Chá da Mariana
Uma menininha está chegando para alegrar ainda mais nossas vidas!
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Chá da Mariana
Uma menininha está chegando para alegrar ainda mais nossas vidas!
Sugestão de presente:
1 pacote de fraldas Turma da Mônica ou Pampers tam M ou G
Por Cinthia Ribas, no Portal CTB
O que não era fácil ficou ainda pior. Com o agravamento da crise econômica, a realidade da juventude trabalhadora se agravou. Atualmente, o jovem que ingressa no mercado de trabalho, além de encontrar um longo e árduo caminho pela frente, quando conquista o primeiro emprego tem que conviver com a instabilidade e ameaça de demissão, que é a primeira opção do patronato na hora de reduzir custos.
Dura realidade
Para Vitor Espinoza, diretor executivo da CTB, o jovem trabalhador é o elo mais frágil da corrente no mercado de trabalho e sofre com qualquer instabilidade econômica. “A atual crise econômica mundial, com seus impactos sobre o mercado de trabalho, piorou um quadro que já era péssimo”, afirmou. “Queremos mobilizar a juventude trabalhadora da CTB. Temos na agenda mais de dez encontros estaduais. A ideia é reunir em torno de cem jovens para fazer um debate enriquecedor sobre a realidade da juventude trabalhadora.”
“Temos boas iniciativas por parte do governo voltadas para esse segmento, mas ainda são insuficientes. Um bom exemplo é o Programa Universidade para Todos (ProUni), um financiamento estudantil universitário. Mas precisamos de novos Centros Federais de Educação Técnica voltados para a realidade da região em que forem instalados; no ABC, cursos voltados para a formação industrial; no Rio Grande do Sul, para a agricultura”, ressaltou.
Imagem:CEDOC-01102008 Assembléia deliberativa - foto augusto coelho (44). Fonte: Sindicato dos Bancários de Brasília. Greve de 2008.
Unir rurais e urbanos
A situação do jovem no campo também não é das melhores, principalmente dos homens. Está havendo uma masculinização do campo. As mulheres estão saindo para estudar e tentar outra profissão. Ana Rita Miranda da Silva, secretária de Jovens da CTB, afirma que esse encontro será essencial para balizar as ações dos jovens trabalhadores em seus Estados, unificando forças.
“Atualmente”, explicou, “a juventude rural não visualiza perspectiva de continuidade da atividade no campo, principalmente por falta de geração de renda. Então, o jovem acaba saindo em busca de outras oportunidades de estudo ou trabalho. Isto compromete a atividade da agricultura familiar e pode afetar a produção”, revela. “Precisamos propor políticas públicas específicas, entre elas a garantia de renda para o jovem que permanecer no campo com sua família, através de um subsídio, um auxílio”.
Segundo Vitor Espinoza, para o trabalhador da cidade o problema é com os estágios. “São mais de um milhão de jovens sem emprego. E as empresas usam os estágios para burlar a legislação. Com essa nova lei de estágio, melhorou, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido”, analisa.
Organizar para conquistar
É de olho neste cenário que a Secretaria de Jovens da CTB realizará seu primeiro encontro. O desafio, além de debater essa realidade, é buscar iniciativas que visem ao fomento da participação da juventude no movimento sindical, facilitando e motivando sua inserção nos sindicatos.
O encontro deve acontecer em Atibaia (SP) e pretende reunir entre cem e 150 jovens dos sindicatos que compõem a central. A idéia é mobilizar representantes da juventude trabalhadora do Brasil inteiro para debater os seguintes temas: sucessão rural; nova lei de estágio; a escolha de um coletivo de juventude para organizar os trabalhos nos estados; a realidade do jovem trabalhador na atual conjuntura; Convenção 158 da OIT; acesso ao crédito fundiário; e políticas assistenciais.
Com esse encontro, a CTB fará um intercâmbio entre os segmentos rurais e urbanos para envolver e unir os dois mundos. “É um encontro reflexivo para compreender os impactos da crise, já que somos os mais afetados. E refletir a respeito das políticas públicas existentes, que são insuficientes e muito superficiais”, finaliza a dirigente da CTB.
Somos jovens e somos trabalhadores.
Sofremos com trabalhos degradantes, com a precariedade e a negação de nossos direitos, com o assédio moral e sexual. Mesmo a legislação trabalhista não é cumprida e prevalecem condições degradantes para a juventude que anseia ingressar na vida adulta, ter sua independência, viver dignamente, sem medo do futuro.
Há um grande desperdício da capacidade da juventude brasileira que carece de emprego. Por 20 anos o Brasil não cresceu, e a juventude foi vítima desta ofensiva anti-nacional contra o futuro do nosso país.
Estes jovens são público privilegiado para a ação da UJS porque vivem diretamente a exploração capitalista e podem entender como ninguém a mensagem socialista.
