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Textos de Combate: Sem perder a ternura, jamais - Paulo Vinícius da Silva - à Venda

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quinta-feira, 30 de abril de 2015

Primeiro de Maio com Victor Jara, que vive e luta - Paulo Vinícius Silva

Às vésperas do Primeiro de Maio lutamos contra a ganância dos capitalistas que desejam destruir a CLT, retirar os direitos básicos dos trabalhadores, favorecer os patrões que dão calote e desproteger os trabalhadores que mais duro trabalham, mais sofrem acidentes, os que mais morrem.  E mais, pois também o sistema ataca a vida dos filhos dos trabalhadores, em especial se jovens negros, que são vítimas da violência do crime e do Estado, e são os que mais morrem. É a pena de morte não declarada, que agora eles querem ampliar, para colocar nas penitenciárias jovens de 16 e 17 anos. Querem por essa juventude nas penitenciárias com os maiores bandidos, e esperam que isso não tenha volta. Há motivos suficientes para lutar contra o que Eduardo Cunha representa como a liderança de uma Câmara dos Deputados que tem uma agenda de retrocesso social, antipopular, dominada pelo capital, e com uma agenda moral conservadora e antidemocrática. Nessa hora, precisamos de convicção e esperança para lutar ainda mais em defesa das conquistas do povo e do Brasil. A poesia é uma arma fundamental nessa luta.

Por isso, tão perto do Primeiro de Maio, fortaleçamo-nos conhecendo um músico que deu sua voz e sua vida pelos mais humildes. Lembremo-nos de Victor Jara, um artista comunista chileno admirável. Victor, poeta, professor, músico, compositor, homem do teatro, produtor cultural, pesquisador, militante das Juventudes Comunistas do Chile, de seu Partido.

Victor que cantava à alma e à consciência com uma doçura e verdade que impactavam profundamente. Nesse concerto gravado para uma  televisão Peruana, podemos vê-lo e ouvi-lo, ver o sorriso, ouvir o violão, a prosa e as palavras que Victor tão doce e real pronuncia.

Victor que foi perseguido pelo que compunha e cantava e tocava. Victor que foi preso no Estádio Nacional com milhares de outras pessoas que apoiavam o governo de Allende, deposto pelo General Pinochet à custa de guerra econômica, conspiração e até bombardeio do Palácio de la Moneda, e a morte de Allende, tudo a mando dos EUA. Muitos milhares de mortos e torturados.
Mas antes do bombardeio aéreo ao palácio de la Moneda, outro o precedeu, o bombardeio midiático, a campanha incessante de desestabilização que o povo resistia com as canções de Victor que, de tão bonitas, atraíram o ódio criminoso e cruel da ditadura.

Pinochet e a direita não perdoaram jamais as verdades que Victos dizia cantando, com toda aquela doçura, com aquela luz que descortina ante nosso olhar a dura realidade de vida, e o herói e a heroína
cotidiano, o trabalhador, a trabalhadora. Eles transparecem em sua beleza e sofrimento, ouvindo-o
é possível sentir a identidade desse artista com a gente mais simples e seus padeceres e a contribuição
gigantesca que dão, pois são os trabalhadores e as trabalhadoras  que fazem a roda da vida girar, porque produzem tudo o que existe ao nosso redor. É a classe trabalhadora a classe produtiva. E esse olhar próximo do artista e de seu povo, dá a voz a páginas incríveis do cancioneiro popular e da
canção latinoamericana.

Victor era "apenas" uma pessoa, mas não estava sozinho, e essa é uma razão fundamental de sua grandeza artística. Seu canto e músicas tinham a a humanidade como alicerce, a justiça, a beleza e o olhar com os olhos do povo, de seu interesse, de sua verdade, de seu projeto. E isso, essas multidões que tinha atrás de si amedrontavam, porque diferente da bala, o canto de Victor não tinha fim, reproduzia-se como chama no mato seco, abrindo até hoje os olhos das pessoas. Victor cantava a vida, a luta, os padeceres e a beleza da classe trabalhadora.

O camponês, o operário, a luta, o acidente de trabalho, a dureza do trabalho, o amor. Sobretudo o amor, como ele mesmo declara durante o concerto, o amor de um homem por uma mulher, de um homem por um homem, do amor à humanidade. Assim ele explica como fez Te recuerdo Amanda. Trata do amor entre dois operários, Manuel e Amanda, dois simples trabalhadores, que ele retrata nos cinco minutos em que eles se encontravam, quando ele ia receber a marmita, apenas em cinco minutos vemos o carinho e a ternura do amor entre esses dois personagens que simbolizam todas as pessoas que lutam a vida dura e que amam.

Por isso o prenderam, torturaram e mataram com 33 tiros, tamanho era o ódio que o regime de Pinochet teve contra Victor e a Unidade Popular.  Ouçamo-lo, aproveitemos a oportunidade da beleza e da verdade dessas canções da luta do povo. Por mais de uma hora estejamos com ele, para entender seu enorme talento, e para perceber o papel transcendente que tem a consciência para tocar o coração e a mente das pessoas, unindo-as num poder transformador irrefreável, o poder do povo unido, invencível. Por isso, longe de tristeza, lembremo-nos de que o povo unido jamais será vencido!

Nesses minutos do programa na Panamericana Televisión de Lima, Perú, el 17 de julio de 1973, Victor  e sua arte mostram-nos porque ele segue tão vivo no coração das pessoas. Victor vive.




Vitória do Vietnã contra os EUA completa 40 anos - Portal Vermelho

Homenagem: Victor Jara canta El Derecho de Vivir en Paz, em homenagem a Ho Chi Mihn,

tratado tanto tempo como "bandido" pelos imperialistas, e que ele ironiza.






Vitória do Vietnã contra os EUA completa 40 anos - Portal Vermelho

Há exatos 40 anos chegava ao fim uma das principais guerras imperialistas do século passado. Em 30 de abril de 1975, os vietnamitas finalmente colocavam um ponto final na guerra de ocupação contra seu país e impunham aos EUA uma derrota histórica marcante e que abriu caminho para outros enfrentamentos anti-imperialistas.











Com a reputação arranhada, - não apenas por perderem uma guerra pela primeira vez, mas também pelas técnicas desumanas que utilizaram, em vão, para conseguir dominar a nação asiática – os estadunidenses foram derrotados e saíram às pressas de Saigon.



A maior potência bélica do mundo gastou mais de 200 bilhões de dólares e chegou a enviar 550 mil soldados para a Guerra do Vietnã.



Com boa parte da opinião pública internacional contrária ao conflito e com grande parte dos norte-americanos considerando a morte de seus compatriotas totalmente sem sentido, o então presidente do país, Richard Nixon, foi obrigado a bater em retirada e seus planos de combate ao comunismo na região, foram derrotados. A agressão, que foi o método utilizado para viabilizar estes planos, provocou a morte de mais de 1 milhão de vietnamitas e de 60 mil estadunidenses.



Com a vitória, o Vietnã encerrou um longo período de ingerência belicista em seu território. Embora os combates tenham se iniciado por volta de 1957, os vietnamitas já vinham sofrendo, há décadas, com os desmandos de potências ocidentais. Em 1883 a região, na época conhecida como Indochina (Vietnã, Laos e Camboja), caiu sob domínio do colonialismo francês. Esta exploração foi interrompida durante a Segunda Guerra Mundial, quando, entre 1941 e 1945, o Japão assumiu o papel de subjugar a população local em prol de interesses próprios. O fim da beligerância global deu a falsa impressão aos franceses de que poderiam seguir com seu domínio. Esse ledo engano deu origem à Guerra da Indochina, embrião da Guerra do Vietnã.



Quando em 1954, influenciados pela busca por soberania e liberdade, os vietnamitas conseguiram se livrar da França, viram o país ser dividido na Conferência de Genebra. O Norte, liderado pelo histórico líder comunista Ho Chi Minh e o Sul sob a influência capitalista dos EUA, mais um dos muitos efeitos da Guerra Fria.



