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Textos de Combate: Sem perder a ternura, jamais - Paulo Vinícius da Silva - à Venda
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quinta-feira, 13 de março de 2025
Polícia de Milei ataca aposentados, que resistem - Argentina
✊🏼✊🏼🇦🇷🇦🇷
— Rogério Tomaz Jr. (@rogeriotomazjr) March 13, 2025
10 mil policiais de Javier Milei e Patrícia Bullrich não valem uma senhora como esta no vídeo. A dignidade é irmã da coragem!#RenunciaBullrich pic.twitter.com/7dRSO5goKI
Os juros altos escravizam o Brasil - Paulo Vinícius da Silva
O dinheiro de quem não dá é o trabalho de quem não tem. Berimbau. Vinicius de Moraes
A luta contra os juros altos marca o Brasil desde o Plano Real, e não é à toa. A constituição do mercado da dívida pública foi o mecanismo principal que deu ao parasitismo do capital financeiro uma lucratividade semelhante, substituindo os lucros escandalosos obtidos pela hiperinflação, que era razão de instabilidade econômica, social e política. Ademais, o PSDB cunhou em FHC, ministro de Itamar, o título de “criador do Real que derrotou a inflação”, beneficiando-se do pavor na memória coletiva brasileira.
Desde 2003, o Brasil tenta desmontar essa bomba, não é uma tarefa fácil. Se vacilarmos, a direita dá o Golpe. Isso expressa a duradoura dominância do capital financeiro parasitário como topo da pirâmide de classes brasileira, que é o fundamento principal da ascensão política da extrema direita aqui e além.
Lembro, ainda quando era Diretor da UNE, da bandeira “Mudança da Política Macroeconômica” nas manifestações de 2003 a 2014. Certo, era uma palavra de ordem difícil, mas queria se opor ao “Tripé Macroeconômico” do Plano Real, intocado até agora, qual seja: Regime de Metas de Inflação, Câmbio Flutuante e Taxa SELIC. Desta última é que deriva o custo do crédito para pessoas físicas e jurídicas. Ora, para o indivíduo pode parecer muito melhor ter uma rentabilidade alta sem pregar um prego e com garantia do Tesouro, do que produzir o que quer que seja. Por isso dói nos parasitas, acreditem, o crescimento do emprego no Brasil, que atingiu patamares históricos sob Lula.
Quem produz, trabalha e consome - especialmente as pequenas e médias empresas e a classe trabalhadora - tem de pagar taxas de juros exorbitantes, em juros compostos, sob a forma de capitalização das tabelas PRICE e SAC. O Agronegócio tem o Plano Safra, não passa por isso, tem juros subsidiados, menores, para plantar monocultura e exportar commodities in natura. Assim, o Brasil tem financiado através dos bancos públicos a expansão do agronegócio, mesmo com as gritantes evidências do prejuízo ambiental e social que parte do setor promove.
O salário, se cresce, cresce pouco, já os juros das dívidas, crescem muito, especialmente se em caso de atraso. Não dá para alcançar. As medidas de redução do patamar dos juros - no cartão, por exemplo - são importantes, mas insuficientes diante da armadilha criada no Banco Central por seu Presidente anterior, Roberto Campos Neto,que fez tudo para deixar o dólar subir e os juros também. Há um bloco social gritando dia e noite a favor da manutenção e do aumento de juros. São poucos, mas detém imenso poder e emparedam o governo. A imprensa empresarial vive de renda no sistema financeiro.
Enquanto isso, adoecem os bancários da Caixa, do BB, BRB, BASA, BNB, BANPARÁ, BANRISUL, etc no ingrato ofício de ser pressionado a vender o crédito num patamar de juros altíssimo. Você acha que um bancário na China ou nos EUA empresta para seus clientes a taxas MENSAIS? Não, o juro é ANUAL. No Brasil, os juros são divulgados por mês para o cliente não dar um infarto na hora de fazer um empréstimo.
Por um lado, o sistema financeiro ganha sem fazer nada, especulando com o valor do dólar, ganhando um absurdo com títulos públicos. Por outro, o mesmo sistema financeiro impõe um patamar de juros tão alto, que surge uma nova servidão diante de dívidas que não param de crescer. Brasileiro é bom pagador, e sofre, e paga muito, e empobrece, e quebra.
A luta de classes permite ver, como disse Vinícius, que “O dinheiro de quem não dá é o trabalho de quem não tem”. São inseparáveis os ganhos históricos no setor financeiro com a escravidão por dívida promovida com as taxas É dívida que faz um motorista de aplicativo se submeter a um regime de 14 horas de trabalho diário. E é a SELIC tão elevada que depois se multiplica para virar as taxas de juros cobradas no crédito.
O sistema financeiro, desse modo, a classe dominante escravista brasileira: cruel, burra e infecunda, a viver do trabalho alheio. Quem ganha tanto com juros altos, especulação financeira sem riscos, com garantia e vantagens no imposto de renda só poderia odiar a Presidenta Dilma, quem baixou as taxas de juros. Foi esse crime perfeito que se radicalizou com o Golpe de 2016, com a Ponte Para o Futuro de Temer e o governo Bolsonaro. Virou a farra do boi. E caiu no colo do Lula.