No entanto, para dar um salto nesta frente estratégica, com imenso potencial, precisamos elaborar mais sobre o seu funcionamento. Há necessidades próprias ao organizar jovens trabalhadores. O tempo tem outro valor. Por isto, a UJS deve ter atenção em construir espaços amigáveis à organização de jovens trabalhadores, com horários, dinâmicas, responsáveis permanentes para a consolidação da frente, desenvolvendo uma dinâmica de atividades (inclusive esportivas e culturais) e linguagem que permitam a sua incorporação na UJS. É indispensável assegurar um ambiente amigável à organização dos jovens trabalhadores na UJS, adequando horários e locais de reunião desenvolvendo uma tecnologia social própria, a exemplo do que fazemos no movimento estudantil, para incorporar a nova geração de trabalhadores ao movimento sindical e apontar-lhes a perspectiva socialista.
Implementar a organização da UJS entre os trabalhadores é fundamental para completar a nossa consolidação e afirmar o caráter socialista de nossa organização, pela dimensão estratégica de formar a classe trabalhadora do presente e do futuro e para construir o socialismo. É indispensável superar esta grande lacuna de nossa organização, permitindo ao militante socialista completar todo o ciclo de sua juventude na UJS, da escola secundarista até o ingresso pelo trabalho na vida adulta. mantendo as convicções revolucionárias e legando ao movimento sindical uma nova geração de quadros para a atualidade, completando o ciclo etário da nossa escola de socialismo.
Temos avançado bastante ao ter presença de filiados da UJS em muitas categorias. É crescente a incorporação de militantes da UJS trabalhadores no movimento sindical e na Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
O governo Lula realizou concursos que levaram milhares de jovens ao serviço público, e a UJS tem filiados em categorias estratégicas. Articular os jovens trabalhadores da UJS que estão nas fábricas, entre os metalúrgicos, no telemarketing, bancários, metroviários, trabalhadores da educação e da saúde e pesquisadores tem sentido estratégico e pode cumprir um grande papel no desafio deste período que é tornar a CTB a mais importante central na organização da juventude trabalhadora.
Neste sentido, temos de assegurar no próximo período a contribuição da UJS à luta pela redução da jornada de trabalho que pode ser aprovada e seria uma importante conquista, em especial para os jovens trabalhadores, que poderão ter mais tempo livre para o lazer, a educação, o esporte, a cultura e para a militância na UJS. Ademais a UJS deve denunciar com toda a firmeza todas as formas de violação de direitos que atingem os trabalhadores por sua condição juvenil, denunciando o capitalismo.
Mas a tarefa mais importante do próximo período é assegurar melhores condições para os jovens trabalhadores militarem na UJS. Avançamos muito em várias direções que definiram responsável para esta frente estratégica, inclusive nas executivas, e agora é hora de dar seqüência a este trabalho. Nossa ação no movimento sindical deve ser consciente, e não marcada pelo espontaneísmo, e temos o desafio de articular a frente de jovens trabalhadores nacional e localmente, construindo uma rede de coletivos nos Estados e nacionalmente que possa ter um trabalho permanente e acumule uma experiência consistente de organização da UJS entre os trabalhadores apoiando a construção da juventude da CTB, ocupando nosso lugar nos grandes batalhões da luta de classes que são as categorias estratégicas, cheias de jovens que precisam escutar a mensagem socialista para entender sob que regime de exploração vivem.
Esta missão histórica entre os jovens cabe à UJS e será decisiva para enterrar de vez o neoliberalismo e escrever as páginas gloriosas do futuro socialista em nosso país.
www.correioweb.com.br
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da Agência Brasil , Última modificação em 8 de Abril de 2009 - 13h05
Daniel Lima e Kelly Oliveira \Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou há pouco que Aldemir Bendine é o novo presidente do Banco do Brasil. Ele substitui Antônio Francisco de Lima Neto, que assumiu o cargo em dezembro de 2006. Bendine é funcionário de carreira do BB há 30 anos, e, até então, era vice-presidente de Cartões e Novos Negócios de Varejo da instituição.
Neste momento, Mantega concede entrevista sobre a saída de Lima Neto da presidência do Banco do Brasil. Pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia confirmado que ele deixaria o cargo, mas o nome do substituto não tinha sido anunciado…………………………………
O Banco do Brasil tem essa dupla personalidade, de banco público e banco com capital em Bolsa, disputando mercado com bancos privados.
Tem vantagens de ser banco público, como acesso a depósitos públicos, repasse de recursos públicos, folha de pagamentos dos funcionários e o aval do Tesouro. Quando eclodiu a crise, por exemplo, o BB foi amplamente beneficiado por depósitos que fugiram de outros bancos.
A contrapartida é ser um instrumento de políticas públicas. É evidente que há limites para essa utilização do banco. Não se pode afetar seu desempenho, tem que se mensurar o custo de qualquer pedido que fira sua lógica econômica.
Mas não há nenhuma incompatibilidade entre cumprir a função pública e a privada.