A proposta inicial previa que dois anos depois, em 1956, eleições fossem realizadas e o país fosse reunificado. No entanto, influenciado pelos estadunidenses, o governo da região Sul descumpriu o acordo, dando origem a uma série de combates.



A ideia norte-americana, em especial de Robert McNamara, secretário de Defesa dos Estados Unidos durante os governos de John Kennedy (1961 – 1963) e Lyndon Johnson (1963 – 1969), era de que se os comunistas vencessem as eleições no Vietnã, logo o comunismo tomaria forma em toda a Ásia, o que era inadmissível na estratégia estadunidense e justificava, para eles, uma guerra destas proporções.



No início da década de 1960, percebendo que apenas dinheiro e armamento não seriam suficientes para que a região Sul vencesse os conflitos internos, os EUA intensificaram o envio de soldados, os bombardeios ao lado Norte e até passaram a utilizar armas químicas, cujo efeito devastador é sentido até hoje no Vietnã.



Nada disso foi suficiente. Os bravos vietcongs, como ficaram conhecidos os combatentes vietnamitas, conseguiram libertar o país, mesmo com menor poderio bélico, utilizando técnicas de guerrilha. Depois de encurralar as forças estadunidenses e da fuga de seus aliados do Vietnã do Sul, organizaram uma grande ofensiva, marcharam em Saigon e rebatizaram a cidade para Ho Chi Minh. Um ano depois, finalmente, a nação foi reunificada, transformando-se (e mantendo até hoje) em um país socialista.



Da redação do Portal Vermelho

No Dia do Trabalhador, UJS intensifica a luta em defesa da Juventude - Portal Vermelho

No Dia do Trabalhador, UJS intensifica a luta em defesa da Juventude - Portal Vermelho

A UJS vem mobilizando toda sua militância para os grandes atos que acontecerão em todo o Brasil em função do Dia do Trabalhador, na próxima sexta-feira (1º/5). Este ano a entidade aproveita a data para intensificar a luta em defesa da juventude trabalhadora que será diretamente atingida pelo Projeto de Lei que permite a terceirização irrestrita do trabalho. 



De acordo com o secretário de Comunicação da UJS, Anderson Bahia, o objetivo da entidade este ano é fortalecer a bandeira contra o PL da terceirização. “Essa é uma medida que afeta diretamente a juventude por se tratar de uma parcela da população que ainda não está consolidada no mercado de trabalho e facilmente serve para este método de rotatividade”, afirma.

Além de se somar à luta das centrais sindicais para garantir os direitos trabalhistas já conquistados, a UJS também vai fortalecer a luta em defesa de uma Reforma Política democrática que contemple o fim do financiamento privado de campanha.

“Nossa militância vai colher assinaturas para o projeto da Reforma Política, vamos aproveitar os grandes atos para conversar com a população e esclarecer o assunto”, explicou Anderson.

Fala Juventude 

Recentemente a UJS lançou um novo mecanismo para movimentar as redes sociais, trata-se da série “Fala Juventude”. Consiste na elaboração de vídeos curtos, enviados pela militância, para o fortalecimento da luta de ideias.

O primeiro vídeo traz o diretor de Jovens Trabalhadores da UJS, conhecido com Professor Carlão. Além de jovem e militante socialista, Carlos Eduardo é professor da rede estadual de ensino de São Paulo, que está em greve.

No vídeo, o Professor Carlão convoca os jovens trabalhadores a participarem dos atos em suas cidades em todo o Brasil para fortalecer a luta em defesa dos direitos trabalhistas. “Procure na sua cidade um evento do ‘1º de maio’ e vamos à luta pelos direitos dos trabalhadores, por um Brasil melhor, mais justo e soberano”, diz.

Assista ao vídeo Fala Juventude: 




Do Portal Vermelho,
Mariana Serafini

Conferência Nacional do PCdoB será realizada de 29 a 31 de maio em SP - Portal Vermelho

Conferência Nacional do PCdoB será realizada de 29 a 31 de maio em SP - Portal Vermelho

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) está vivenciando um momento de rico debate em torno da situação política nacional com o coletivo partidário em todo o país. Este processo culminará na 10ª Conferência, que será realizada entre os dias 29 a 31 de maio, no auditório da Unip, na capital paulista.



Conferência Nacional do PCdoB será realizada de 29 a 31 de maio em SPConferência Nacional do PCdoB será realizada de 29 a 31 de maio em SP
Examinando a crise política nacional em curso, os comunistas estão propondo noProjeto de Resolução, a construção de uma “frente ampla em defesa do Brasil, do desenvolvimento e da democracia” e ainda o rechaçamento do golpismo da direita, “desmascarando a pregação de um impeachment” contra a presidenta da República, reeleita democraticamente nas eleições de 2014.

Para impulsionar essa contraofensiva, o documento em debate propõe ainda “a retomada da iniciativa política a ser empreendida pelas forças democráticas e progressistas em torno de bandeiras unificadoras”, com a tarefa central de “rechaçar o golpismo, de defender o mandato da presidenta e de conquistar a estabilidade do governo”.

Com este intuito, as principais bandeiras defendidas pelos comunistas são: a defesa da Petrobras e da engenharia nacional, a retomada do crescimento da economia, a garantia dos direitos trabalhistas e sociais; o combate à corrupção com o fim do financiamento empresarial das campanhas, entre outras.

No debate orgânico do partido, a resolução política trata da efetivação das linhas de construção partidária e da sucessão da presidência nacional do partido, abalizada no 13º Congresso Nacional do PCdoB, realizado no fim de 2013.

Detalhamento
A secretaria nacional de Organização do PCdoB divulgou nesta segunda-feira (27) informações para os comitês estaduais agilizarem a eleição dos delegados que irão participar da conferência e ressaltou que as emendas e os nomes dos participantes deverão ser enviados até dia 20 de maio para o endereço eletrônico comitecentral@pcdob.org.br.

A conferência terá inicio às 15 horas da sexta-feira (29), no auditório da Unip - Campus Bacelar - , localizada à Rua Doutor Bacelar, 1212, Vila Clementino, São Paulo-SP. O credenciamento será realizado a partir das 13 horas do dia 29, na Unip.

Do Portal Vermelho



Download Projeto de Resolução da 10ª Conferência Nacional do PCdoB

Adalberto Cardoso: Impeachment hoje serve a corruptores e corruptos - Portal Vermelho

Adalberto Cardoso: Impeachment hoje serve a corruptores e corruptos - Portal Vermelho

A campanha pelo impeachment contra a Dilma Rousseff é encabeçada por aqueles que temem a ampliação de investigações de atos de corrupção no últimos anos, em especial a Operação Lava Jato. A afirmação do do sociólogo Adalberto Cardoso.



Adalberto Cardoso é diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UFRJAdalberto Cardoso é diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UFRJ
Segundo ele, o impeachment encampado pelo PSDB e outras siglas da oposição, interessa somente às grandes companhias de petroleo, aos agentes nacionais que têm a ganhar com a saída da Petrobras da exploração de petroleo.

“A Lava Jato está mexendo com profundos interesses empresariais e políticos. Aqueles que estão clamando pelo impeachment estão querendo impedir que essa limpeza continue. O impeachment hoje serve aos corruptores e aos corruptos”, avalia Adalberto Cardoso, diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada neste domingo (26).

Para ele, um possível impeachment atenderia aos interesses de grandes empresários interessados na Petrobras. “O impeachment interessa às forças que querem mudanças na Petrobras: grandes companhias de petróleo, agentes nacionais que têm a ganhar com a saída da Petrobras da exploração de petróleo”, alerta.

