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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Especial: I Conferência Internacional da Juventude Sindicalista da Federação Sindical Mundial



Artigo: Federação Sindical Mundial aposta alto na juventude - no sítio da CTB ou no Vermelho - Paulo Vinícius

Intervenção Especial da CTB na I Conferência Internacional: Os objetivos de Luta da Juventude Sindicalista - Paulo Vinícius (em breve)










DECLARAÇÃO FINAL


1º CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE SINDICALISTA
Lima - Peru, 18 a 20 de novembro 2009

Respondendo ao chamado da Federação Sindical Mundial (FSM) e da Confederação General de Trabalhadores do Peru (CGTP), realizou-se em Lima a 1.ª Conferência Internacional da Juventude Sindicalista, de 18 a 20 de Novembro de 2009, ano do 50º aniversario da Revolução Cubana. Com 32 organizações de 25 países, reunimo-nos mais de 250 sindicalistas da América, África, Europa, Oriente Médio e Ásia, e declaramos:

No começo do Século XXI o mundo segue vítima de uma ordem econômica e política injusta, excludente e espoliadora que conduz o planeta à sua própria autodestruição, ameaçado agora pelo aquecimento global que ocorre simultaneamente à maior crise da história do capitalismo.

Nesse contexto, os jovens trabalhadores somos as primeiras vítimas da desregulamentação trabalhista propiciada pela globalização imperialista. Os resultados são alarmantes: milhões de jovens desocupados, subempregados ou com trabalho em condições de semi-escravidão, sem acesso à saúde nem previdência social, persiste o trabalho infantil, os emigrantes são vítimas do desamparo e de perseguições. Em suma, toda uma geração de jovens trabalhadores em ruína material e espiritual, sem nenhum futuro promissor.

As leis e os valores ideológicos e culturais de um modo de vida que agiganta o individualismo e a violência são impostos em nossas sociedades. Não se trata apenas da injustiça de que uma minoria concentre uma proporção enorme da riqueza enquanto massas empobrecidas apenas podem sobreviver. É que o sistema hegemônico opera como uma máquina de extermínio social a que pouco importa o destino dos excluídos, muito menos seus valores e culturas, suas identidades e comunidades, submetidos ao imperativo do mercado.

Ante os transcendentais avanços tecnológicos do mundo de hoje, os jovens atuam em processos que mudaram a composição da classe trabalhadora. Os capitalistas demandam um “novo profissional”, que tenha iniciativa, consciência crítica e capacidade para melhorar o processo produtivo, que trabalhe em equipes e tenha compromisso com os resultados coletivos, domínio de idiomas, filosofia, constante capacitação etc. Mas apenas para servir melhor o mercado e não para contribuir com a mudança econômica, social e política que requerem nossos países.

Como aceitar tais exigências que significam apenas o aprofundamento da
alienação quando o sistema - que só atua em função dos interesses do capital – ao mesmo tempo em que exige mais de nós, destrói nossos sonhos de juventude, discrimina-nos e nos separa por nossa condição de migrantes, por nosso modo de vestir, falar e até por nossa opção sexual? É justo que acatemos tais exigências quando somos submetidos a humilhantes e injustas discriminações entre ricos e pobres, entre distintos grupos étnicos, entre homens e mulheres, entre zonas rurais e urbanas e até entre regiões relativamente prósperas e atrasadas dentro de uma mesma nação?

Expressamos nossa convicção de que a evolução da ciência e do conhecimento tecnológico devem estar ao nosso serviço assim como o exige a Federação Sindical Mundial (FSM). Essa histórica Federação que nunca se aliou às empresas transnacionais ou aos governos que encobrem políticas predatórias, que jamais se curvou aos reveses da história, e que apesar das dificuldades, manteve-se firme na luta, legando à nossa geração a autêntica solidariedade operária.

A FSM tem se fortalecido desde seu 15º Congresso Sindical Mundial, celebrado em 2005 em Havana, como foi demonstrado por este exitoso encontro. Conscientes da preparação do 16º Congresso, aspiramos a que ele seja um espaço fundamental para debater as conclusões dessa I Conferência. Acreditamos que impulsionará o movimento sindical juvenil, analisará e proporá políticas específicas para a juventude trabalhadora, contribuirá para atualizar nossas lutas e aumentará nossa integração ao movimento sindical, além de conscientizar a juventude das justas posições da FSM.

O apoio decidido dado à nossa Conferencia pela FSM tornará possível em seu 16º Congresso intensificar nossa ação, e que mais jovens trabalhadores compreendam o desenvolvimento social em termos classistas, relacionando nossos problemas individuais à luta coletiva e unitária.

Globalizemos a luta, globalizemos a esperança!

A América Latina, aonde se realiza esta I Conferência, vive uma mudança de época, com avanços democráticos e vitórias das forças progressistas que há que defender e aprofundar. A resposta dos retrógrados, incrustados no governo imperial estadunidense, com o apoio de seus aliados, é impedir a autodeterminação dos povos, inclusive pela força, mostrando que não mudam. Seu regime fracassado não tem mais nada a oferecer, só lhes restando a dominação, a coação, a opressão, a ameaça, a agressão, a imposição da guerra.