Por exemplo, o governo definiu como prioritária a consolidação da agricultura familiar como fornecedora de biodiesel. O BB tem o Pronaf, para financiamento da agricultura familiar. Montou uma área social, importante para a imagem do banco e importante para a inclusão de novos clientes. Portanto, pode casar atuação social com busca de resultados.
Quando recebe a ordem de reduzir os juros, não há nada que fira seus interesses. Pelo contrário, o banco foi beneficiário de aumento de depósito e, com a redução, poderia avançar na conquista de market-share.
Os problemas do BB foram de outra ordem. No primeiro governo Lula, houve ampla infiltração política no banco, que causou enormes dissabores à corporação BB. Depois dos escândalos - que culminaram com a demissão do Diretor de Marketing, da diretoria da Cobra Informática, entre outros - a corporação sentiu-se fortalecida. E aí o corporativismo falou mais alto que a interlocução com a área econômica.
Deixou-se de lado a visão estratégica, a busca de market share e falou mais alto a competição com o setor privado - especialmente nos indicadores de rentabilidade. O banco se fechou em si, como se tivesse se sentido humilhado pela perda da liderança histórica do mercado bancário brasileiro, após a fusão Itau-Unibanco.
O banco manteve a rentabilidade, mas sua participação, na luta contra a crise, acabou sendo ofuscada pela Caixa Econômica Federal.
Aparentemente, a mudança irá promover ajustes de conduta que seguramente serão benéficas ao país, e provavelmente benéficas para o banco.
A “obsessão” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de reduzir o spread bancário é um alento. Os lucros dos bancos — inclusive do Banco do Brasil —, não é de hoje, atingiram dimensões de escândalo. Dinheiro que poderia irrigar a economia entra nos cofres das instituições financeiras de uma forma inaceitável. Segundo cálculos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), só em 2008 os brasileiros pagaram R$ 134,5 bilhões em spread. Uma comparação sobre o custo do crédito no Brasil e em outros países demonstra que as taxas brasileiras são bem mais altas do que as cobradas no exterior, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo indica que o empréstimo para pessoa física no Brasil chega a custar dez vezes mais do que em uma agência européia do mesmo banco. No caso de pessoa jurídica, o brasileiro tem que pagar quatro vezes pelo empréstimo em relação ao valor cobrado nos Estados Unidos e na chamada Zona do Euro. O valor pago em spread em 2008 corresponde, por exemplo, a mais que o dobro do Orçamento anual do Ministério da Saúde ou a 289 milhões de salários mínimos. A maior parte dos R$ 134,5 bilhões foi paga nos empréstimos de pessoas físicas. No ano, os consumidores pagaram aos bancos R$ 85,4 bilhões e as empresas, R$ 49,1 bilhões, segundo a Fecomercio-SP.
A barreira do spread não se justifica diante do esforço do governo para elevar o volume de crédito. Recentemente, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma medida que oferece como garantia, para os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) emitidos pelos bancos de menor porte, os recursos do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), com o objetivo de prover liquidez. A expectativa da equipe econômica é que os bancos tenham cerca de R$ 40 bilhões a mais para emprestar. Segundo informou o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o valor poderia ser superior a R$ 100 bilhões se todos os bancos fizessem a operação.
Transferência brutal de recursos
A aposta de Mantega é que, com maior crédito disponível na economia brasileira, haverá uma redução dos juros e, consequentemente, do spread. “Nós temos uma oferta de crédito maior. Isso significa que esses bancos que estão captando a taxas mais elevadas vão captar a taxas menores (CDB mais 1%) e isso diminui a taxa dos empréstimos. A tendência é que caia o spread por causa disso. Acredito que é um mecanismo que vai ser usado e que vai ajudar pequenas e médias empresas”, afirmou. Meirelles disse que as medidas do CMN objetivam a competição dos bancos para baixar juros.
São medidas louváveis, mas de pequeno alcance diante do tamanho do problema. O Brasil convive com a anomalia de uma agiotagem financeira oficializada, dirigida pelo Banco Central, alimentada pela indexação de juros instituída em 1964 — TR, TJLP, TBF, CDB, CDI, over, spread, Selic etc. A Assembléia Nacional Constituinte de 1988 pretendeu corrigir a anomalia existente estipulando juros máximos, para qualquer modalidade, de 12% ao ano, como era antes de 1964. Mas o poder granjeado pela direita com o Plano Real passou por cima do espírito da Constituição.
O governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) abriu as portas para a transferência brutal de recursos públicos para os bancos ao adotar a constante elevação dos juros como esteio da política de “estabilidade” da moeda. A medida provisória que instituiu o Plano Real anunciou o ''Fundo de Amortização da Dívida Mobiliária Federal'', o embrião do superávit primário que até hoje inferniza a vida brasileira. Os neoliberais venderam ações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e cortaram despesas orçamentárias para formar o ''Fundo de Estabilização Fiscal''.