O sociólogo, autor de dez livros, critica a atuação do juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro. "Só petista ou próximo ao PT vai para cadeia. Há uma profunda revisão do que é o nosso capitalismo e o agente desse processo é o governo. Nenhum outro governo jamais fez isso. Está agindo sobre o coração do capitalismo brasileiro, que é inteiramente corrupto. É essa imbricação entre o público e o privado que está sendo desvendada hoje. Infelizmente, pelo viés antigovernista dos agentes da PF, não se investigou nada da época do FHC. Sergio Moro é um juiz ligado de muitas maneiras ao PSDB. Sua esposa é assessora do PSDB. Por um viés da radicalização política, está se colocando na cadeia membros do PT. Esse processo vai ter um impacto de longo prazo no partido", afirmou.

Terceirização

Sobre a aprovação pela Câmara do projeto que amplia a terceirização de trabalhadores, Alberto Cardoso diz que metade da Câmara é composta por empresários, que apoiam o projeto e têm muito a ganhar com ele, sem exceção. "Ele precariza as relações de trabalho e gera redução de custos. Vai haver uma pressão muito grande por parte do lobby empresarial e financeiro. Mas haverá também povo na rua fazendo barulho. Político preocupado com sua sobrevivência ouve a rua. Político preocupado com sua reeleição ouve quem paga a campanha. Isso vai criar uma tensão séria no Congresso", afirmou.

Cardoso classificou como um "suicídio político" para qualquer partido apoiar o projeto. "No caso do PMDB é mais grave porque ele foi o patrono da Constituição de 1988. O projeto da terceirização é um tiro no peito da Constituição de 88, pois destrói direitos sociais e do trabalho no Brasil. O custo para os partidos será muito alto se isso passar e isso foi percebido. Paulo Pereira da Silva deu um tiro na cabeça com esse projeto", afirmou.

Fonte: Brasil 247



Governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) reprime e massacra professores - Portal Vermelho

Richa faz de Curitiba uma praça de guerra: vários professores feridos - Portal Vermelho

Houve novamente confronto e violência policial contra manifestantes em frente à Assembleia Legislativa do Paraná nesta quarta-feira (29). A batalha começou por volta das 15 horas, no Centro Cívico, em Curitiba, quando os deputados estaduais começaram a sessão para votar, em regime de urgência, o projeto do governador Beto Richa (PSDB) que confisca a poupança previdenciária dos servidores públicos estaduais.



Fotos: Everson Bressan/SMCS e Maurilio Cheli/ SMCSFotos: Everson Bressan/SMCS e Maurilio Cheli/ SMCS
Como ocorreu no dia anterior, durante a manifestação desta quarta-feira (29), os professores da rede de ensino estadual foram reprimidos com um forte aparato policial que usou bombas de efeito moral, spray de pimenta, balas de borracha e gás lacrimogêneo para conter a manifestação. O Centro Cívico se tornou uma praça de guerra, cercado pela tropa de choque da Polícia Militar e com vários feridos.



Os gases produzidos pelas bombas jogadas pela PM, em frente à Assembleia, prejudicaram o andamento dos trabalhos da Casa, que teve de paralisar o debate do projeto. Poucos minutos depois, mesmo com o barulho de bombas e gritos do lado de fora, a sessão foi retomada.



Segundo a guarda municipal, pelo menos 100 pessoas ficaram feridas, entre elas, 42 precisaram de atendimento médico. Ainda não há informações sobre o quadro de saúde dos feridos. Nas redes sociais há muita troca de informações desencontradas, inclusive sobre uma possível morte de um manifestante, mas nada ainda confirmado por autoridades.



Na segunda-feira (27) foi aprovada, em primeiro turno, as mudanças previdenciárias dos servidores, em uma sessão que teve 31 votos favoráveis e 20 contrários.

O projeto de lei muda a fonte de pagamento de mais de 30 mil beneficiários para o Fundo Previdenciário e divide com os servidores o pagamento das aposentadorias, já que o fundo é composto por recursos do Executivo e do funcionalismo.

Mais imagens do confronto estão disponíveis em Fotos Públicas.

Do Portal Vermelho, com agências

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Hoje 29/04, às 19h00 - Sarau do Trabalhador na CTB-DF - A oficina de canções da luta - Paulo Vinícius

Hoje, 4ª. feira (29/04) às 19h00
Sarau do Trabalhador(a), música e poesia na CTB 
(SRTVS 701, BL I, LT 19, SL 7 Ed. Palácio da Imprensa - Brasilia-DF.)

Eu estou organizando essa atividade pela Secretaria de Formação da CTB DF.
Será um sarau, mas também oportunidade de conhecer músicas fundamentais dos trabalhadores,
compostas por artistas do povo e cantadas por multidões, e que é dever de todo sindicalista
classista conhecer. Mais que um dever, é um prazer, são lindas.

Chamei alguns amigos, também estudantes e sindicalistas, parte das comemorações do Dia Internacional dos Trabalhadores, o Primeiro de Maio.

Como minha parte, na parte da oficina, debaterei as seguintes canções que homenageiam os trabalhadores:
- A Internacional;
- El pueblo unido jamás sera vencido;
- Construção;
- Quando tenga la tierra.

A história, o contexto e a canção no original e sua letra.

Haverá amigos queridos, gente que gosta de um violão e uma música, e quer dizer ou ouvir un verso. Apareça (um vinho cai bem


A Internacional

Letra Eugène Pottier, 1871
Composição Pierre De Geyter, 1888


C                  F
De pé, ó vítimas da fome
G               C
De pé, famélicos da Terra

C                 F
Da ideia a chama já consome
     G            C
A crosta bruta que a soterra

G
Cortai o mal bem pelo fundo
     A              B
De pé, de pé! Não mais senhores!
G                 C

Se nada somos em tal mundo
   D           G
Sejamos tudo ó produtores!

III. Coro.

   C         F
Bem unidos façamos
     G       C
 Nessa luta final,
    C        G
Uma terra sem amos

F      D     G
A Internacional!
    C        F
Bem unidos façamos
     G       C
Nessa luta final,
    C         G
Uma terra sem amos
C      G     C
A Internacional!


C                         F
Senhores patrões chefes supremos
G                   C
Nada esperamos de nenhum
C                      F
Sejamos nós que conquistemos
G                   C
A terra mãe livre comum

G
Para não ter protestos vãos
  A                B
Para sair deste antro estreito
G                     C
Façamos com nossas mãos
   D                  G
Tudo o que a nós nos diz respeito.


Refrão

C                         F
O crime do rico a lei o cobre
G                     C
O Estado esmaga o oprimido
C                      F
Não há direito para o pobre
G                   C
Ao rico tudo é permitido.

G
À opressão não mais sujeitos
   A             B
Somos iguais todos os seres
G                      C
Não mais deveres sem direitos
      D             G
Não mais direitos sem deveres

Refrão


C                  F
Abomináveis na grandeza
G                       C
Os reis da mina e da fornalha
C            F
Edificaram a riqueza
    G              C
Sobre o suor de quem trabalha.
G

Todo o produto de quem sua
   A          B
A corja rica o recolheu
G                   C
Querendo que ela o restitua
  D              G
O povo só quer o que é seu.

