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segunda-feira, 28 de março de 2022

A CASSI IMPORTA - Cláudio Nascimento


Sim, importa, sem dúvida.

Importa  se você é jovem e tem uma longa vida saudável  para cultivar.

 Importa você cuidar, prevenir, alimentar-se, nutrir corpo e mente. Importa a atividade física e o lazer. 

Importa o dia de trabalho em ambiente, condições e rotinas produtivas  mas gratificantes. 

Importa o repouso e o sono.

Importa para você que seja acompanhado, orientado em todas as fases e por toda a sua vida. 

Importa que você receba os recursos necessários e adequados para cada condição de saúde ou de adoecimento.

Importa se você passou pela a vida e hoje, idoso, sente o peso da idade e suas consequências naturais. 

Importa se você ainda carrega preocupação ou dificuldades com as finanças pessoais e familiares.

Sim, A Cassi importa.  

Você também é responsável pela  escolha de uma governança que represente o interesse de você Associado.

Para a nossa Cassi, o seu voto também importa muito.

Até logo mais, às 18 horas dessa segunda-feira, aguardamos por sua manifestação.

Indicamos o voto e pedimos  apoio para as Chapas  06 e 77 -  Unidos por Uma Cassi Solidária.


Claudio Nascimento

Candidato ao Conselho Deliberativo - Suplente

#Unidos por Uma Cassi Solidária

domingo, 27 de março de 2022

O Brasil vai votar Lula Lá! Versão de Fischia il Vento

Fiz essa versão ao conhecer Katiusha, canção soviética de 1938 e sua versão italiana Fischia il Vento, ambas cantadas na luta contra o nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial.

Que tal?

PV 

 

 

Am                                            E

O vento sopra e a tempestade ruge,

      E7                                 Am

Pés cansados e tens de caminhar

Am      G        Dm         Am

atingir a primavera vermelha,

Dm          Am         E7       Am

Um novo tempo: a fome vai acabar

Am                                            E

Cada bairro com povo organizado

      E7                                 Am

Homem e mulher, juventude a lutar

Am      G        Dm         Am

Defender o  Brasil é o caminho

Dm          Am         E7       Am

a natureza e  o direito de trabalhar

Am                                            E

Não temer a dor nem a morte

      E7                                 Am

Não vou só, todos irão lutar.

Am      G        Dm         Am

Democracia para vencer o fascismo

Dm          Am         E7       Am

O Brasil nós vamos libertar!

Am                                            E

Da noite à aurora, a tempestade acalma,

      E7                                 Am

Verde-amarelo e vermelho vão brilhar

Am      G        Dm         Am         

Pão à mesa e a democracia


Dm          Am         E7       Am

Frente Ampla e Unidade Popular

Am      G        Dm         Am         

O Trabalho, a Terra e a Poesia

Dm          Am         E7       Am

O Brasil vai votar Lula lá!

 

 

Lula agradece a parceria do PCdoB: “Nós vamos recuperar este país” - Portal Vermelho

Ex-presidente participou do Ato Político Frente Ampla para Florescer a Esperança, no Caminho Niemeyer, em Niterói (RJ).


por André Cintra

Publicado 27/03/2022 01:42 | Editado 27/03/2022 06:21


A participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o ponto alto, neste sábado (26), da programação do Festival Vermelho – o principal evento comemorativo dos cem anos do PCdoB. Ao lado de dirigentes e parlamentares comunistas, autoridades políticas, representantes de outros partidos e lideranças dos movimentos sociais, Lula participou do Ato Político Frente Ampla para Florescer a Esperança, no Caminho Niemeyer, em Niterói (RJ).

Boa parte dos discursos ressaltou a urgência da unidade em torno de uma nova candidatura presidencial de Lula, para derrotar o governo Jair Bolsonaro. O PCdoB aproveitou a ocasião para também tornar pública sua adesão a esse projeto político-eleitoral.

“Presidente Lula, nós decidimos anunciar o apoio à sua candidatura exatamente nessa data porque ela se reveste de simbolismos. Há cem anos, foi fundado nesta cidade de Niterói o glorioso Partido Comunista do Brasil”, afirmou a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos. “A história desse partido se entrelaçou com a história do Brasil. Não há um momento importante de inflexão, de luta pela democracia e de lutas por direitos do povo que não tenha o DNA, a lucidez e a contribuição política e teórica do PCdoB. Somos aqueles que têm a convicção de que este país tem jeito.”

Conforme a dirigente, a federação partidária viabilizada entre PT, PCdoB e PV foi um passo importante para reverter a “terra atrasada” que o Brasil se tornou, “com este governo de destruição”. Luciana defendeu “uma agenda” de soberania nacional, retomada da industrialização e combate às desigualdades. “Você, Lula, é o homem certo, na hora certa, para garantir essa agenda”, afirmou. “Mas precisamos de uma frente ampla para derrotar o neofascismo e o retrocesso do Brasil.”

“Fazer mais e melhor”

Lula declarou sentir “grande satisfação e emoção” em estar na comemoração do centenário do PCdoB. Em seu discurso, ele citou passagens vividas com comunistas como João Amazonas, Renato Rabelo, Haroldo Lima e Gustavo Petta, além de agradecer a parceria. “Não é fácil um partido sobreviver cem anos, dos quais grande parte na clandestinidade. Todo meu carinho pelo PCdoB.”

Com críticas à “elite escravista” do Brasil e ao presidente “fascista”, Lula demostrou ânimo para mais uma eleição ao Planalto. Na visão do ex-presidente, “o mais difícil não é ganhar a eleição” de outubro. “Se eu voltar, vou ter que fazer mais e melhor do que fiz na primeira vez.”

Lula afirmou que os governos encabeçados por ele e Dilma Rousseff, de 2003 a 2016, elevou o salário mínimo em 74% e promoveu “a maior política de inclusão social que este país já teve”. No palanque do Festival Vermelho, ele renovou esse compromisso. “Temos que colocar o povo pobre no orçamento do Estado”, disse Lula. “Eu viajei o mundo para mostrar que o pobre não é problema, mas solução.”