Juros poderia ser caso de polícia
Antevendo o estrago que a turma de FHC promoveria, o então presidente da República Itamar Franco, que nunca foi o paspalhão que a mídia tentou pintar, pediu ao Congresso Nacional que agilizasse a regulamentação do artigo da Constituição que determina o limite de 12% ao ano para a taxa de juros. Ele, no entanto, era quase uma voz isolada no país. Mas logo se veria que sua preocupação tinha razão de ser — no primeiro dia útil do Real, a taxa de juros, puxada pelo Banco Central, disparou, chegando aos 12%. Um ano depois, já estava em 60%.
Poderia ser um caso de polícia. Antes de 1964, havia no Brasil crédito diferenciado e juro máximo de 12% ao ano. A agricultura levantava empréstimo no Banco do Brasil a 3,5% e 4% ao ano; a indústria, a 5% e 6% ao ano; o comércio e o transporte, a 6% e 7% ao ano. Como lembra o economista Ney Bassuino Dutra em artigo no Monitor Mercantil, na Rua do Ouvidor, na cidade do Rio de Janeiro, a polícia volta e meia corria procurando prender dois tipos de contraventores: um, que vendia “rabinho de coelho” para dar sorte; outro, agiota que emprestava dinheiro a juros aos funcionários públicos a 14% ao ano.
Além desse problema estrutural da economia brasileira, os juros do financiamento à produção incidem sobre os custos das mercadorias, elevando os preços. Essa elevação o Banco Central não considera inflação. Segundo Ney Bassuino Dutra, hoje respeitáveis organizações bancárias emprestam a 500% e 600% ao ano, amparadas pelo Banco Central, a institução criada para ser “o guardião da moeda nacional”. Ele lembra que outrora o Banco do Brasil, na condição de supridor de dinheiro, controlava os juros e o dinheiro emprestado, dentro do estabelecido pela “Lei da Usura” vigente, à produção, ao consumo e ao financiamento da casa própria, com juros compatíveis com a dignidade humana.
Liberdade para os bancos
Marcos Cintra, outro economista de renome, em artigo no jornal Diário do Grande ABC disse que um dos principais problemas do Brasil são os escandalosos spreads cobrados pelos bancos. “Através deles ocorre uma absurda transferência de riqueza das empresas e dos trabalhadores para o setor financeiro”, escreveu. Segundo Marcos Cintra, o Brasil tem um dos maiores spreads do mundo. “A diferença entre o que os bancos pagam para captar dinheiro e o que cobram nos empréstimos fechou em dezembro do ano passado em 30,6 pontos percentuais. Em média os bancos pagam 12,6% quando um investidor faz uma aplicação e cobram 43,2% quando emprestam aos seus clientes. Quando o spread se refere apenas às pessoas físicas ele é superior a 45 pontos percentuais”, disse.
O economista afirmou ainda que problema do custo do dinheiro no Brasil era equivocadamente focado quase que exclusivamente na redução da taxa Selic. “Porém, gradualmente os analistas perceberam que os juros que sufocam a economia brasileira são os aplicados ao tomador final. Para as empresas as taxas anuais ultrapassam 38% para o financiamento do capital de giro, 45% no desconto de duplicatas e 76% na conta garantida. Para as pessoas físicas superam 60% no crédito pessoal e 175% no cheque especial. Ou seja: os bancos multiplicam a Selic de três a catorze vezes quando emprestam para seus clientes”, escreveu.
Uma das propriedades do mercado financeiro brasileiro é oferecer liberdade para que os bancos decidam quanto irão cobrar sobre cada tarifa — e, inclusive, decidir quais serão as tarifas existentes. Há algum tempo, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) disse que há desconfiança de que os bancos brasileiros agem como um cartel na hora de estabelecer o preço de tarifas. O Banco Central, que deveria pôr freio nessa farra — a instituição, sob as ordens do banqueiro Henrique Meirelles, controla com exclusividade a Casa da Moeda (emissão de dinheiro), a entrada e saída de capitais, o câmbio, o juro, o balanço de pagamento das contas externas, entre outras atribuições —, na prática finge que nada vê.
Resposta de Henry Ford
A rigor, o Banco Central é o principal patrocinador dessa farra. A economista Sandra Quintela, do Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul (Pacs), revelou ao Monitor Mercantil que só em 2009 a gastança com juros e amortizações da dívida consumirá R$ 234 bilhões, mais R$ 756 bilhões com amortizações via emissão de títulos, o que significa a metade de todo o Orçamento. ''Enquanto isso, para toda a folha de pessoal estão previstos R$ 169 bilhões, incluindo todos professores, médicos e demais servidores ativos, aposentados e pensionistas'', afirma. A economista destaca que a crise torna claro como a dívida pública é o centro dos problemas nacionais.
