Óigame compay! No deje camino por coger la vereda!
De camino a vereda. Buena Vista Social Club
Não serei o poeta de um mundo caduco
Também não cantarei o mundo futuro
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas
Mãos dadas. Carlos Drummond de Andrade
Avança a Frente Ampla e a Unidade Popular rumo às eleições de 2022. Um lume de esperança brilha sobre a Nação Brasileira, exausta, dessangrada, com o choro contido apesar de dois anos de morticínio incomparável, fruto da corrupção, da incúria, do genocídio premeditado do fascista que empalmou a Presidência, espalhando o luto, a miséria e a vergonha, entronizando os piores bandidos a destruir nosso país. Vemos escandalizados como não se poupam sequer as crianças, como o negacionismo, a sabotagem do país e a cara de pau não tem limites. Vemos a urgência de deter o arbítrio que invade nossas casas, ameaça nossas vidas. Isso precisa parar.
Diante de nós está a encruzilhada histórica: o aprofundamento da tragédia cotidiana, ou trilhar o caminho da libertação de nossa Nação, apequenada sob o tacão da Casa Grande, gentinha presente em nossa história, bem descrita por Darcy Ribeiro:
"Ou você leva a sério que esse povo é pra ser alfabetizado, que o que vale é criança e povo, ou você assume a atitude sacana da classe dominante, que sempre achou que o povo é espécie de negro escravo, de carvão pra queimar, e não importa o que acontece com ele. Essa é a postura do brasileiro comum, uma postura perversa e pervertida. Eu vi o mundo inteiro, eu andei no exílio anos e anos... não há lugar melhor para fazer um país do que esse. Mas tem uma classe dominante ruim, ranzinza, azeda, medíocre, cobiçosa, que não deixa o país ir para a frente."
Assim, nossa batalha é precisamente isolar este núcleo, a extrema direita fascista a serviço do capital financeiro, rentista, parasitário e apátrida, de mãos dadas com o genocídio. O central é impedir que ela coopte quaisquer setores sociais. Por isso, precisamos diferenciar o fascismo do centro, de liberais, e mesmo de conservadores. A disputa da hegemonia na sociedade é precisamente essa, e a generalização do rótulo fascista ajuda apenas ao fascismo, um desserviço que junta ignorância e mentira. Ao final, apela a um moralismo demagógico, herança da UDN, e ao complexo de vira-latas, e ambos nos impedem de entender o momento atual, a ascensão da extrema direita no Brasil e mundo afora. É o caminho para a deserção, o pessimismo, a falta de horizonte. Sob um moralismo de quinta e um pessimismo desmobilizador, é como se já tivéssemos perdido antes mesmo de ter tentado. Esconjuro, pé-de-pato, mangalô, três vezes: quem não acreditar em si, em nosso país, já foi derrotado.
Por isso, cabe pedir ajuda à História, reconhecer a complexidade de nosso país e abrir mão de ilusórias mudanças milagrosas, compreender o papel do indivíduo e dos líderes na História, entender o papel do povo, das alianças e da transição que queremos, de sentido progressista, reparador. Também cabe ouvir os que enfrentaram e venceram o fascismo, para ver o bicho do tamanho que ele é.
Assim, sem coesionar a Unidade Popular não lograremos a Frente Ampla. Esta é uma responsabilidade incontornável, formar e conduzir a Frente Ampla, única saída. Ainda bem, que ela vai se constituindo ao redor do ex-Presidente Lula. O problema não é Alckmin na vice-Presidência, como expressão dessa amplitude. O problema mais exasperante é a fragmentação do campo popular, a incapacidade de mobilizar o povo para assegurar um veto de massas e de classe à natureza de escorpião das elites e de seus pactos pelo alto. O problema é abrirmos mão do protagonismo necessário para cumprir as tarefas de quem quiser assumir o governo e bem governar, para desmontar a granada posta no bolso da Nação Brasileira.