Refrão

C                       F

Nós fomos de fumo embriagados
G                      C
Paz entre nós guerra aos senhores
C                 F
Façamos greve de soldados
    G           C
Somos irmãos trabalhadores.
 G
Se a corja vil cheia de galas

   A            B
Nos quer à força canibais
G                   C
Logo verá que nossas balas
    D            G
São para os nossos generais

Refrão

C                       F
Pois somos do povo os ativos

G                      C
Trabalhador forte e fecundo
C                       F
Pertence a terra aos produtivos
  G           C
Ó parasita deixa o mundo!
G
Ó parasita que te nutres
   A            B

Do nosso sangue a gotejar
G                   C
Se nos faltarem os abutres
    D            G
Não deixa o sol de fulgurar










El pueblo unido jamas sera vencido! - La Cuerda Net
ÁlbumEl pueblo unido jamás será vencido
Publicación1973 (en vivo) 1974 (en estudio)
Grabación1973
GéneroCanción protesta Nueva Canción Chilena
Escritor(es)Sergio OrtegaQuilapayún



LAm       DO      REm      MI7
El pueblo unido jamas sera vencido!
  LAm      DO       REm     MI7
De pie cantar que vamos a triunfar
  LAm     DO      REm     MI7
avanzan ya banderas de unidad
  REm  SOL7       DO        LAm    REm  MI7
y tu vendras marchando junto a mi y asi veras
    LAm           LA7     REm
tu canto y tu bandera florecer
  SOL7        DO         LAm
la luz de un rojo amanacer
    REm    MI7     LAm    MI7
annuncia ya la vida que vendra

 LAm        DO         REm             MI7
De pie marciar que el pueblo va a triunfar
 LAm  DO      REm        MI7
sera mejor la vida que vendra,
    REm  SOL7  DO         LAm
a conquistar nuestra felicidad
    REm      MI7      LAm  LA7           REm
y en un clamor mil voces de combate se alzaran
SOL7  DO             LAm
diran cancion de libertad,
   REm  MI7           MI7 LAm
con decision la Patria vencera

REm                            SI7
Y ahora el pueblo que se alza en la lucha
     LAm         MI-7       MI7
con voz de gigante gritando: adelante!

El pueblo unido jamas sera vencido!
El pueblo unido jamas sera vencido!
La Patria sta forjandola unidad,
de norte a sur se movilizarà
desde el salar ardiente y mineral
al bosque austral, unidos en la luche y el trabajo iran
la Patria cubriran, su paso ya anuncia el porvenir

De pie cantar que el pueblo va a triunfar
miliones ya imponen la verdad,
de acero son, ardiente batallon
sus manos van llevando la justicia y la razon mujer
con fuego y con valor ya estas aqui junto al trabajador


Cuando tenga la tierra
AUTOR: A. Petrocelli, Daniel Toro
ALBUM: Recital (1972)

       Bm
Cuando tenga la tierra sembraré las palabras

que mi padre Martín Fierro puso al viento,

cuando tenga la tierra la tendrán los que luchan
E   Bm         E   Bm        E   Bm
los maestros, los hacheros, los obreros.


                 D
Cuando tenga la tierra
              E            D
te lo juro semilla que la vida
                                        E
será un dulce racimo y en el mar de las uvas
        F#         Bm   A   Bm
nuestro vino, cantaré, cantaré.


Bm
Cuando tenga la tierra le daré a las estrellas

astronautas de trigales, luna nueva,

cuando tenga la tierra formaré con los grillos
E     Bm      E     Bm     E       Bm
una orquesta donde canten los que piensan.


                 D
Cuando tenga la tierra
              E            D
te lo juro semilla que la vida
                                        E
será un dulce racimo y en el mar de las uvas
        F#         Bm   A   Bm
nuestro vino, cantaré, cantaré.

HABLADO:

'Campesino, cuando tenga la tierra

sucederá en el mundo el corazón de mi mundo

desde atrás de todo el olvido secaré con mis lágrimas

todo el horror de la lástima y por fin te veré,

campesino, campesino, campesino, campesino,

dueño de mirar la noche en que nos acostamos para hacer los hijos,

campesino, cuando tenga la tierra

le pondré la luna en el bolsillo y saldré a pasear

con los árboles y el silencio

y los hombres y las mujeres conmigo'.


     Bm    A   D       Bm   A   D
Cantaré, cantaré, cantaré, cantaré.


Chico Buarque

Construção

Tom: G
    B9-/F#

E|-----7-----|
B|-----4-----|
G|-----5-----|
D|-----4-----|
A|-----0-----|
E|-----0-----|


(intro) F#m7(b5/11)

B|9-/F#                                     Em6    Em6/B
        Amou daquela vez como se fosse a úl___tima
Em6             Em6/B                  Em6    Em6/B
   Beijou sua mulher como se fosse a úl___tima
Em6             Em6/B
   E cada filho seu  como se fosse o único
   Bb°         Am7         Am/G    F#m7(b5/11)
E atravessou a rua com seu passo tí___________mido

B|9-/F#                                     Em6     Em6/B
        Subiu a construção como se fosse má___quina
Em6              Em6/B                 Em6     Em6/B
   Ergueu no patamar  quatro paredes só___lidas
Em6             Em6/B
   Tijolo com tijolo num desenho mágico
     Bb°       Am7        Am/G      F#m7(b5/11)
Seus olhos embotados de cimento e lá___________grima

B|9-/F#                                       Am6    Am6/E
        Sentou pra descansar como se fosse sá___bado
Am6                  Am6/E                     Am6    Am6/E
   Comeu feijão com arroz como se fosse um prín___cipe
Am6            Am6/E                    F#m6
   Bebeu e soluçou  como se fosse um náu____frago
                                     F#m7(b5/11)
Dançou e gargalhou como se ouvisse mú___________sica

B|9-/F#                                       Em6    Em6/B
        E tropeçou no céu como se fosse um bê___bado
Em6             Em6/B                   Em6     Em6/B
   E flutuou no ar   como se fosse um pá___ssaro
Em6               Em6/B
   E se acabou no chão feito um pacote flácido
 Bb°        Am7       Am/G    F#m7(b5/11)
Agonizou no meio do passeio pú___________blico

B|9-/F#                                        Em6    Em6/B
        Morreu na contramão atrapalhando o trá___fego

( Em6 Em6/B Em6 Em6/B )

Em6             Em6/B                  Em6    Em6/B
   Amou daquela vez  como se fosse o úl___timo
Em6             Em6/B                 Em6    Em6/B
   Beijou sua mulher como se fosse a ú___nica
Em6             Em6/B
   E cada filho seu  como se fosse o pródigo
   Bb°         Am7         Am/G    F#m7(b5/11)
E atravessou a rua com seu passo bê___________bado

B|9-/F#                                     Em6    Em6/B
        Subiu a construção como se fosse só___lido
Em6              Em6/B                 Em6     Em6/B
   Ergueu no patamar  quatro paredes má___gicas
Em6             Em6/B
   Tijolo com tijolo  num desenho lógico
     Bb°       Am7        Am/G       F#m7(b5/11)
Seus olhos embotados de cimento e trá___________fego

B|9-/F#                                            Am6    Am6/E
        Sentou pra descansar como se fosse um prín___cipe

Am6                  Am6/E                  Am6    Am6/E
   Comeu feijão com arroz como se fosse o má___ximo
Am6            Am6/E                F#m6
   Bebeu e soluçou  como se fosse má____quina
                                      F#m7(b5/11)
Dançou e gargalhou como se fosse o pró___________ximo

B|9-/F#                                      Em6    Em6/B
        E tropeçou no céu como se ouvisse mú___sica
Em6             Em6/B                Em6    Em6/B
   E flutuou no ar   como se fosse sá___bado
Em6               Em6/B
   E se acabou no chão feito um pacote tímido
 Bb°        Am7       Am/G     F#m7(b5/11)
Agonizou no meio do passeio nau___________frago

B|9-/F#                                       Em6     Em6/B
        Morreu na contramão atrapalhando o pú___blico

( Em6 Em6/B Em6 Em6/B )

Em6             Em6/B                Em
   Amou daquela vez  como se fosse má__quina
             Em(7M)                Em7
Beijou sua mulher  como se fosse ló___gico
              Em6*                  Em(b6)
Ergueu no patamar quatro paredes flá______cidas
                 Em*                     E°
Sentou pra descansar como se fosse um pás__saro
             Am7/E                     Em6/B
E flutuou no ar   como se fosse um prín_____cipe
     Bb°       Am7             Am/G   F#m7(b5/11)
E se acabou no chão feito um pacote bê___________bado
B|9-/F#                                       Em6    Em6/B Em6 Em6/B Em6
        Morreu na contramão atrapalhando o Sá___bado

Com a wikipedia, alguns canais no youtube, o Cifra Club e o Lacuerda.net



segunda-feira, 27 de abril de 2015

Partido Comunista se torna a segunda força eleitoral no Japão - Portal Vermelho

Partido Comunista se torna a segunda força eleitoral no Japão - Portal Vermelho
Que as ideias de esquerda estão ganhando espaço eleitoral em diferentes países europeus, não é novidade. A ascensão do Syriza na Grécia ou do Podemos na Espanha são provas desta mudança política em direção a posições anticapitalistas. No entanto, este desenvolvimento tem começado a extrapolar para fora da Europa.





