- O fim da ultratividade cria uma situação de greve não conhecida pela categoria, será uma greve sem a garantia dos direitos que expiram em 31 de agosto. Aumenta, portanto, imensamente o poder de retaliar o movimento grevista. Exemplos disso são a demissão coletiva e a ausência do sindicato nas rescisões a que se somam à quitação de direitos trabalhistas e ao paralelismo sindical. Há também a terceirização irrestrita e o conservadorismo reinante no judiciário como obstáculos e riscos que a categoria precisa assumir numa greve;
- também as novas tecnologias de trabalho bancário colocam novas questões para a greve quanto à duração, à forma (tempo determinado ou indeterminado, parcial, por banco, operação tartaruga, piquete, piquete tecnologico etc);
- O acordo frustra as principais consequências da Reforma Trabalhista: Garante os direitos, garante o aumento real e, principalmente: garante a negociação coletiva, a representação e a estrutura sindical;
- Há um ataque de direita e reacionário ao sindicato, que deixa os bancários mais vulneráveis diante dos bancos;
- O voto contra o acordo na situação atual fragiliza totalmente a capacidade de o sindicato negociar pela totalidade da categoria (filiados e não, hiper e hiposuficientes, de todos os bancos), a totalidade dos direitos, assim como o apoio da categoria a uma mobilização;
- o acordo é feito por dezenas de entidades, Brasília é uma delas. Fora da mesa, precisaremos de uma mobilização sem precedentes, desprotegidos e sob uma situação de divisão que será explorada pelos banqueiros;
- o acordo é feito de múltiplas negociações. O Supremo definiu como processo que permita estabelecer alternativa ao imposto sindical a implantação de taxa negocial nos marcos do acordo coletivo. A taxa negocial NÃO FOI COBRADA NOS ÚLTIMOS 5 ANOS PELO SINDICATO. A proposta foi aprovada na Praça do Cebolão, e o percentual apenas no último semana. Mas desde julho a proposta está divulgada no site e foi debatida publicamente. Havia sindicatos que propunham taxas maiores por terem perdas maiores e foi Brasília quem defendeu a menor proposta. A decisão de 1,5% sequer cobrirá a situação atual e já implica ajuste e otimizações em curso. A perda de recursos da ordem de 40% obrigaria a redução de diversos atendimentos, serviços e atividades para a categoria. Não é uma redução do recurso do sindicato, apenas, mas do patamar de atendimento, assessoria jurídica, psicológica, em prejuízo da categoria. A cobrança não terá duplicidade para os filiados e filiadas que já pagam, que poderá ser abatida na contribuição. Mesmo os não filiados recebem as conquistas da luta sindical bancária. Quem deve financiar a luta dos trabalhadores?! Deve ser a classe trabalhadora.
- A mesa é única e o acordo tambem, não há como picotar. Mas é possível arriscar tudo nesse cenário. Decisão soberana da categoria que cumpriremos, seja qual for.
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quinta-feira, 30 de agosto de 2018
terça-feira, 28 de agosto de 2018
Sim à vitória da categoria bancária - Paulo Vinícius Silva*
O movimento sindical bancário ante o desgoverno de Temer
O desgoverno de Temer ameaçou a categoria bancária, criando uma sinuca de bico para a campanha nacional de 2018. Em especial, através de três ações articuladas:
- A Reforma Trabalhista - inúmeros impactos sobre a categoria bancária:
a) A ultratividade assegurava nosso acordo último vigente até o estabelecimento de outro, ainda que em dissídio. Isso não existe mais. Depois de 31 de agosto, deixam de valer os direitos que temos conquistado por gerações e ficam somente aqueles da lei de Temer, Rogério Marinho (PSDB-RN), (Ricardo Ferraço PSDB-ES).
b) Retirou-se no mínimo 40% do financiamento da estrutura sindical, comprometendo a sustentação, a independência e os serviços prestados à categoria. Criaram-se condições para um sindicalismo paralelo, legalizando o desrespeito à lei e a chantagem patronal, com o negociado acima do legislado e os acordos individuais que podem sacrificar direitos e dívidas;
c) Parte da categoria poderia ser considerada hiper-suficiente - segundo sua faixa salarial não poderias se contemplada no acordo coletivo, passando a "negociar" sozinha com o banco;
d) a situação jurídica é francamente desfavorável aos trabalhadores e trabalhadoras, por militância conservadora no judiciário, por fragilidade do marco legal, por grandes dificuldades de acionar a justiça e risco de ônus aos demandantes, além de riscos de paralelismo sindical.
- A Lei da Terceirização - Não há limites à terceirização quanto à atividade fim e atividade-meio, tampouco se impede a quarteirização e fenômenos de precarização similares, assim como a intermediação de mão de obra; impulsiona a pejotização sem qualquer pudor;
- O ataque à saúde e às condições de trabalho - Ao empalmar na mão grande o governo federal pelo golpe de Estado, Temer provou a muitos colegas conservadores que, sim, existe diferença entre governos de centro e esquerda e governos neoliberais que chegam ao poder sem o voto popular. Vivemos um descalabro na gestão das empresas públicas: reestruturações sucessivas e erráticas, dirigentes que praticam gestão temerária que prejudica e causa risco de imagem às próprias empresas, programas de privataria para destruir e pilhar o patrimônio público, novas tecnologias que impactam a saúde psíquica, o regime de metas e a gestão do trabalho pelo assédio sistemático.
Para ampliar o ambiente de medo e insegurança que atinge centenas de milhares de empregados das estatais, publicaram a Resolução nr. 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa de Administração de Participações Societárias da União - CGPAR. Esse nome impoluto esconde três assinaturas que vale a pena conhecer para entender: Dyogo Oliveira, economista, passou um ano e um mês como Ministro do Planejamento, foi pro BNDES; Henrique Meireles, então Ministro da Fazenda, agora candidato a Presidente pelo MDB e Elizeu Padilha, Ministro da Casa Civil de Temer. Foi essa turma.
