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Textos de Combate: Sem perder a ternura, jamais - Paulo Vinícius da Silva - à Venda

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terça-feira, 29 de agosto de 2023

Em 29 de agosto de 1968, a polícia na UnB - Antônio Carlos Carpintero

 

Em 29 de agosto de 1968, perto das 9:30, cheguei ao DACAU - Diretório Acadêmico do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UnB. As 10h, no Auditório da Música, seria aberto um ENEA Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura, com alunos de algumas das dez ou doze escolas de arquitetura então existentes no Brasil. Da delegação de Curitiba, fazia parte uma aluna, Angela Vasconcelos, que havia sido Miss Brasil num dos anos anteriores. É por isso que eu cheguei cedo, banho tomado e camisa limpa e nova.

Mal havia sentado (poucos colegas já estavam ali) quando o Roberto Castelo irrompeu esbaforido, dizendo: 'Gente, a polícia está entrando!!!' E saímos todos correndo para ver o que estava acontecendo.

Corri, com os outros colegas para ver. Cheguei a frente da reitoria (na época o FE 1) a tempo de ver uma viatura policial sendo virada e incendiada. Não consegui identificar quem estava atuando no fato.

Voltamos para a área central do campus e eu fiquei próximo ao ICA - Instituto Central de Artes, que neste momento estava pouco movimentado. Dali percebi que da ala Sul do ICC, onde já funcionavam precariamente algumas unidades, saiam fumaça, e uma longa fila de estudantes, subia para a quadra de basquete.

A FAU-UnB estava fechada, em processo de reabertura. O diretor provisório era o prof. Paulo Magalhães. Rapidamente decidimos retirar do campus as pessoas mais vulneráveis. A profa. Gisela Magalhães, esposa do diretor, com uma Vemaget, recolheu um grupo, 5 ou 6,  eu entre eles, para levar para a Colina ou asa norte. Neste grupo me lembro do Cacau, presidente do DACAU, e do Chico, liderança no ICA. Logo constatamos que todo o Campus estava cercado por forças policiais e inclusive do exército. Até tanques de guerra, do Regimento de Cavalaria Mecanizada estavam no dispositivo. A vista disso deixamos os colegas maís visados no cerrado, próximo da Colina, onde ele saberiam como se esconder. 

Apareceu uma outra viatura. Corri de volta ao DACAU, avisar os colegas e para tomar as providências para proteger os colegas de fora que estavam no ENEA, e  retirar as lideranças estudantis usualmente procuradas pela polícia. 

Entrei no ICA, não vi ninguém, e sai. Um policial me empurrou para a fila com as mãos na cabeça. Ao lado da Oca, fui fotografado e a foto, publicada na Folha de S Paulo, no dia seguinte. Levaram esta foto para minha mãe.

Fomos reunidos na quadra de basquete e depois  liberados. Fizeram poucas prisões nesse dia. Mas foi a maior invasão da UnB.


Prof. Aposentado da Universidade de Brasília

Membro do Comitê do PCdoB DF 

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Como foi o Dia da Unidade Humana e o Diálogo Inter-religioso no Sindicato dos Bancários? Pra começar

 O Sindicato dos Bancários celebrou o dia 14/8, Dia da Unidade Humana. A atividade reuniu religiosos e participantes de diversas religiões, militantes do movimento social e sindical para um Diálogo Inter-religioso de altíssimo nível de civilidade e respeito com variada representação religiosa e social, além do Ministério da Igualdade racial, do PT e do PCdoB, CUT e CTB. Liderada pelo Presidente do Sindicato dos Bancários, Eduardo Araújo, o encontro se posicionou unanimemente contra a violência, o ódio e a ganância, defendendo fortalecer o respeito, a inclusão, a solidariedade e a paz como caminho a ser seguido. Veja alguns dos melhores momentos da atividade que terá desdobramentos e ainda possui um acervo a ser divulgado: 

https://bancariosdf.com.br/portal/dia-da-unidade-humana-lideres-religiosos-criticam-fundamentalismo-e-defendem-diversidade-de-crencas/

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Antônio Carlos Queiroz (ACQ), Jornalista, militante da luta, instigante e divertido, lança hoje, sexta, 18/8, Poemas & Prósias no Sebinho em Brasília às 17h30 *


 Peia por peia, ludopeia!

