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quarta-feira, 19 de março de 2025

Imagens e vídeos do ato MENOS JUROS, MAIS EMPREGOS, no Banco Central

Bancários mobilizados contra os juros altos 
18 de março de 2025



O Sindicato dos Bancários de Brasília esteve na manhã desta terça-feira, 18, ao lado de outras entidades no ato exigindo a redução das taxas de juros e pressionando a direção do Banco Central para que altere a política econômica que mantém os juros altos.

Participaram da mobilização, que também ocorreu em outras cidades e capitais brasileiras, mais de uma centena de pessoas, que se revezaram em falas denunciando a traição aos interesses do povo brasileiro e ao Brasil representada pelos juros altos, que poderão subir mais ainda na próxima reunião do Copom nesta quarta-feira (19).

“A taxa de juros do Brasil é a maior taxa do mundo e tem sacrificado o crescimento econômico e social, onerando a classe trabalhadora. Impacta em todas as áreas da vida do trabalhador. Por isso, defendemos redução já!”, defendeu Maria Gaia, diretora da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN).

Segundo o diretor do Sindicato Ronaldo Lustosa, “está sendo dada continuidade à mobilização para barrar os juros altos, que prejudicam o Brasil. Seguiremos em luta até a sua redução”.

Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT-DF, ressaltou que “a taxa de juros alta impede o crescimento do Brasil e onera o trabalhador. A CUT seguirá pressionando pela redução dos juros e defendendo o crescimento da economia”.

Para Afonso Magalhães, bancário aposentado do Banco Central e dirigente da CMP (Central dos Movimentos Populares), “o Banco Central está na contramão do governo brasileiro. Criam a narrativa de que o Brasil está crescendo muito e isso provoca inflação, esse é o discurso da Faria Lima, um dogma monetarista”.

José Wilson, diretor do Sindicato, destacou que “seguiremos lutando pela queda de juros, que têm penalizado os trabalhadores e beneficiado os ricos. Inclusive precisamos lembrar que é preciso derrubar a PEC 65/2023, que pretende dar mais poder ao mercado e banqueiros para definir a política do Banco Central”. Ele questiona: “para quem querem dar mais independência ao Banco Central?”

O diretor da Fetec-CUT/CN Edmilson Lacerda afirmou que “não dá para entender os dirigentes do Banco Central indicados pelo governo do presidente Lula não estarem contribuindo para o crescimento econômico do país ao manterem essa política de juros altos. Como explicar o Banco Central estar na contramão da política econômica do Governo Federal?”

Falácia da inflação pelo consumo

“O que faz a economia crescer é a demanda, o consumo aumenta a produção e os serviços, levando a ter juros mais baixos. Com isso, os empresários buscarão recursos para aumentar a produção e seus ganhos”, afirma Girolano Biando, também diretor da Fetec-CUT/CN. “É uma falácia o que a mídia faz ao dizer que a inflação cresce pelo consumo. A mídia trabalha contra os interesses do país e do povo brasileiro”.

Washington Henrique, dirigente da Fetec-CUT/CN, reforça que “estamos protestando em todo o Brasil pedindo juros baixos e uma maior atenção ao país. É preciso que parlamentares e o governo enfrentem a alta do dólar e as taxas altas que impedem que o Brasil cresça”.

Para Gleide Alves, diretora do Sindicato, “o crescimento das taxas de juros impede o crescimento da economia, das empresas, encarece o crédito, reduz o consumo e aumenta a desigualdade social”.

O presidente da CTB-DF, Flauzino Antunes, reforçou que “o momento exige unidade de todas as forças para conseguir mobilizar os trabalhadores e a sociedade em geral para reverter essa política econômica e retomar o crescimento do país”. Continuou afirmando que “o governo brasileiro precisa atuar para fazer o Banco Central voltar a servir aos interesses nacionais e estar integrado como parte do Estado. É preciso ampliar o Copom, incluindo setores populares e dos trabalhadores, tornando-o mais democrático”.

O presidente do Sintraf-Ride e diretor da Fetec-CUT/CN, Amarildo Carvalho, ressaltou que “é preciso parar de falar apenas para convertidos, temos que fazer trabalho de formação de base, do povo e das comunidades, ocupar novamente o espaço junto aos trabalhadores para fortalecer a luta, a política sindical”. “A solução está na mobilização do povo”, disse.

Para o diretor do Condsef Edson Cardoni, “é preciso lutar pela revogação das reformas trabalhistas, previdenciária e das terceirizações, explicando a todo o momento o que representa o papel do Banco Centreal aumentando as taxas de juros, assim como lutar para barrar a PEC 65/2023”.

O diretor do Sindicato Paulo Vinicius destacou que “o Banco Central precisa de uma lavagem para retirar definitivamente a política neoliberal que é imposta por sua direção”.

As mobilizações continuarão até se conseguir reverter essa política econômica tão danosa aos interesses nacionais e dos trabalhadores.

Pedro César Batista
Colaboração para o Seeb Brasília


 


 


 São Paulo


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