“Vamos recuperar a dignidade e a soberania”, conclamou ele, que se comprometeu a, se eleito, ter como primeiro ato a convocação dos 27 governadores “para discutir um plano de recuperação do Brasil, com um pacto federativo. Nós vamos recuperar este país!”. Ele também provocou o atual presidente: “Bolsonaro, pode se preparar, porque nós estamos chegando”.

Unidade

Outros expositores reforçaram a mensagem de ampla unidade das forças democráticas e progressistas contra Bolsonaro. Entre os representantes dos movimentos sociais, sobraram citações. A presidenta da Unegro (União de Negras e Negros pela Igualdade), Ângela Guimarães, declarou que “ revolução será protagonizada por quem trabalha, por quem tira seu sustento do suor que cai do rosto”. E citou versos do cantor e compositor Caetano Veloso – que, por sua vez, remetia ao poeta soviético Vladimir Maiakovski: “Gente é pra brilhar / Não pra morrer de fome”.

Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), lembrou o Manifesto Comunista. “Há 174 anos, um manuscrito dirigido por Karl Marx e Friedrich Engels proclamava: ‘trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo, uni-vos’! A unidade é um fator fundamental”.

Também exaltaram a unidade da classe trabalhadora os secretários-gerais da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e da Intersindical, Edson Carneiro, o Índio, além de Marina dos Santos, dirigente nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). “Que no ano de 2022 nossa unidade leve Lula a presidente da República”, disse Juruna. “Estaremos juntos na luta para derrotar a extrema-direita, a fome, o desemprego e o projeto de destruição nacional”, afirmou Índio. “Viva a esperança que nós vamos reconstruir juntos”, declarou Marina.

As jovens à frente das principais entidades estudantis do País denunciaram os ataques à educação. Denunciaram e cantaram. Rozana Barroso, da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), foi de Vermelho,eternizada na voz de Fafá de Belém: “Meu coração é vermelho / De vermelho vive o coração”. Já Bruna Brelaz, da UNE (União Nacional dos Estudantes), entoou o funk Eu Só Quero É Ser Feliz. Por sua vez, Vanja Andréa Santos, presidenta da UBM (União Brasileira de Mulheres), puxou uma paródia de Ô Abre Alas!, de Chiquinha Gonzaga: “Ô abre alas, que eu quero passar / Sou feminista, não posso negar / Estou com Lula, este é o meu lugar”.

Pela JPL (Juventude Pátria Livre), falou o vereador de Araraquara (SP) Guilherme Bianco. “Só podemos ganhar essa eleição construindo uma ampla frente democrática, que seja capaz de unir o Brasil inteiro, de verde-amarelo, para derrotar Bolsonaro”. Thiago Morbach, presidente da UJS (União da Juventude Socialista), pediu mobilização “por um Brasil muito melhor para nosso povo, com emprego e educação”.

Partidos

Os representantes dos partidos políticos convergiram na necessidade de vencer o bolsonarismo. Segundo Vanessa Grazziotin, secretária nacional da Mulher do PCdoB, é preciso “devolver o Brasil aos brasileiros e às brasileiras”. Para o ex-deputado André Lazaroni (PV), “nós precisamos voltar a sorrir”. Ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) mencionou o exemplo de sua cidade: “Sempre construímos a unidade popular das forças democráticas”.

“Estamos juntos de novo para continuar a fazer história e colocar o Brasil na mão do povo”, afirmou Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT. O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) disse “não ter dúvida” de que “tempos melhores virão, porque esse governo miliciano vai passar”. Já o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, disse que seu partido e a esquerda estarão “juntos nas eleições deste ano para escorraçar Bolsonaro”.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL), afirmou que “vai ser difícil a luta, não tem salto alto. Mas nós vamos ganhar a eleição!”. O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), acrescentou: “O PSB deve se juntar a todos os partidos progressistas do Brasil para eleger o presidente Lula e ajudar a reconstruir este país”.

“Que floresça a esperança! Que a nossa unidade reconstrua o Brasil”, exortou a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ). A ex-deputada Manuela D’Ávila concordou: “Vamos salvar o Brasil! Viva a nossa luta por liberdade, por democracia a por direitos. Viva o povo brasileiro, a razão de nossa existência”. O deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) ponderou: “Não vamos ganhar a eleição por pesquisa, mas mobilizando o povo para fazer de Lula presidente de novo”.

O Festival Vermelho se encerrou neste sábado, à noite, com shows e atividades culturais. O evento durou dois dias e foi precedido, na sexta-feira (25), por uma reunião extraordinária do Comitê Central do PCdoB.  

Autor

André Cintra
Jornalista

PCdoB celebra cem anos e anuncia apoio a Lula - Portal Vermelho

Leia o Vermelho


Cidade recebeu reunião extraordinária do Comitê Central na data do centenário do partido mais antigo do Brasil


por André Cintra

Publicado 25/03/2022 18:39 | Editado 26/03/2022 12:41
Comitê Central do PCdoB fez uma reunião extraordinária para comemorar seu centenário l Foto: Rebeca Belchior

Cem anos depois, o PCdoB voltou, literalmente, às origens. A cidade de Niterói (RJ) – que abrigou, em 25 de março de 1922, o Congresso de Fundação do Partido Comunista do Brasil – recebeu agora a reunião extraordinária do Comitê Central. O encontro precedeu o Festival Vermelho – Florescer a Esperança e aconteceu na tarde desta sexta-feira (25), exatamente a data do centenário do partido mais antigo do Brasil.

“Há exatos cem anos, aqui onde estamos, começou a nossa jornada. Nesta bela cidade de Niterói, a ousadia da classe operária fundou o Partido Comunista do Brasil”, enfatizou a presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos. Desta vez, além das celebrações, os dirigentes aprovaram, por aclamação, o apoio do PCdoB à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.

