PCdoB-DF homenageou Maria Prestes com um buquê de rosas vermelhas |
Pernambucana, filha de camponeses, e com pai militante comunista, Maria Prestes fez um relato rico de sa experiência de militância comunista, iniciada com o exemplo de seu pai ainda nos anos 40. A dureza da vida camponesa, marcada pela opressão do latifúndio e pela fome, a luta estudantil e juvenil, a clandestinidade em duas ditaduras, a tarefa de, em clandestinidade, cuidar da segurança e da residência da casa em que Prestes vivia. Estas e outras histórias pontuaram um relato pessoal e histórico, que passou por grandes fatos, como a luta contra a guerra nuclear, pela democracia, pelo Petróleo é Nosso.
Jô Moraes (PCdoB-MG), Patrícia Matos (UNE), Maria Prestes e Olgamir Amância (Sec. de Mulheres do DF) |
Maria Prestes mostrou sua personalidade forte e adiante de seu tempo, relatando suas convicções comunistas, definindo a militância comunista como a que vive a vida do povo e a buscar soluções para os seus problemas, e que a luta dos(as) comunistas é para que tenham direito a uma família vivendo dignamente, com casa, trabalho, escola e saúde. Seu depoimento sobre a história de amor de uma vida inteira com Prestes surpreendeu por sua convicção feminista de negar-se a casar "de papel passado" com Prestes. Segundo ela, o casamento é mais que um contrato e ela não se dispunha a assinar contratos. Disse a Prestes que aceitava ficar junto a ele, mas que se não desse certo, não permaneceria. E relatou que em uma vida juntos, a convivência foi marcada por muita compreensão e carinho.
Falou da sua luta pela Reforma Agrária, que marcou sua militância e a história do Partido, tecendo elogios ao MST, e reafirmou sua convicção de que o Brasil pode chegar ao socialismo, sob a liderança dos trabalhadores. Maria Prestes mencionou sua vida sob o socialismo na Europa, relatando que, apesarda superioridade do socialismo, ainda persistiam problemas na nova sociedade que precisavam ser enfrentados.
Bancada Comunista na Constituinte de 1946. O Senador Prestes ao centro, tendo a sua direita João Amazonas e à esquerda Maurício Grabois. Todos cassados injustamente por suas convicções comunistas. |
Após o depoimento, a coordenadora da mesa, diretora da UNE e membro do comitê regional Patrícia Matos passou a palavra para deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), que ressaltou a importância do exemplo e dos valores que Maria Prestes representa para as mulheres e para toda a militância comunista, de amor ao povo, convicção no socialismo e persistência militante.
Olgamir Amância, Secretária de Mulheres do Distrito Federal finalizou o ato, ressaltando que o depoimento de Maria Prestes ilustrou a importância da luta das mulheres para a História do Brasil, que não pode ser contadas sem mencionar o seu protagonismo.
O presidente do PCdoB, Augusto Madeira, encerrou o ato informando a militãncia comunista que o Senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) naquele mesmo dia havia apresentado Projeto de Resolução, solicitando a anulação da cassação do Senador Luís Carlos Prestes, com debate a ocorrer naquele exato momento, contando com o apoio irrestrito daquela Casa.
Em meio a um conjunto de eventos que celebram os 90 anos do Partido Comunista do Brasil, a presença generosa de Maria Prestes na sede do PCdoB-DF cativou, enterneceu e fortaleceu convicções. Pela voz de uma mulher do povo, comunista de toda uma vida, celebrou-se sinceramente a vitalidade da militância comunista, que chega ao século XXI, a despeito de tantas dificuldades, celebrando em uníssono uma história comum de dedicação incansável pelo socialismo e os mais altos interesses do povo brasileiro.
Paulo Vinícius Silva
E eu, ainda às voltas com o desafio de ser mãe e militante ( a porção mãe ganhando, sempre!), perdi esse debate tão interessante! Bom que temos o blog para nos deixar a par do debate. Parabéns PCdoB, grande abraço!
ResponderExcluirMuito Bom, gostaria de ter podido ir. Estava fora.
ResponderExcluirValeu pela postagem.
Saludos
Muito Bom, gostaria de ter podido ir. Estava fora.
ResponderExcluirValeu pela postagem.
Saludos