Conjuntura internacional, com homenagem ao Manifesto Comunista e à Refundação do PCdoB em 18 de fevereiro de 1962
https://www.youtube.com/live/kemdXxzuQmc?si=hg2yiZGjC3eDOPf1
José Reinaldo comenta a cúpula de Riad entre EUA e Rússia
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Conjuntura internacional, com homenagem ao Manifesto Comunista e à Refundação do PCdoB em 18 de fevereiro de 1962
https://www.youtube.com/live/kemdXxzuQmc?si=hg2yiZGjC3eDOPf1
José Reinaldo comenta a cúpula de Riad entre EUA e Rússia
!!HASTA SIEMPRE COMPAÑERO Y AMIGO JACOBO TORRES LEON!!
Secretario de Relaciones Internacionales de la Centra Bolivariana Socialista de Trabajadores de la Ciudad el Campo y la Pesca -CBSTCCP-de VENEZUELA
sorpresivamente ha tomado la ruta sin retorno, no tuvo tiempo de despedirse de sus compañeros de lucha, a la familia del movimiento sindical latinoamericano e internacional. Mis sentidas condolencias a su familia y a la central sindical CBSTCCP.
Con Jacobo desarrollamos las vinculaciones y coordinaciones de los sindicatos bolivarianos y la Federación Sindical Mundial- FSM- en condiciones complejas fue un proceso muchas veces discrepamos pero se fueron superando; hoy en día las principales organizaciones sindícales estratégicas son afiliadas a la FSM.
Con Jacobo si bien discrepábamos en varios aspectos pero nos unía que ambos éramos antiimperialistas, la FSM apoyó y apoya el proceso imiciada por el comandante antiimperialista Hugo Chávez Frías
Valoro los aciertos, la trayectoria y los aportes de Jacobo Torres le decíamos el Canciller sus errores juzgara la historia a eso nos sometemos los dirigentes sindicales.
Lo recordaré siempre a Jacobo con el aprecio y respeto que ambos nos teníamos.
Estoy seguro nos volveremos encontrar no se donde pero nos encontraremos
DESCANSA EN PAZ JACOBO
Tu amigo
Valentín Pacho
Ex secretario general adjunto de la Federación Sindical Mindial - FSM
Publicado em 19/02/2017
José Reinaldo Carvalho: Conferência de 1962: vitória da luta contra o oportunismo de direita
“Numa noite muito fria, o jovem preso tentava dormir quando sentiu algo e, discretamente, abriu os olhos. Era Arruda que, silenciosamente, o tinha coberto com seu único cobertor. Nada de estranho se aquele garoto não fosse um militante da Ala Vermelha, um racha do PCdoB. O nome dele era Alípio Freire.” Diógenes Arruda: o guerreiro sem repouso (2) - Diógenes Arruda: O guerreiro sem repouso (2) - Vermelho
Como o governo Lula e o Brasil poderão sobreviver a essa tempestade perfeita? Certamente, muito cabe ao próprio governo e a Lula, mas não apenas. Há que turbinar a Frente Ampla e construir em seu seio uma sólida e sincera aliança de todos que sabemos o que está em jogo: o Brasil, a Democracia, os direitos do povo. É preciso unidade e ação para retomar a iniciativa política.
O desenlace dessa encruzilhada histórica depende de inserir na batalha as nossas forças e potencialidades, para romper o cerco, recuperar a iniciativa política, forjando uma unidade sólida e não meramente eleitoral. Trata-se de nos reconhecermos. Se está contra o fascismo, já é bom. Mas se for uma pessoa boa, de esquerda, solidária, então temos de nos encontrar, fortalecer, para atuar contra a extrema direita e defender o Brasil e até a nós mesmos. Ninguém soltar a mão de ninguém faz mais sentido que nunca. Não adianta fugir para as montanhas. Se perdemos esses caras vêm babando atrás de nós. Aqui não pode ter derrotismo, tem de ter vitória, ir pra cima!
É preciso baixar o batente para o povo conseguir participar, e apostar na renovação, na juventude, nas mulheres, na luta antirracista como parte da classe trabalhadora precarizada e desorganizada. A desconstrução dos laços de trabalho pela precarização, a deforma trabalhista e o trabalho em plataformas, mudaram as relações sociais entre os trabalhadores. A COVID marcou as famílias, comprometeu os negócios, ceifou centenas de milhares de vidas e levou à perda de renda e trabalho. Os laços básicos que uniam grande parte dos trabalhadores aos sindicatos - o vínculo trabalhista, a filiação e a contribuição sindical - acabaram. E só em poucos casos houve alguma ação de organização sindical ou assistencial a esses trabalhadores. É um golpe terrível na perspectiva da organização coletiva. O que temos para oferecer em troca disso? Em que lugares estamos nos reunindo para construir a luta?