“O Partido está empenhado, com os movimentos de frente ampla, na tarefa de libertar o país do governo Bolsonaro, de restaurar a democracia e promover uma reconstrução nacional. Uma reconstrução que abra perspectiva a um novo ciclo de prosperidade, desenvolvimento soberano em harmonia com a proteção do meio ambiente e de progresso social”, afirmou Luciana. “Para liderar este projeto, o PCdoB apoiará a construção da candidatura de Lula, credenciada pelo respaldo de uma frente ampla, para conquistar a maioria dos brasileiros e brasileiras, e assim disputar, vencer e governar.”

Ao abrir a reunião, Walter Sorrentino, vice-presidente nacional do PCdoB, saudou a militância partidária. Em 1922, nove delegados representaram cerca de 50 membros de grupos comunistas de diversas regiões do País. Agora, segundo Walter, o Partido chega a seu primeiro século de vida com 450 mil filiados.

História arrebatadora

Contar um século de lutas em pouco mais de 30 minutos foi o desafio de Luciana Santos. “Rendemos nossa homenagem às gerações de bravos e bravas que trouxeram o Partido Comunista do Brasil ao seu centenário. Eles e elas continuam vivos no coração das novas gerações. São, para nosso povo, motivo de imenso orgulho e inspiram os/as comunistas e lutadores/as progressistas contemporâneos.”

A presidenta do PCdoB lembrou que os primeiros 63 anos do PCdoB foram tempos bicudos, de perseguição aos comunistas e atuação clandestina. “Em mais da metade de nossa trajetória, tivemos de atuar nos subterrâneos da liberdade, como disse nosso camarada e notável romancista Jorge Amado”, agregou. “Mesmo com essa adversidade, a resultante de nossa trajetória é realizadora. Por isso, nossa história é arrebatadora.” Luciana Santos ao se pronunciar na reunião l Foto: Receba Belchior

Diversos capítulos nesta trajetória tiveram a participação decisiva dos comunistas. Nomes como Astrojildo Pereira, Luís Carlos Prestes e João Amazonas lideraram as três primeiras gerações de militantes do PCdoB. Todos eles enfrentaram o arbítrio dos regimes de plantão – da República Velha à ditadura militar, passando pelo Estado Novo.

Mesmo na clandestinidade, os comunistas lutaram causas como “O Petróleo É Nosso”, a paz mundial, a soberania nacional, os direitos dos trabalhadores, a organização sindical, a democracia, entre outras. Depois da Conferência Extraordinária de 1962 – que reorganizou o Partido –, veio a resistência ao regime militar, que inclui a Guerrilha do Araguaia, “uma epopeia pela liberdade”.

Dos governos progressistas ao golpe

De acordo com Luciana, “o Partido pagou um elevado tributo em vidas e sacrifícios, sobretudo no enfrentamento à ditadura – mas nunca, nunca abaixou a bandeira da democracia”, sublinhou Luciana. Assim, foi grande seu envolvimento na redemocratização e na “Constituição Cidadã” de 1988. A conquista da legalidade, em 1985, assentou ainda mais o Partido nos movimentos sociais, nas lutas políticas e nas disputas eleitorais – com destaque para a construção da Frente Brasil Popular, em 1989, e a vitória de Lula nas eleições 2002.

Em meio a isso, ocorre o 10º Congresso do PCdoB, em 2001, em que Amazonas passa a presidência Renato Rabelo. “Renato apontou a forte possibilidade da vitória das forças progressistas em 2002. Porém, com a ressalva de que somente uma ampla frente, apoiada por extenso movimento social, seria capaz de vencer e governar”, lembrou Luciana.

São 14 anos seguidos de governos democráticos e progressistas. “O PCdoB particip de ministérios e agências, de cujo desempenho deixou um rico legado. Ao mesmo tempo, ampliou sua inserção nas lutas populares, reforçando sua atuação no sindicalismo e demais movimentos sociais.”

Luciana Santos assume PCdoB em 2015. No ano seguinte, um golpe de Estado interrompe o ciclo democrático, recolocando forças conservadores e neoliberais no poder – primeiro sob a gestão ilegítima de Michel Temer, depois sob o governo de destruição de Jair Bolsonaro. De volta à resistência, o PCdoB se fortalece com a incorporação do PPL, em 2019.

“O Partido desencadeou um movimento para sua revitalização, que está em curso sobretudo na renovação da linha de massas, no fortalecimento de sua comunicação e da construção de sua estrutura orgânica. Esta revitalização demanda também renovar e abrasileirar crescentemente sua imagem e fortalecer sua identidade, ao mesmo tempo em que aperfeiçoa seu sistema de direção”, analisa Luciana.

Parafraseando o poeta amazonense Thiago de Mello, que faleceu neste ano, Luciana questionou: “O que são cem anos para quem pretende edificar um milênio? O que é século para quem tem como essência conquistar e construir o futuro radioso e socialista que virá?”. Foto: Bruno Bou Haya

Corrente revolucionária

Por videoconferência e, depois, por gravação, Renato Rabelo saudou os dirigentes em Niterói. “Por uma medida preventiva, não pude estar presente a esta reunião histórica”, afirmou Renato, que fez uma intervenção baseada no documento “PCdoB: um século de lutas em defesa do Brasil, da democracia e do socialismo”, aprovado neste pela Comissão Política Nacional do Partido.

“Não se pode compreender a história do Partido Comunista do Brasil sem entender a história do Brasil. Mas também não se pode entender a história brasileira sem levar em conta a ação dos comunistas”, disse Renato. Em sua exposição, ele destacou a Conferência Extraordinária de 1962 – um “grande evento político” em que, segundo o dirigente, o partido se reafirmou.