O cidadão Jonathan Teixeira resumiu a ópera ao revelar como funciona a farra financeira, em carta publicada no ''Painel do Leitor'' do jornal Folha de S. Paulo no dia 26 de agosto 2002. ''Deixa eu ver se entendi: os bancos pegam meu dinheiro, que pagam quando muito a 6%, e emprestam a 12% para os exportadores. Os exportadores, em vez de produzir, exportar e gerar empregos, emprestam o meu dinheiro para o governo a 25% e embolsam a diferença. O governo paga a eles com o meu dinheiro, dos meus impostos, e isso não é ilegal?!'', escreveu. Muito tempo antes, Henry Ford, industrial norte-americano que revolucionou a indústria automobilística no começo do século 20, resolveu a equação. ''Sabe-se muito bem que o povo não entende nada do sistema bancário e monetário, porque, se entendesse, acredito que haveria uma revolução antes de amanhã cedinho”, disse.
De 17 a 23 de abril de 2009, na cidade de Goiânia-GO, será realizado curso de formação da escola nacional para militantes e filiados da região centro-oeste. No curso serão ministradas aulas sobre a Dinâmica do Modo de Produção Capitalista que debaterá a crise, suas causas e consequências no Brasil. Haverá também aulas relativas a Concepção de mundo dos comunistas; Formação política, econômica e social do Brasil; Concepção de partido e socialismo no século XXI.
O valor das inscrições é de R$ 210, 00 (Duzentos e dez reais) cobrindo despesas com hospedagem, material de didático e alimentação dos participantes. Para inscrever-se e maiores informações é necessário entrar em contato no telefone - 61-3226-5247.
Para conhecer mais sobre a Escola Nacional do Partido, seus currículos e coordenações, você pode acessar o endereço www.vermelho.org.br/pcdob/
II CONFERÊNCIA NACIONAL SOBRE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL INICIA ATIVIDADES
Começam as reuniões preparatórias realtivas a II Conferência Nacional sobre promoção da Igualdade Racial no DF. Ocorrerão atividades em diversas cidades em busca de debater as propostas que serão levadas a Conferência Distrital e nacional, além de eleger os delegados que representarão o Distrito Federal.
CURSO DE INICIAÇÃO DF CHEGA A RETA FINAL COM GRANDE RECEPTIVIDADE
Na Segunda-Feira, dia 06 de abril, com aula sobre formação social do DF e quarta-feira, dia 08 de abril, com a aula sobre Dinâmica do Modo de Produção Capitalista, encerra o curso de iniciação ao marxismo-leninismo.
Adelite
Familiares, militantes doPCdoB-DF, e membros da direção nacional do PCdoB ( Renato Rabelo, Walter Sorrentino, Pedro Oliveira e Vital Nolasco) emocionaram-se na noite de terça-feira, dia 31 de março de 2009, na inauguração da sede do PCdoB-DF com as homenagens feitas a Paulo Cassis e Adelite Moreira pela Direção do PCdoB-DF.
Foi inaugurado o o Auditório Paulo Cassis e Sala Adelite Moreira aos gritos do " Paulo Cassis, presente; Adelite presente... " e decerradas placas em memória aos fundadores do partido no DF que combateram com grande coragem a ditadura militar.
Resgatar a memória de tão nobres combatentes enobrece o partido no DF e agradecemos, em nome do partido, a presença dos familiares e de todos os militantes neste importante evento.
Quem foi Paulo Cassis?
Paulo Cassis iniciou sua militância no movimento estudantil secundarista na organização Ação Popular (AP). Cursou Engenharia Elétrica na Universidade de Brasília (UnB), militando ao lado de Honestino Guimarães em 1968. Após muitas perseguições foi obrigado entrar para a clandestinidade. Ele conseguiu não ser preso ao lado de mais sete estudantes e fugiu para o Rio depois do cerco armado pelos militares no campus da UnB.
Já no PCdoB, ele ficou durante 12 anos escondido nas cidades de Aracaju (SE), Salvador (BA), Penápolis (SP) e Goiânia (GO), sobrevivendo na maior parte do tempo como datilógrafo em jornais diversos.
Assim que voltou da clandestinidade passou no concurso de datilógrafo do Senado e ajudou a fundar o Sindicato dos Trabalhadores no Legislativo (Sindilegis). Teve permanente militância e dedicação a todas as causas defendidas pelo PCdoB, sendo Presidente Regional do Partido em 1985.
Cassis, na época de seu falecimento, era membro do Comitê Regional do PCdoB/DF e a Secretário-Geral da Federação das Associações de Moradores do DF e Entorno – FAMIBRE.
Assista o video , onde Renato Rabelo Fala sobre inauguração da sede do PCdoB do Distrito Federal .
Comitê Regional do PCdoB-DF, Setor de Diversões Sul -SDS, Venâncio Júnior, sala 201 - Brasília - DF, telefone : (61)-3226-5247 -
Este Boletim é de responsabilidade da Secretaria de Comunicação do Comitê Regional do PCdoB-DF. Colaboração : Eduardo Martins - Webmaster
http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=53164
26 DE MARÇO DE 2009 - 12h47
PCdoB/DF realiza panfletagens no aniversário do Partido
Professores, estudantes, sindicalistas, operários, assessores parlamentares, funcionários públicos, todos militantes do PCdoB participaram de uma grande atividade na Rodoviária do Plano Piloto no dia em que o partido comemorou seus 87 anos.