Desse modo, o governo Temer matou vários coelhos de uma só cajadada:
a) criou um clima de medo e insegurança jurídica sobre os funcionárias das estatais, já fragilizados pelas ameaças privatistas;
b) avançou mais uma casa no processo de destruição do SUS e da saúde pública, favorecendo a saúde privada e atacando as auto-gestões de trabalhadores;
c) criou um mecanismo para "enxugar" as estatais de "despesas" e obrigações com seu funcionalismo que obstaculizam o processo de privatização pretendido.
Gestão temerária, lesa pátria e assédio organizacional, com o apoio da imprensa golpista e as ameaças jurídicas
Foi sob esses múltiplos ataques que a categoria bancária teve de negociar este ano. A decisão de um acordo bianual em 2016, às vésperas da aprovação da famigerada deforma se mostrou mais que correta. Vale ouro assegurar o conquistado em tempos de fim da ultratividade e de negociado sobre o legislado. Esse tempo não foi em vão. Não paramos, e há dois anos o movimento sindical se desdobra em denunciar os perigos e politizar a categoria, que foi muito influenciada pela onda conservadora que varreu o Brasil. Pouco a pouco, mesmo os mais teimosos foram percebendo os riscos envolvidos e o novo cenário em que as greves podem se dar.
O calendário de negociação foi antecipado em praticamente seis meses, fincou-se o pé na bandeira "Todos por tudo", em defesa de todos os direitos do acordo coletivo; a militância jurídica dos sindicatos e federações de bancários assumiu um patamar inédito em número de ações e em luta para preservar os direitos ameaçados pela Deforma. A decisão consequente de defender até o fim a mesa única foi outro elemento decisivo, pelo risco objetivo de fragmentação das mesas e mesmo da categoria por faixa salarial.
Essa base unitária, qualificada e mobilizada fez o seu papel e mostrou o custo que envolveria implodir o principal modelo de negociação coletiva do país. As entidades sindicais classistas não se calaram diante do Golpe, dos ataques aos direitos, avisaram e mostraram para a sua base o perigo, as ameaças e o caminho para preservar tudo o que conquistamos.
O tostão contra o bilhão
Ainda assim, persiste a subestimação da importância da luta sindical, o imobilismo, as ilusões de saídas individuais e o medo como realidade vivida pela categoria bancária. A pressão psicológica, a dependência da categoria da remuneração variável e das funções que não estão incorporadas e as práticas antissindicais, compõem um cotidiano duro de sofrimento psíquico e de resistência da categoria.
Infelizmente, muitos colegas se deixaram manipular pelo discurso dos patrões que criminalizam a luta sindical e seus /suas dirigentes. São fenômenos desconcertantes e tristes, que cabem na metáfora das galinhas que elegem a raposa - que diz-se vegana - para presidir o galinheiro. É o concursado a favor da privatização. O funcionário desconfiado do sindicato, adoecido pelo banco, que acredita que o banco que o adoeceu cuida e se preocupa com a sua saúde. É o colega que não percebe que pode perder tudo e se mostra indignado em contribuir com quem defende e garante todos os seus direitos. É o raivoso apoiador de greve na assembleia que nunca participa nem participará da greve, é um fura-greve, que diz, cheio de moral: "greve é coisa do sindicato". Mas, mesmo para esses, é preciso que reconheçam que as conquistas sindicais são parte de seu contra-cheque, do tempo com seus filhos e família, da saúde e da sua velhice. Boa prova do que é coração de banqueiro foi a proposta de excluir as mulheres em licença maternidade da PLR.
Cumpre reconhecer as novas dificuldades desse contexto de golpe de estado, militância jurídica conservadora, perda de direitos, de garantias da negociação e de recursos financeiros. A visão equivocada que trata o movimento sindical como a terceirização da participação política da categoria é o principal obstáculo às greves. A mudança tecnológica do banco digital, o receio de empecilhos ao crescimento profissional, o medo face ao futuro das empresas públicas, todos são fatores que exigem a mudança no formato das greves, assim como a sua politização, porque as greves precisam ser feitas pelo conjunto dos bancários e bancárias, senão não cumprirão o papel que podem ter e servirão para abrir o flanco da categoria a todas as ameaças que listamos.
O cenário dos reajustes salariais do ano de 2017 ilustra os impactos malsãos da agenda anti-trabalhador e antissindical de Temer:
O desgoverno de Temer ameaçou a categoria bancária, criando uma sinuca de bico para a campanha nacional de 2018. Em especial, através de três ações articuladas:
- A Reforma Trabalhista - inúmeros impactos sobre a categoria bancária:
a) A ultratividade assegurava nosso acordo último vigente até o estabelecimento de outro, ainda que em dissídio. Isso não existe mais. Depois de 31 de agosto, deixam de valer os direitos que temos conquistado por gerações e ficam somente aqueles da lei de Temer, Rogério Marinho (PSDB-RN), (Ricardo Ferraço PSDB-ES).
b) Retirou-se no mínimo 40% do financiamento da estrutura sindical, comprometendo a sustentação, a independência e os serviços prestados à categoria. Criaram-se condições para um sindicalismo paralelo, legalizando o desrespeito à lei e a chantagem patronal, com o negociado acima do legislado e os acordos individuais que podem sacrificar direitos e dívidas;
c) Parte da categoria poderia ser considerada hiper-suficiente - segundo sua faixa salarial não poderias se contemplada no acordo coletivo, passando a "negociar" sozinha com o banco;
d) a situação jurídica é francamente desfavorável aos trabalhadores e trabalhadoras, por militância conservadora no judiciário, por fragilidade do marco legal, por grandes dificuldades de acionar a justiça e risco de ônus aos demandantes, além de riscos de paralelismo sindical.