Por isso, o grande acerto do programa de crédito consignado para trabalhadores da iniciativa privada, lançado pelo Presidente Lula. Ele, que denunciou tanto os juros altos, deu com a cara no muro formado pelo mercado financeiro, pela mídia empresarial e pela coalizão dos políticos a seu serviço. Não é menos verdade que sequer pôde Lula contar com os maiores bancos públicos, o BB e a Caixa. Os lucros demonstram, o patamar dos juros também, as metas mais ainda: o sistema gira sozinho como uma imensa bomba de sucção, retirando recursos da economia produtiva para esterilizá-los e pagar caro por isso, sem produzir um cibazol partido e desindustrializando o país. Nem os bancos públicos trabalham contra esse sistema.
Lula e Haddad acharam um jeito: se baixar o patamar de juros para os trabalhadores formais, é possível baixar de modo geral os juros. Também poderão fazer a portabilidade de dívidas com juros menores. Mas isso demonstra as mãos atadas, por um lado, e a persistência de Lula, por outro. Resta saber se os bancos públicos, especialmente a Caixa e o BB, cumprirão o que prometeram nos discursos do lançamento do programa de crédito consignado para trabalhadores formais. Lágrimas de crocodilo não me sensibilizam. Queremos saber o tamanho da redução do spread, antes de comemorar. Aí sim.

É nesse contexto que na terça-feira, 18/3/2025, realizam as centrais sindicais atos públicos nas sedes do BACEN em Brasília e São Paulo às 10h (por enquanto). Se você deve, você é nosso convidado(a). As centrais também discutem o desafio de unificar o Primeiro de Maio. Se o Banco Central ajudar na redução da taxa SELIC, ajudará imensamente o Brasil, mas essa é uma batalha a ser vencida nas redes e nas ruas, uma das páginas mais importantes da construção da Frente Popular no seio da Frente Ampla. Essa é uma clivagem importante. Na Frente Ampla couberam inclusive os neoliberais. Só a união dos que trabalham e produzem pode libertar o Brasil da especulação parasitária e destrutiva, da nova escravidão por dívida e da burrice capitalista que ameaça a vida na Terra. Vencer o neoliberalismo é fundamental para libertar as imensas potencialidades da Nação Brasileira e deve ser o elemento de coesão das parcelas mais avançadas na Frente Ampla.
quarta-feira, 12 de março de 2025
Giro Sindical debate os JUROS ALTOS - Paulo Vinícius da Silva é o entrevistado, 6a feira, 11h no Youtube
Nesta sexta-feira, a partir das 11 horas: https://www.youtube.com/watch?v=aFerdIDS2xs
CTB Bancários: A luta contra os juros é a luta pelo desenvolvimento do Brasil
No episódio desta sexta-feira (14) do Giro Sindical, produzido pela Agência Metamorfose Comunicação, recebemos Paulo Vinicius, Diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília e da CTB Bancários, para discutir a luta da categoria contra os juros abusivos e como essa batalha está diretamente ligada ao desenvolvimento do Brasil.
Nesta sexta-feira, 14 de março, das 11h às 11h30, Paulo Vinicius da Silva explica como os altos juros impactam não apenas os trabalhadores, mas toda a economia do país, dificultando o acesso ao crédito, o crescimento das empresas e a geração de empregos.
Ele também aborda as ações do sindicato e da CTB Bancários para pressionar por políticas que garantam juros mais justos e um sistema financeiro mais equilibrado.
Sindicato dos Bancários de Brasília celebra sábado, 15/3 o Festival Viva Mulher
O Sindicato dos Bancários de Brasília promove sábado, 15 de março, o Festival de Música Viva Mulher para celebrar o protagonismo feminino e reforçar a luta por igualdade de direitos. A programação reúne shows, feira de artesanato e gastronomia. O festival promete ser um grande encontro de cultura, arte e resistência feminista.
A festa inicia às 12h30 e segue até as 21h30, no Sindicato dos Bancários de Brasília (EQS 314/315) https://bancariosdf.com.br/portal/sindicato-celebra-o-mes-da-mulher-com-o-festival-de-musica-viva-mulher-no-dia-15/
Nota de Esclarecimento do PCdoB sobre os explosivos em Pinheiros
O Diretório Estadual do PCdoB SP vem a público esclarecer, de forma categórica, que não tem qualquer envolvimento com os artefatos explosivos que foram colocados na estação Pinheiros, tampouco com a carta supostamente assinada por nossa organização. Trata-se de uma grave e irresponsável provocação, cujo objetivo é atacar o PCdoB e confundir a opinião pública.
Estamos tomando todas as medidas jurídicas cabíveis para apurar as responsabilidades por esse ato criminoso e identificar os verdadeiros autores dessa provocação.
*12 de março de 2025*
Diretório Estadual do PCdoB SP
https://www.instagram.com/p/DHGbhJSOAMu/?igsh=cWlrZ2c0Y3l4ZWsw
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Andei em busca da Cifra da Internacional, o hino mundial dos trabalhadores e trabalhadoras e não achei opções, excetuando-se a versão d...
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Baixe aqui a Apresentação de Paulo Vinícius da Silva - Concepções Sindicais e Sindicalismo Classista - Seminário Nordeste CTB Bancários
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A campanha nacional dos bancários termina com gosto amargo. Especialmente no BB, a revolta com a falta de ganho real significativo é imens...