Dimitrov, líder operário búlgaro, é um destes heróis que enfrentaram e venceram o fascismo. Preso na Alemanha Nazista, acusado do incêndio do Reichstag - o edifício do parlamento alemão - provocado pelos próprios nazistas, travou uma batalha épica nos tribunais e - assim como Lula - sagrou-se vitorioso improvável daquele embate. No tribunal, peitou Goering e Goebbels e venceu. Livre e na URSS, apresentou o Informe "A luta pela unidade da classe operária contra o fascismo" no decisivo VII Congresso Mundial da Internacional Comunista, em 2 de agosto de 1935, momento definidor da tática que virou o jogo, a linha central da resistência, que principiou por definir corretamente o fenômeno do fascismo, pois só assim foi possível tomar as medidas justas e necessárias à sua derrota.
A definição ilumina-nos até hoje:
"O fascismo no Poder (...) é a ditadura terrorista descarada dos elementos mais reacionários, mais chauvinistas e mais imperialistas do capital financeiro." E ainda: "O fascismo é o Poder do próprio capital financeiro. (...) É preciso salientar de modo especial este caráter verdadeiro do fascismo porque a dissimulação da demagogia social deu ao fascismo, numa série de países, a possibilidade de arrastar consigo as massas da pequena burguesia desajustadas pela crise, e até alguns setores das camadas mais atrasadas do proletariado que jamais seguiriam o fascismo se tivessem compreendido seu verdadeiro caráter de classe, sua verdadeira natureza."
Essa caracterização originou a Frente Única contra o fascismo - ainda maior que a Frente Ampla que defendemos hoje. Sua precisão é surpreendente ainda, cabe a carapuça perfeitamente sobre a cabeça de Bolsonaro e sua quadrilha, assim como dos fios que os conduzem, e que vêm da classe dominante. Falta levar a sério a ascensão renovada do fascismo e assumir as atitudes acertadas para enfrentar tamanho perigo, e nisso reside o sentido vanguardista da política do PCdoB, corolário de seu Centenário e prova de sua vitalidade e das lições da História. Assim, é útil ver como se enfrentou o fascismo a partir daqueles que o enterraram.
Primeiro, buscaram a unificação do campo tão conflagrado dos trabalhadores, dando as mãos a social-democracia, esquerdistas, católicos e comunistas. Com esse primeiro passo, foi além, e uniu muito mais: Stalin, Churchill, Roosevelt e Truman; De Gaulle e Maurice Thorez; Chiang Kai Shek e Mao Zedong; Getúlio Vargas e Prestes. Por todo o mundo podemos citar expressões dessa diferença fundamental que se afirmou para isolar com trincheiras a escumalha fascista a ser isolada e batida. A ameaça foi enfrentada por comunistas, socialistas, conservadores e liberais, unidos para escantear os que precisavam ser varridos da política, e efetivamente o foram, graças ao gênio e à energia que Stalin empreendeu nessa grande aliança que a URSS dirigiu, em nome da humanidade, contra a barbárie nazifascista, e que a enterrou bem fundo até o presente século, quando ressurgiu para espanto universal.
Assim, quem caracteriza de fascistas - a torto e a direito - os adversários que se acercam, presta um tributo à extrema direita, e acaba pulando o cercado. Não à toa, ao trotsquismo e ao anarquismo na Guerra Civil Espanhola foi colada a definição do general fascista Queipo de Llano: "quinta-coluna". Às portas da Madri Republicana, suas quatro colunas militares preparavam-se para disseminar a morte, quando ele disse: "A quinta-coluna está esperando para saudar-nos dentro da cidade", e referia-se àqueles que estão sempre tão à esquerda que perfazem os 180 graus do círculo, passando ao serviço da direita.
Mas não é a única confusão perigosa. Ter aliados é saber-lhes o papel limitado, que precisa ser compreendido; nem menosprezado, nem superestimado. Na Revolução de 1930, ficou célebre o erro de ter considerado o movimento liderado por Vargas como "coisa de burguês". Em 1954, nossa postura oposicionista em face da esfinge Vargas, levou a população a empastelar os jornais burgueses e também a Classe Operária, quando Getúlio deixou a Carta Testamento e a vida para entrar na História. Em 1964, a excessiva confiança no dispositivo militar de Jango e no Caminho Pacífico defendido pela URSS, acabaram por deixar-nos desarmados diante da Ditadura que infelicitou o país por 21 anos. Em 2016, não ia haver Golpe, não houve a articulação política, muito menos a confiança em nós mesmos, nem a mobilização necessária para deter o impeachment, falava-se inclusive em "cair de pé", como se houvesse virtude em termos sido atropelados pela Guerra Híbrida.
