Assim funciona a República brasileira: enquanto o banqueiro corrupto Daniel Dantas continua solto, o ínclito delegado Protógenes Queiroz é condenado a 3 anos e 4 meses de prisão.
Protógenes, que acaba de ser eleito deputado federal pelo PCdoB de São Paulo, é acusado de ter investigado Dantas de forma ilegal durante a Operação Satiagraha. A sentença foi dada pelo juiz da 7.ª Vara Criminal Federal em São Paulo, Ali Mazloum, conhecido por sua ligação com o ministro Gilmar Mendes e por diversos outros escândalos. O ministro Gilmar Mendes é o mesmo que mandou soltar o banqueiro Daniel Dantas numa das ações mais rápidas da justiça brasileira.
Veja abaixo quem é Ali Mazloum:
Gilmar Mendes defende juiz Ali Mazloum
http://www.conjur.com.br/2009-jun-23/gilmar-mendes-defende-ali-mazloum-alvo-processo-administrativo
MPF pede condenação na Operação Anaconda, Ali Mazloum é citado
http://www.conjur.com.br/2004-out-21/mpf_condenacao_juizes_advogados_delegados
100 juízes no banco dos réus, Ali Mazloum é citado
http://www.conjur.com.br/2004-jan-18/sao_100_juizes_banco_reus_pais?pagina=5
Segundo a Revista Carta Capital “a Satiagraha investigou um esquema de evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo grandes empresários. A operação ganhou notoriedade porque, em julho de 2008, Daniel Dantas, do grupo Opportuniry, e Naji Nahas, investidor do mercado financeiro, foram presos junto de outras 15 pessoas”.
Daniel Dantas possui uma rede de proteção que passa pelo Congresso Nacional (muitos deputados e senadores tiveram as campanhas financiadas por Dantas), pelo STF (Gilmar Mendes é o maior exemplo), pelo Executivo (basta ver a forma como a polícia federal tem perseguido e constrangido o delegado Protógenes) e pela grande mídia (a revista Veja é sua grande defensora).
A condenação do delegado Protógenes Queiroz é um tapa na cara da República. Prova de que, por aqui, investigar gente corrupta não é um bom negócio. Força, Protógenes!
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