Reconstruir o Brasil passa por apostar no trabalho com direitos e na educação, e ambas as coisas dependem de tempo. Nesse quesito, o governo mostra resultados inquestionáveis, e há uma guerra no sentido de ocultar os fatos. Mas, destaco, mesmo com alta no preço dos alimentos, o nível da atividade econômica impede, na prática, a tragédia social do Bolsonarismo. A insegurança alimentar severa decresceu em 85% em 2023, com 8,7 milhões de pessoas deixando a extrema pobreza no mesmo período.O Brasil atingiu recordes de empregos formais em 2024, e o desemprego recuou para 6,2% em outubro de 2024. A persistir esse crescimento do emprego e da recuperação da renda e a diminuição da fome no país, teremos uma melhora substancial na vida do povo. A direita sabota a economia para impedir o crescimento do emprego formal que o governo Lula bombou.
O fato de as organizações políticas e sindicais e boa parte do movimento social estarmos pouco capacitados para a solidariedade concreta, abriu o campo para o protagonismo de outros atores - e de uma nova geração, que não encontrou espaço nos nossos movimentos. É preciso ter espaços de solidariedade, além dos espaços políticos. Mesmo um olhar superficial, mas atento, permite notar a presença de organizações não governamentais, igrejas, coletivos, parte dos movimentos sociais, alguns sindicatos, o MST, que aprofundaram práticas de distribuição de cestas básicas, trabalho comunitário, zeladoria, incubadoras, microcrédito comunitário, hortas e cozinhas comunitárias, produção de alimentos, a economia solidária, os bazares comunitários, as vaquinhas, rifas, a promoção de acesso às políticas públicas, políticas afirmativas, atividade cultural regular nas periferias, apoio às pessoas em adiccão e situação de rua, apoio às pessoas no sistema prisional. É preciso aprender com eles. Mas existem esses encontros que permitam o diálogo, o aprendizado, a ação comum?
Por outro lado, a retomada do emprego formal para milhões de trabalhadores e trabalhadoras é uma oportunidade para um grande movimento de organização sindical de base e nas redes, colocando à prova nossa condição de vanguarda. Dirigir-se ao povo, tornar o sindicato uma central de lutas na região, lutar contra o cupulismo, o burocratismo, a pirâmide invertida, combater a autonomização dos representantes face aos representados. Afirmar os valores, as boas práticas com as ferramentas atuais, com o foco de organizar o povo. E com o emprego formal em crescimento, a incoerência da Deforma Trabalhista virá à luz, se lutarmos com a classe em busca de seus direitos. O debate sobre a organização do precariado e da juventude deveria ocupar um lugar central no debate sindical atual.
É uma realidade muito mais sinistra a que foi instituída após o Golpe de 2016, a COVID e Bolsonaro, tragédias demais para um período tão curto.. Para não sermos derrotados, é preciso sentir o custo do retrocesso em vidas, sonhos, em uma geração e no futuro da Nação brasileira. Temos de mudar tudo que deve ser mudado, como disse o Fidel. Há ainda uma distância imensa entre nós, desde a COVID, e a proximidade é mediada por máquinas, e agora, somos instados a nos relacionar com as máquinas. No final, como única “saída”, sobrou um smartphone e os aplicativos que se conectam com a nossa alma, e a lêem, e dizem-nos como ser, sutilmente, prevendo nosso comportamento, moldando-o, balanceando jatos de dopamina e serotonina, dando nexos ao desfazimento dos laços de solidariedade do trabalho, dispersos e controlados, agora, pelo big data, pelas big techs e pelos 1% mais ricos.
É fundamental a Ciência e a tecnologia se unir na juventude brasileira para criarmos nossas plataformas digitais brasileiras para o emprego com direitos e a sociabilidade. Certamente, devemos priorizar a qualidade da comunicação, mas também é preciso combater a visão deslumbrada do usuário diante da tecnologia ou do vício. É preciso proximidade para separar a verdade da mentira, pois as redes não são nossas, mas o povo é. Ao processo de mudança do trabalho e retirada dos direitos que destroi a solidariedade e a consciência de classe, é preciso opor a recuperação econômica e o trabalho com direitos, mas não apenas.É insuficiente o nosso enraizamento junto ao povo, é preciso enxergar os seus desafios para disputá-lo. É muito mais que contar com um bom governo ou melhorar o PIB, mas recuperar a confiança de uma classe trabalhadora muito judiada e descrente. Essa é uma tarefa que exige um amplo chamado à renovação e à luta.
