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quinta-feira, 30 de maio de 2019

CRISE NA CONFIANÇA - Cláudio Nascimento - Pres. do Conselho de Usuários da CASSI DF


Eis a questão.

CRISE NA CONFIANÇA

Todo processo de negociações pressupõe confiança entre as partes e nas tratativas que realizam.

Em 2018 vivenciamos a proposta de alterações do Estatuto Social - construída pela Cassi sem participação de Entidades – a qual visava introduzir modalidade de custeio com pagamento por dependentes como nova fonte de recursos para o Plano Associados. Dentre outras mudanças, atribuía ainda voto diferenciado ao representante do Patrocinador indicado como Diretor Presidente.

Submetida à consulta do Corpo Social foi rejeitada por aproximados 70% dos associados votantes.

Passo subseqüente, as Entidades Representativas buscaram a reabertura da Mesa Negocial com o Patrocinador – suspensa por iniciativa do Banco desde maio – em bases propositivas, técnica e atuarialmente viável.

Para tanto construíram proposta de consenso com a participação direta da governança da Cassi, devidamente encaminhada ao Banco e protocolizada como de praxe.

As Entidades momento algum reportaram notícias do exame ou de decisão proferida a respeito.

E onde fica a confiança que todos, especialmente os aposentados de boa cepa – hoje tidos como pós laborais – dedicaram ao Banco e às suas lideranças organizadas em associações e estruturas sindicais?

Sob novas perspectivas e rumos para o pais e sua economia, empresas estatais, o Banco e todas as áreas sob sua influência, iniciamos o ano com a pretendida retomada da Mesa Negocial sobre a Cassi.

Cenários nada promissores fundados nos sucessivos déficits dos últimos anos, foram avaliados em exaustivo esforço das partes, ainda que sob a ótica da proposta denegada em 2018. No horizonte mais próximo, a possibilidade de alguma forma de intervenção da ANS motivou os esforços de todos.

Surpreende no entanto o fato de que os fundamentos da nova proposta submetida ao Corpo Social vieram reiterar em sua essência os conceitos mais severamente rejeitados na consulta de 2018.

Louvem-se os esforços na redução do escopo do Voto de Qualidade e no abandono da lógica de mercado expressa pelo VRD e a re-incorporação do indicador de variação de salários e benefícios.

Colher o ensejo, velho chavão, para ampliar o alcance das alterações estatutárias e impor uma série de ajustes redacionais contribui para que aos olhos dos associados acenda-se um sem número de luzes amarelas, atenção! Como só os paranóicos sobrevivem, uma ameaça a cada esquina, cachorros mordidos por cobra, toda cautela ainda é pouca.

Mais uma vez a confiança volta a ser decisiva para escolha, SIM ou NÃO.

Se em 2018 estranhou-se a interrupção da Mesa e a estratégia de comunicação adotada pelo Patrocinador, desta feita, o súbito e pouco explicado reposicionamento de entidades e lideranças histórias, reforçou a necessária atenção e a busca por novos interlocutores.

Ao olhar dos participantes, na dúvida sobre esquadrinhar os “aperfeiçoamentos”, analisar possíveis “pegadinhas”, entregar novos poderes à representação patronal – insignificantes para alguns, desnecessários para muitos – antecipar a quebra da proporcionalidade no custeio do Plano Associados, mais simples, talvez a menor incerteza, tenha sido manter-se amparado pelo Estatuto Social vigente.

Tudo lhes pareceu estranho: de Entidades que prontamente saíram em defesa da Proposta Final, da forma como consolidaram o posicionamento junto às respectivas bases e instâncias de representação, dos feitos e declarações de autoridades disseminados pela imprensa quanto a empresas estatais, do papel institucional da ANS e das possibilidades de intervenção.

Estado de Direito e Ato Jurídico Perfeito, Estatuto Social, tudo a ver. Daí o NÃO.

E no amanhã como na música ou na novela, de volta ao começo, com toda a urgência que nossa Cassi merece.

Representados, sindicalizados ou não, associados ou não, participantes de grupos de discussão, o amanhã é o dia de agir, de chamar a discussão, a elucidação, o esclarecimento, o dia de encaminhar novos subsídios, novas tarefas às Entidades Representativas, o dia de prestar todo o apoio à retomada da Mesa Negocial com o Patrocinador, dia de buscar maior transparência e participação do Corpo Social.

Dia das representações acolherem em suas bases as angústias, dúvidas, sugestões e, muito especialmente, os novos olhares que se debruçaram neste escasso tempo disponível sobre nosso bem precioso, a Cassi.

A urgência no hoje é restabelecer a Confiança, maiúscula, no futuro das negociações envolvendo Entidades, Cassi, Patrocinador, ANS. Temos um Patrimônio, uma forma de cuidar Saúde, tradição e pioneirismo, movidos pelo princípio fundamental da Solidariedade. Temos um Estatuto Social forte, hígido. E temos uma crise de sustentabilidade a gerenciar.

O que não temos é tempo a perder.

Claudio Alberto F. do Nascimento Coordenador Conselho de Usuários DF

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