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sábado, 12 de dezembro de 2009

Marrocos nega pedido de ativista saarauí em greve

11 de Dezembro de 2009 - 19h26

O governo do Marrocos recusou nesta sexta-feira uma solução para o caso de Aminatu Haidar, enquanto a ativista mantiver sua postura atual em defesa de sua nacionalidade saarauí.

Segundo o chanceler marroquino, Taieb el Fassi Fihri, a situação da ativista, em greve de fome na Espanha há 25 dias, é "uma conspiração contra o governo " de Rabat.

"Se trata de um assunto político e não humanitário", insistiu o ministro depois de uma entrevista coletiva dada em Nova York com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon.

Aminatu mantém a greve de fome no aeroporto da ilha espanhola de Lanzarote, para onde foi mandada em 14 de novembro pelas autoridades marroquinas, quando retornava de Nova York após receber um prêmio.

Os funcionários de Rabat confiscaram seu passaporte e a embarcaram à força em um avião que seguia para a ilha canária.

A ativista exige regressar a sua região de moradia como cidadã da República Árabe Democrática Saarauí, sem aceitar a condição de cidadã marroquina, país que ocupa o território saarauí, uma antiga colônia espanhola.

O chanceler marroquino sublinhou que seu governo "não aceitará" os pedidos de Aminatu.

Quinta-feira, Ban Ki-Moon conversou por telefone com o ministro espanhol de Relações Externas, Miguel Ángel Moratinos, relatando sua preocupação pelo estado deteriorado de saúde da lutadora pelos direitos humanos do povo saarauí.

A União Europeia também manifestou sua inquietação pela saúde da ativista e pediu a Marrocos que cumpra suas obrigações em matéria de Direitos Humanos e coopere para encontrar uma solução positiva para a situação.

Ao mesmo tempo, o líder da Frente Polisario e presidente da república saarauí, Mohamed Abdelaziz, pediu a intervenção urgente do secretário-geral da ONU para salvar a vida de Aminatu.

"Pedimos que intervenha de forma urgente para salvar a vida desta alma inocente, cuja única falha foi ter defendido os princípios da Carta das Nações Unidas", observou Abdelaziz.

Fonte: Prensa Latina

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