Hoje presidente da Fundação Maurício Grabois, Renato lembrou duas conquistas democráticas propostas pelo PCdoB que contaram com “amplos apoios”: o Colégio Eleitoral, de 1985, e a federação partidária, aprovada no Congresso Nacional em 2021. Recordou também como a incorporação de outras forças marxistas ajudaram a fortalecer o Partido Comunista em momentos adversos: foi assim na união com a AP (Ação Popular Marxista-Leninista), em 1972, e com o PPL, há três anos.

A seu ver, o PCdoB foi fundamental para “a inserção dos trabalhadores e do povo na vida política do País. Sempre lutamos pela paz, a solidariedade entre os povos, contra a guerra e a espoliação capitalista. Somos o partido que faz a defesa categórica dos interesses da Nação e dos direitos do povo.”

Outro ponto destacado por Renato foi o “trabalho intelectual de estudos, pesquisas e interpretações sobre temas das lutas transformadoras do País”. Para Renato, “o PCdoB forjou uma corrente revolucionária preservando a identidade comunista”. Diante da debacle da União Soviética e do socialismo, “teve a maturidade de rejuvenescer e renovar a luta pelo socialismo”. Em 2009, aprovou o Programa Socialista, que aponta a aplicação de um novo projeto nacional de desenvolvimento como “caminho estratégico para a transição para o socialismo”.

Agora, o PCdoB abraça “o desafio de se abrasileirar”, enquanto está na linha de frente da oposição a Bolsonaro. Uma das contribuições mais recentes dos comunistas é o documento “Diretrizes para uma plataforma emergencial de reconstrução nacional”, debatido sobretudo no processo do 15º Congresso.

Os vices e o líder

Os quatro vice-presidentes nacionais do PCdoB também se pronunciaram. Walter Sorrentino afirmou que o partido fundado em Niterói, há cem anos, “introduziu o provo trabalhador, organizado, no destino de nossa nação, por uma pátria livre, democrática e próspera. Os comunistas são o sal da terra das ideias avançadas – o sal que influenciou cinco gerações de militantes”.

Para Carlos Lopes, é preciso deixar claro que os nove fundadores do Partido Comunistas tinham tanto “os ideais do socialismo” quanto “a elaboração de um projeto de Brasil”. Se de 1922 até hoje ocorreram a industrialização, o ciclo nacional-desenvolvimentismo e um pujante crescimento (entre 1930 e 1980), “os comunistas estiveram em todas essas lutas no sentido de impulsionar o progresso e o desenvolvimento do País”.
Foto: Bruno Bou Haya

Para Manuela d’Ávila, a foto tirada nesta sexta pela direção nacional, em Niterói, tem uma dimensão histórica – será “vista e lembrada” daqui para frente. “O Brasil não precisa ser um sonho não realizado”, declarou. “Esta reunião, em pleno centenário do PCdoB, deve ser de reflexão profunda sobre os anos que virão. Como construir o Partido Comunista de acordo com as exigências históricas de nosso tempo?”, indagou Manu, sugerindo que o PCdoB hasteie a “a bandeira da coragem e do amor – mas também da esperança”.

Jandira Feghali, que também é a coordenadora do Festival Vermelho, declarou-se “emocionada” em receber “tantos camaradas” no estado do Rio de Janeiro. “Não é simples, mas esse festival já deu certo. É uma oportunidade para revermos a nossa própria história”, afirmou, Jandira, a militante do PCdoB e a mulher com o maior número de mandatos no Congresso Nacional. “As mulheres não são algo falso no PCdoB. nós existimos e cumprimos papel no Partido Comunista do Brasil.”

O líder da bancada na Câmara Federal, deputado Renildo Calheiros (PE), também reverenciou os fundadores do Partido. “Estamos celebrando o fato de que, cem anos atrás, um grupo de revolcuonários compreendeu que a luta sindical não era suficiente e fundaram uma organização para a construção do socialismo no Brasil”, disse o parlamentar. “Nosso partido construiu páginas gloriosas na História do Brasil – e continuamos escrevendo a História. Nem sempre vencemos, mas sempre lutamos”.

A reunião homenageou o revolucionário Sérgio Rubens, que faleceu em 2021, quando ocupava o posto de vice-presidente do PCdoB. Um vídeo produzido especialmente para a reunião resumiu a trajetória militante de Sério, que liderou o MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro) e o PPL. “Devemos a ele muito da incorporação do PPL ao PCdoB”, afirmou Márcio Cabreira, dirigente nacional do Partido. “Bolsonaro havia acabado de ganhar a eleição, e era preciso criar um polo, integrar e fortalecer um único partido, se incorporar ao PCdoB vivamente, de corpo e alma. Sérgio defendeu que o PCdoB fosse o instrumento para derrotar o fascismo que está no poder.

Houve, ainda, cultura e arte na reunião dos cem anos. Jorge Mautner, autor de A Bandeira do Meu Partido, adotado na década passada como um dos hinos oficiais do PCdoB, enviou uma gravação especial à reunião. No vídeo, o cantor e compositor carioca executa, ao violino, o outro hino do Partido, A Internacional. Já a poeta Cida Pedrosa, vereadora no Recife pelo PCdoB, recitou trecho de seu poema Arara Vermelha. A reunião se encerrou ao som de uma das mais conhecidas palavras de ordem da militância: “Um, dois, três / Quatro, cinco mil / E viva o Partido Comunista do Brasil”.
Tags 100 anos do PCdoB, PCdoB

Autor

André Cintra
Jornalista

sexta-feira, 25 de março de 2022

VIVA O CENTENÁRIO DO PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL! VIVA O PCdoB!