Fica a reflexão de Paulo Freire: “É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.” Há muitas distâncias a superar, dentre elas, a artificial separação entre todos os que lutamos verdadeiramente pelo Brasil, pelos Direitos do Povo e pela Democracia. O presente é tão grande, não nos afastemos. O fim dessa distância entre nós é o que chamo de Frente Popular.
* Carlos Drummond de Andrade Mãos dadas https://www.jornaldepoesia.jor.br/drumm3.html#maos
I - A PREVI https://www.previ.com.br/portal-previ/a-previ/estrutura-organizacional/
II - Prestação de contas
Informações para os Participantes
https://www.previ.com.br/portal-previ/prestacao-de-contas/informacoes-para-os-participantes/relatorios/
III - Relatórios
https://www.previ.com.br/portal-previ/prestacao-de-contas/informacoes-para-os-participantes/relatorios/
IV - Enfrentando o debate
Previ se posiciona: https://www.previ.com.br/portal-previ/fique-por-dentro/noticias/previ-se-posiciona-sobre-noticias-de-auditoria-do-tcu.htm
Coube à matemática dar resposta ao preconceito
https://coletivizando.blogspot.com/2025/02/previ-coube-matematica-dar-resposta-ao.html
PREVIC - Nota à imprensa com informações sobre a fiscalização realizada na PREVI-BB https://www.gov.br/previc/pt-br/noticias/nota-a-imprensa-com-informacoes-sobre-a-fiscalizacao-realizada-na-previ-bb
Nota de esclarecimento sobre os fatos envolvendo o TCU na auditoria à Previ https://contrafcut.com.br/noticias/nota-de-esclarecimento-sobre-os-fatos-envolvendo-o-tcu-na-auditoria-a-previ/
TCU abre auditoria para investigar suposto prejuízo na Previ https://www.cartacapital.com.br/justica/tcu-abre-auditoria-para-investigar-suposto-prejuizo-na-previ/
A postura curiosa do TCU com a Previ, por Luís Nassif - O estratagema: ministro analisou o comportamento do fundo em um período específico e constatou um prejuízo… naquele período.
https://jornalggn.com.br/coluna-economica/a-postura-curiosa-do-tcu-com-a-previ-por-luis-nassif/
Os bambuzais de Brasília e a volta do arco conservador, por Luís Nassif
https://jornalggn.com.br/coluna-economica/a-volta-do-arco-conservador-judicial-da-lava-jato-por-luis-nassif/
A ação aberta pelo TCU contra a Previ - o fundo de pensão dos funcionários do BB - é tão extravagante que suscitou desconfianças imediatas.
A guerra econômica e a luta política - Paulo Vinícius da Silva https://coletivizando.blogspot.com/2025/02/a-guerra-economica-e-luta-politica.html?m=1
Neste triste episódio de ataques à reputação da PREVI, impulsionado por alguns líderes da política interna e externa ao nosso ambiente, fios condutores do quanto pior melhor, ironicamente, a matemática se encarregou de dar uma resposta ao preconceito.
Tudo isso ocorreu em um ano em que os associados do Plano 1 têm motivos para comemorar uma melhora nos fundamentos de segurança e liquidez, evidenciada por uma carteira de investimentos com menor exposição a risco e melhores retornos futuros; e os colegas do PREVI Futuro têm razões ainda maiores para celebrar a vitória na luta pelo fim das regras que obrigavam a marcação a mercado na maior parte dos títulos em carteira, o que influenciará no saldo da sua reserva e no benefício de aposentadoria, para aqueles ainda na ativa.
*O preconceito contra um representante sindical dirigindo o Fundo, presente em parte da sociedade, foi confrontado depois que técnicos e especialistas em finanças não encontraram justificativas para o rendimento da renda fixa — investimentos que representam cerca de 70% dos planos — ter ficado abaixo do CDI e da poupança, o que se explica pela influência das regras de marcação a mercado.*
Primeiro, é preciso ter a compreensão de que planos previdenciários com perfil BD e CV possuem investimentos em renda fixa não indexados ao CDI, mas atrelados a papéis defensivos contra a inflação (NTNBs), num paradigma que se propõe a preservar os salários da fase laboral. Segundo, porque a marcação a mercado de títulos de fundos de pensão é uma matéria controvertida no mundo, pois apesar de ser uma regra de transparência transforma uma renda fixa em variável. Terceiro, porque não se administra um Fundo de Pensão nos moldes de uma carteira de pessoa física, que permite migrar aplicações num curto prazo.