Em Honduras se luta heroicamente contra este modelo do império. A resistência desse povo é uma inspiração. Sim, é possível defender nossos direitos e soberania ante as hipócritas e traiçoeiras manobras do governo estadunidense e dos oligarcas para burlar a vontade popular e o desejo da comunidade internacional. Uma vez mais, como disse Che Guevara, dizemos : “no imperialismo não se pode confiar nem um tantinho assim”. Exigimos a imediata e incondicional restituição do governo legítimo de Manuel Zelaya !

Estão desmascaradas as tentativas de dar ao imperialismo estadunidense um rosto humano. Os fatos reafirmam a mesma agressividade e o caráter guerreirista e antipopular que tem caracterizado o governo estadunidense e seus aliados, inclusive com volta de privatizações, como no caso da eletricidade e energia da Cidade do México. As bases militares dos EUA na Colômbia e a volta da Quarta Frota - tão próximas da Venezuela - constituem, como disse o companheiro Fidel, “um punhal cravado no coração de Nossa América”. Por isso os trabalhadores e nossos povos ampliamos a resistência.

No Peru também se dão importantes batalhas em defensa dos direitos dos trabalhadores e contra a política de fome, entreguista e autoritária do governo de Alan García. A CGTP, histórica central fundada por José Carlos Mariátegui, que nos acolheu tão hospitaleiramente, tem sustentado com firmeza e maturidade, com organização e convicção, a batalha por reverter as políticas e leis antipopulares dos governos neoliberais. A 1º Conferência expressa sua solidariedade com os trabalhadores da agroindústria, portuários, de tecidos e confecções, mineiros, maestros e da construção civil etc., que lutam por seus justos direitos reivindicações.

A guerra, promovida com arrogância imperial, atinge com seu terrível impacto ao Iraque e Afeganistão. Pressiona-se o Paquistão, o Irã e o Sudão, persistem as provocações na península coreana, enquanto se protege Israel nos seus crimes contra o sofrido povo palestino, ao mesmo tempo em que se criminaliza sua legítima luta por um estado independente e soberano.

O imperialismo da União Européia e as decisões da Estratégia de Lisboa, Bolkenstein etc. reforçam os monopólios e as multinacionais contra os direitos dos trabalhadores e atua através da OTAN nas guerras contra os povos. Tentam criar antagonismos entre os trabalhadores, promovendo a discriminação contra os imigrantes, a xenofobia e o racismo. E ainda persiste a ocupação e a divisão de Chipre pelo imperialismo.

Ademais, seria razão de riso se não fosse pelo dramático da situação, que haja quem celebre os vinte anos da queda do Muro de Berlim, como se isso tivesse aberto una época mais feliz para a humanidade, enquanto se calam ante os muros de hoje na Palestina, no México, os muros da exploração do homem pelo homem.

Na Ásia, o povo nepalês luta pelo êxito do processo de paz e pelo estabelecimento de uma constituição que garanta o poder popular e a melhora da vida do povo.

A JUVENTUDE É O FUTURO DO SINDICALISMO DE LUTA COM PRINCÍPIOS DE CLASSE

Os participantes da I Conferência Internacional da Juventude Trabalhadora
consideramos que a atual ordem econômica e política nega os mais elevados valores concebidos ao longo da historia e submetem a juventude a uma alienação brutal. Eles querem uma humanidade indiferente, uniforme, sem aspirar a um futuro melhor.

Nós, jovens trabalhadores, resistimos a tais pretensões e lhes opomos nossas convicções e princípios que historicamente animaram as lutas dos trabalhadores. Levantaremos mais alto que nunca nossas idéias de quem busca uma sociedade superior, de justiça para o povo.

Por isso, lutamos:
  1. Pela Paz, pois a humanidade é una. À hipocrisia da globalização da barbárie e à rapina capitalista oporemos a globalização da solidariedade. Não à guerra e ao imperialismo!
  2. Pelo nosso planeta, enfrentaremos a contaminação gerada pelas empresas transnacionais que em sua busca cega de lucro nos conduzem à autodestruição.
  3. Pelo direito ao emprego e pela redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário. Pelo fim da precarização do emprego e dos contratos. Ninguém é ilegal.
  4. Pelo direito da juventude à educação e ao trabalho com direitos e pelo direito à saúde.
  5. Pela autonomia sindical que não é neutralidade, mas a afirmação dos interesses da classe. Pela liberdade de organização sindical com características juvenis. Pelo impulso à filiação sindical e a renovação geracional do nosso movimento.

A juventude trabalhadora diz como nos ensinou Mariátegui: “o proletariado não ingressa na história politicamente senão como classe social, no instante em que descobre sua missão de edificar uma ordem social superior”.

A JUVENTUDE ACREDITA NO FUTURO. OUTRO MUNDO, SOCIALISTA, É POSSÍVEL! CONQUISTÁ-LO, CONSTRUÍ-LO, PRESERVÁ-LO, É A BATALHA HISTÓRICA ANTE OS JOVENS TRABALHADORES!

