Eleições do Sindicato dos Bancários de Brasília:
Um jogo de Cartas Marcadas
A eleição do sindicato, de tão apressada e fria, quase passa desapercebida pela categoria! Isso porque foi antecipada, encurtou-se a campanha e não há debate nem
transparência na votação. Entenda abaixo os porquês.
É clara a falta de independência da direção para representar a força dos(as) bancários. Os lucros dos bancos são imensos, as conquistas a conta gotas. Ante a
insatisfação da categoria, a direção joga na retranca: não assegura a unidade para avançar nas conquistas; restringe a democracia e a participação; reduz o quorum da eleição; manipula a comissão eleitoral, faz da eleição um jogo de cartas marcadas.
É a resposta despolitizada às mudanças do movimento sindical, que tem hoje seis centrais e é mais plural. A representação dos trabalhadores vai muito além da
CUT, e há alternativas, por mais que a direção ridicularize e rotule quem lhe questione.
Nós que também apoiamos as mudanças iniciadas com Lula em 2002, e defendemos sua continuidade e aprofundamento, no entanto não concordamos com o comodismo chapa branca. Não é assim que faremos o governo avançar. O papel do sindicato é um, o do governo, outro. Há que criticar o errado e apoiar o correto para enterrar de vez o neoliberalismo.
Uma eleição a mascarar a crise do movimento bancário.
Cresce o descrença quanto ao movimento pela falta de democracia e diálogo. Terceirizam-se as greves. O debate nas assembleias é mutilado. E, ante a minguada
presença nas atividades do sindicato, a direção aposta na ausência e não na participação. Manobra os espaços de decisão para calar o “incômodo” das críticas.
Mas o sindicato não é o aparelho, a máquina, a burocracia, o sindicato somos nós!
A oposição tradicional já mostrou seus limites. Infelizmente, dividida e equivocada na política. Representa uma minoria mesmo na esquerda, dogmática e sem realismo. Chega a se somar à direita e critica tudo que representa mudança no Brasil. Sua oposição a quase tudo que existe tira-lhe a independência para construir a unidade e falar pela maioria. E, se nacionalmente em alguns casos já é possível unir forças, infelizmente não foi o caso no DF.
Diante desse quadro e pela ausência de garantias democráticas mínimas, a CTB e outros setores não participamos da eleição do sindicato. Mas atuamos na campanha salarial e nas eleições da CASSI, da FUNCEF. Ativamente representados nessas batalhas, lutamos por uma alternativa bancária.
A geração Pós–98:
JUVENTUDE E GARRA POR INTEIRO, DIREITOS PELA METADE
Nos últimos 15 anos houve uma renovação inédita da categoria bancária. Admitidos em meio à maior onda de demissões “voluntárias” durante o neoliberalismo, entramos com direitos e remuneração inferiores aos dos pré-1998.
Uma nova geração de bancários(as) em um tempo de mudanças que é o futuro dos bancos públicos.
Ainda assim, marcamos um gol de placa durante a crise econômica que demoliu os dogmas neoliberais e privatistas. No governo Lula, CEF, BB e BNDES fizeram
Brasil se afirmar, gerar empregos, construir moradias e sonhos. Foram fundamentais nosso trabalho, esforço e talento. Mas ainda não ocupamos plenamente nosso espaço nos bancos nem nas representações das categorias. E no sistema financeiro prevalecem ainda amarras à mudança no Brasil.
Um Sistema Financeiro que sirva ao Brasil
Vivemos um momento de transição, de luta para enterrar a herança do neoliberalismo no BB, CEF e BRB, fortalecendo seu caráter público, para servirem a um novo projeto nacional de desenvolvimento, a decidir-se em 2010.
Nessa campanha salarial se definirá se revertemos as principais derrotas sofridas durante o neoliberalismo. Isso passa por:
Isonomia – igualdade de direitos,incorporação da licença prêmio e aprovação do PL da Isonomia;
Reposição das perdas – Os anos 90 foram de arrocho salarial nos bancos públicos. Defendemos escalonar o aumento para repor essas perdas. Rejeitamos que a
CONTRAF-CUT as abandone e rebaixe os índices, como em 2009;
Jornada de seis horas sem redução de salários. As Centrais estão para conquistar as 40 Horas Semanais sem redução. É atual e justo que a luta por 6 horas sem
redução, dado o crescimento exponencial da produtividade bancária;
Uma carreira digna (PCCS) e mais solidariedade – resposta à falta de identidade dos bancários. Qualificada, produtiva, comprometida, a categoria precisa ser valorizada, e não submetida ao assédio moral. Resultado se garante com carreira e remuneração digna!
Por um debate nacional sobre o papel do sistema financeiro no desenvolvimento do Brasil, na preservação do meio ambiente e na valorização do trabalho.
Leia Também:
De 1º a 09/04, participe das Eleições da CASSI. Vote:
POR UMA NOVA CASSI!
Visite: http://www.umanovacassi.com.br
De 26/04 a 06/05, participe das eleições da FUNCEF. Vote:
Visite: http://www.achapadosassociados.org.br
BRB: a luta por desenvolver o DF
A formação recente e as dificuldades do desenvolvimento do DF e a sua relação com o entorno só reafirmaram o papel do BRB como banco público. No entanto, assegurar a transparência e o controle social ao lado de uma administração não politizada são desafios mais claros à população do DF após os escândalos da quadrilha que se instalou no GDF.
Como parte dessas medidas, inserem-se as bandeiras do funcionalismo, em especial:
- a revisão urgente do PCS e a definição de uma PLR justa;
- o fim da segregação dos gerentes de negócio;
- a eleição direta para a diretoria executiva da REJUS e para conselheiros e diretor da BRB Saúde
Reúne os Bancários de Bahia e Sergipe, os Metroviários de São Paulo, os Metalúrgicos do RJ e os Correios do DF, mais de 400 sindicatos por todo o Brasil. Independente, classista, democrática e de luta, a CTB dá seus primeiros passos no DF e busca a unidade das centrais do direito dos trabalhadores.
Com esse objetivo, junto com CUT, CGTB, Força e Nova Central, estamos preparando a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora no dia 1º de junho em São Paulo para unificar as lutas dos trabalhadores e assegurar a conquista da Redução da jornada de Trabalho e por mais direitos!
Contato: pvss65@ gmail.com