 VIVA O CENTENÁRIO DO PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL! VIVA O PCdoB!
Parabéns, camaradas! Parabéns ao povo brasileiro! Firmes na Luta!
#forabolsonaro #LulaPresidente


 

PCdoB: o partido mais antigo do Brasil, por João Amazonas (1997)

 

PCdoB: o partido mais antigo do Brasil, por João Amazonas

“Aos 75 anos de existência, o Partido Comunista do Brasil goza de boa saúde política, organizativa e ideológica”, escrevia, em 1997, João Amazonas

Nos marcos da comemoração dos cem anos do PCdoB, o Vermelho reproduz este artigo de João Amazonas (1912-2002), histórico dirigente comunista, que liderou o Partido por mais de 30 anos. O texto foi escrito em 1997, às vésperas dos 75 anos do PCdoB.

Ao passar a limpo a trajetória de três quatro de séculos da legenda, Amazonas chegava a uma conclusão que hoje, 25 anos depois, continua tão atual quanto contundente: “Aos 75 anos de existência, o Partido Comunista do Brasil goza de boa saúde política, organizativa e ideológica. Propugna a união das forças de esquerda como núcleo de uma união mais ampla do povo brasileiro para enfrentar e derrotar o neoliberalismo. Não tem dúvida de que haverá muitas dificuldades, mas a vitória chegará a seu tempo, com a unidade e a luta dos trabalhadores e do povo”.

Confira o artigo.

O partido mais antigo do Brasil

Por João Amazonas

Neste mês de março, o Partido Comunista do Brasil completa 75 anos de existência. É o mais antigo partido político do país. Desde sua fundação ergueu a bandeira da luta pelo socialismo científico. Ainda que vivesse altos e baixos em sua formação, o partido esteve presente nos principais acontecimentos ocorridos no Brasil.

Sua atuação política e organizativa não tem sido fácil. Desde a fundação enfrenta o reacionarismo das forças conservadoras, que temem a liberdade e tudo que possibilite o progresso social.

Duramente perseguido, como se fora o Ferrabrás da luta de classes, usufruiu curtos períodos de legalidade tolerada. Dirigentes do partido passaram longos anos nas prisões ou na clandestinidade rigorosa.

Grande é o número de mártires e heróis comunistas. Recentemente, mais de cem membros do partido foram assassinados pela ditadura militar que se apossou do poder em 1964.

Todavia a reação brutal e prolongada jamais conseguiu destruir o Partido Comunista. Este encontrou sempre os meios de recompor-se e prosseguir na luta progressista de caráter social, democrático e nacional.

É de notar que todas as campanhas orquestradas pela reação interna e externa contra os comunistas prenunciaram a implantação de regimes autoritários. Assim foi em 1936/37, com o Estado Novo; assim foi em 1946/50, no malfadado governo do marechal Dutra; assim foi também em 1963/64, que preparava a ditadura militar de mais de duas décadas. Coincidentemente, as fases de legalidade do partido corresponderam aos períodos de aberturas democráticas.

Apesar de perseguido, o Partido Comunista do Brasil tem dado valiosas contribuições à luta do povo brasileiro por transformações necessárias ao seu pleno desenvolvimento.

Nos primórdios de sua existência, levantou a bandeira da reforma agrária. Em defesa dos interesses do proletariado, batalhou por conquistas sociais e pela criação de uma central única, de feição classista, agrupando as organizações sindicais de todo o país. Foi a alavanca fundamental impulsionadora da campanha vitoriosa do “Petróleo É Nosso”. Pugnou pela instalação da siderurgia nacional, movimento que teve à sua frente o engenheiro Raul Ribeiro. Tomou parte ativa na pregação em defesa da Amazônia.

No período da Segunda Grande Guerra, defendeu a posição do Brasil junto aos aliados da luta antifascista e apoiou o envio da Força Expedicionária Brasileira à Europa.

O partido foi sempre força combativa em prol da democracia no país. Opôs-se a todos os regimes autoritários, abertos ou disfarçados, buscando alargar os espaços das correntes políticas democráticas. Participou, com uma bancada de 15 parlamentares, da Constituinte de 1946. E desempenhou papel positivo na convocação e realização da Constituinte de 1988.

Com o fim da ditadura militar, em 1985, o Partido Comunista do Brasil obteve a legalidade, que perdura por mais de 11 anos. Neste período, os trabalhadores e o povo têm tido a oportunidade de conhecer melhor a fisionomia política da organização partidária que defende o socialismo científico como perspectiva viável para o país e luta por um regime democrático que possibilite o avanço da sociedade brasileira no caminho do progresso e da afirmação inequívoca da soberania nacional.

Na atualidade, o Partido Comunista encontra-se nas primeiras linhas de combate ao neoliberalismo, doutrina imperialista que visa submeter a maioria dos países do mundo, particularmente os menos desenvolvidos, à tutela dos oligopólios e da oligarquia financeira internacional. O Brasil é um dos alvos principais dessa ofensiva, erroneamente tida como irreversível.

Com a adesão de Fernando Henrique Cardoso ao neoliberalismo, o patrimônio público vai sendo alienado, as conquistas sociais e democráticas, golpeadas, a Constituição de 88, revogada. Procede-se ao desmonte do Estado Nacional. E investe-se contra os partidos de esquerda e democráticos.

Tramam-se medidas fortemente restritivas contra o Partido Comunista, na chamada reforma política, prenúncio de mau agouro de marcha rumo a uma ditadura civil.

Aos 75 anos de existência, o Partido Comunista do Brasil goza de boa saúde política, organizativa e ideológica. Propugna a união das forças de esquerda como núcleo de uma união mais ampla do povo brasileiro para enfrentar e derrotar o neoliberalismo. Não tem dúvida de que haverá muitas dificuldades, mas a vitória chegará a seu tempo, com a unidade e a luta dos trabalhadores e do povo.

PCdoB na TV: 100 anos, jovem, contemporâneo e cheio de esperança

 

PCdoB na TV: 100 anos, jovem, contemporâneo e cheio de esperança

Frame

Estreou na noite desta terça-feira (22), a inserção da propaganda gratuita de rádio e televisão do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). A peça de 30 segundos tem como foco o centenário do PCdoB: “sempre jovem, contemporâneo e cheio de esperança”.

