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segunda-feira, 31 de julho de 2017

Dilermando Toni - Extratos - Seminário a Questão Nacional no mundo de hoje



Seminário em SP sobre a Questão Nacional no mundo de hoje. Abaixo trecho da minha palestra:
Poderia destacar várias manifestações que polarizam a questão nacional hoje no mundo, chamadas pela diplomacia de questões sensíveis. A análise de sua dinâmica mostra claramente o surgimento de polos emergentes e o aumento das tensões e conflitos:
No terreno da economia, neoliberalismo serve ao neocolonialismo
1 – Um problema já antigo, mas que ao contrário de perder importância foi ganhando destaque com o passar dos anos. O controle do Petróleo e do Gás em torno dos quais se dão grandes disputas, um terreno cheio de disputas e tensões. Os países que almejam desenvolver-se soberanamente resolveram com o controle estatal/público, criando empresas para a exploração e distribuição destes produtos. Os EUA consomem atualmente 3 vezes mais do que produzem apesar dos avanços no shale gas. Um grande problema para a Europa e também para a China. Daí advêm as disputas e guerras no Oriente Médio. Mudanças na posição do Qatar. Daí advém a força econômica da Rússia. É um importante componente econômico da grandiosa iniciativa alternativa Um Cinturão, uma Rota. É a base da poderosa infraestrutura que se está começando a se construir no projeto eurasiano. A autonomia em torno da produção de energia é uma das principais questões para o desenvolvimento soberano de um determinado país;
2 – diante do grande volume existente de capital monetário, fictício inclusive, liberalização dos fluxos de capitais para tanto os países deveriam abrir ao máximo a conta de capitais. Instrumentos são as organizações econômicas multilaterais, FMI, Banco Mundial, Banco Central Europeu. A dominância financeira propriamente dita é um problema mais novo, ou um novo aspecto da exportação de capitais, a partir dos anos 1990, de grande importância;
3 – controle da política macroeconômica, em especial da política cambial, em uma situação em que os EUA tem o poder de emitir a moeda principal com a qual se fazem as trocas internacionais, e quando o comércio mundial cresceu muitas vezes. Isto flui através das instituições econômicas multilaterais, FMI, Banco Mundial. Ou ainda através de articulações como Consenso de Washington. Aparecem como se fossem verdades universais às quais não existiriam alternativas. A questão adquiriu essa forma com o advento do neoliberalismo, que sobreveio à falência dos acordos de Bretton Woods que mantiveram “as coisas sob controle” durante uns 30 anos. Também neste terreno são numerosas as iniciativas para a criação de alternativas ao dólar e à dominância financeira dos EUA, vindas, sobretudo da Ásia;
4 – o boicote econômico, sanções comerciais e financeiras (transações financeiras e investimentos) para sufocar países que ousam divergir e fazer o enfrentamento. Tal como na URSS e em Cuba, ou no Irã e na Rússia mais recentemente. Tem sido uma forma tradicional aplicada com recorrência;
No terreno das ideias
5 – controle ideológico, cultura, cinema e artes plásticas. A indústria do cinema dos EUA talvez seja o mais poderoso instrumento de dominação ideológica que já se construiu no planeta. As artes plásticas terreno poderoso da luta de ideias, arte abstrata e conceitual. Valores do individualismo. Para registrar hoje a Índia possui a maior indústria cinematográfica do mundo.
No terreno político-militar
6 – o controle das armas nucleares. O imperialismo faz um grande esforço para manter sua (e de aliados) hegemonia neste terreno porque sabe perfeitamente que é através deste tipo de armas e tecnologia que os países adquirem força de dissuasão; já há uns 70 anos, desde meados da década de 1940. Hoje importam a qualidade dos artefatos, a quantidade deles e o alcance que possam ter. Mas os EUA e seus aliados não mantêm nem o monopólio nem a hegemonia. O ranking nuclear atualmente é o seguinte: A Rússia com cerca de 1910 ogivas fica em primeiro lugar seguida dos EUA com 1800. Mais abaixo ficam França e China com aproximadamente 300 ogivas cada uma, seguidas da Grã Bretanha, Índia e Paquistão com cerca de 120 ogivas cada um. Israel, embora não declare e com o consentimento tácito do imperialismo, tem cerca de 80 ogivas. A Coréia Democrática desenvolve sua indústria nuclear apesar das pressões externas. O programa nuclear iraniano é outra frente de tensões e conflitos permanentes.
TNP começou a vigorar a partir de 1970 é o principal instrumento de pressão e controle dos EUA sobre as nações. As visitas de inspeção.
Neste “particular” avalio que talvez haja um equilíbrio de forças.
7 – A OTAN em expansão, as bases militares no estrangeiro e frotas navais que servem para promover ações bélicas de provocação e agressão por quase todo o mundo. Os EUA possuem 19 porta-aviões (a arma de guerra mais poderosa do mundo) espalhados pelos mares e pelos ares do mundo. Com isso têm base móvel poder para atacar poderosamente em qualquer lugar. A luta do Estado e do povo sírio contra o imperialismo.
8 – controle da ciência e da tecnologia e dos seus avanços. Aqui neste ponto me chama muito a atenção o novo controle via Internet através da qual os organismos de inteligência têm todas as informações de que precisam, do qual a presidenta Dilma e vários outros chefes de Estado foram vítimas, que se combina com formas tradicionais como o controle através das patentes. Também a articulação Um cinturão, uma Rota pretende construir uma alternativa neste terreno.
9 – controle dos recursos da biodiversidade é ainda uma frente destacada de luta pela sua importância estratégica. Amazônia brasileira.

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