As faixas diziam: "Rede Globo o Corinthians não é seu quintal", "jogo às 22h também merece punição" e "cadê as contas", em relação ao estádio do próprio Corinthians.
O Globo Esporte apoia a decisão da PM em tomar as faixas dos torcedores e se apoia no Art. 13-IX do Estatuto do Torcedor, onde está escrito que é proibido "portar ou ostentar cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo".
Já o jornalista Gian Oddi diz que “cada vez que uma faixa do gênero for vetada, devemos divulga-la mais e mais”. Os torcedores se defendem afirmando que suas faixas são apenas de protesto e não têm conteúdo racista ou xenófobo e dizem que realizam um protesto pacífico e democrático.
Neste domingo (14), durante o clássico entre Corinthians e São Paulo pelo Campeonato Paulista, voltaram a abrir faixas com os dizeres:
“Quem vai punir o ladrão da merenda”,
“Futebol refém da Rede Globo”,
“Ingresso mais barato” e
“CBF e FPF vergonhas do futebol”.
A certa altura, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira pediu ao capitão da equipe corintiana, o zagueiro Felipe, que pedisse para a torcida retirar as faixas. Pedido ignorado pelos torcedores. Desta vez a PM não reprimiu. O jogo ocorria na Arena Corinthians, em Itaquera, capital paulista.
Além de reclamar dos jogos às 22h, depois da novela, os torcedores pedem mais organização no futebol e atacam a máfia da merenda escolar, que já começa a atingir os altos escalões do governo Alckmin em São Paulo, de acordo com reportagem do Brasil 247.
Para não haver dúvidas a Gaviões veio a público “reafirmar todas as recentes posturas críticas à falta de transparência por parte da diretoria do Corinthians, aos mandos e desmandos da FPF, e ao infeliz banco de negócios futebolísticos, que coloca os interesses da Rede Globo a frente dos interesses do futebol, que deveriam envolver, sobretudo, os jogadores, clubes e torcedores”, afirmam os dirigentes.
Numa pesquisa encomendada pela Confederação Brasileira de Futebol constatou-se que “a maioria dos entrevistados disse que frequentaria mais os estádios se os jogos começassem mais cedo.
A Globo que já perde pontos e mais pontos de audiência ano a ano, começa a ser “vaiada nos estádios e também em outros espaços públicos, sendo rejeitada no seu poder monopolista”, diz Altamiro Borges em seu blog.
Paulo Nogueira publicou em seu blog que “no futebol, e não só no futebol, o interesse público não pode se subordinar a ninguém. Mas no Brasil, a Globo vem primeiro”. Ele conclui que “a manifestação dos corintianos sugere que esta aberração indecente e indefensável pode estar chegando ao fim”.
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB
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