- A Lei da Terceirização - Não há limites à terceirização quanto à atividade fim e atividade-meio, tampouco se impede a quarteirização e fenômenos de precarização similares, assim como a intermediação de mão de obra; impulsiona a pejotização sem qualquer pudor;
- O ataque à saúde e às condições de trabalho - Ao empalmar na mão grande o governo federal pelo golpe de Estado, Temer provou a muitos colegas conservadores que, sim, existe diferença entre governos de centro e esquerda e governos neoliberais que chegam ao poder sem o voto popular. Vivemos um descalabro na gestão das empresas públicas: reestruturações sucessivas e erráticas, dirigentes que praticam gestão temerária que prejudica e causa risco de imagem às próprias empresas, programas de privataria para destruir e pilhar o patrimônio público, novas tecnologias que impactam a saúde psíquica, o regime de metas e a gestão do trabalho pelo assédio sistemático.
Para ampliar o ambiente de medo e insegurança que atinge centenas de milhares de empregados das estatais, publicaram a Resolução nr. 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa de Administração de Participações Societárias da União - CGPAR. Esse nome impoluto esconde três assinaturas que vale a pena conhecer para entender: Dyogo Oliveira, economista, passou um ano e um mês como Ministro do Planejamento, foi pro BNDES; Henrique Meireles, então Ministro da Fazenda, agora candidato a Presidente pelo MDB e Elizeu Padilha, Ministro da Casa Civil de Temer. Foi essa turma.
Desse modo, o governo Temer matou vários coelhos de uma só cajadada:
a) criou um clima de medo e insegurança jurídica sobre os funcionárias das estatais, já fragilizados pelas ameaças privatistas;
b) avançou mais uma casa no processo de destruição do SUS e da saúde pública, favorecendo a saúde privada e atacando as auto-gestões de trabalhadores;
c) criou um mecanismo para "enxugar" as estatais de "despesas" e obrigações com seu funcionalismo que obstaculizam o processo de privatização pretendido.
Gestão temerária, lesa pátria e assédio organizacional, com o apoio da imprensa golpista e as ameaças jurídicas
Foi sob esses múltiplos ataques que a categoria bancária teve de negociar este ano. A decisão de um acordo bianual em 2016, às vésperas da aprovação da famigerada deforma se mostrou mais que correta. Vale ouro assegurar o conquistado em tempos de fim da ultratividade e de negociado sobre o legislado. Esse tempo não foi em vão. Não paramos, e há dois anos o movimento sindical se desdobra em denunciar os perigos e politizar a categoria, que foi muito influenciada pela onda conservadora que varreu o Brasil. Pouco a pouco, mesmo os mais teimosos foram percebendo os riscos envolvidos e o novo cenário em que as greves podem se dar.
O calendário de negociação foi antecipado em praticamente seis meses, fincou-se o pé na bandeira "Todos por tudo", em defesa de todos os direitos do acordo coletivo; a militância jurídica dos sindicatos e federações de bancários assumiu um patamar inédito em número de ações e em luta para preservar os direitos ameaçados pela Deforma. A decisão consequente de defender até o fim a mesa única foi outro elemento decisivo, pelo risco objetivo de fragmentação das mesas e mesmo da categoria por faixa salarial.
Essa base unitária, qualificada e mobilizada fez o seu papel e mostrou o custo que envolveria implodir o principal modelo de negociação coletiva do país. As entidades sindicais classistas não se calaram diante do Golpe, dos ataques aos direitos, avisaram e mostraram para a sua base o perigo, as ameaças e o caminho para preservar tudo o que conquistamos.
O tostão contra o bilhão
Ainda assim, persiste a subestimação da importância da luta sindical, o imobilismo, as ilusões de saídas individuais e o medo como realidade vivida pela categoria bancária. A pressão psicológica, a dependência da categoria da remuneração variável e das funções que não estão incorporadas e as práticas antissindicais, compõem um cotidiano duro de sofrimento psíquico e de resistência da categoria.
Infelizmente, muitos colegas se deixaram manipular pelo discurso dos patrões que criminalizam a luta sindical e seus /suas dirigentes. São fenômenos desconcertantes e tristes, que cabem na metáfora das galinhas que elegem a raposa - que diz-se vegana - para presidir o galinheiro. É o concursado a favor da privatização. O funcionário desconfiado do sindicato, adoecido pelo banco, que acredita que o banco que o adoeceu cuida e se preocupa com a sua saúde. É o colega que não percebe que pode perder tudo e se mostra indignado em contribuir com quem defende e garante todos os seus direitos. É o raivoso apoiador de greve na assembleia que nunca participa nem participará da greve, é um fura-greve, que diz, cheio de moral: "greve é coisa do sindicato". Mas, mesmo para esses, é preciso que reconheçam que as conquistas sindicais são parte de seu contra-cheque, do tempo com seus filhos e família, da saúde e da sua velhice. Boa prova do que é coração de banqueiro foi a proposta de excluir as mulheres em licença maternidade da PLR.
Cumpre reconhecer as novas dificuldades desse contexto de golpe de estado, militância jurídica conservadora, perda de direitos, de garantias da negociação e de recursos financeiros. A visão equivocada que trata o movimento sindical como a terceirização da participação política da categoria é o principal obstáculo às greves. A mudança tecnológica do banco digital, o receio de empecilhos ao crescimento profissional, o medo face ao futuro das empresas públicas, todos são fatores que exigem a mudança no formato das greves, assim como a sua politização, porque as greves precisam ser feitas pelo conjunto dos bancários e bancárias, senão não cumprirão o papel que podem ter e servirão para abrir o flanco da categoria a todas as ameaças que listamos.