Os militantes candangos distribuíram a edição deste mês do jornal A Classe Operária e também uma nota do PCdoB/DF sobre os 87 anos de luta do partido.
Segundo o secretário de Organização do PCdoB/DF Alan Bueno ''houve uma receptividade muito grande, inúmeras pessoas nos procuraram para pedir os nossos materiais''.
Para o presidente do PCdoB/DF Apolinário Rebelo a receptividade que os militantes encontraram na panfletagem acontece em todas as cidades do Distrito Federal ''nós estamos recebendo diveros pedidos de filiação de dirigentes sindicais, dirigentes do movimentos social, pois todos identificam o PCdoB como uma força política consequente, democrática e acima de tudo intransigente na defesa dos interesses do nosso povo''.
A primeira atividade do dia foi uma panfletagem organizada pela Base do Congresso, onde foram ditribuídos exemplares da Classe Operária na entrada dos trabalhadores da Câmara dos Deputados.
O PCdoB/DF também inaugurará a sua nova sede na próxima terça-feira, dia 31 de março no Conic, Ed. Venancio Jr. 2º andar sala 201.
De Brasília
Gustavo Alves
PCC é um dos destaques nos debates do Congresso Distrital dos Empregados da Caixa |
24/03/2009 | |
A discussão sobre novo Plano de Cargos e Comissões (PCC) - ou Plano de Funções Comissionadas (PFC), com também está sendo chamado -, despertou grande interesse entre os participantes do Congresso Distrital dos Empregados da Caixa realizado neste sábado, dia 4 de abril, na sede do Sindicato. O ato de abertura ocorreu às O Congresso Distrital debateu os assuntos que se apresentam como desafios ao movimento dos empregados e definiu as propostas de Brasília que serão levadas ao Conecef para, posteriormente, serem colocadas sobre a mesa das negociações permanentes com a empresa. Além do novo PCC, foram destaque também no congresso as questões relativas ao PCS, ao Saúde Caixa, à jornada de trabalho e ao REG/Replan não-saldado, entre outras. Em relação ao PCC, foram definidas como propostas extinguir o CTVA, valorizar as carreiras técnicas, instituir promoção automática por tempo de função, efetivar a jornada de O Congresso Distrital reiterou o repúdio aos seguidos atos de discriminação aos participantes do REG/Replan não-saldado da Funcef e posicionou-se pela continuidade da defesa dos que decidiram remanescer no referido plano, para que seja respeitada a opção que fizeram, sem retaliações. A proposta foi também de reforço a todas as fermentas de luta de que dispões as entidades sindicais e associativas, incluído as ações jurídicas. Sobre o Saúde Caixa, foram destacados os problemas relativos a descredenciamentos, descontos indevidos com demora no reembolso e carência de pessoal nas Gipes. Entre as propostas aprovadas estão a criação do plano Saúde Família e o estabelecimento de caráter deliberativo ao Conselho de Usuários do Saúde Caixa. As discussões de propostas em grupos de trabalho foram antecedidas por dois painéis de debates: um sobre conjuntura internacional e nacional, com o assessor econômico da Funcef, Heglehyschynton Marçal, e outro sobre a Caixa e a Funcef, com o gerente de Planos Atuariais da fundação, Valmir Gôngora. A plenária final do congresso definiu as reivindicações específicas para deliberação no Concef e elegeu os 31 delegados que irão representar Brasília no evento nacional dos empregados. Na delegação, seis eleitos representam o segmento aposentados. |
4 DE ABRIL DE 2009 - 02h31
“Sempre que o partido tirou do centro de sua atuação a questão nacional, acabou se ausentando de batalhas importantes para o país”. A análise, feita por Luís Fernandes, da Finep, resume o principal foco deste primeiro dia de debates do seminário “Desvendar o Brasil”. Permeado por temas polêmicos e apresentações contundentes, o evento feito pela parceria entre a Fundação Maurício Grabois e o PCdoB reuniu, nesta sexta-feira (3) cerca de 300 pessoas na capital paulista.Sob o tema “O Brasil, seu povo, sua cultura e sua identidade”, os palestrantes – além de Fernandes, o deputado Aldo Rebelo e o secretário de Movimentos Sociais e Juventude do PCdoB, Ricardo Abreu – procuraram esmiuçar as características dos brasileiros tendo como fator fundamental a luta pela implantação de um projeto de nação soberano como caminho para, em longo prazo, se atingir o socialismo.
Conforme Luis Fernandes, que preside a Financiadora de Estudos e Projetos, o PCdoB, desde sua origem, soube participar de momentos relevantes das principais lutas nacionais. “Em ocasiões como a criação da Aliança Nacional Libertadora, a campanha “O petróleo é nosso” e mesmo a Constituinte de 1988, o partido levou ao centro destes debates a questão do projeto de nação”, o que, segundo ele, não teria ocorrido na Revolução de 1930 e nos anos 1950, quando o partido se opunha a Getúlio Vargas. “Foram atitudes que expressaram certa incompreensão da importância do projeto nacional”.