A marcação a mercado significa que, todos os dias, o fundo verifica o preço desse título no mercado (quanto outros investidores estão dispostos a pagar por ele) e ajusta seu valor no balanço para refletir esse preço atual. Por exemplo, se o título foi inicialmente comprado por R$ 1.000, mas, devido a uma mudança nas condições do mercado, passa a ser negociado por R$ 950, o fundo ajusta o valor desse título no seu balanço para R$ 950. Esse ajuste é feito para garantir que o fundo sempre tenha uma visão atualizada e precisa de quanto realmente possui.
Nesse cenário, o efeito da marcação a mercado tanto na rentabilidade quanto no saldo é "meramente gerencial", pois não resulta em uma realização efetiva de lucro ou perda. O valor do título marcado a mercado reflete as flutuações do mercado, mas o fundo só realizará esses ganhos ou perdas se decidir vender os papéis antes do vencimento. Esse não é o caso da PREVI, cujas premissas de caixa asseguram a ausência de necessidade de desfazimento dos títulos antes do prazo.
Um espectro ronda a América Latina, o espectro do golpismo. Com mais provas que as páginas da Bíblia Etíope, Bolsonaro tem passaporte carimbado para uma prisão em sala de estado maior, longe dos maus tratos e sevícias a que seu ídolo Brilhante Ustra reservava às suas vítimas, muitas ainda insepultas. É uma conquista democrática do Brasil a prisão em condições normais para Bolsonaro, assegurar-lhe os direitos humanos negados em inúmeras prisões em todo o Brasil. A despeito do júbilo, isso não soluciona nossos problemas. O céu é de ventos e trovoadas, e há que ser bom navegador e ter boa embarcação para ultrapassar as tempestades que a volta de Trump prometem.
Eles promovem a sabotagem econômica aberta desde abril de 2023, com resolutos movimentos especulativos contra o Brasil e o governo Lula. Em conluio, deram-se dicas valiosas para o "mercado" amigo: a) No dólar não se mexe, deixa subir, foi uma delas; b) Se a instabilidade aumentar, podemos reduzir o ritmo da queda dos juros, foi a outra. Desde então, o Real sofre com a especulação face ao dólar e os juros sobem. Para que? Para diminuir o crescimento do emprego, para ampliar o preço dos alimentos e limitar a distribuição de renda.
Seleção das notícias: Socióloga Paula Reisdorf. Dieese - Bancários DF
Os especuladores aumentam os juros por trás dos empréstimos e da produção, aumentam o preço do dólar que afeta vários produtos, mas dizem que o mal é o crescimento do emprego. Amigos da onça, os governadores aumentam unilateralmente o ICMS que incide sobre a gasolina, e a culpa fica para o governo federal. a guerra econômica, as sanções e a guerra comercial são ferramentas preferenciais para judiar da população e voltá-la para derrubar o governo. Agora, vemos isso no Brasil.
Isso é um jogo do tigrinho ampliado, o jogo da democracia burguesa cercada pelo fascismo, pelo poder absoluto dos ricos contra os trabalhadores e trabalhadoras. Pode-se até jogar bem, mas o game over é certo. É preciso mudar o jogo.
A democracia neoliberal representativa já tinha sido expurgada da participação popular. Sucessivos poderes entraram para impedir o exercício da soberania popular. A independência do BACEN, o orçamento impositivo ou não e, agora, as bigtechs. O povo precisa entrar no jogo.
A unificação da comunicação sob a liderança de lula é parte importante da batalha, mas há muito o que fazer no sentido de organizar o povo, e é para isso que serve uma frente popular. A liderança de Lula ultrapassa seu governo e o PT, é fruto das mais profundas e titânicas forças do povo brasileiro, mas o povo que subiu a rampa precisa agir politicamente para fazer cumprir o seu programa, para desmascarar as tramas golpistas que não cessaram em 8/1/2023 e não cessarão até a prisão de Jair Bolsonaro e sua familícia. É uma tarefa maior que qualquer partido, é preciso construir a unidade capaz de a cumprir.