Com o restabelecimento do direito às legendas, a partir da Lei nº 14.291/2022, a propaganda partidária é exibida agora somente nos intervalos da programação normal das emissoras.

Protagonizada pela presidente nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, o curta é apresentado também por um casal de jovens militantes. No filme, a dirigente destaca que o “PCdoB marcou sua história com suas lutas e hoje batalha para derrotar Bolsonaro e reconstruir o Brasil”.

A presidente destaca ainda que só “será possível conquistar uma nação soberana, democrática e socialista”, “com o ímpeto revolucionário da classe trabalhadora e com os sonhos de felicidade do nosso povo”, completa o casal. E finaliza com a vinheta “PCdoB: 100 anos de amor e coragem pelo Brasil” narrado pela própria presidente.

A propaganda foi concebida e produzida pelo publicitário Guido Bianchi, dirigente do Partido em Pernambuco, sob a responsabilidade do secretário nacional de Formação e Propaganda do PCdoB, Adalberto Monteiro.

Guido Bianchi contou que realizou as gravações tendo como cenário uma praça, ao ar livre, tendo como protagonista a presidente e dois jovens filiados que trazem uma mensagem de esperança. Dessa forma, diz ele, “deixa uma imagem bem positiva e bem jovial que tem tudo a ver com nossas ideias, ideias do partido que são atuais. E que miram não só o presente como também o futuro”, acrescentou o publicitário.

Adalberto Monteiro comentou que o grande desafio desta peça foi condensar em 30 segundos, 100 anos de história. “Esses cem anos de luta na verdade é um alicerce para o PCdoB atuar nas lutas duras, mas promissoras do presente. E esse presente, a inserção deixa claro, é realizar grande aspiração do momento do povo brasileiro que é o país se livrar do pesadelo que é o governo Bolsonaro e construir uma frente ampla que vença as eleições presidenciais, instaurando um governo democrático, de amplas forças, que tire o país da crise e inicie a reconstrução nacional”, ressaltou o secretário.

Acessibilidade

De acordo com as normas estabelecidas na Resolução nº 23.679/2022, a propaganda nacional do PCdoB enviada às emissoras de televisão garantiu ainda, o direito à acessibilidade, utilizando a janela com intérprete de libras, legenda e audiodescrição.

Centenário na TV e rádio em todo o Brasil

O PCdoB tem direito a 10 minutos de propaganda partidária no primeiro semestre deste ano, cinco delas serão exibidas nos dias 22 (terça-feira) e 24 (quinta-feira) com alusão ao centenário do PCdoB comemorado na próxima sexta-feira, 25 de março. Da mesma forma, os estados e o DF também exibirão suas inserções nas emissoras locais em dias alternados, segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira.

No início deste ano, a direção nacional orientou os comitês locais que também fizessem alusão ao centenário do Partido na propaganda partidária. Dessa forma, o PCdoB estará ao logo desta semana, todos os dias, nas emissoras de televisão e rádio do Brasil.

As próximas inserções nacionais serão exibidas no mês de maio.


PCdoB, um século de lutas pelo Brasil, a democracia e o socialismo - Jandira Feghali na Carta Capital

 

Só é possível compreender a história do Partido Comunista do Brasil observando em profundidade a história do Brasil. Mas também não se pode entender a história brasileira sem levar em conta a ação dos comunistas. Assim, passamos a configurar a história do Partido, que completa 100 anos no próximo dia 25 de março, na dinâmica dos grandes ciclos da história republicana. A síntese da história do Partido Comunista do Brasil se rege por esse parâmetro de íntima ligação com a história geral, mas sem abrir mão de sua própria história e prática de construção.

Por Jandira Feghali e Renato Rabelo*

Um barbeiro, um jornalista, dois funcionários públicos, um eletricista, um gráfico, dois alfaiates, um operário. Esses foram os protagonistas da fundação do Partido Comunista do Brasil. As poucas linhas de um artigo não são suficientes para listar os nomes de todos os homens e mulheres que nos permitiram chegar até aqui e comemorar. Mas permitem lembrar e homenagear sua contribuição. Nossa história é a história da união de diversos setores que se aglutinaram em defesa das liberdades democráticas, do direito ao voto para as mulheres, dos direitos para os trabalhadores e trabalhadoras e de uma sociedade onde a classe social não fosse determinante do destino de seu povo.

O caminho defendido era o da organização do proletariado em partido político independente. E, em março de 1922, esse objetivo se concretizou. Este mesmo ano viu acontecer a Semana de Arte Moderna de São Paulo, o levante tenentista do Forte de Copacabana, as comemorações do centenário da independência,  o avanço da luta pelo voto feminino. Um ano de celebrações e conquistas e que viu germinar a semente da luta pela regulamentação dos direitos sociais e trabalhistas.

Tivemos o primeiro operário negro, a se candidatar a presidente da República no Brasil. Honraram-nos a presença constante de mulheres, de artistas de todas as linguagens, de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, de estudantes. São motivo de inspiração os que tombaram na Guerrilha do Araguaia, dando suas vidas por um Brasil livre do arbítrio.

Um partido que nasce em 1922, reafirma-se em 1962 quando vê ameaçada sua existência como organização, que tem como base teórica o marxismo-leninismo e a defesa do socialismo, e manteve firme sua identidade, natureza revolucionária e definição programática, mesmo após o fim da União Soviética e toda a luta ideológica decorrente deste acontecimento histórico.

Nosso Partido manteve sempre a lucidez e a compreensão tática combativa e flexível, encarando a importância das alianças fundamentais e transitórias para os comunistas, para o avanço da nossa luta. E ser força protagonista, nos momentos de grande refluxo e de resistência, na defesa de uma frente ampla para isolar e derrotar o inimigo principal. Assim foi no Colégio Eleitoral, quando derrotamos a ditadura militar, na própria institucionalidade imposta por seu regime, como também na ação estratégica para evitar a fragmentação do campo popular e progressista, na aprovação da federação de partidos.

