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Pelo menos três pessoas foram mortas com tiros na cabeça, informou na noite de domingo (5) a Agência Bolivariana de Notícias. Isso aconteceu logo que aumentou a repressão aos manifestantes que se concentram no aeroporto internacional de Toncontin, em Tegucigalpa, à espera do presidente constitucional Manuel Zelaya.
Com bombas de gás lacrimogêneo e disparos de armas de fogo, as forças de repressão, que apóiam o golpista Roberto Michelleti, tentam expulsar os manifestantes que se mantêm nas imediações do aeroporto. Milhares de hondurenhos encontram-se na área.Retorno a a Honduras
A Organização dos Estados Americanos (OEA) suspendeu Honduras do exercício de seu direito de participação na instituição, baseada no Artigo 21 da Carta Democrática Interamericana. O dispositivo pune os membros que desrespeitam a ordem democrática, após todas as tentativas de diálogo com a organização A decisão foi publicada neste domingo no site da OEA.
Esta tarde, duas comissões decolaram de Washington para Honduras, após uma sessão extraordinária da Organização de Estados Americano (OEA): uma, formada por Manuel Zelaya e o presidente da Assembleia das Nações Unidas (ONU, Miguel D`Escoto) e outra, integrada pelo secretario-geral da OEA, José Miguel Insulza, e os presidentes Cristina Fernández Kirchner (Argentina), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai).
''Estamos agindo de acordo com o Tratado de Direito Internacional e com as ações a tomar para a restituição da democracia em Honduras, agregou Manuel Zelaya.
No entanto, nenhum avião no qual o presidente José Manuel Zelaya Rosales esteja viajando terá permissão para aterrissar em Honduras, informa a agência de notícias argentina Telam. O aviso foi dado por Roberto Micheletti, que ocupa a Presidência do país desde domingo passado (28), quando um golpe de Estado tirou Zelaya do poder.
Ainda segundo a Telam, as operações no aeroporto foram canceladas por três dias. As mesmas fontes disseram que o governo de Micheletti negou ainda o pedido de voo e aterrissagem em Tegucigalpa, capital de Honduras, do avião da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Ela pretendia viajar àquele país para apoiar a recondução de Zelaya à Presidência.
Pouso não permitido
O avião que carrega o presidente Manuel Zelaya não conseguiu pousar no aeroporto internacional de Toncontin, informa a rede venezuelana Telesur. Segundo a rede de TV, Zelaya pediu ''em nome de Deus'' que o deixassem pousar, mas não recebeu permissão.
A pista de pouso estaria com obstáculos que impediriam o pouso da aeronave venezuelana que carrega o presidente.
Após a tentativa fracassada de retornar a Honduras, o avião de Zelaya pousou na Nicarágua, segundo a agência de notícias France Presse. Ele diz que continuará buscando o apoio da comunidade internacional para retomar seu posto no governo hondurenho. "Não vão impedir que façamos tudo o que tenhamos que fazer", disse Zelaya à rede de TV venezuelana Telesur, que acompanhou sua tentativa de retorno.
Com informações do Blog Vi o Mundo; artigo atualizado às 21h38
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