e não pretendem entrar em conflitos...

A República Árabe Saharaui Democrática está reconhecida actualmente por 80 países, nenhum Europeu.

Muitos de nós comem as sardinhas que são pescadas nos bancos de pesca do Sahara Ocidental, os refugiados saharauis não comem muitas vezes sardinhas, nós podemos ajudar a mudar isto. Divulguem aos vossos amigos esta situação. Informem-se.

Em Abril de 2009 o Movimento Democrático de Mulheres integrou uma caravana de solidariedade com o povo saharaui e teve contacto com as condições muito precárias em que vive este povo.

Os refugiados nos acampamentos vivem da ajuda internacional que é cada vez mais deficiente e a economia é zero. As condições são precárias devido ao clima e à ausência de infraestruturas; não têm água, energia eléctrica, nem saneamento básico.

Os que vivem nos territórios ocupados por Marrocos são discriminados, perseguidos, sequestrados, sujeitos a prisões arbitrárias e torturas.

O Reino de Marrocos que não se notabiliza por práticas democráticas para com o seu próprio povo, trata os saharauis que vivem nos territórios ocupados como pessoas sem direitos.

Esta situação teve recentemente alguma notariedade devido à greve de fome protagonizada por Aminetu Haidar em Novembro do ano passado, quando esta, destacada activista dos Direitos Humanos, viu negada a sua entrada nos territórios ocupados do Sahara Ocidental, onde reside, por ter recusado a nacionalidade Marroquina. Detida no aeroporto de L’Aaiún pelas autoridades marroquinas, foi sujeita a interrogatório e isolamento de quase 24 horas, sendo de seguida obrigada a embarcar num avião que a conduziu ilegalmente a Lanzarote sem passaporte, qualquer outra documentação ou pertence. O único direito que Aminetu reclamou era o de a de poder viver na sua pátria, como saharaui, sem aceitar a nacionalidade marroquina, aliás de acordo com as inumeras resoluções das Nações Unidas.



Núcleo do Movimento Democrático de Mulheres de Montemor-o-Novo

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