Especificamente, o Partido Comunista do Japão está rompendo as barreiras na preferência dos eleitores.

Esta formação política obteve um grande resultado nas eleições municipais que foram realizadas durante este fim de semana. O Partido Comunista Japonês bateu recordes de votos no plano nacional. O Partido liderado por Kazuo Shii tornou-se o segundo maior na conservadora sociedade japonesa.

Nenhuma pesquisa previu o boom da esquerda entre o eleitorado.

Pesquisas recentes mostram que quase 50% dos japoneses preferem o comunismo e acreditam que o capitalismo leva à pobreza e à fome. Diante deste quadro, o Partido Comunista tornou-se o segundo no Japão, o que alarmou analistas e investidores.

Segundo a revista semanal de ultradireita The Economist, “nunca se imaginou que os comunistas japoneses poderiam chegar ao poder…”.

A principal proposta do PC do Japão e o ponto central de seu programa de governo é o desmembramento da economia de mercado. Outras propostas incluem o fim da aliança com os Estados Unidos, o fechamento das centrais nucleares e a aprovação de medidas fiscais confiscatórias contra empresas.

Apesar da relevância, a notícia ficou praticamente escondida nos principais meios de comunicação europeus, norte-americanos e brasileiros. Os eleitores japoneses foram às urnas nas eleições locais com a menor abstenção já registrada e o Partido Liberal Democrático (LDP), o parceiro dominante na coalizão governista do Japão, chegou a uma vitória previsível, ganhando mais de metade das prefeituras. Mas o que surpreendeu mesmo foi o volume de votos no Partido Comunista Japonês (PCJ), que agora emerge como a maior força de oposição do país.

O PCJ conquistou 136 assentos, batendo o Partido Democrático do Japão (PDJ, de centro) – que governou o país há apenas cinco anos, ficando em quarto lugar, atrás do Komeito, parceiro de coligação do PLD. O resultado seguiu ganhos notáveis feitos pelos comunistas em uma eleição geral ocorrida em dezembro, quando levou mais de 6 milhões de votos.

Embora o Partido Comunista não tenha chegado perto de tomar o poder (o seu melhor desempenho eleitoral ainda foi em 1979, quando ganhou 39 assentos de um total de 511 no Congresso), segue agora como uma força relevante na política japonesa. O partido tem mais de 300 mil membros.

Fonte: Correio do Brasil

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Intelectuais e políticos defendem frente nacional para enfrentar crise - Portal Vermelho

Reunindo mais de 150 pessoas nesta quarta-feira (22), no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro, aconteceu a mesa-redonda “A crise: qual a saída?”, tendo como debatedores o ex-governador Tarso Genro, o ex-presidente do PSB Roberto Amaral, o professor Luis Manuel Fernandes, da UFRJ e dirigente do PCdoB, e o engenheiro Fernando Siqueira, diretor do Clube de Engenharia, como mediador.

Por Léo Malina e Dayane Santos



O evento foi promovido pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos e pelo Instituto Brasileiro de Estudos PolíticosO evento, promovido pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e pelo Instituto Brasileiro de Estudos Políticos (IBEP), buscou aprofundar o debate sobre questões como a defesa da democracia, soberania nacional, garantia e avanço nos direitos dos trabalhadores e combate às desigualdades.

Uma das propostas do evento, que tem ganhado força entre as lideranças políticas e intelectuais, é a constituição de uma Frente Nacional Popular não-partidária, integrando diversos setores da sociedade civil, como sindicatos, organizações populares e demais movimentos sociais.

Em debate semelhante promovido em São Paulo, nesta quinta-feira (23), sob a mediação de Roberto Amaral e com a participação de Selma Rocha, da Fundação Perseu Abramo, do jurista e professor Marcelo Lavenere, e pelo ex-governador Cláudio Lembo, como debatedores, também reforçou a proposta de criação de uma frente ampla.

“A ideia é percorrer todo o Brasil agregando valor aos conteúdos e buscando o envolvimento e participação de todas as camadas sociais na construção de uma frente nacional popular”, disse Roberto Amaral.

Durante evento no Rio, o ex-ministro destacou que a mais grave das crises é a política, que no Brasil aponta para uma autodestruição dos partidos. Para enfrentar esse desafio, Roberto Amaral defende a proposta da frente ampla. “Coloco como proposta a criação de uma Frente Nacional Popular, não vinculada a partidos políticos, que seja capaz de promover a constante reflexão sobre a crise”, salientou.

Amaral acredita que a esquerda precisa fazer uma autocrítica, pois com a rejeição de 1989 e o pragmatismo eleitoral de 2002, teve de absorver a direita, caso contrário não governaria. “Com a queda dos regimes socialistas e a negação do humanismo socialista houve acomodação encastelada num possível avanço capitalista. Com isso as lideranças sindicais, mesmo as mais importantes, foram para os gabinetes. Por que não foram para as ruas?”, indagou, destacando que esse é o quadro que se apresenta hoje e que se assemelha a outros momentos da vida nacional, como nos governos de Getúlio, Juscelino e Jango.

“Seguindo essa linha de pensamento chega-se à conclusão de que há uma crise política. Porém, ela também atinge a direita, que a rigor tem um alvo: a eleição de Lula em 2018, que poderá promover um novo governo de centro-esquerda”, pontuou o ex-ministro.

Avanço da esquerda

O professor da UFRJ e dirigente do PCdoB, Luís Fernandes, abriu o debate destacando que, após dois governos de ofensiva, a esquerda se depara com o fato de que a direita assumiu nova roupagem. “Alinhada à chamada crise do socialismo, a crise atual assusta devido à acomodação das próprias forças progressistas, o que bloqueia a participação popular” enfatizou Luís Fernandes.

Segundo ele, ainda essa tentativa de impedir o avanço das forças progressistas não é exclusividade brasileira, pois as forças da direita se articulam para esvaziar os governos progressistas na América Latina, como Argentina e Venezuela. “Esse é o verdadeiro alvo. O interesse é tão grande que nem o desenvolvimento capitalista com redução das desigualdades é visto com bons olhos. Para travar esse combate, a tarefa é derrotar a ofensiva golpista que se avizinha no Brasil, buscando implementar a construção de uma agenda de reformas estruturais, incluindo a reforma do Estado”, completou o professor.

Regime de exceção

O ex-governador Tarso Genro, por sua vez, chamou a atenção para o fato de vivermos uma situação de exceção. “As comunidades carentes vivem a exceção diariamente. Tivemos um modelo exitoso no início do primeiro governo Lula e, hoje, perguntamos se o ajuste do capital financeiro terá resultado”, ressaltou.

Para ele, a política econômica tem de dar respostas à sustentação política. “Contraditoriamente, a terceirização abrirá mais postos de trabalho. Porém há segmentos da sociedade que já ocupam esse nicho do mercado que fatalmente serão atingidos pelo aumento do número de trabalhadores e a consequente redução de salários. Socializando a pobreza”, destacou.

Tarso reforçou a necessidade de promover reformas estruturantes. “As reformas tão necessárias para avançar mais podem e devem ser feitas pelo atual governo”.

O ex-governador propõe um novo projeto de esquerda, com visão programática voltada para o futuro. “O que fazer para mudar? É fundamental que a militância pressione seus partidos para mudar”, reforçou.