O cenário dos reajustes salariais do ano de 2017 ilustra os impactos malsãos da agenda anti-trabalhador e antissindical de Temer:
Observe-se que 28,6% das categorias tiveram reajuste igual ao INPC, 8,1% abaixo do índice, 49,5% perfez no máximo 1% de aumento real e 13,7% acima de 1% de ganho real. Acima de 2% de ganho real, apenas 2,5% dos reajustes se enquadraram.
Com toda a sua importância, os reajustes, no entanto não esgotam nossas reivindicações, embora representem muitíssimo. A fragilização geral da CLT e a Terceirização ilimitada criaram uma situação de quatro frentes simultâneas de luta: a) salários; b) negociação coletiva e demais direitos no acordo nacional; c) defesa das estatais; d) saúde e condições de trabalho; É diante desse contexto mais amplo que conquistamos, graças às ações de luta nas ruas, à pressão institucional e à negociação unitária:
I - Ganho real de 1,18% em 2018 e 1% em 2019 sobre todas as verbas;
II- Manutenção de todas as cláusulas do Acordo Coletivo Nacional por dois anos, da mesa única abrangendo toda a categoria e das negociações específicas, e a neutralização parcial da perda de receita para a luta sindical com a contribuição negocial de 1,5% para todos;
III- O movimento de unificação das ações dos sindicatos das estatais e da sociedade acompanhou todas as campanhas salariais do período e cumpriu papel destacado em impedir, por exemplo, os planos de privatização do sistema ELETROBRAS, a licitação das Loterias sem a CEF, a suspensão de medidas de privatização no governo Temer, a partir da ação da FENAE e CONTRAF junto ao supremo;
IV - A defesa do Saúde Caixa nos termos atuais e a ampla denúncia do adoecimento dos bancários(as) no sistema financeiro. A campanha salarial abordou a Saúde, inclusive em temas que não eram objeto da negociação, por veto patronal. Exemplo disso foi a ampla campanha em defesa da CASSI que desmascarou as manobras e chantagens contra o funcionalismo para empurrar na marra a resolução CGPAR 23. O movimento associativo e sindical se uniu e deu um rotundo não ao BB, batalha política que precisa continuar a ser travada na rejeição das propostas caô , mas cujo resultado só virá nas eleições de 2018.
Celebrar cada vitória e salvar o Brasil
É diante desse contexto, que consideramos uma grande vitória o resultado da negociação de 2018 para a categoria bancária e defenderemos nesta quarta às 19h00, na Praça do Cebolão que a categoria aceite a proposta, seguindo a orientação do Comando Nacional. A Campanha Nacional é uma parte da nossa luta, e sabemos que esse novo acordo de dois anos tem sentido exatamente pelo horizonte turvo e ameaçador diante de nós.
Parte da vitória que tivemos vem de terem se fortalecido as perspectivas da derrota do Partido de Silvério dos Reis, de Temer e sua gangue, nas eleições de 2018. É a unidade do povo que dá essa força, e é preciso ampliar esse movimento, porque meses podem nos separar da destruição de tudo que restou dos nossos direitos. Se fizeram essa tragédia em 2 anos, a urgência é varrê-los de Brasília e retomar o Brasil e a Democracia. Dificilmente numa luta atingimos toda a nossa pauta, ainda mais se a situação é difícil. Garantamos a nossa vitória e fortaleçamos a unidade popular!
* Diretor de Relações do Trabalho da CTB e diretor de Política Sindical dos bancários de Brasília
domingo, 26 de agosto de 2018
#LulaLivre #LulaPresidente - Paulo Silva - canção
Paródia de Chan Chan https://g.co/kgs/NHGjVx
Buena Vista Social Club
Dm F
#LulaLivre, primeiramente
Gm A7
E o povo diz: é Lula Presidente. BIS
Dm F
Lula, o melhor Presidente
Gm A7
De que me posso lembrar
Dm. F
Está preso e seu crime
Gm A7
É o povo lhe amar!
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
Um golpista torpemente
Contra Dilma conspirou
Michel Temer o traíra
o mandato lhe roubou
Porque Dilma é honesta
Não se deixou corromper
Fez-se tudo que não presta
Pra tirá-la do poder
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
Foi golpe dos deputados,
Da Globo, do Senador
Com Supremo e Tudo Junto
Nosso voto se rasgou
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
A burrice é destacada
E a paciência é sublime,
Mas isso é privataria
É Lesa pátria, é crime!
Querem dar a PETROBRAS
Do Pré-Sal abriram mão
ELETROBRAS, BB e Caixa
A xêpa da nossa Nação!
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
Os direitos trabalhistas
que Getúlio nos legou
A maioria vigarista
do Congresso nos roubou
Getúlio foi perseguido,
Lula seu nome enlameado ,
Mentir, sabe a imprensa,
com o poder mancomunado.
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
Contra Lula tem a Globo
A justiça no poder
As raposas da política
E os Bancos a crescer.
É juiz e delegado
É Miami de avião
É Miami de avião
Existe aí a mão ocultas
do Império, meu irmão!
Pode ver: é Pré Sal,
as riquezas estatais
Nossa indústria e emprego
Tudo já ficou pra trás
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
E a ONU concordou
com o clamor popular
Lula é candidato
Deixem o povo votar!
Querem censurar o Lula
Por isso sua prisão
Contra ele não há prova
Só cruel perseguição
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
Jesus Cristo, outro preso
Ensinou essa lição
A justiça dos homens falha
A de Deus e a do Povo Não.
Lula não é criminoso
E Temer está no poder
Você quer maior prova
Que justo não pode ser?
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
Uma novela montada,
Provas ninguém encontrou
Perseguição desalmada
Nosso Lula enfrentou
O Brasil da covardia
Não pode continuar
Unir o Povo, ganhar no Voto
Lula, Manu e Haddad!
