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terça-feira, 14 de abril de 2009

CTB anuncia 1º Encontro Nacional de Jovens Trabalhadores


13 DE ABRIL DE 2009 - 18h16


A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) promoverá entre os dias 23 e 24 de maio seu 1º Encontro Nacional de Jovens Trabalhadores, em Atibaia (SP). O objetivo é debater e definir iniciativas que orientarão as lutas da juventude trabalhadora representada pela central na cidade e no campo.

Por Cinthia Ribas, no Portal CTB


O que não era fácil ficou ainda pior. Com o agravamento da crise econômica, a realidade da juventude trabalhadora se agravou. Atualmente, o jovem que ingressa no mercado de trabalho, além de encontrar um longo e árduo caminho pela frente, quando conquista o primeiro emprego tem que conviver com a instabilidade e ameaça de demissão, que é a primeira opção do patronato na hora de reduzir custos.

Dura realidade

Para Vitor Espinoza, diretor executivo da CTB, o jovem trabalhador é o elo mais frágil da corrente no mercado de trabalho e sofre com qualquer instabilidade econômica. “A atual crise econômica mundial, com seus impactos sobre o mercado de trabalho, piorou um quadro que já era péssimo”, afirmou. “Queremos mobilizar a juventude trabalhadora da CTB. Temos na agenda mais de dez encontros estaduais. A ideia é reunir em torno de cem jovens para fazer um debate enriquecedor sobre a realidade da juventude trabalhadora.”

“Temos boas iniciativas por parte do governo voltadas para esse segmento, mas ainda são insuficientes. Um bom exemplo é o Programa Universidade para Todos (ProUni), um financiamento estudantil universitário. Mas precisamos de novos Centros Federais de Educação Técnica voltados para a realidade da região em que forem instalados; no ABC, cursos voltados para a formação industrial; no Rio Grande do Sul, para a agricultura”, ressaltou.

Imagem:CEDOC-01102008 Assembléia deliberativa - foto augusto coelho (44). Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília. Greve de 2008.



Unir rurais e urbanos

A situação do jovem no campo também não é das melhores, principalmente dos homens. Está havendo uma masculinização do campo. As mulheres estão saindo para estudar e tentar outra profissão. Ana Rita Miranda da Silva, secretária de Jovens da CTB, afirma que esse encontro será essencial para balizar as ações dos jovens trabalhadores em seus Estados, unificando forças.

“Atualmente”, explicou, “a juventude rural não visualiza perspectiva de continuidade da atividade no campo, principalmente por falta de geração de renda. Então, o jovem acaba saindo em busca de outras oportunidades de estudo ou trabalho. Isto compromete a atividade da agricultura familiar e pode afetar a produção”, revela. “Precisamos propor políticas públicas específicas, entre elas a garantia de renda para o jovem que permanecer no campo com sua família, através de um subsídio, um auxílio”.

Segundo Vitor Espinoza, para o trabalhador da cidade o problema é com os estágios. “São mais de um milhão de jovens sem emprego. E as empresas usam os estágios para burlar a legislação. Com essa nova lei de estágio, melhorou, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido”, analisa.

Organizar para conquistar

É de olho neste cenário que a Secretaria de Jovens da CTB realizará seu primeiro encontro. O desafio, além de debater essa realidade, é buscar iniciativas que visem ao fomento da participação da juventude no movimento sindical, facilitando e motivando sua inserção nos sindicatos.

O encontro deve acontecer em Atibaia (SP) e pretende reunir entre cem e 150 jovens dos sindicatos que compõem a central. A idéia é mobilizar representantes da juventude trabalhadora do Brasil inteiro para debater os seguintes temas: sucessão rural; nova lei de estágio; a escolha de um coletivo de juventude para organizar os trabalhos nos estados; a realidade do jovem trabalhador na atual conjuntura; Convenção 158 da OIT; acesso ao crédito fundiário; e políticas assistenciais.

Com esse encontro, a CTB fará um intercâmbio entre os segmentos rurais e urbanos para envolver e unir os dois mundos. “É um encontro reflexivo para compreender os impactos da crise, já que somos os mais afetados. E refletir a respeito das políticas públicas existentes, que são insuficientes e muito superficiais”, finaliza a dirigente da CTB.



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