Esta proposta foi encabeçada pelo grande e saudoso líder e dirigente Haroldo Lima em 1999, e estava há tempos imobilizada em sua tramitação no Congresso Nacional. Foi aprovada em 2021, tendo a garantia da sua constitucionalidade dada pelo STF, e tornou-se  importante instrumento da democracia brasileira. Mais uma vez contou com o decisivo e amplo apoio de muitos aliados.

O legado à Nação de uma organização como o PCdoB aos trabalhadores e ao povo é fruto da militância revolucionária de várias gerações, nas quais estão presentes muitos heróis e mártires do povo brasileiro. Em cada geração destacam-se grupos de dirigentes e, entre eles, lideranças que conquistaram prestígio e autoridade perante o coletivo militante e junto às forças democráticas e progressistas.

O Partido sempre defendeu a paz e a solidariedade entre os povos e rechaçou a guerra e a espoliação imperialista. Sua atuação parlamentar, desde as duas últimas Constituintes do período republicano até hoje, é marcada por muitas conquistas, fruto da combatividade, pela convivência democrática e defesa categórica dos interesses da Nação e direitos do povo. Indo além, sobretudo a partir de 2003, assumiu responsabilidades em diferentes esferas de governo e contribuiu para o avanço do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. Destacados expoentes da cultura das artes vincularam-se ao Partido e continuam a se congregar para fortalecer a cultura brasileira.

“Um Partido orientado por um Programa Socialista situado no contexto do mundo contemporâneo, condizente com a trajetória histórica do país e inserido no curso da luta política real. O processo histórico dessa formação foi doloroso, marcado pela escravidão e pela violência, condicionado pelos interesses de uma elite colonizada. Mas a síntese é grandiosa: um povo novo, uno, com um modo original de afirmar sua identidade”, como destacado no Programa Socialista/2009.

Astrojildo Pereira, que simboliza a fundação, os presidentes Luís Carlos Prestes, João Amazonas, Renato Rabelo e na atualidade Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco, primeira mulher a presidir o PCdoB. O Partido se encontra na linha de frente da oposição ao governo da extrema-direita. Foi o pioneiro a propor a constituição de uma frente ampla, impulsionada pelas forças progressistas, que derrote Bolsonaro e vença as eleições, elegendo um governo de amplas forças capaz de superar a crise e reconstruir o país. O Partido apresentou diretrizes para uma Plataforma Emergencial de Reconstrução Nacional.

Não sem razão, a celebração de um século de existência elegeu como lema “Floresce a Esperança”. Nesses cem anos, o partido se reorganizou, enfrentou a cassação de seu registro e a clandestinidade. Viu seus membros serem perseguidos, torturados e mortos. Chorou seus líderes assassinados na Chacina da Lapa. Mas nunca abandonou a bandeira da esperança.   Essa bandeira estava hasteada e tremulante na campanha “O Petróleo é nosso”, na defesa da anistia ampla geral e irrestrita, contra a carestia, no movimento pelas Diretas Já, pelos direitos sociais e civis, pela ciência, educação e arte, pela saúde e pela vida, pela terra e pelo teto, pelo emprego e renda, em todas as campanhas de Lula, na luta contra o golpe que condenou a primeira presidenta de nossa história sem provas, sem crimes.

Temos esperança em dias melhores. Num país desenvolvido e livre de desigualdades, da opressão de classe, gênero e raça. Essa semente germinou há 100 anos e, ao longo de nossa trajetória, foi constantemente regada e adubada. Em momentos de dificuldades ela floresce e entrega seus frutos. Não será diferente em 2022. Vivemos sob constantes ameaças. A democracia é alvo de ataques orquestrados que visam enfraquecê-la. O país enfrenta uma pandemia na base de fake news, sabotagem e campanhas de desinformação. Não nos furtaremos a enfrentar os retrocessos e aglutinar forças para superá-los. Com a coragem e a determinação de Helenira Rezende, Maurício Grabois, Carlos Marighella, Luís Carlos Prestes, João Amazonas, Haroldo Lima, Elza Monnerat, Sérgio Rubens e tantos outros camaradas que entregaram suas vidas ao bem comum. Essa é a marca do PCdoB.

Viva o centenário do PCdoB!

Viva a democracia!

Viva o povo brasileiro!

 

*Jandira Feghali é deputada federal (PCdoB-RJ) e vice-presidenta do PCdoB. Renato Rabelo é presidente da Fundação Maurício Grabois e ex-presidente do PCdoB

 

Artigo originalmente publicado no site da revistaCartaCapital

 

(PL)

 

Centenário do PCdoB é comemorado com sessão solene na Câmara dos Deputados


Uma sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados marcou, nesta quarta-feira (23), as celebrações em homenagem ao centenário do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).

Criado em 25 de março de 1922, o partido construiu uma trajetória de atuação marcante em diferentes frentes, como nos movimentos dos trabalhadores, das mulheres e da juventude, que conseguiu angariar respeito do povo e profunda inserção no quadro político brasileiro.

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Renildo Calheiros (PE), abriu e presidiu a sessão. Ao fazer sua saudação aos presentes, ele ressaltou alguns aspectos da trajetória da agremiação e lembrou a determinação e coragem dos operários e intelectuais progressistas que se reuniram clandestinamente na cidade de Niterói (RJ) para criar o Partido Comunista do Brasil.

“Em 100 anos de atividade, tivemos apenas 37 anos e meio de legalidade. O restante foi todo na ilegalidade ou na mais completa clandestinidade”, observou Renildo.

“Em todo o período, mesmo na clandestinidade, o Partido sobreviveu e participou ativamente das mais importantes lutas políticas travadas pelo povo brasileiro. Das campanhas em defesa do monopólio estatal do petróleo, à luta firme e resoluta pelo fim do regime militar e em defesa da liberdade e da democracia, a legenda dos comunistas sempre esteve de braços dados com o povo, defendendo seus ideais de justiça, liberdade e democracia”, acrescentou.