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
Porque a democracia
é com voto, com eleição
Ditadura nunca mais
É do povo a decisão
É do povo a decisão
Todos contra o Fascismo,
Viva a luta da Mulher,
A juventude negra viva
E o Brasil fique de pé!
Porque Lula é emprego,
É escola, é poder,
Abrir o seu negócio
é plantar e é vender.
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
Lula é oportunidade
do Pobre virar Doutor,
Diploma da liberdade do
Povo Trabalhador.
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
Haddad é a Ciência,
A educação e o Saber
Para a nossa juventude
Ter futuro e viver!
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
Manuela é a força
da Mulher Brasileira
A juventude o Futuro
A nossa vice é Guerreira
Temos o nosso triplex
Vamos unir o nosso povo
LulaHaddad e Manu
O Brasil Feliz de Novo!
#LulaLivre, primeiramente
E o povo diz: é Lula Presidente
segunda-feira, 20 de agosto de 2018
Feliz aniversário, Dona Lourdes, Mater Amabilis. Paulo Vinícius Silva
Feliz aniversário Dona Lourdes. Consolamo-nos, mas o coração segue contrito. Foste no dia 11, exatamente na véspera da tua tão amada festa da padroeira, em Fortaleza, no Santuário de Nossa Senhora da Assunção, nosso bairro, nossa paróquia, cujos tijolos assentamos em mutirão e que assentaram nosso caráter. Nova Assunção - Nova Ascensão - tudo é homenagem a quem foste tão devota, Nossa Senhora, devoção que nos ensinaste exclusivamente pelo teu amor.
Então, velávamos-te, mas pelo teu amor a tua casa, a teu bairro e à Nossa Senhora, compreendemos o sentido de terdes ido no sábado, por tua fé na ressurreição e no Coração de Maria, porque querias celebrar com Ela.
Ainda assim, passaste dois dias fazendo todos rezarem à tua Mãe Rainha, e o pranto e as orações dos comunistas tinham a sinceridade de sempre, mas eram um tributo à parte. A mesma sinceridade que comovera teus filhos quando ingressaram na Luta, e que foi comovendo a teu esposo e a ti, fazendo-nos todos queridos camaradas. E se teu jeitinho conseguia tudo, conseguiu inclusive uma cepa de comunistas Marianos, hehehehe.
No dia 15, na Marcha com Maria, percorri caminhos que já fizeras, no sentido inverso. Se vim contigo da Catedral até a Juvêncio Barroso, à Francisco Sá, ao Nova Assunção, e daí para o mundo; refiz então o caminho que fizeste, da casa de teu irmão Antônio, na Gomes Passos, à Catedral onde me batizaste.
E já estavas com teu amado Louro, pois Betinho resolveu tudo.
E sábado, teu Sétimo Dia aconteceu outra vez em torno da Amada Maria, no dia solenemente dedicado à sua ascensão em todas as missas do Brasil. Brasília, Fortaleza, Barbalha, Manaus, Araguaína, por toda parte pranteávamos-te, e em cada missa a mensagem de amor e consolo foi a mesma: não tenhais medo da morte, vede Maria. Não temais por mim, estou bem. Olhai como é lindo o amor por Nossa Senhora.
Então, com toda dor, sabemos que não somos quem escolhemos a nossa data, consolamo-nos pelas suficientes demonstrações das graças da tua devoção, que nos consola e que aprendemos. Ensinaste-nos a viver sem nos deter nas tragédias. Surgiste em meio a um mar de provações de que só agora temos ideia, ouvindo tristes umas histórias que levaram ao teu nascimento, e que só aprendemos agora, porque era hora. Daí aquele teu sorriso perpétuo, aquela força sem quartel, o bom humor indefectível, a esperança e a fé. Procuramos, e não achamos a lição da tristeza.
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
Vitória do funcionalismo BB: Paula Goto toma posse na Diretora de Planejamento da PREVI.
Neste dia 15 de agosto de 2018 assumo o mandato de Diretora de Planejamento, cargo que me foi conferido pelos Associados da Previ e para o qual fui eleita na chapa Previ para os Associados.
Na minha história profissional tenho a experiência como Administradora do BB e, tendo atuado na rede de agências, unidades táticas e estratégicas nas regiões sul, sudeste, centro-oeste, norte e nordeste do Brasil, levarei a experiência das múltiplas vivências e o olhar do associado para a gestão na Previ.
Pós-graduada em Administração, com MBA em Finanças, Especialização em Agronegócios, Certificação em Investimentos pelo Instituto de Certificação de Profissionais de Seguridade Social (ICSS) e pela Anbima (CPA20), tivemos o nosso nome e currículo referendado pela Previc para o exercício do cargo, tendo a mesma emitido e ratificado o devido Atestado de Habilitação de Dirigente.
Com 114 anos de existência, a Previ é a história viva do espírito de previdência e de associativismo dos funcionários do Banco do Brasil e de seus familiares. Inicialmente Caixa Montepio, foram 52 bravos guerreiros que fundaram juntos o hoje maior fundo de pensão da América Latina, legado que se perpetua através da experiência e da renovação.
A Previ possui robustez em sua governança corporativa, que garante a blindagem a interesses alheios aos seus fins, tanto de governos quanto de agentes do mercado. Com um modelo de paridade na gestão entre patrocinador e associados temos sempre o "olhar do dono" perpassando todos os atos da entidade.
O Plano 1, de Benefício Definido, maduro e com a maioria dos seus associados já aposentados tem uma carteira com expressivo volume de renda variável. Conjugando participação em empresas de mercado e participação em blocos de controle através de acordos de acionistas, a estratégia de planejamento deve considerar maior liquidez e menor exposição à volatilidade de seus ativos para fazer face ao pagamento dos benefícios.
