O
dia 23 de junho de 2016 certamente será um marco na história da América
Latina. Foi nesta quinta-feira de inverno que o governo da Colômbia e
as Farc (Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia – Exército do Povo)
assinaram o cessar fogo bilateral e definitivo. Ainda não significa o
fim do conflito de mais de 50 anos, mas com certeza um caminho sólido a
este rumo.
Por Mariana Serafini
Presidência da Colômbia
A
assinatura do acordo de cessar fogo bilateral e definitivo abre um novo
capítulo na história da Colômbia e da América Latina
A
assinatura do acordo de cessar fogo bilateral e definitivo abre um novo
capítulo na história da Colômbia e da América Latina
A América Latina vive um momento conturbado. O continente sequer se
recuperou de um golpe (contra o Paraguai) e já há outro em curso (no
Brasil). Os governos de Nicolás Maduro, na Venezuela; Evo Morales, na
Bolívia e Rafael Correa, no Equador sofrem tentativas de
desestabilização. E mesmo em meio a este pandemônio, a Colômbia
conseguiu avançar.
Depois de quatro anos de intensos debates, realizados em Havana, Cuba,
os chamados Diálogos de Paz atingiram seu ponto mais alto: o cessar fogo
bilateral e definitivo. Isso porque, este era o acordo mais difícil de
firmar entre as duas partes e agora, com o documento assinado por
diversos chefes de Estado com o monitoramento da ONU, a Colômbia caminha
rumo à paz.
Os próximos meses serão de boas expectativas. Espera-se que em julho o
acordo do fim do conflito seja assinado. Mas até lá, a guerrilha e o
governo já estarão desarmados e trabalhando para reintegrar os
guerrilheiros à sociedade.
O documento de cessar-fogo bilateral e definitivo foi assinado por
representantes do governo colombiano, pelos principais líderes das Farc e
por chefes de Estado, entre eles Nicolás Maduro e Michelle Bachelet
(Chile). Coube ao mandatário cubano, Raúl Castro, entregar uma cópia de
cada um dos documentos ao presidente colombiano Juan Manuel Santos e ao
líder das Farc, Timoleón Jiménez. A cerimônia contou com a presença do
secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.
Assista ao vídeo:
Do Portal Vermelho
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