Podemos errar, é preciso sabê-lo. Mas erro garantido é juntar no mesmo saco fascistas, conservadores, liberais, as forças de centro, interesses regionais, setores minoritários das classes dominantes e toda a imprensa. Igualmente, errado é não perceber a necessidade de sermos construtores da unidade popular e do isolamento do fascismo e do rentismo parasitário e antinacional, dissociando esses deveres da sensível e ainda indefinida constituição das federações que propusemos.
O fascismo não é um fenômeno cuja origem se situe no plano das ideias conservadoras, apenas. Na verdade, o fascismo tem uma cabeça e duas pernas, pelo menos. A cabeça, a alma, o coração é o capital financeiro na época do imperialismo. Sua relevância é função do capital financeiro, figuras como Bolsonaro funcionam como cão raivoso a serviço do rentismo parasitário que domina o capitalismo e está no ápice da pirâmide de classes no Brasil do genocídio. As pernas que sustentam o fascismo são a propaganda e a violência.
O imperialismo é a era dos monopólios e oligopólios do capital financeiro. Seu poder absoluto busca prescindir da economia real, da produção e mesmo do consumo, elevando-se à estratosfera a bolha especulativa que reproduz o capital através de D->D', dinheiro gerando dinheiro, sem passar pela produção, com as "inovações" financeiras cuja "exuberância" é feita de uma volatilidade maior que o ar, cheia de nada.
O fascismo ressurge e prospera porque é bem pago pelos 1% de semideuses que detém mais riquezas que os 99% de todos nós, pobres mortais. Esse poder sem medida que as finanças exercem sobre o capitalismo se expressa nas crises, pela necessidade do mesmo autoritarismo se impor na vida política, deixando para trás mediações que faziam sentido no passado. Isolar o fascismo é, portanto, o modo mais importante de combater essa camada cuja existência é o martírio de bilhões de seres humanos. Explorar as contradições existentes nos 99% é um dever cuja dimensão palmilhamos, contando nossos mortos e a destruição havida a partir da vitória de Bolsonaro.
Portanto, o fascismo não é fascista porque conservador. Sua demagogia conservadora é bem paga. O autoritarismo ditatorial fascista, que Bolsonaro encarna à perfeição, é a expressão do poder que a ditadura do capital financeiro rentista e parasitário exerce no capitalismo, que não é uma sociedade "de mercado", mas sim o sistema que mata o mercado e abre caminho ao poder absoluto dos oligopólios. E se os líderes fascistas encarnam esse autoritarismo, é em função de serem os mamulengos dos verdadeiros senhores, de seu desprezo pela Vida, a Democracia, a Nação, a Natureza e a Ciência. Expressam o governo oculto, do capital financeiro, para quem nada importa, exceto a inclemente valorização e concentração do capital.
Tampouco o fascismo é um fenômeno racional, como não é racional a atitude "superior" do rancor, de quem humilha quem votou mal na eleição de 2018, esquecendo que isso o incentiva a votar mal na eleição de 2022. É importante perceber, o fascismo foi também fruto do avanço da comunicação de massas e da indústria cultural no século XX, que permitiu se impusessem os pincípios da mentira de Goebbels, cujo gênio do mal apropriou cinema, rádio, discurso, estética, psicologia de massas, arquitetura, demonstrações monumentais, repressão e vigilância, para dar autoridade às mentiras, crueldades e insanidades que mesmerizaram as multidões que empunharam as armas e seguiram confiantes para o abismo.