O Previ Futuro é um Plano de Contribuição Variável do qual fazem parte os funcionários pós-98. Por estar em fase de acumulação, exige maiores desafios no esforço contributivo, educação financeira e previdenciária para maior aderência ao perfil de investidor de cada associado e estudos para diversificação de seus ativos. Dentre as funcionalidades do APP Previ temos o “Meu Benefício” que permite ao associado o planejamento de sua aposentadoria a partir do conceito de "ambição definida", que parte do objetivo de vida do trabalhador para a busca pela melhor forma de contribuição, horizonte temporal, montante, perfil de investimento e rentabilidade necessária.
Alguns desafios para o Previ Futuro são a implementação do resgate da parte patronal, a criação dos perfis ciclos de vida, a revisão dos perfis de investimento, a possibilidade de resgate da contribuição esporádica e a revisão da tabela de pontuação individual do participante - PIP, de modo a permitir uma maior contribuição do associado e patrocinador que, agregado a rentabilidade ao longo do tempo garantirão um maior saldo de reserva.
A nossa Carteira de Pecúlios, a Capec, possui espaço para proteger maior número de associados e ainda avançar para a proteção dos funcionários egressos dos Bancos Incorporados. Queremos criar o Capec Família, de forma similar ao Previ Família, abrangendo, desta forma, a possibilidade de participação de familiares nos planos, a exemplo do que vem fazendo de forma exitosa outras fundações.
O nosso Plano de Gestão Administrativa, o PGA, possui o desafio de custear nossas despesas ao longo do tempo. Reduzir despesas, incrementar receitas e buscar constante rentabilidade de seus ativos são tarefas da direção. Com essas ações podemos implantar a redução da taxa de carregamento do Plano Previ Futuro, consoante diretrizes estratégicas da Previ. Na busca de mais receitas temos a possibilidade de criar Planos Instituídos, o “Previ Família” que traria mais sustentabilidade ao plano na curva do tempo.
Em um cenário de mudanças disruptivas e aperfeiçoamento da governança nas entidades fechadas de previdência complementar, o Conselho Monetário Nacional revoga a resolução CMN 3792 e publica a resolução CMN 4661, onde segrega as funções da gestão de riscos e da alocação, gestão e supervisão dos recursos garantidores, delimitando e diferenciando as funções do Administrador Estatutário Responsável pelo Risco e do Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado.
A diretoria responsável pela gestão e condução dos estudos referentes a Riscos na Previ é a Diretoria de Planejamento, responsável, dentre outras atividades, pela construção da Matriz de Riscos Corporativos. Com uma gerência voltada aos estudos de Risco, identifica os indicadores-chave de risco e consubstancia os Mapas de Riscos identificados. É pioneira na adoção do modelo ALM - Asset Liability Managment, modelo de Risco que verifica o casamento de ativos e de passivos em seus fluxos de caixa.
A nova resolução aprofunda o conceito de Supervisão Baseada em Riscos e de segregação de funções entre as áreas de gestão dos recursos garantidores e de gestão de riscos, criando a figura do Administrador Estatutário Responsável pela Gestão de Riscos, na Previ, a Diretoria de Planejamento. Desta forma é que a Previc ratifica os entendimentos da resolução CMN 4661, sendo na Previ a Diretoria de Investimentos a responsável pela alocação dos recursos garantidores e pela gestão do Programa de Investimentos, dos processos de investimento e desinvestimento.
A sustentabilidade se consubstancia pela garantia do direito das gerações atuais e futuras, pela participação no exercício da gestão de pré e pós-98, na integração ou nas especificidades de suas pautas, pelo olhar aos colegas do Banco do Brasil oriundos dos Bancos Incorporados, pelo desenvolvimento de novas soluções de serviços e produtos que contemplem os familiares e agreguem valor ao associado e receitas à Previ, na uniformidade do discurso e das ações pela garantia da razão de existência e missão da Previ, de pagar benefícios a todos nós, de forma eficiente, segura e sustentável.
É com respeito à robustez desta governança, com o reconhecimento aos níveis de excelência de todo o corpo técnico da Previ, com o meu agradecimento especial aos diretores Marcel Barros e Márcio de Souza, que, com sua generosidade compartilham a sua sabedoria e apoio nesta jornada, e com o meu muito obrigado a todos que depositaram o seu voto nas urnas na chapa Previ para os Associados que com honradez e gratidão assino nesta data a carta de posse como Diretora de Planejamento da Previ.
Paula Regina Goto
Diretora de Planejamento
terça-feira, 7 de agosto de 2018
PCdoB: ousadia para vencer e mudar o Brasil e o DF! Paulo Vinícius Silva
A unidade é a bandeira da esperança.
PCdoB
É em meio às grandes batalhas da História que as forças consequentes e revolucionárias se agigantam. A aliança PT-PCdoB-PROS-PCO e o apoio de inúmeras lideranças do PSB à eleição do Presidente Lula tem as digitais do PCdoB, de sua grande atividade desenvolvida pela unidade, a fim de assegurar a vitória do povo em 2018.
Para o PCdoB, a maior vitória sempre foi unir as forças democráticas, patrióticas e populares para derrotar o Golpe. E Manuela assumiu lugar central ao defender a Frente Ampla, a liberdade de Lula e o direito dos Brasileiros(as) o elegerem. Reconhecida como liderança nacional, será a vice-presidenta com a vitória do Povo em 2018.