Lima, Peru, 20 de novembro de 2009.
Assinam:
Argentina - Sindicato Judicial de la Província de Salta - Central de Trabajadores de la Argentina (CTA)
Argentina - Asociación de Empleados Judiciales de Buenos Aires - Central de Trabajadores de la Argentina (CTA)
Bolivia - Confederación Sindical de Trabajadores en Construcción de Bolivia (CSTCB)
Brasil - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - (CTB)
Brasil - Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)
Brasil - Nova Central Sindical dos Trabalhadores - Minas Gerais
Brasil - Federação Democrática Internacional das Mulheres (FDIM)
Chipre - Pancyprian Federation of Labour (PEO)
Colombia - Sindicato de Trabajadores de la Empresa de Teléfonos de Bogotá (SINTRATELEFONOS)
Congo - C.T.P SYNDICAT
Cuba - Central de Trabajadores de Cuba (CTC)
Cuba – Federación Sindical Mundial - Región América
Equador - Federación Provincial de Trabajadores de Tungurahua (FPTT-CTE)
Egito - Egypetian Trade Union Federation (ETUF)
França - Fédération Nationale des Industries Chimiques de la Confédération Générale du Travail (FNIC-CGT)
França - Unión Internacional de Sindicatos de Trabajadores de la Agricultura, Alimentaciòn, Comercio, Textil e
Industrias Aliadas (UISTAACT)
Grécia - All Workers Militant Front (PAME)
Honduras - Federación Unitaria de Trabajadores de Honduras (FUTH)
Hungria - World Federation of Democratic Youth (WFDY)
Índia - Centre of Indian Trade Unions (CITU)
Marrocos - l’Organisation Démocratique du Travail (ODT)
México - Sindicato Único de Empleados de la Universidad Michoacana (SUEUM)
México - Frente de Trabajadores de la Energía (FTE)
Nepal - All Nepal Federation of Trade Unions (ANTUF)
Nicaragua - Movimiento Cumbre por la Paz
Nigeria - National Union of Air Transport Employees (NUATE)
Panamá - Central Nacional de Trabajadores de Panamá (CNTP)
Peru - Confederación General de Trabajadores del Perú (CGTP)
Portugal - Confederación General de Trabajadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN)
África do Sul - Chemical, Energy, Paper, Printing, Wood and Allied Workers' Union (CEPPWAWU)
Sudão - Sudan Workers Trade Unions Federation (SWTUF)
USA - Latinos Unidos / United de Michigan (LUUM)




COMPOSIÇÃO DA COORDENAÇÃO INTERNACIONAL DA JUVENTUDE
SINDICALISTA DA FEDERAÇÃO SINDICAL MUNDIAL – 2009/2010


AMÉRICA
Peru - CONFEDERACIÓN GENERAL DE TRABAJADORES DEL PERÚ (CGTP)
JUAN GUSTAVO MINAYA GOÑY (Coordenação Geral)
Brasil - CENTRAL DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL - (CTB)
PAULO VINICIUS SANTOS DA SILVA
Honduras - FEDERACIÓN UNITARIA DE TRABAJADORES DE HONDURAS (FUTH)
WALTER MANRIQUE JUÁREZ HERNÁNDEZ
FEDERAÇÃO SINDICAL MUNDIAL - FRENTE DE JUVENTUDE FSM
Grécia - VASILIKI MOUKANOU

EUROPA
Cyprus - PANCYPRIAN FEDERATION OF LABOUR (PEO)
ANREAS KOUNNIS
Grécia - ALL WORKERS MILITANT FRONT (PAME)
THEODORAKIS NIKOLAOS

ÁSIA
Índia - CENTRE OF INDIAN TRADE UNIONS (CITU)
PROMIT KUMAR SARKAR
Nepal - ALL NEPAL FEDERATION OF TRADE UNIONS (ANTUF)
SHALIK RAM JAMKATTEL - BABURAM GAUTAM
Paquistão - ALL PAKISTAN FEDERATION OF UNITED TRADE UNIONS (APFUTU)
ULLAH AZAM SYED ZIA
ÁFRICA
Nigéria - NATIONAL UNION OF AIR TRANSPORT EMPLOYEES (NUATE)
ABDULL KAREEM MOTAJO
África do Sul - CHEMICAL, ENERGY, PAPER, PRINTING, WOOD AND ALLIED WORKERS' UNION (CEPPWAWU)
SKHUMBUZO PHAKATHI
ORIENTE MÉDIO
Egito - EGYPTIAN TRADE UNION FEDERATION (ETUF)
MOHAMED ABD RABOF - KAMEL KHEDR
Marrocos - ORGANISATION DÉMOCRATIQUE DU TRAVAIL (ODT)
MOHAMMED ENNAHILI
Sudão - SUDAN WORKERS TRADE UNIONS FEDERATION (SWTUF)
MOHAMED OSMAN ABBAS

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