Urge organizar nas comunidades, escolas, nas ruas e nas redes, a dispersa militância progressista e de esquerda, a vanguarda no seio da Frente Ampla que se ensaiou, mas que não se consolidou, ainda. É preciso baixar o degrau para o povo poder ampliar sua participação política.
Ao contrário, empareda-se o presidente Lula. Os aumentos artificiais absurdos de preços, a sabotagem do orçamento do governo, a voracidade dos especuladores, as mentiras da mídia prometem fortes emoções ao longo desse semestre que verá os procedimentos judiciais definidores do destino de Bolsonaro. Até lá, não haverá descanso, muito ao contrário, será justiça de um lado e pedido de anistia de outro. Quem comandará as ruas e as redes?
Também o povo deve se unir e mobilizar. Tradicionalmente, o carnaval, 8 de Março, o 28 de Março e o Primeiro de Maio dão o tom do nosso povo, quando é para a luta crescer. O carnaval abre os caminhos das mais deliciosas manifestações das multidões em festa, e sempre teve conteúdo político. O 8 de Março é a força da maioria das pessoas, as mulheres, por sua vida e dignidade, luta de gerações e fortes tradições socialistas. O 28 de março marca o dia do assassinato do estudante secundarista Edson Luís de Lima e Souto, de Belém do Pará, aos 14 anos, no restaurante Calabouço, no Rio, em 1968, é uma data lembrada até hoje em manifestações estudantis, maiores até que o Dia do Estudante, aniversário da UNE, 11 de Agosto.
Há uma grande expectativa esse ano sobre o Primeiro de Maio, Dia Internacional da Classe Trabalhadora. As centrais sindicais devem uma jornada de desagravo aos trabalhadores face ao golpismo, um ato à altura de São Paulo e por todo o Brasil. Por sua natureza estratégica, Brasília necessita de um Primeiro de Maio unificado e que abranja todo o Distrito Federal. Nesse roteiro do primeiro semestre poderemos, na luta, avançar com povo nas ruas e ações organizadas, uma só voz para defender o desenvolvimento e a democracia e exorcizar o golpismo.
Parte da campanha do imperialismo estadunidense passa por demonizar as lideranças que questionam a sua hegemonia. O cancelamento e a cacofonia que não permitam saber quem são esses líderes, nem o que dizem, o apoio que conquistaram de milhões de pessoas organizadas, enfrentando a guerra híbrida e a guerra aberta.
Tal como Lula, Maduro foi alvo de uma campanha de demonização e infâmias, inclusive com o desdém e o desprezo pela capacidade intelectual desses líderes de extração proletária. Afinal, Maduro era um motorista de ônibus. Lula era um torneiro mecânico. O pobre e o trabalhador não teriam como pensar. Maduro fala por si, é preciso ouvi-lo.
Afinal, a regra de ouro da mídia empresarial hegemônica é jamais escutar esses(as) líderes. Aqui se aplicam com requintes de crueldade os princípios da propaganda nazista que se fixaram na figura de Goebbels. Maduro é alvo de uma campanha orquestrada que o reduz e simplifica, colocando-o como inimigo. Transpõem-se todos os males para a sua exclusiva responsabilidade, com o fito de tirar o líder e dispersar o povo. Para isso, ele é desfigurado, seus traços são exagerados para impedir a empatia e o reconhecimento do outro. Silenciá-lo, torná-lo odioso, impedir que o vejamos e escutemos. Vulgarizar a pessoa e tudo o que diz, o mesmo tempo que lhe atribui poderes mágicos de supermanipulação. Avoca-se um suposto consenso universal com as mesmas fontes, e oculta-se qualquer progresso, qualquer notícia positiva.
É preciso reconhecer que o bloqueio informativo contra a Venezuela é uma pista valiosa de que eles podem estar vencendo. Mais que pedir atas, deve preocupar ao Lula e ao Brasil como os estadunidenses e a oposição de extrema direita inviabilizaram em grande medida a eleição na Venezuela, pois é esse o risco que corremos em 2022 e novamente correremos em 2026. Tentaram melar as eleições e perderam no plano interno, o essencial. Precisamos saber por nós mesmos como enfrentar esse tipo de golpe. Os venezuelanos são donos de seu destino, e enfrentam vencendo inimigos que nos derrotaram mais de uma vez. Deveríamos aprender mais com eles.
Por tudo isso, é didática a entrevista do impávido Breno Altman a Nicolás Maduro.
Paulo Vinícius da Silva