O líder da Bancada assinalou que a história mostrou que a sigla se fez necessária no passado e se mostra pronta e capacitada para o presente e futuro, “porque é um Partido com propostas, com um programa para o desenvolvimento e porque tem ideário de lutas a travar”.

Unidade

A presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, apontou que um dos traços mais marcantes da história do partido é ter sido sempre “uma legenda de princípios, de atuação combativa pelos seus ideais e, ao mesmo tempo, que cultiva efetiva convivência democrática com os partidos, parlamentares e autoridades dos demais poderes da República”.

Luciana agradeceu a presença das lideranças de várias siglas com representação no Legislativo, de representantes diplomáticos e homenageou as diversas gerações de militantes e dirigentes do partido. Também lembrou a importância da incorporação do PPL ao PCdoB e disse que a legenda está em condições de superar esse momento de retrocesso vivido pelo país.

“O partido está empenhado, com os movimentos de frente ampla, na tarefa de libertar o país do governo Bolsonaro. De restaurar a democracia e promover uma reconstrução nacional que abra perspectivas a um novo ciclo de prosperidade, desenvolvimento soberano em harmonia com a proteção do meio ambiente e de progresso social”, afirmou.

Homenagens

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), foi a primeira parlamentar a usar a palavra e parabenizou os comunistas pelos 100 anos de história.

Ela lembrou a parceria entre as siglas, destacando que o PCdoB “é um partido irmão, mais do que aliado, que sempre esteve conosco em todas as lutas”. “Temos um grande desafio pela frente, talvez um dos maiores do ponto de vista eleitoral, que é vencer o fascismo, vencer o atraso, vencer Bolsonaro”, disse.

Gleisi destacou ainda que a conquista da federação será um instrumento importante para a construção da unidade das forças progressistas no Brasil.

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) falou em seguida, saudando a comemoração do centenário do partido. “Com muito orgulho, participei desta luta, junto com Haroldo (Lima) e tantos outros companheiros”, lembrou.

Para o deputado Elmar Nascimento (BA), líder do União Brasil, o PCdoB tem desempenhado “um papel importantíssimo na luta intransigente em defesa da democracia” e pelos interesses maiores do povo brasileiro.

A deputada Fernanda Fernanda Melchionna (Psol-RS) falou em seguida, lembrando que o partido comemora 100 anos com uma trajetória que se confunde com a história do movimento operário brasileiro, com as lutas da juventude e dos movimentos populares.

O vice-líder da Minoria, Henrique Fontana (PT-RS), saudou os militantes comunistas: “Comemorar 100 anos de existência de um partido político é algo que marca a história de um país. 100 anos onde o PCdoB sempre esteve ao lado dos trabalhadores, ao lado dos oprimidos e sempre ao lado da democracia”.

André Figueiredo (CE), líder do PDT na Câmara, também ressaltou a trajetória de lutas da legenda em defesa da democracia, “de um Estado que realmente possa servir de redutor de desigualdades, de construção de caminhos mais amplos para que as riquezas do país não fiquem concentradas nas mãos do sistema financeiro”.

Líder do PSD, o deputado Antonio Brito (BA) disse que o centenário do partido mostra que é possível construir partidos, ideias, propostas e debater soluções viáveis com a sociedade.

O líder da Oposição, Wolney Queiroz (PDT-PE), lembrou da amizade que sempre teve com os integrantes da bancada comunistas, desde que chegou à Casa em 1995 para o seu primeiro mandato. “Essa era a turma com quem eu me relacionava aqui”, disse.

Presenças

Participaram da mesa a presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco, o líder na Câmara dos Deputados, Renildo Calheiros, a vice-presidente nacional da sigla, deputada Jandira Feghali (RJ), o deputado constituinte em 1988, Aldo Arantes, e a diretora de Relações Institucionais na União Nacional dos Estudantes (UNE), Thaís Falone.

Representações diplomáticas de países como Nicarágua, China, Coréia Popular, Vietnã, Síria, Palestina, Belarus, Rússia, Cuba, Saara Ocidental e do Irã também marcaram presença, além dos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Jaques Wagner (PT-BA), militantes do partido e dirigentes de várias entidades populares.

Assista a sessão:

Por Walter Félix

Festival Vermelho 100 anos do Partido Comunista do Brasil. Política, cultura e gastronomia. 25 e 26 de março. Caminho Niemeyer - Niterói (RJ). Entrada franca.

 Festival Vermelho

100 anos do Partido Comunista do Brasil. Política, cultura e gastronomia. 25 e 26 de março. Caminho Niemeyer - Niterói (RJ). Entrada franca.
linktr.ee/FestivalVermelho

terça-feira, 22 de março de 2022

Festival Vermelho DF - 22/03 às 19h - 411 Norte

Festival Vermelho DF - 22/03 às 19h - 411 Norte no Encontro à Mineira - BL B Asa Norte - Brasília - DF 
PCdoB - 100 Anos de amor e coragem pelo Brasil



 

segunda-feira, 14 de março de 2022

Yankee Go Home - Carlos Puebla

 

Assembleia do Núcleo Sindical de Base - CTB Bancário(a)s DF Quinta, 17/3/22, às 19h30, pelo Zoom - Negociações e Aliança no Sindicato - Chapas 6 e 77 Cassi Solidária

Assembleia do Núcleo Sindical de Base  - CTB Bancário(a)s DF

Quinta, 17/3/22, às 19h30, pelo Zoom

Negociações e Aliança no Sindicato

Hermelino Neto - Presidente da federação Bahia e Sergipe Rafael Guimarães - Dir. Política Sindical do Sindicato

Eleger chapas 6 e 77 Unidos(as) por uma CASSI SOLIDÁRIA

Cláudio Nascimento

Coordenação: Paulo Vinícius e Lucília Amaral