Para Fernandes, é fundamental que os comunistas – que com este seminário buscam subsidiar as discussões sobre a renovação do programa socialista durante o 12º Congresso – tenham “clareza de que a batalha pela construção de um projeto nacional é parte da luta contra o imperialismo e pela construção do socialismo”.
Fernandes defendeu que, para se conceber um projeto conseqüente, é necessário partir da análise concreta da realidade brasileira sob a ótica do marxismo. Desta maneira, destacou algumas contribuições teóricas. Primeiramente, tratou da falsa contraposição entre as questões de classe e a questão nacional. “Marx não contrapôs estes pontos. O que nos deu como grande contribuição foi a interpretação de classe para entender a questão nacional”, explicou.
Em seguida, Fernandes destacou as reflexões de Lênin sobre o imperialismo, que ainda hoje estão atuais. “O movimento revolucionário tem duas vertentes: a clássica, vinda das lutas operárias, e a luta de libertação das colônias. Foi essa formulação que tornou possível aos movimentos marxistas serem baluartes dos processos de independência. Muitos pretensos ‘socialistas radicais’ se opunham à autodeterminação dos povos colocada por Lênin como fundamental para a resistência ao imperialismo”.
Analisando estritamente a formação do Brasil, Fernandes lembrou que o país ainda reflete aspectos que marcaram sua origem. “Sob a criminosa violência da ordem escravocata, forjou-se uma sensibilidade própria dos brasileiros advinda, por um lado, da subjetividade dos dominados – negros e índios – e, por outro, da dos dominantes – os portugueses”.
Como um dos muitos resultados dessa formação está, de acordo com Luis Fernandes, “a tibieza de nossa elite” especialmente diante dos países mais poderosos. Isso explicaria, em parte, a “raiva da elite contra o governo Lula”, que tirou o Brasil de uma posição submissa na política externa e garantiu ao país reconhecimento internacional. “Isso deixa pessoas como o ex-presidente FHC nervosos”, brincou. Por isso, explicou, pensar alternativas para a emancipação nacional é levar tais aspectos em consideração e “valorizar a singular combinação de sincretismo cultural e miscigenação”.
O povo como protagonista
O deputado federal pelo PCdoB-SP, Aldo Rebelo, por sua vez, enfatizou a trajetória de luta dos brasileiros pela conquista da democracia e da igualdade. Inicialmente, ele lembrou que “somos um povo capaz de buscar sua própria identidade”, o que deu ao Brasil “grandes potencialidades de realização como povo e como país. Conquistamos nosso território em meio a muitos riscos. Poderíamos ser uma ‘América Portuguesa’, mas tivemos a capacidade de unir todo esse território num mesmo Estado nacional”.
Contrário à ideia de que o povo pouco participou das principais mudanças que marcaram a história do país – tese que costuma pôr a elite como condutora de tais processos – Aldo disse que “o Brasil fez sua trajetória através de jornadas históricas composta por todos aqueles que se sacrificaram para que o país se tornasse independente em 1822”, enquanto outras colônias, como Angola e Guiné, só a conseguiram nos anos 1970.
A proclamação da República, enfatizou, “não foi um pacto de elites; foi uma vitória do povo, daqueles que foram fuzilados desde o Rio Grande do Sul até o Pará”. Aldo lembrou, entre outros, de José Bonifácio, que teve papel fundamental da formação de um Estado brasileiro democrático. Nos anos 20, fatos como a fundação do Partido Comunista do Brasil, a Semana da Arte Moderna, a rebelião tenentista, bem como nos anos 1930 a luta pela industrialização, o movimento de mulheres e de estudantes, a mudança da legislação trabalhista, entre outros fatos, “marcaram a continuação daquelas jornadas e o povo estava presente em todas. Tais acontecimentos criam, na memória dos brasileiros a exigência e a necessidade de mudanças”.
Na atualidade, Aldo ressaltou: “o mundo exige que a luta dos povos se dê pela resistência das nações (ao imperialismo)” e, para ele, Lula teve papel relevante nesse processo. “O presidente conseguiu parar o processo de desmonte do Estado”.
Finalizando sua intervenção, o parlamentar perguntou: “a questão nacional é central, mas sob a orientação de quem?”. Segundo ele, “o que distingue a nossa visão sobre a questão nacional daquela dos setores conservadores é que acreditamos em nação somente com a ampliação das liberdades de nosso povo. Nossa questão nacional está intrinsecamente ligada à questão social”. E afirmou: “o povo precisa ser realmente incorporado à nação como protagonista político e social. E essa não é a preocupação das forças conservadoras. Seu projeto para o país está ligado essencialmente aos seus próprios interesses comerciais e financeiros. A nação, para nós, não é mera abstração; é o nosso povo”.