O encontro é resultado de uma série de evento realizados desde novembro passado, por um grupo formado por profissionais liberais, jornalistas, professores, líderes sindicais, estudantes, militantes de partidos políticos e políticos com ou sem mandatos vêm organizando um conjunto de reuniões voltadas para a reflexão e a compreensão do processo político em curso. O ex-ministro de Ciência e Tecnologia do governo Lula, Roberto Amaral, o ex-ministro da Saúde José Temporão e os deputados federais Gláuber Braga, Alessandro Molon e Jandira Feghalli integram o grupo.

São Paulo

Em São Paulo, o debate lotou o auditório do Sindicato dos Engenheiros, com a participação de intelectuais, blogueiros, professores, lideranças sindicais e políticas, entre as quais o presidente nacional do PT, Rui Falcão; o presidente municipal o PCdoB, Jamil Murad; o secretário de Comunicação do PCdoB e editor do Vermelho, José Reinaldo; e o Altamiro Borges, secretário de mídias do PCdoB e do Centro de Estudos Barão de Itararé.

Cláudio Lembo, jurista e político de formação liberal, abriu o evento destacando que a crise política em curso “é a manifestação da índole fascista, do fascismo endêmico que se manifesta toda vez que as massas se organizam e avançam”.

Ele enfatizou a importância da democratização dos meios de comunicação contra o que classificou como “pensamento único e conservador da mídia”, resultado do monopólio dos meios de comunicação. Segundo ele, as forças progressistas precisam ter um jornal para debater as grandes questões nacionais.

Seguindo a ideia de disputar a comunicação, Selma Rocha, mestre em História pela USP e diretora da Fundação Perseu Abramo, destacou que é preciso atrair a juventude para as causas progressistas. Segundo ela, é preciso ter claro que a visão das lideranças dos movimentos que atuam há pelos menos 50 anos, precisa encontrar tradução à linguagem e anseios desses jovens.

O professor Marcelo Lavenere destacou os pontos da plataforma da coalizão pela reforma política, movimento encabeçado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Confederação dos Bispos do Brasil (CNBB) com a participação de mais de 100 entidades, incluindo as centrais e movimentos sociais.

Para Marcelo, o avanço democrático passa fundamentalmente pela reforma política. Ele destacou que a defesa feita por setores conservadores de uma reforma com cláusulas de barreiras, voto distrital e financiamento empresarial de campanha representariam um retrocesso para o país.

Do Portal Vermelho

domingo, 12 de abril de 2015

Morre no Recife, o escritor e militante comunista Marco Albertim  - Portal Vermelho



Morre no Recife, o escritor e militante comunista Marco Albertim - Portal Vermelho



O Partido Comunista do Brasil de Pernambuco informa, com pesar, o falecimento do jornalista, escritor e militante comunista Marco Albertim (Marcão), 64 anos, ocorrido na noite desta sexta-feira (10). O velório acontece na Funerária São Sebastião, na Rua Pedro Afonso, 470, em frente ao Cemitério de Santo Amaro, onde o corpo será sepultado.





Marcão nasceu e cresceu em Goiana, Zona da Mata de Pernambuco, entre o Convento do Carmo, que abrigara Frei Caneca perseguido, e o canavial de usineiros. O contato com a literatura se deu com sua primeira ocupação: leitor de Jorge Caú, professor do Colégio Pedro II, cuja idade avançada privara-o da visão.

Começou sua militância política nos tempos da ditadura, por meio da prática política, na militância do movimento estudantil como membro da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. Em 1971, tornou-se repórter-noticiarista da Rádio Clube de Pernambuco, uma experiência que durou pouco porque, ativista contra a ditadura, foi perseguido e forçado à clandestinidade. Tornou-se operário ferramenteiro numa indústria metalúrgica em Fortaleza. Alguns contos de sua autoria refletem episódios desse período.

Quatro anos depois, de volta ao Recife, torna-se correspondente do jornal Movimento, de oposição aos militares ainda no poder. O jornal não sobrevive. Albertim passa a editar os programas radiofônicos de defesa dos direitos humanos – Violência Zero e Acorda Camponês. Trabalha como copidesque no Diario de Pernambuco, e depois repórter. No Jornal do Commercio, exerceu as mesmas funções.

Leia também:
Morre vítima de infarto Marco Albertim, colunista do Vermelho


Os primeiros contos são publicados no portal espanhol La Insignia. Participa do Concurso Nacional de Contos Osman Lins, da Fundação de Cultura do Recife, e é classificado com o conto Case-se com ela. Em 2008, seu livro de contos Um presente para o papa e outros contos recebe a menção honrosa no concurso Prêmios Literários da Cidade do Recife, também da Fundação. Depois integrou o projeto Tiridá Comunicações, junto com o amigo jornalista Urariano Mota.

Integrou como convidado as coletâneas Panorâmica do Conto em Pernambuco e Recife conta o Natal. Em novembro de 2012 lançou, no Recife, o livro, Ingrid tinha alergia à lama do Capibaribe, editado pela Cepe – Companhia Editora de Pernambuco. Segunda obra de contos do autor e a primeira de maior circulação, traz contos que retratam a vivência dura do período do regime militar. "É uma obra forte sem ser panfletária", definiu Marco Polo, editor da Cepe.

Atualmente, era colunista dos portais Vermelho, Literário e Guaruçá e dos sites e redes sociais do PCdoB-PE. Atuava na Prefeitura da Cidade do Recife, como assessor do vice-prefeito Luciano Siqueira.
Homenagens

“O PCdoB perde um velho e aguerrido militante, meu querido amigo escritor Marco Albertim, falecido ontem (10) ao final da noite”, afirmou, consternado, o vice-prefeito e dirigente estadual e nacional do partido, Luciano Siqueira, em sua página no Facebook.

‘Na militância se fez presente se unindo a outros, que como ele, sonhavam com a liberdade de ser e existir e de viver numa sociedade justa e igualitária.

Escreveu, combateu a injustiça, lutou pela democracia, e agora se encantou! Militante aguerrido do PCdoB, estará sempre em nossas memórias! Gratidão! Segue na luz, Marco Albertim”, disse a atriz e militante comunista Hilda Torres em sua página na internet.

"Marco Albertim é um escritor extraordinário, um jornalista como poucos", disse o escritor Urariano Mota em entrevista à Rádio Vermelho, em novembro de 2013. "A cidade pernambucana de Goiana e o Brasil possuem um jornalista de grande prosa literária, um jornalista como poucos, um escritor que honra o Vermelho e todos que os que o conheceram. Leiam Marco Albertim em suas crônicas e embarquem em uma extraordinária viagem", destacou Urariano ao reconhecer a grande contribuição que Marco Albertim deu à cultura e à luta política no Brasil.

Marco Albertim, presente!

Audicéa Rodrigues, com informações do Portal Vermelho
Do Recife

Terceirização: Câmara retoma votação do PL 4330 próxima terça-feira - Portal Vermelho

Terceirização: Câmara retoma votação do PL 4330 próxima terça-feira - Portal Vermelho

Aprovado pela Câmara dos Deputados na noite da última quarta-feira (8), o texto-base do projeto de lei que regulamenta a terceirização ainda percorrerá um longo percurso antes de entrar em vigor sob a forma de lei. Podendo, inclusive, ser vetado total ou em parte pela presidenta Dilma Rousseff. 



  
Durante coletiva à imprensa, nesta quinta-feira (9), a presidenta Dilma Rousseff avisou que está acompanhando a tramitação do PL 4330. Para a presidenta, as “questões” ligadas à terceirização precisam ser regulamentadas, mas a prática “não pode comprometer direitos dos trabalhadores”, nem “desorganizar o mundo do trabalho”.

O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), que recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a votação por entender que ela é inconstitucional, considerou que a aprovação do texto-base foi uma dia "extremamente" triste para o Parlamento e para os trabalhadores brasileiros.

“Os trabalhadores foram apunhalados pelas costas na Câmara, com a retirada de direitos que levaram décadas para serem conquistados e que foram perdidos em uma votação”. Segundo ele, hoje são 45 milhões de trabalhadores com carteira assinada e desses, 33 milhões empregados diretos e 12 milhões terceirizados. “O que vai acontecer nos próximos anos é a inversão desses números”, questiona o parlamentar.