Essa linha política levou Manuela a brilhar, unindo a voz das mulheres, da juventude, de negros(as) e da população LGBT à defesa da democracia e do desenvolvimento nacional. Com grande capacidade, Manu desvelou o rosto atual da classe trabalhadora, levantou a pauta dos direitos, do desenvolvimento, da defesa do Brasil e da democracia, das revogações da Deforma trabalhista e do Teto de Gastos. Com a coragem da defesa da vida das mulheres e da juventude negra, Manu se especializou em falar para o povo e denunciar a babaquice perigosa da extrema direita, ganhando o respeito e a confiança de setores cada vez mais amplos. O ânimo da militância do PCdoB, das feministas, LGBT, de sindicalistas, jovens e estudantes garantiam a ela todas condições de seguir adiante como candidata. Confiança, no entanto, jamais foi soberba. Ser candidata não é o que preocupa Manu se estão em jogo o Brasil, a vida de seu povo. Quanto já perdemos!! É o nosso futuro em jogo!!
Foi Manuela quem disse: não podemos nos dar ao luxo de perder a eleição de 2018. Sua palavra vale. Manu e o PCdoB disseram que nunca foram óbice à unidade,. Provaram ser a voz da unidade, e assim asseguraram excepcionais espaços à ação de massas do PCdoB.
Fazemos a grande política e podemos ter a nossa voz nessa luta. Nossa decisão é viver o Centenário do PCdoB em 2022 num ambiente de vitória do Brasil e com Manuela na Vice-Presidência da República. Precisamos libertar o Brasil, precisamos libertar Lula, os comunistas, Manuela o prova, são fiadores da unidade.
A união é uma vitória urdida pelas mulheres. Preso político o maior líder do Brasil – #LulaLivre - , foram elas, Gleisi, no PT, e Luciana Santos e Manuela, no PCdoB, quem teceram esse acordo de palavra, fiado entre elas e o Presidente Lula, e que define o núcleo da frente de esquerda que precisa ser uma Frente Ampla em defesa do Brasil, da Democracia e dos direitos e empregos.
No Brasil do Golpe, a unidade inicia pela confiança entre a esquerda. Por um acordo de confiança, o PT pediu compreendesse o PCdoB a necessidade de ter Haddad pelo lawfare contra Lula. E disse, seja de Lula, seja Haddad, Manu é a vice. É o núcleo da unidade popular, a base a da Frente ampla, e digo-o pensando na importância do PSB que já está nessa luta - em muitas partes essa unidade já existe na prática. É um momento memorável, entrará para a História. Basta que pensemos no ciclo de mudanças na América Latina partir de 1998: em que país da América Latina, com governos de esquerda, o vice era do Partido Comunista? Qual a importância do Brasil e o significado de termos Manu como uma das faces da esperança de uma vida melhor?
Manuela tem chances reais de ser eleita Vice-Presidenta do Brasil, e isso tem um significado transcendente. Ela levará a voz do Partido mais antigo e mais jovem, partido das mulheres, da juventude, da classe trabalhadora.
O PCdoB foi quem mais vidas ofertou no altar da democracia e dos direitos do povo, foi quem sempre defendeu o PT nos momentos mais difíceis, quem propôs a Frente Brasil Popular em 1989. O PCdoB compor a chapa presidencial é um ato de ousadia e é um justo e suado reconhecimento por suas lealdade e capacidades de articulação política e luta social.
Uma frente ampla também do DF
Pensando nessa unidade e levando em conta o grave risco de retrocesso no DF e no Brasil, o PCdoB fez uma busca infatigável pela Frente Ampla no DF, e o conjunto dos movimentos locais e nacionais apontou para a reeleição do Governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e a construção de uma frente de centro-esquerda: PSB-PV-PCdoB-Rede-PDT.
No centro da decisão está a recusa da volta de velhas e perigosas raposas da política candanga. O PCdoB quer unir o povo e manter a velharia corrupta mais quatros anos fora do GDF. Tem tambem uma pauta com críticas e sugestões. Propõe-se a pôr a mão na massa, falando, ouvindo, negociando a favor dos servidores públicos e da população do DF e do entorno. A capacidade de articulação e o compromisso com a base que o PCdoB encarna serão decisivos nessa aliança de centro-esquerda.
O PCdoB, mesmo sem ter sido oposição, por opção ficou fora do primeiro governo de Rollemberg. Chega numa hora de dificuldade, sabe que é preciso mudar o roteiro e politizar o debate. Queremos uma guinada em favor do diálogo e da melhoria dos serviços públicos para a população. É preciso avançar, melhorar, corrigir. Retroceder, jamais. E enxergou o partido o risco de a direita ganhar o Buriti. Com a fragmentação da direita, o Partido quer avançar unindo a esquerda com setores progressistas do DF.
Essa união é importante. Evidenciou-se que a derrota de Rollemberg seria apenas a volta da direita no DF. O PCdoB apostou conscientemente na unificação da centro-esquerda no DF e rejeita a tese de que seria indiferente ter uma força à direita à frente do GDF, e é nosso dever cortar tais possibilidades.
Rollemberg apoia Ciro Gomes para presidente. Lutamos há muito para que estejamos todos juntos no segundo turno, com o PT e o PDT, local e nacionalmente. O PCdoB gosta de crítica e auto-crítica, tem opinião e ação. Reúne corajosas e qualificadas lideranças no serviço público, em especial na Saúde e na Educação, e elas trarão críticas ao governo e as reivindicações. Defenderão um novo diálogo com a sociedade e os servidores, uma pactuação pela qualidade do serviço público no DF. O PCdoB quer falar da juventude e dos direitos da população das periferias do DF.
Assim como ajudou muito ao governo Agnelo, apoiando o PT local e nacionalmente, o PCdoB se prepara para recuperar as suas vagas nas CLDF e no Congresso. Para isso, busca unir mobilização social, diálogo político, e competência técnica para construir avanços no governo e isolar a direita. É preciso criticar, mas assumir também a responsabilidade de resolver, nacional e localmente, e por isso o PCdoB busca chances reais de vitória. É hora de entusiasmo, de esperança, podemos vencer no Distrito Federal e no Brasil e reconstruir o país a partir da unidade do povo.
