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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Hoje às 18h00, no Beijódromo da UnB, Manuela D'Ávila lança Revolução Laura

Do Portal Vermelho - Manuela d’Ávila lançará seu livro em Brasília dia 23





Depois de passar por cidades como São Paulo, Campinas e Porto Alegre, ela lança a obra na capital federal.

A sessão de autógrafos ocorrerá no próximo dia 23 de maio, às 18h, no Memorial Darcy Ribeiro, também conhecido como Beijódromo da Universidade de Brasília (UnB).

No livro, Manuela conta as experiências da maternidade, com o nascimento da filha Laura, inclusive os desafios da maternidade durante o último pleito.
Vejam o que diz o jornalista André Cintra, também no Portal Vermelho, que nos esclarece porque ler Revolução Laura:
Um furacão que não tardou a se revelar. Laura nasceu em 27 de agosto de 2015, nove dias depois de Manu completar 34 anos. O pai, o músico Duca Leindecker, tinha uma agenda de shows programados. Na medida do possível, Manu procurou acompanhar o marido, levando a filha recém-nascida. Em outubro, quando Laura tinha menos de dois meses de vida e estava num show do pai, uma mulher começou, do nada, a xingar Manuela e atacar a bebê, que estava num sling.

A cena foi tão rápida quanto desconcertante. “Eu nem tive tempo para reagir. Quando percebi ela [a mulher] já estava longe. Não lembro direito de nada”, registra Manu, no início do livro. “Esta agressão, por mais contraditória que possa parecer, mudou o rumo de nossas vidas. Ali decidi que ia carregá-la mais comigo, protegê-la mais.”

Desde então, as aparições públicas de Laura ficaram, de fato, frequentes. Numa delas, Manu foi fotografada enquanto amamentava em meio à sessão de uma comissão parlamentar da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A foto viralizou nas redes sociais e foi alvo de um sem-número de comentários machistas – mas também de uma onda de solidariedade. Aos poucos, Manu foi descobrindo os tabus de um tema que, em tese, deveria ser o mais natural possível, de tão corriqueiro.

“Levar Laura comigo tornou-se, sem que eu percebesse, uma forma de resistência à política que desumaniza”, resume Manu. Nas eleições municipais de 2016, embora a então deputada estadual do PCdoB não fosse candidata a nenhum cargo, mãe e filha foram juntas a diversas atividades de campanha pelo interior gaúcho – “Quaraí, Begé, Cruz Alta, Rio Grande, Pelotas, Erechim”. Foi o prenúncio da pré-campanha e da campanha presidencial de 2018, quando Laura foi companhia da mãe em nada menos que 19 estados – a começar pelo Pará.

Revolução Laura é um livro que emana afeto e comove em meio a tantas reflexões – o que poderia soar como um estímulo a que toda e qualquer mulher seja mãe. Para evitar generalizações e ruídos, Manu é direta: “Eu ouvi dizer que levar a Laura comigo para atividades públicas significa reivindicar a maternidade. Reivindicar a maternidade no mau sentido, naquele que diz que só existimos sendo mães ou, melhor dizendo, que estaria fazendo apologia à maternidade. Eu nunca o fiz. Sempre deixei claro o conjunto de privilégios que marcam minha decisão de engravidar e de me tornar mãe e minha militância para que deixem de ser privilégios".

Mais do que uma obra autobiográfica, Revolução Laura é um livro-testemunho, talvez um livro-blog, permeado de divagações e citações. A sem-cerimônia é uma marca dos comentários de Manu. Embora goste da vida de mãe, a autora faz igualmente questão de intitular certos capítulos de seu livro sem floreamento nenhum: “Mar de rosas não existe”, “Contos de fada machucam”, “Como eu também sou machista” e por aí vai. Não se trata – ainda bem – de literatura de autoajuda.

O mais importante do relato é que, diante do preconceito e da dor, ambos onipresentes, Manuela pode até chorar, mas jamais desmorona. A maternidade fortaleceu a mulher, a ativista e a política. Deu-lhe mais dimensão, coragem e envergadura. Tanto que, no prefácio do livro, a amiga Marcia Tiburi faz uma confissão a Manu: “Eu te conheço melhor a partir do momento em que há Laura em tua vida”.

Vale a pena encarar o livro por tais méritos e também pelas singularidades desta mãe e desta filha em particular. De resto, a linguagem informal, o projeto gráfico leve e baseado em duas cores (o laranja e o azul), a imensa quantidade de fotos, tudo isso torna a leitura mais acessível aos jovens – o público mais afim à trajetória de Manuela D’Ávila. Não deixe de ler Revolução Laura.

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