Momento de redescoberta
Na última apresentação da noite, Ricardo Abreu, o Alemão, tratou da atual fase que classificou como sendo de redescoberta do Brasil pelos comunistas. “Nosso desafio coletivo, de dimensão histórica, é desenvolver uma teoria – e uma política – marxista, brasileira e contemporânea. Em outras palavras, trata-se de enfrentar a crise da teoria revolucionária, atualizando o marxismo e, ao mesmo tempo, fundindo-o com o pensamento nacional e latino-americano mais avançado”.
O dirigente baseou sua apresentação nos clássicos do marxismo, mas também bebeu na fonte de figuras tão diferentes como Darcy Ribeiro e Stalin. Seu foco foi tratar da construção do povo brasileiro dentro da sua diversidade; a necessidade premente de construção de um projeto nacional soberano, igualitário e ainda mais democrático casado com a integração latino-americana; a formação miscigenada de nosso povo e, com base em todos esses aspectos, a busca pelo socialismo. Citando o comunista peruano José Carlos Mariátegui, colocou: “não queremos, certamente, que o socialismo seja na América decalque e cópia. Deve ser criação heróica”.
Contra visões que procuram dividir o povo brasileiro de acordo com as etnias que o formaram, Alemão lembrou que “o Brasil é um Estado-nação independente, fundado em 1822, com uma só nacionalidade, um só povo-nação que representa 99,6% da população. Ao mesmo tempo pode ser considerado pluriétnico, pois tem 0,4% da sua população reunida em 280 comunidades indígenas que mantém a sua etnicidade, mas são tribais, não são nacionalidades”.
Recordando Darcy Ribeiro, Alemão enfatizou: “os brasileiros saberão ‘enfrentar com êxito as tensões sociais decorrentes de uma ascensão do negro, que lhe augure uma participação igualitária na sociedade nacional. É preciso que assim seja, porque somente assim se há de superar um dos conflitos mais dramáticos que desgarra a solidariedade dos brasileiros”.
Por fim, salientou: “somos antiimperialistas porque somos patriotas e revolucionários. O internacionalismo latino-americano e o patriotismo são inseparáveis”.
Exigência da atualidade
Antes de os palestrantes discorrerem sobre os temas propostos, Adalberto Monteiro, presidente da Fundação Maurício Grabois, e Renato Rabelo, presidente do PCdoB, fizeram uso da palavra. “Conhecer mais e melhor o Brasil contemporâneo é uma exigência, uma necessidade que se impõe às forças políticas progressistas que têm compromisso com a Nação, com o país, com povo e os trabalhadores”, disse Monteiro.
Segundo ele, o seminário se realiza “numa circunstância impar”. “Se a última década do século 20 foi marcada pela proclamada crise do socialismo, o final do primeiro decênio do século 21 simboliza a crise do capitalismo e notadamente o fracasso dos dogmas neoliberais”. Neste contexto, ponderou, “o marxismo é revalorizado e o socialismo se apresenta como uma alternativa renovada e viável”.
Renato Rabelo, por sua vez, destacou que o debate é o começo do processo que culminará no 12º Congresso. “Suas discussões servirão de matéria-prima para nossas futuras elaborações”.
O dirigente ressaltou que o “debate é essencial porque para se fazer um novo programa é preciso partir da realidade concreta de nosso país. Temos nossa base teórica, mas precisamos conhecer a fundo nossa própria realidade. Isso é fundamental para cheguemos a um programa candente, vivo, e não meramente formal”.
Rabelo lembrou que ao se tratar da superação da crise “a grande questão que não tem sido considerada é que enfrentamento deve se dar do ponto de vista político e ideológico. Uma saída meramente econômica é pura abstração”. Ele lembrou que “a solução que tem sido pensada a partir de interesses políticos bem definidos. E a lógica que tem prevalecido é a de nacionalizar os prejuízos e privatizar os lucros”.
O dirigente constatou que “se o processo correr dessa maneira e a saída se der pela via capitalista, viveremos futuramente crises ainda maiores. Por isso existe nesse debate a questão da alternativa socialista”. É dentro deste contexto que se dará a elaboração do novo programa de atuação do PCdoB. “Partiremos basicamente de duas matrizes: a defesa de nossa nação e de nossa soberania e, ao lado disso, a possibilidade real que vivenciamos de darmos importantes passos de sentido civilizacional”.
A coordenação dos trabalhos desse primeiro dia de seminário ficou a cargo do historiador Augusto Buonicore. Para ele, o debate desta sexta-feira “foi uma maneira de darmos continuidade aos esforços teóricos feitos pelos comunistas ao longo dos 87 anos de história do partido”. E concluiu: “o que tiramos de tudo isso é que se é verdade que na história do Brasil o povo sofreu muitas derrotas, é também verdade que a história brasileira é feita pelas conquistas do povo. Por isso, temos muito que comemorar”.
De São Paulo,
Priscila Lobregatte
Fotos: Marcos Slavov