Hoje, se dinheiro não falta, tampouco podemos negar o peso dos instrumentos das 3a. e 4a. Revoluções Tecnológicas. É um erro crasso tornar o fascismo um adjetivo de uso individual e indiscriminado, considerá-lo a partir de uma superioridade moral ilusória, ignorar o contexto de quem é enganado, atribuindo-o a desvios de caráter ou a opiniões conservadoras deste ou daquela. Isso já foi percebido no passado pelo líder comunista italiano Palmiro Togliatti, que ensinou ser indispensável separar as "massas que estão inscritas nas organizações fascistas,
social-democratas, católicas" das organizações respectivas: (...) as massas que
aderem a elas não são nossos adversários, são massas de trabalhadores
que devemos fazer todos os esforços para conquistar." E tantos acham que agem bem, ao humilhar quem deveriam ouvir e acolher, reproduzindo a própria lógica das redes sociais que engendrou os que chama de fascistas, reproduzindo a mesma prática, contentes na nossa bolha.
O contexto atual é muito mais complicado, a mentira e a verdade, como na fábula, vestem roupas que não permitem sabê-las de relance. Em vez da reflexão moral, filosófica ou racional mesmo, temos outros fenômenos que determinam a submissão às ideias toscas e vis que tem nos derrotado. Recentemente o gabinete do ódio fez uma seleção dos "melhores momentos" das disputas e declarações que no passado dividiram a esquerda e Alckmin, e vimos uma parcela combativa e ingênua dos nossos eleitores se somar aos robôs, engolindo a farsa, usando os vídeos selecionados pelos inimigos para argumentarem a favor da "pureza" nas alianças, que é a demonização da política, do mesmo modo como o lavajatismo - a corrupção da luta contra a corrupção - enganou muita gente progressista.
Em nossa época, a internet, os smartphones, avatares, a vida paralela das redes sociais tornaram "naturais" hábitos tão saudáveis quanto ir ao vaso sanitário munido de premência, gravador, câmera, GPS e computador. É a mesma universalidade do poder da orgia financeira que nos escraviza com juros gigantescos, que pagamos sem ver, dos algoritmos e do big data. Cada clique, cada escolha, cada opção é reunida em padrões que mapeiam muito mais que as ideias racionalmente formuladas. As esferas do desejo, da culpa, das pulsões e adicções, da vergonha e do medo, são a faixa preferencial que visa a calar a racionalidade. A propaganda fascista vai fundo na alma, naqueles lugares recônditos, inconfessáveis, aonde a mentira e a verdade são difíceis de distinguir, sob novas necessidades criadas, segundo aquilo que nos dói, que tememos, que cala a razão e refaz a ação como ódio e medo, numa escala jamais vista.
Desse modo, a cabeça que paga são as finanças, que têm o pé direito da propaganda que a apoia, e alimenta de informação eficaz a máquina de alienação que retira a força, a consciência de si e o próprio uso da razão, porque opera naquelas vibrações mais sinistras da psique individual e social. E o pé esquerdo é a arma de fogo, a agressividade, a destruição das famílias, das amizades, e por fim, o ato homicida que visa a impedir a política, o diálogo, dividir a Nação, para melhor sermos submetidos, para esquecermos quem somos, para sermos nossos próprios e inconciliáveis inimigos.
Nessa tônica, até mesmo o proletariado universal, negro, mulher, LGBTQIA+, é pulverizado e há a impossibilidade de comunicar-nos, de entender-nos, de unir-nos, mesmo que sejamos o mesmo povo, a mesma classe, que partilhemos do mesmo passado, presente e futuro. Podemos estar todos divididos em nossas cabeças, unidos apenas pelo desemprego, pela precarização, pelo medo, pela solidão que impede a solidariedade. Nessa distopia, pereceremos todos.
É essa capacidade de mentir e enganar que dá tanto o poder de massas como as armas de que se utiliza o fascismo para o exercício da violência física e simbólica, o terror. O sentido de manada a trotar para o abismo, esconde-se atrás do medo, do ódio e da atomização, que espalha a descrença, o desânimo, a solidão e as neuroses, a ideologia de que a saída é individual, de que a verdade não existe, que a natureza humana seria a guerra, o pânico, todos contra todos. O indivíduo, surgido do trabalho, da solidariedade, do coletivo, seria a única realidade, e não entendemos porque a infelicidade é a regra. Diariamente, somos inoculados da consciência das classes dominantes reais - os 1%. Sua perspectiva se retrata fielmente nas séries e filmes que dizem que o futuro será de apenas 1% de seres humanos que sobraram, que têm de atirar na cabeça de 99% de zumbis para sobreviver a um apocalipse incontornável.