Jornalista da Velha Guarda na luta contra a ditadura militar, o Antônio Carlos Queiroz (ACQ) resolveu finalmente mostrar o dedo em poesia. 

No próximo dia 18 de agosto, sexta-feira, a partir das 17h30, vai lançar a primeira coletânea de poesias & prósias na Livraria Sebinho, na 406 Norte.



ACQ é leitor e feitor de poemas desde a adolescência em Anápolis, Goiás, mas, “autocrítico em excesso” (tirada assumida de efeito publicitário!), rasgou toda a produção anterior a 2015, por aí. “Ecoei o conselho do Umberto Eco, de jogar no lixo os poemas ruins. Não quer dizer que sejam bons os que agora publico!”, adverte.

– Com qual escola você se identifica?

– Com nenhuma! Mas gosto de dizer que prefiro a companhia do Lucrécio, do Ovídio, do Horácio, da Emily Dickinson, do Drummond – esse tipo de gente. É que também sigo a lição de outro guru, o Millôr Fernandes, que está completando agora o Centenário: em Ciência, leio sempre os livros mais novos. Em Literatura, os mais velhos.

– Melopeia, fanopeia ou logopeia?

– Nada de peia! Hum, talvez a ludopeia... O que importa é a gozação, a ironia, o sarcasmo, pra tornar mais leve a vida e evitar a depressão!

poemas & prósias
Lançamento dia 18 de agosto, às 17h30
Livraria Sebinho, 406 Norte




Hegel na Cozinha



* Divulgação e texto do Autor, com pitacos do Coletivizando.

sábado, 12 de agosto de 2023

Em 14/8, no dia da Unidade Humana. O Sindicato dos Bancários de Brasília realiza às 19h o Diálogo Inter-Religioso


 Em 14/8 celebra-se o dia da Unidade Humana. 

O Sindicato dos Bancários de Brasília realiza segunda (14/8) às 19h o Diálogo Inter-Religioso com foco em Solidariedade,  Respeito, Inclusão, Democracia, Direitos Humanos e na Paz! 

Veja as confirmações iniciais! 

Monge Sato - ex-regente Templo Shin Budista da Terra Pura Brasília

Pastora Wall Moraes de Ruah - Professora, Mestranda, Teóloga, Coordenadora da Pastoral de Direitos Humanos da Igreja Cristã de Brasília (PDH-ICB) e Presidenta de Honra da Aliança de Negras e Negros Evangélicos do Brasil (ANNEB).

Pai Dodô – Ilê Asé Omo Orisá Ògún Onirê
Pai Adalto de Oxum – Ìlé Àláketú Àsé Omí Nìwá
Marcos Said Tenório – Centro Cultural Beneficente Islâmico de Brasília

Elianildo Nascimento - Iniciativa das religiões Unidas
Natalia Gedanken – Associação Israelita de Brasília
Sônia Cigana Lovara – Cigana
Ira Mariana Rosa – Espiritismo
Silvana – Santo Daime

https://bancariosdf.com.br/portal/sindicato-recebe-liderancas-religiosas-no-dia-da-unidade-humana-nesta-segunda-14/

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Sérvulo Esmeraldo - O Espaço do Infinito - Paulo Vinícius da SIlva

                      Femme Bateau - Obra na Ponte Metálica Crédito: Laart. Foto de Joca Meirelles

Domingo de manhã, fui pego de surpresa pelo documentário sobre o artista cearense universal: Sérvulo Esmeraldo - O Espaço do Infinito, que me levou às lágrimas... 

Está disponível no Youtube do SESI, assista!

Revi sua obra na paisagem alencarina, do alto de minha ignorância, e chorei de saudade de Fortaleza.

Comoveu-me seu exemplo do dever encarnado, de traços tão diáfanos e elegantes, comprometidos e firmados na terra como concreta mudança da própria realidade, até mesclar-se com a paisagem, com a vida do povo, e só depois ser reconhecido - que mérito, que elegância! 

Tocou-me, ele primeiro ter conquistado Paris para só depois regozijar-se com a conquista do Crato, sua cunha. A frase, "Eu estou trabalhando em algo lindo" é glorioso epitáfio, pretensão, utopia, que a Arte traz: querer superar a alienação do trabalho. E Les Feuilles Mortes... 

Conheçamos e celebremos o exemplo e a obra de Sérvulo Esmeraldo!