Retrocesso


Segundo um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), um trabalhador terceirizado recebe, em média, 24% a menos que outro com vínculo empregatício direto com a empresa onde o serviço é executado. Apesar de, em geral, trabalhar três horas semanais a mais.

Adilson Araújo, presidente da CTB, volta a alertar sobre o retrocesso que o PL aplicará ao mundo do trabalho e lembra, como exemplo, que nas condições do ambiente de trabalho, o terceirizado lidera o ranking das doenças ocupacionais, dos acidentes de trabalho e até de óbitos. O dirigente sindical reforça ainda que caso o PL 4330 vire lei, vai induzir as empresas a não formalizarem suas contratações.

“O interesse do capital é acumular mais lucro. Se eu [empresário] tenho um custo de mão de obra terceirizada, onde eu pago menos do que para um efetivo, eu vou fazer a opção de um contrato que vai me dar mais vantagens. Vou olhar apenas para os meus interesses, que, no caso do empresariado, é o máximo lucro. Então, não vou precisar ter contrato de trabalho que garanta 13º, licença-maternidade, férias, depósito do FGTS. Aquela cesta-básica de direitos, alcançada na Constituição de 1988 e na CLT será jogada no lixo”, explica Araújo.

Para a CUT, a possibilidade das empresas terceirizarem suas principais atividades modifica toda a relação trabalhista, possibilitando a precarização dos postos de trabalho e reduzindo direitos assegurados pela Consolidação dos Direitos Trabalhistas (CLT).

“Na prática, o resultado será a maior fragmentação dos trabalhadores, mais precarização, menores salários e piores condições de trabalho. O cenário também levará ao desaquecimento da economia, problemas na arrecadação fiscal e rombo na Previdência Social”, alertou o procurador-geral.

Além das centrais sindicais, são contra o PL 4330 organizações sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Veja quadro com alguns dos principais pontos do projeto já aprovado. 




Da Redação do Vermelho
Com informações da Agência Brasil

Lava Jato: Quem faz tudo dentro da lei não precisa de apoio da mídia - GGN


Cíntia Alves - GGN

Apelo de procurador da Lava Jato para que a imprensa pressione o Judiciário a julgar o caso rapidamente é temido por Celso Antônio Bandeira de Mello pelo caráter de linchamento midiático semelhante ao que foi assistido no Mensalão. Para Luiz Flávio Gomes, o pedido sugere que, nas investigações na Petrobras, “fizeram coisas erradas", "fora do Estado de Direito"



Jornal GGN - A fala do procurador Carlos Fernando Lima, da cota do Ministério Público Federal na Força-Tarefa da Lava Jato, despertou preocupação em dois juristas consultados pelo GGNnesta sexta-feira (10). Lima, durante uma coletiva de imprensa que tratava da mais nova fase da operação que investiga esquemas de corrupção na Petrobras, “fez um apelo à mídia para dar apoio à divulgação do trabalho da Polícia Federal e do MPF" na tentativa de "evitar que ele se perca nas etapas do Judiciário". "Essa investigação não pode morrer em processos intermináveis na Justiça. Precisamos de apoio', disse Lima, de acordo com o Estadão.

Para Luiz Flávio Gomes, “é estranho que autoridades da Lava Jato fiquem induzindo ou buscando apoio externo” ao invés de “cumprirem suas tarefas internas como o Direito manda”. Na visão do jurista, essa busca pelo suporte da mídia, por parte do MPF e também pelo juiz federal Sergio Moro, é de um “populismo primitivo” suspeito. “Quem faz tudo dentro da lei não precisa de apoio da mídia. O juiz não tem necessidade de apoio popular ou midiático. O juiz existe para cumprir os preceitos da lei e acabou. O que pode, faz, e o que não pode, não faz, independente de a mídia concordar ou discordar”, disparou.

Para Gomes, as últimas aparições dos principais agentes da Lava Jato na mídia não cheiram muito bem. Recentemente, o jurista escreveu uma crítica contundente a um artigo assinado por Moro e pelo juiz federal Antônio Cesar Bochenek. Ambos defenderam que “a melhor solução [para findar a sensação de impunidade em escândalos de corrupção no Brasil] é atribuir à sentença condenatória uma eficácia imediata, independente do cabimento de recursos.”

“O que Moro e os procuradores pedem são coisas completamente fora do Estado de Direito. Prender imediatamente só com sentença em primeiro grau viola direitos. Ora, esse menosprezo que revelam ao postular essas coisas é um sinal de alto risco de que já fizeram isso completamente ao longo da Lava Jato. Dá a sensação de que estão fazendo coisas erradas e precisam de apoio da mídia para sustentar essas coisas erradas”, avaliou o jurista.

Linchamento midiático

Ao GGN, Celso Antônio Bandeira de Mello também criticou a convocação à imprensa feita pelo procurador da Lava Jato. “Não faz sentido chamar a mídia a preencher um espaço próprio da atividade jurídica. Isso é um absurdo. Descabido. O julgamento popular é sempre uma espécie de linchamento, péssimo. Não ajuda a Justiça em nada. É quase uma intimidação para que se condene quem ainda está sendo investigado. O que se quer com isso é que a mídia conduza as investigações da Lava Jato como fizeram no passado com o Mensalão. Quem julgou o Mensalão foi a imprensa, não a Justiça. Querem repetir isso”, concluiu.

Bandeira de Mello integra o grupo de críticos que apontam as fragilidades da Operação Lava Jato destacando, inclusive, que elas que podem dar ao caso um desfecho semelhante ao que aconteceu com as operações Castelo de Areia e Satiagraha, por deslizes na condução do processo.

“Está evidente que este processo [Lava Jato] está coberto de erros e imprudências jurídicas. Eu apontaria desde logo o erro de querer transformar prisões preventivas em instrumentos de coação para que indivíduos submetidos a condições desumanas tentem se livrar disso por meio da delação premiada. O instituto da delação premiada não é isso! Esse juiz Moro me parece um homem muito pouco equilibrado. Não está se comportando como um juiz. Está se comportando como um acusador”, pontuou Bandeira.

Na visão dele, o Judiciário deve ignorar a campanha dos procuradores e dizer à imprensa que sua função é atuar com “imparcialidade absoluta”, e não sob “coação” de qualquer ordem. Apesar do palpite, Bandeira de Mello tem baixas expectativas em torno do que se sucederá quando a Lava Jato entrar em fase de julgamento.

Reeditando o Mensalão

“Eu não sei o que vai acontecer, mas no Mensalão já tivemos situações lamentáveis. O ministro Luís Roberto Barroso, antes mesmo de estar no Supremo [Tribunal Federal], havia dito que o julgamento era um ponto fora da curva. E foi mesmo. Contrário à posição de que a pessoa é inocente até que se prove o contrário. Ignoraram isso. Condenaram pessoas sem provas porque quiseram. E foi assim porque a imprensa os apavorou”, disse.

E acrescentou: “Não tem nada na Terra que juizes temam mais do que a imprensa. Se a imprensa inteira vai para um lado, eles têm medo de irem para outro. Espero que não aconteça a mesma coisa na Lava Jato. Que quem tenha feito coisa errada seja preso. É uma limpeza. É a primeira vez que pessoas influentes vão para a cadeia. Mas que sejam punidas na forma da lei, e não por pressão da imprensa.”