E contra tudo isso, o fato mais exuberante é a decisão de nosso povo se unir, expressa nas intenções de voto no ex-Presidente Lula. Precisamos ouvir esse clamor que vence barreiras tão grandes contra as quais nos debatemos mal e mal. Precisamos pesar as divisões de nosso passado, como nos custaram, e compreender o papel da unidade da Nação Brasileira, da Esquerda, dos Patriotas, em tempos de guerras híbridas cuja máxima de dividir para reinar jamais esteve tão atual.
A falha de toda opressão que se quer eterna, é a vida sofrida, que leva à consciência que se liberta. Mas esse é um momento fugidio. As poderosas armas de manipulação da burguesia trabalham dia e noite para matar no berço toda consciência de classe para si, a busca do povo brasileiro por uma saída do pesadelo que vivemos. No Chile, a campanha vitoriosa de Boric não hesitou em receber o apoio da Concertación, mas tampouco se deteve nos acordos políticos ou nas redes sociais. Foi de casa em casa, 1,2 milhão de lares, para falar olhos nos olhos com o povo chileno. E nós? Vamos ao povo? Para ouvi-lo e dialogar, ou para criticá-lo quando mostre sua fragilidade diante do discurso dominante?
A luta contra o nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial foi vitoriosa pela acertada tática vocalizada por Dimitrov: por um lado, unir o povo e, por outro, ir além de nós mesmos para isolar o fascismo, seguindo as lições leninistas de dividir os adversários e unificar o próprio campo. Do mesmo modo, os desafios se situam no tempo. Eleger Lula é essencial, mas nem de longe esgota os desafios que enfrentaremos para salvar o Brasil. A cada dia a sua agonia.
O PCdoB levantou a a bandeira da Frente Ampla, e o caminho das federações é a evidência do papel destacado que ocupa na cena política, em meio à encruzilhada histórica. Que Lula se utilize de cada brecha no campo adversário é exatamente o que pedimos desde antes do Golpe. Militar pela unidade da esquerda é preciso para assegurar sentido progressista à Frente Ampla. Nos estertores de 2021, é benfazeja a onda de otimismo, esperança, mas não podemos ter salto alto, nem ilusões, e nosso dever é semear caminhos de unidade que desafiem o ceticismo e a desconfiança, plantando um 2022 feliz, feito de vitória, de combate, de defesa do conquistado, de afirmação do Brasil, de sua Independência bicentenária e frustrada tantas vezes. O PCdoB cresce é na grande política, nos grandes embates, sendo protagonistas das grandes lutas. Foi essa alma guerrilheira que fez João Amazonas propor a Frente Brasil Popular quando nem o PT a entendia. Temos de nos afirmar no mar aberto para sermos maiores e mais fortes no novo século de nossa existência que inicia em 2022. Não deixemos a avenida da História para percorrer a vereda das batalhas menores, quando diante de nós está a Encruzilhada Histórica.
Em águas caudalosas de povo brasileiro devemos nos banhar para honrar o Centenário do Partido Comunista do Brasil e assegurar o nosso futuro. O rio caminha para o mar, e precisamos nos posicionar no fluxo central da mudança, da resistência, da vitória. Olhar nossa história de dolorosas divisões, ansiar pelas oportunidades e encruzilhadas que mudarão tudo. Entender o caminho para a derrota do fascismo, para resgatar o Brasil, para honrar mártires e vítimas, para vencer a força da grana, da mentira e da violência. Esse caminho construído, de verde amarelo e foice e martelo, dele não devemos nos afastar. Unidos e mobilizados, sem nos isolar, pensando nos grandes interesses de nossa gente, é assim que se afirmará nossa relevância histórica. Não nos perderemos, não nos confundiremos, mas havemos de forjar nas duras lutas de 2022 a sólida unidade necessária para resgatar o Brasil. É possível derrotar o fascismo e avançar, certamente com Lula, com Frente Ampla e Unidade Popular!
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