Messias Pontes *
O eleitor brasileiro deu uma demonstração, no último domingo, de sua independência e maturidade, e deu o troco àqueles que sempre o enganaram. Foi também uma demonstração de repúdio à arrogância e ao ódio destilado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mais popular da história republicana. Isto porque o governo deixou um pouco de lado a casa grande e olhou mais para a senzala, dando vez aos excluídos. Agora a classe média já representa mais da metade da população brasileira, fruto das políticas adotadas pelo atual governo. Vinte e dois milhões deixaram a faixa de pobreza e 32 milhões ingressaram na classe média em menos de oito anos.
Vários são os parlamentares que foram escorraçados pelas urnas, especialmente do PSDB, DEMO e PPS. Porém três deles merecem destaque, tal a arrogância e prepotência demonstradas ao longo dos seus mandatos: Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Heráclito Fortes (DEMO-PI). O senador amazonenses teve o desplante de prometer dar uma pisa no presidente Lula; o demo piauiense não perdeu oportunidade para demonizar o governo Lula; e o senador Tasso Jereissati comandou a tropa de choque da oposição contra os interesses do Brasil e dos brasileiros.
Agora, para justificar a fragorosa derrota nas urnas, no último dia três, o senador tucano está voltando suas baterias contra o governador Cid Gomes e o deputado federal Ciro Gomes, chamando-os de traidores e ingratos. Ele destila ódio por todos os poros, e não se conforma por ter sido escorraçado da representação cearense no Senado, obtendo uma votação pífia, humilhante.
Se tem alguém no Ceará que não pode falar em ingratidão e traição, este é Tasso Jereissati. Ele foi eleito pela máquina do governo Gonzaga Mota, em 1986, mas mesmo antes da diplomação já havia rompido com o Governador que deixou de se candidatar ao Senado para satisfazer às exigências dele. Traiu também os comunistas, socialistas e trabalhistas cearenses que ajudaram-no a se eleger pela primeira vez. Depois traiu Sérgio Machado e, como presidente nacional do PSDB, traiu o candidato do seu partido à Presidência, José Serra, o “Zé” Traíra, em 2002. Em seguida foi a vez de o governador tucano Lúcio Alcântara ser apunhalado pelas costas, nas eleições de 2006, quando perdeu a eleição para o atual governador Cid Gomes.
Os cearenses e, nomeadamente os servidores públicos estaduais, têm enormes motivos para se sentir traídos por Jereissati que, sem consultar ninguém, desmontou o Estado cearense, levando à rua da amargura centenas de milhares de famílias em decorrência das suas políticas neoliberais.
Ele extinguiu a CEPA – Comissão Estadual de Planejamento Agrícola; a EPACE – Empresa de Pesquisa Agropecuária; a CODAGRO – Companhia de Desenvolvimento Agrícola; o BANDECE – Banco de Desenvolvimento do Ceará; a IOCE – Imprensa Oficial do Ceará; a COHAB – Companhia de Habitação; a Teleceará e outros órgãos essenciais ao desenvolvimento do Ceará.
Contra a vontade da maioria dos cearenses, inclusive usando da truculência policial, vendeu a COELCE – Companhia de Eletricidade do Ceará, empresa enxuta e superavitária, um dos maiores patrimônios do nosso povo. Até hoje não se sabe o destino do dinheiro da Coelce. Jereissati declarou que R$ 600 milhões, do R$ 1 bilhão da venda, seriam destinados a um fundo previdenciário, mas até hoje esse dinheiro não apareceu. Igualmente causou um enorme prejuízo aos cearenses ao levar o BEC – Banco do Estado do Ceará – a quase falência, tendo de federalizá-lo por R$ 900 milhões. No governo tucano de Lúcio Alcântara o BEC, que era orgulho dos cearenses, foi vendido ao Bradesco.
A infame campanha contra Cid e Ciro Gomes, a partir de uma matéria mentirosa da revista Veja (o lixo do jornalismo brasileiro), teve o respaldo de Jereissati, sabendo este que tudo não passava de mentiras daquela panfletária semanal da Editora Abril. Cid e Ciro, estes, sim, têm motivos de sobra para ter mágoas de Jereissati. Mesmo sabendo tratar-se de mentiras, o senador tucano além de não condenar as infâmias da Veja, ainda alimentou a sua divulgação.
Cid Gomes tem outros motivos para ter mágoas do senador tucano, pois este foi um dos responsáveis pelo fim da CPMF que destinaria um R$ 1 bilhão por ano para a saúde no Ceará. Nesses quatro anos o Ceará deixou de receber R$ 4 bilhões, dinheiro esse que daria para ter construído grandes e médios hospitais em todas as regiões do Estado, acabado com as filas nos hospitais e também remunerar melhor os profissionais da área de saúde, conforme enfatizou o secretário estadual de Saúde, Arruda Bastos.
A última traição do Tasso Jereissati foi ao candidato do seu partido, o “Zé” Traíra, durante toda a campanha do primeiro turno que findou no último domingo. Além de não pedir votos para o “Zé” Traíra, o senador o escondeu do seu material de campanha. Agora, no ostracismo, diz que vai trabalhar para derrotar a candidata petista Dilma Rousseff no segundo turno. Essa alma quer reza. Ou, numa hipotética vitória do candidato das forças do atraso, um ministério, de preferência o da Fazenda.
Mas o Galeguim dos Zói Azul pode tirar o cavalinho da chuva porque os brasileiros não vão permitir um retrocesso. Todas as mentiras, calúnias e difamações assacadas contra Dilma Rousseff durante o primeiro turno serão desmascaradas. O Brasil será governado, pela primeira vez, por uma mulher. Mulher de fibra, de coragem, e que está compromissada com as mudanças ocorridas nos últimos oito anos, e que vão ter sequência, avançando muito mais com ela.