Ator Bemvindo Sequeira - Sem a luta dos trabalhadores a gente moraria em cavernas e trabalharia 14 horas por dia - Brasil de Fato

Brasil de Fato


Foto: Pablo Vergara

O ator Bemvindo Sequeira fala sobre a polêmica lei da terceirização; Segundo ele, chegamos ao esgotamento de um modelo "Como resolve isso? Com reformas", pontuou

09/04/2015

Por Fania Rodrigues,

Do Rio de Janeiro (RJ)

Ator consagrado nos palcos e na TV, Bemvindo Sequeira quase foi batizado como Alegria, não fosse o pai mudar de ideia na última hora. Ainda assim nasceu com dom de fazer graça. Seu humor, seu senso crítico apurado e, claro, o talento de ator lhe renderam papeis como o "Seu Brasilino", da Escolinha do Professor Raimundo, e os personagens "Zebedeu", na novela Mandacaru, e "Bafo de Bode", na novela Tieta. Desde 2006 o artista trabalha na Record.

Mas Bemvindo Sequeira também é conhecido por seu engajamento político e sua defesa aos direitos dos trabalhadores. Participou da elaboração da lei que regulou a profissão de artista e técnico de espetáculos, em 2010, e foi o primeiro profissional a ter seu registro na Delegacia Regional do Trabalho do estado da Bahia, há 40 anos. É para falar sobre os direitos trabalhistas e a lei da terceirização que o ator concedeu uma entrevista esta semana ao Brasil de Fato.

Brasil de Fato – Como você avalia essa lei da terceirização da força de trabalho?

Bemvindo Sequeira - A terceirização é ruim para o trabalhador, ele perde direitos e, muitas vezes, o vínculo com o sindicado e sua categoria. Por exemplo, eu trabalho para a Record há quase 10 anos e estou filiado ao sindicato dos artistas. Se a emissora resolver contratar uma empresa da indústria do cinema e fazer uma novela com atores terceirizados vamos ter que recorrer ao sindicado da indústria cinematográfica. Isso vai desarticular a luta sindical por melhores salários. E esse é apenas um dos problemas.

Brasil de Fato – Que impacto isso pode gerar para o trabalhador e a economia?

Essa medida vai resultar no aumento do desemprego, da rotatividade nos postos de trabalho, porque a empresa perde esse vínculo direto com o empregado, queda nos salários, e até modificação na lei trabalhista e perda de conquistas acumuladas desde o presidente Getúlio Vargas.

Brasil de Fato – Existe por parte dos empresários uma pressão muito grande para ampliar ainda mais os setores onde podem atuar com mão de obra terceirizada. Quais são as razões dessa pressão?

O empresário quer lucro. O único objetivo do capital é aumentar as taxas de lucratividade, ele não tem nenhuma função social. Se não fosse a luta dos trabalhadores a gente ainda estaria morando em cavernas e trabalhando 14 horas por dia.

Brasil de Fato – Os empresários reclamam dos autos impostos trabalhistas, que acaba afetando o pequeno e médio empregador também. Qual sua opinião sobre o tema?


É claro que a gente precisa modernizar as relações de contratação. Não é possível que os tributos continuem tão altos. Mas o que está acontecendo é que o empresário quer aliviar suas costas à custa do trabalhador. Isso é o que não pode acontecer. Se a Federação das Indústrias é a favor dessa lei da terceirização, se os patrões são a favor, nós, os trabalhadores, temos que ser contra, pois está na contramão dos nossos direitos.

Brasil de Fato – Qual a solução então?

Chegamos ao esgotamento de um modelo. Como resolve isso? Com reformas. Se não houver reforma agrária, tributária e política não vamos avançar. E se a burguesia e a elite conservadora têm a hegemonia no Congresso, então nós precisamos nos mobilizar.

sábado, 11 de abril de 2015

CTB DF, DIEESE e DIAP promovem debate sobre PL da Terceirização no dia 15/04 em Brasília

PALESTRA/DEBATE
PL 4330 - TERCEIRIZAÇÃO SEM LIMITES: ATAQUE AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES(AS), 
Dia 15/04, quarta-feira, às 18h30, com teto às 21h30.
Palestrantes: 
Lilian Arruda - Assessora Técnica do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos) e Marcos Verlaine, jornalista e assessor do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar. 

Local: CTB/PASSI SRTVS 701, BL I, LT 19, SL 7, Asa Sul, Edifício Palácio da Imprensa. Brasília -DF

Metade dos votos pró-terceirização veio de parlamentares 'patrões'  - Portal Vermelho

Metade dos votos pró-terceirização veio de parlamentares 'patrões'  - Portal Vermelho

A aprovação do Projeto de Lei 4330 na Câmara, que trata da terceirização de todas as tarefas de uma empresa, contou com o significativo peso da “bancada patronal”, formada por deputados federais que são proprietários de estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviço ou do segmento rural e tem como pauta a defesa do chamado setor produtivo. 



CTB
  
Dos 324 votos a favor do PL-4330, 164 (50%) vieram de parlamentares do bloco empresarial da Câmara. O levantamento de CartaCapital tem como base um estudo feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), após as eleições de 2014. A entidade fez uma radiografia do Congresso e concluiu que a maior bancada é a patronal, formada por 221 deputados.

A votação do projeto de terceirização mostrou que esses 'patrões', identificados a partir de suas atividades profissionais, econômicas e das declarações de bens, tenderam a votar em peso a favor do projeto que, aos olhos de muitos observadores, retira direitos dos trabalhadores. Dos 221 integrantes da bancada empresarial, 189 participaram da votação do PL-4330. Cerca de 86% deles (164) foram favoráveis ao texto. Os outros 25 integrantes do bloco (14%) optaram pelo ‘não’. No geral, contribuíram com apenas 19% dos votos contrários ao projeto, ante os 50% dos votos pró-terceirização entre o empresariado.

Um dos nomes mais expressivos da bancada empresarial que garantiu a aprovação do projeto de lei é o do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), o parlamentar mais rico da Câmara na atual legislatura. Kaefer é dono de um patrimônio de 108,5 milhões de reais, segundo a declaração de bens divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O tucano tem ações e cotas em empresas de seguro, previdência privada, jornais e até o frigorífico Diplomata. Segundo uma reportagem da revista Exame, esta última empresa do parlamentar ficou sem pagar Fundo de Garantia, 13º e, inclusive, salários para seus trabalhadores em 2013.



Na Bahia, um dos deputados que votou no projeto de lei e pode ser beneficiado direto da nova legislação é o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Com mais de 7 milhões de reais em bens, o parlamentar atua principalmente no ramo da agricultura. Ele tem participação em dezenas de fazendas no seu estado natal, além de cotas em uma empresa do setor imobiliário e num posto de gasolina.

Também empresário do campo, no ramo da monocultura, o deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS) é um favoráveis à terceirização. Investigado na Operação Lava Jato, o parlamentar possui quase 8 milhões de reais de patrimônio, constituído basicamente de propriedades no município de São Borja, cidade localizada a quase 600 quilômetros de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Ex-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Heinze (PP-RS), é um dos que comanda a ofensiva para transferir do poder Executivo para o Congresso a atribuição de demarcar terras indígenas, terras quilombolas e criar novas unidades de conservação

Outro tucano que aparece na lista é o deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO). O parlamentar tem um patrimônio de, pelo menos, 4 milhões de reais. Entre os bens está contabilizado a participação em cinco empresas diferentes. Além disso, o político é genro de Marcelo Limírio, fundador da NeoQuímica, e teria tido participação direta no crescimento da indústria nos últimos anos.

Sindicalistas derrotados

A vitória da terceirização na Câmara também revela a fragilidade da bancada sindical na Casa. Nas eleições de 2014, esse bloco sofreu um duro revés, caindo de 83 deputados federais para 51, de acordo com dados do Diap.

Na votação do PL 4330, os sindicalistas votaram majoritariamente contra o projeto: 37 dos 44 parlamentares presentes (72,5%) rejeitaram o texto, enquanto 7 (15,9%) votaram a favor dele, sendo três do PSDB, Delegado Waldir (GO), João Campos (GO) e Rogério Marinho (RN); dois do PDT, André Figueiredo (CE) e Giovani Cherini (RS); e dois do Solidariedade, Augusto Carvalho (DF) e Paulo Pereira da Silva (SP).

Fonte: Rede Brasil Atual