Luciana
exalta a militante comunista como uma das militantes que atravessou
todas as lutas pelo socialismo desde sua juventude, acompanhando o líder
comunista Luiz Carlos Prestes desde os anos 1950, até sua morte em
1990.
Publicado 04/02/2022 22:07
| Editado 05/02/2022 19:34
Maria Prestes e luta pela memória de Luiz Carlos Prestes A
presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil e vice-governadora
de Pernambuco, Luciana Santos, divulgou nota de pesar pelo falecimento
de Maria Prestes, nesta sexta-feira, 4 de fevereiro, em decorrência de
covid.
Luciana exalta a militante comunista como uma das
militantes que atravessou todas as lutas pelo socialismo desde sua
juventude, acompanhando o líder comunista Luiz Carlos Prestes desde os
anos 1950, até sua morte em 1990.
Ela também destaca a amizade e
carinho que o PCdoB mantinha por ela, que juntos produziram alguns
gestos em honra da memória de Luiz Carlos Prestes e sua luta árdua que
atravessou todo o século XX.Leia a íntegra da nota:
Maria Prestes, grande brasileira, guerreira da luta pelo socialismo
Com
imenso pesar, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) registra o
falecimento, aos 92 anos, nesta sexta-feira (4) de dona Maria Prestes,
personalidade de destaque na luta do povo brasileiro.
Maria
Prestes, ao longo de mais setenta anos de militância comunista, deixa
um grande legado revolucionário. Expressamos, neste momento de dor,
nossa solidariedade aos familiares – entre os quais, Ana Maria Prestes,
da direção nacional do PCdoB, neta de dona Maria –, amigos e camaradas.
Nossos sentimentos mais afetuosos e profundos.
Desde os 13 anos
de idade, no final da primeira metade do século passado, engajada, ao
lado do pai, João Rodrigues Sobral, dirigente do PCB, Maria Prestes
percorre a história brasileira participando como militante comunista de
grandes lutas nacionais.
Enfrentou as garras do Estado do Novo e
do governo do general Eurico Gaspar Dutra, e depois a truculência da
ditadura militar. Padeceu em prisões, enfrentou dificuldades extremas,
inerentes à vida do povo, e, depois, o exílio. Mas, apesar dessas
agruras, dona Maria tinha resistência, fibra, convicções, compromissos
revolucionários com a classe trabalhadora, de quem era filha, e com o
socialismo, cuja bandeira sempre manteve ao alto.Em
1952, quando tinha apenas 20 anos de idade, o Partido designou dona
Maria para a segurança de Prestes em São Paulo. Depois de algum tempo,
na clandestinidade, dona Maria e Prestes se casaram e tiveram sete
filhos.
Após o golpe de 1964, Prestes, então líder máximo do
Partido Comunista Brasileiro (PCB), se exilou com a família na União
Soviética, onde viveram por dez anos. Ao voltar ao Brasil, deixou aquela
agremiação partidária, se filiou ao Partido Democrático Trabalhista
(PDT), liderado por Leonel Brizola, do qual foi presidente de honra.
Após
a morte de Prestes, em 7 de março de 1990, dona Maria seguiu firme na
luta pelo socialismo e pelos direitos povo. E, também, junto com seus
filhos, filhas, netos e netas, se dedicou a disseminar às novas gerações
o legado revolucionário do “Velho”, seu companheiro e camarada Prestes.
Foi
amiga estimada do PCdoB, participando de atividades como a restituição
simbólica pelo Senado do mandato de Prestes, eleito em 1945 e cassado em
1948, em 22 de maio de 2013, por iniciativa do senador comunista Inácio
Arruda. Em 2014, a Fundação Maurício Grabois produziu um documentário
em vídeo e livro sobre sua passagem pelo trajeto da Coluna Prestes no
Rio Grande do Sul, acompanhada dos filhos do casal Mariana e Luís
Carlos. A Fundação Maurício Grabois, também, apoiou uma das edições de
seu livro, Meu companheiro, 40 anos ao lado de Luiz Carlos Prestes.
Participou, ainda, de atividades da Escola do Partido.
A luta
pelo socialismo perde uma de suas guerreiras, mas seu exemplo e legado
enchem de esperança os que seguem levantando sua bandeira e inspiram as
novas gerações que seguirão seu caminho. O PCdoB, comovido e honrado por
ter convivido e se enriquecido com suas contribuições, rende as mais
sentidas homenagens à sua memória. Dona Maria viverá para sempre na
memória e na luta dos que batalham por um mundo de paz e justiça.
Recife, 4 de fevereiro de 2022
Luciana Santos
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