Vários são os parlamentares que foram escorraçados pelas urnas, especialmente do PSDB, DEMO e PPS. Porém três deles merecem destaque, tal a arrogância e prepotência demonstradas ao longo dos seus mandatos: Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Heráclito Fortes (DEMO-PI). O senador amazonenses teve o desplante de prometer dar uma pisa no presidente Lula; o demo piauiense não perdeu oportunidade para demonizar o governo Lula; e o senador Tasso Jereissati comandou a tropa de choque da oposição contra os interesses do Brasil e dos brasileiros.
Agora, para justificar a fragorosa derrota nas urnas, no último dia três, o senador tucano está voltando suas baterias contra o governador Cid Gomes e o deputado federal Ciro Gomes, chamando-os de traidores e ingratos. Ele destila ódio por todos os poros, e não se conforma por ter sido escorraçado da representação cearense no Senado, obtendo uma votação pífia, humilhante.
Se tem alguém no Ceará que não pode falar em ingratidão e traição, este é Tasso Jereissati. Ele foi eleito pela máquina do governo Gonzaga Mota, em 1986, mas mesmo antes da diplomação já havia rompido com o Governador que deixou de se candidatar ao Senado para satisfazer às exigências dele. Traiu também os comunistas, socialistas e trabalhistas cearenses que ajudaram-no a se eleger pela primeira vez. Depois traiu Sérgio Machado e, como presidente nacional do PSDB, traiu o candidato do seu partido à Presidência, José Serra, o “Zé” Traíra, em 2002. Em seguida foi a vez de o governador tucano Lúcio Alcântara ser apunhalado pelas costas, nas eleições de 2006, quando perdeu a eleição para o atual governador Cid Gomes.
Os cearenses e, nomeadamente os servidores públicos estaduais, têm enormes motivos para se sentir traídos por Jereissati que, sem consultar ninguém, desmontou o Estado cearense, levando à rua da amargura centenas de milhares de famílias em decorrência das suas políticas neoliberais.
Ele extinguiu a CEPA – Comissão Estadual de Planejamento Agrícola; a EPACE – Empresa de Pesquisa Agropecuária; a CODAGRO – Companhia de Desenvolvimento Agrícola; o BANDECE – Banco de Desenvolvimento do Ceará; a IOCE – Imprensa Oficial do Ceará; a COHAB – Companhia de Habitação; a Teleceará e outros órgãos essenciais ao desenvolvimento do Ceará.
Contra a vontade da maioria dos cearenses, inclusive usando da truculência policial, vendeu a COELCE – Companhia de Eletricidade do Ceará, empresa enxuta e superavitária, um dos maiores patrimônios do nosso povo. Até hoje não se sabe o destino do dinheiro da Coelce. Jereissati declarou que R$ 600 milhões, do R$ 1 bilhão da venda, seriam destinados a um fundo previdenciário, mas até hoje esse dinheiro não apareceu. Igualmente causou um enorme prejuízo aos cearenses ao levar o BEC – Banco do Estado do Ceará – a quase falência, tendo de federalizá-lo por R$ 900 milhões. No governo tucano de Lúcio Alcântara o BEC, que era orgulho dos cearenses, foi vendido ao Bradesco.
A infame campanha contra Cid e Ciro Gomes, a partir de uma matéria mentirosa da revista Veja (o lixo do jornalismo brasileiro), teve o respaldo de Jereissati, sabendo este que tudo não passava de mentiras daquela panfletária semanal da Editora Abril. Cid e Ciro, estes, sim, têm motivos de sobra para ter mágoas de Jereissati. Mesmo sabendo tratar-se de mentiras, o senador tucano além de não condenar as infâmias da Veja, ainda alimentou a sua divulgação.
Cid Gomes tem outros motivos para ter mágoas do senador tucano, pois este foi um dos responsáveis pelo fim da CPMF que destinaria um R$ 1 bilhão por ano para a saúde no Ceará. Nesses quatro anos o Ceará deixou de receber R$ 4 bilhões, dinheiro esse que daria para ter construído grandes e médios hospitais em todas as regiões do Estado, acabado com as filas nos hospitais e também remunerar melhor os profissionais da área de saúde, conforme enfatizou o secretário estadual de Saúde, Arruda Bastos.
A última traição do Tasso Jereissati foi ao candidato do seu partido, o “Zé” Traíra, durante toda a campanha do primeiro turno que findou no último domingo. Além de não pedir votos para o “Zé” Traíra, o senador o escondeu do seu material de campanha. Agora, no ostracismo, diz que vai trabalhar para derrotar a candidata petista Dilma Rousseff no segundo turno. Essa alma quer reza. Ou, numa hipotética vitória do candidato das forças do atraso, um ministério, de preferência o da Fazenda.
Mas o Galeguim dos Zói Azul pode tirar o cavalinho da chuva porque os brasileiros não vão permitir um retrocesso. Todas as mentiras, calúnias e difamações assacadas contra Dilma Rousseff durante o primeiro turno serão desmascaradas. O Brasil será governado, pela primeira vez, por uma mulher. Mulher de fibra, de coragem, e que está compromissada com as mudanças ocorridas nos últimos oito anos, e que vão ter sequência, avançando muito mais com ela.
* Diretor de comunicação da Associação de Amizade Brasil-Cuba do Ceará, e membro do Conselho de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará e do Comitê Estadual do PCdoB.
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