Opinião - Secretário Sindical do PCdoB-DF
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
PCdoB comporá a chapa Presidencial com o PT - Nota da Comissão Executiva Nacional do PCdoB
A Comissão Executiva Nacional do PCdoB apresenta as razões que levaram o Partido a aprovar coligação com PT, tendo Manuela como candidata a vice. Para o partido, uma vez inviabilizada a unidade mais ampla da esquerda, diante da orquestração da direita para vencer as eleições, considerando o campo social e político construído pela longeva aliança do PT, PCdoB e outras legendas e do convite de Lula para Manuela ser vice, a aliança amplia as possibilidades de vitória das forças progressistas.
Foto: Felipe Neiva
Leia abaixo a íntegra da nota:
Uma aliança pela vitória: Coligação PT-PCdoB
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) fixou como estratégia eleitoral conquistar a vitória das forças progressistas nas eleições presidenciais. Coerente com esse objetivo, buscou viabilizar a perspectiva de uma frente ampla, a partir da unidade da esquerda, como fator indispensável para essa almejada quinta vitória do povo. Trabalhou incessantemente por propostas programáticas unitárias, elaboradas pelas fundações dos partidos de esquerda, e contribuiu para a realização de uma série de reuniões com PT, PDT, PSB e PSOL.
Nesse ambiente de diálogo, o PCdoB e sua candidata Manuela D’Ávila foram incisivos na defesa de uma pactuação eleitoral progressiva das candidaturas para derrotar as forças conservadoras e golpistas. Em 22 de julho, o PCdoB e Manuela se dirigiram aos partidos de esquerda e os conclamaram à unidade desde o primeiro turno.
Na Convenção do Partido, Manuela foi consagrada candidata à Presidência para, em nome do PCdoB, batalhar por esses objetivos. Manuela, mediante uma campanha vibrante, mobilizou amplos setores progressistas e populares, granjeando prestígio e respeito.
Nos últimos dias, o PCdoB intensificou as conversações em torno da unidade. Apesar de todo esse esforço, prevaleceu nesse campo a fragmentação.
O Partido dos Trabalhadores homologou a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, grande liderança popular do país, que está arbitrariamente preso.
O Partido Democrático Trabalhista, por sua vez, oficializou a candidatura de Ciro Gomes, que corretamente aponta como saída para a grave crise do país um novo projeto nacional de desenvolvimento.
O Partido Socialismo e Liberdade, por sua vez, lançou Guilherme Boulos, candidato. E o PSB não coligou, nem lançou candidato, mas recomendou seus militantes apoio aos candidatos do campo progressista.
Inviabilizada a unidade mais ampla dos partidos de esquerda, na reta final do prazo legal para definições, o PCdoB e o PT, conjuntamente, persistiram na busca de uma aliança e intensificaram as negociações entre si, tendo em conta que ambos os partidos e outras legendas construíram juntos, ao longo de trinta anos, um campo político e social que resultou no importante ciclo dos governos Lula e Dilma. As duas legendas também estiveram coesas na luta contra o golpe de agosto de 2016, nas jornadas pela liberdade do ex-presidente Lula e pelo seu direito de ser candidato a presidente.
No último domingo (5), a direção do Partido dos Trabalhadores foi porta-voz de um convite do ex-presidente Lula para que Manuela D’Ávila assumisse a candidatura de vice na sua chapa.
Embora a proposta não contemplasse a unidade mais ampla resultante de uma composição que abarcasse as candidaturas de Lula, Ciro Gomes, Manuela, o PCdoB considerou que, diante da forte orquestração das forças conservadoras e golpistas para vencer as eleições, a coligação entre PCdoB e PT emergia como a aliança possível e importante para se construir a vitória das forças progressistas.
Em razão disto e em face da proposta apresentada pelo PT e pelo ex-presidente Lula, a Comissão Política Nacional do PCdoB decidiu aprovar a coligação com o PT, que inclui também Pros e PCO. Tomada a decisão, as presidentas do PT e do PCdoB – a senadora Gleisi Hoffmann e a deputada federal Luciana Santos – anunciaram que Manuela D’Ávila será a vice da chapa de Lula.
Face à circunstância excepcional em que o ex-presidente Lula está arbitrariamente preso, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad será registrado como vice-presidente para vocalizar a orientação do ex-presidente até que se esclareça a estabilidade jurídica da candidatura de Lula. A seguir, em qualquer circunstância, Manuela será candidata a vice-presidente, seja com o deferimento ou não da candidatura de Lula.
Haddad e Manuela irão liderar ombro a ombro a jornada desde já em todo o país.
O convite do ex-presidente Lula evidencia o reconhecimento da dimensão que adquiriu a campanha de Manuela D’Ávila na disputa em curso. Sua voz corajosa e altiva, na defesa da unidade das forças progressistas e de um projeto nacional de desenvolvimento, soberano e democrático, de amplas conquistas para o povo e a classe trabalhadora e dos direitos das mulheres, da juventude, dos negros e da população LGBT, conquistou apoios e galvanizou entusiasmo.
A concretização da Coligação PT-PCdoB-Pros-PCO, que será liderada por Lula presidente e Manuela vice, é um acontecimento relevante na acirrada disputa em curso, uma vez que amplia as possibliidades de vitória das forças progressistas.
O PCdoB conclama seu coletivo militante, todos seus apoiadores, às forças populares, democráticas, patrióticas a se convergirem e combaterem para tornar possível a quinta vitória do povo nas eleições presidenciais, único meio para tirar o país da crise, e desencadear a jornada por um novo projeto nacional de desenvolvimento.
São Paulo, 6 de agosto de 2018.
Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
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