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Textos de Combate: Sem perder a ternura, jamais - Paulo Vinícius da Silva - à Venda
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segunda-feira, 17 de agosto de 2020
Flávio Dino: A Lei de Responsabilidade Social - Portal Vermelho e Veja
É dever do Estado e da ordem econômica combater as desigualdades sociais.
Publicado 17/08/2020 17:12 | Editado 17/08/2020 18:36
“As leis não bastam, os lírios não nascem da lei”, disse Drummond. Parece ser verdade, ainda mais em um país que possui a singular categoria das leis que “não pegam”, fato que alimenta a visão de que o Brasil já tem leis demais. Contudo, há muitos exemplos de leis de alta eficácia, que geraram inclusive profundas mudanças culturais. Inserem-se nesse rol o Código de Defesa do Consumidor, a legislação que criou o SUS e as leis do FUNDEF/FUNDEB. Vale dizer: existem leis que, excepcionalmente, fazem nascer lírios.
Em 2000, o Brasil aprovou a Lei Complementar 101, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Este diploma normativo sistematizou regras de grande utilidade sobre receitas, despesas, dívidas, controle e fiscalização. Decorridas duas décadas do advento da LRF, a pandemia do coronavírus sublinhou terríveis aspectos da vida nacional, mormente o peso das desigualdades sociais e regionais. Entre as questões daí derivadas está a concernente aos limites de uma gestão pública aferrada ao conceito de responsabilidade fiscal e insensível a outros parâmetros. Isso poderia ser considerado um bom governo, compatível com os ditames constitucionais ? E mais: é fiscalmente responsável a manutenção de milhões de brasileiros afastados de direitos básicos ? Para responder a esta pergunta, basta que consideremos que a legião de trabalhadores atualmente precarizados, despossuídos de direitos trabalhistas e previdenciários, se constituem em futura clientela de programas assistenciais como o benefício de prestação continuada, isto é, o Estado vai arcar com ônus sem ter recebido as contribuições inerentes a vínculos formais de trabalho.
Na última sexta-feira, em debate com centenas de pessoas organizado pelo MST, assisti ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, defender a adoção de uma Lei de Responsabilidade Social (LRS). A ideia me parece valiosa, especialmente na atual conjuntura. Em primeiro lugar, há o efeito de frisar que a verdadeira responsabilidade fiscal não está apartada de outros objetivos. Em segundo lugar, a proposta dialoga com o que vimos na pandemia: sem ações estatais, o mínimo de justiça social é rigorosamente impossível, como se constata com o poderoso efeito do auxílio emergencial de R$ 600 aprovado pelo Congresso Nacional.
Há precedentes em estados e municípios, bem como no mundo empresarial e dos movimentos sociais, que podem ajudar na reflexão sobre o tema. A LRS deve fixar metas sociais a serem cumpridas pelos gestores públicos, fixando parâmetros novos para os órgãos de controle e um sistema de sanções. Demais disso, a LRS deve instituir balizas para a atuação do Banco Central, das agências reguladoras e dos fundos públicos. Por exemplo, é razoável que bilhões de reais estejam retidos em fundos enquanto milhões de estudantes não tem acesso à internet e estão impossibilitados de acompanhar modalidades de educação não presencial?
A LRS pode também estabelecer rankings mais justos para as gestões governamentais, na medida em que resultados sociais sejam avaliados conjuntamente com os resultados fiscais, por exemplo para fixação dos ratings que permitem acesso a operações de crédito. Dessa maneira, serão atendidos os princípios constitucionais da economicidade e da eficiência, que não se confundem com a ideia tosca de corte de gastos como a “virtude suprema”. Afinal, é um bom gestor aquele que corta gastos ao ponto de levar à paralisação de serviços essenciais e a graves danos para centenas ou milhares de pessoas?
De outra face, a LRS pode estabelecer orientações para ações de responsabilidade social das empresas e de organismos da sociedade civil, além de melhor incentivar ações de voluntários. Institutos novos, como as PPPC (parcerias público-privadas comunitárias), podem também ser regulados pela LRS.
Os artigos 3º e 170 da Constituição Federal determinam que é dever do Estado e da ordem econômica combater as desigualdades sociais. E para isso só existe uma forma autêntica, qual seja, combinar responsabilidade fiscal com social. Uma não vive sem a outra, a não ser em visões puramente ideológicas e descomprometidas com a Constituição Federal. Um bom governo se guia por metas fiscais e sociais, para que tenhamos equilíbrio das contas públicas e verdadeiro progresso.
Fonte: Veja
sábado, 15 de agosto de 2020
Gilmar Mendes, Roosevelt e a Frente ampla - Live do MST com a presença do Ministro Gilmar Mendes - Imperdível
Gilmar Mendes foi um garantista e jogou muito, não o critico por sua decisão sobre o Queiroz. Mas me impressionou...
Publicado por Paulo Vinícius em Sábado, 15 de agosto de 2020
sexta-feira, 14 de agosto de 2020
DESPEJO CRIMINOSO de Zema em Minas contra 450 famílias há mais de 20 anos no Quilombo Campo Grande - MST
DESPEJO CRIMINOSO
Governador de MG, Romeu Zema, cria um verdadeiro cenário de guerra para despejar 450 famílias que moram há mais de 20 anos no acampamento Quilombo Campo Grande.
Além do despejo criminoso durante a pandemia, a polícia militar de Zema aterrorizou as famílias, pressionou usando helicópteros e bombas, assustando as crianças e provocando pânico.
Denuncie. Compartilhe. Poste em suas redes sociais.
#ZemaCriminoso #SalveQuilombo
claro que por trás de jagunço tem sempre um empresário https://t.co/34LLKKWOMs
— Sorocaba não é Ocidente (@coalacroata) August 14, 2020
quinta-feira, 13 de agosto de 2020
Aniversário cheio de saudades do imprescindível Fidel Castro - Fidel na ONU
Na data de hoje, há 94 anos nasceu o grande Fidel Castro
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
De Olho no Mundo, por Ana Prestes - Portal Vermelho - Kamala Harris, Sputnik V, COVID 19, Bolívia e Bielorrússia
A escolha da senadora Kamala Harris como vice de Joe Biden, o anúncio pelo Rússia da primeira vacina contra Covid-19, a exclusão da Venezuela da Cúpula pela Amazônia e as manifestações no Líbano e na Bolívia estão entre os assuntos analisador por Ana Prestes.
Publicado 12/08/2020 13:54 | Editado 12/08/2020 15:07
A senadora pela Califórnia, Kamala Harris, foi a escolhida para compor chapa com Joe Biden pelos democratas na corrida presidencial dos EUA. Ela é a primeira mulher negra a compor uma chapa presidencial do partido democrata, os republicanos também nunca tiveram uma mulher negra candidata. Harris já foi procuradora-geral da Califórnia e no Senado está em duas comissões importantes, Justiça e Inteligência. A senadora é criticada pela esquerda e movimento civis e sociais da Califórnia por defender projetos que resultam no encarceramento em massa da população pobre e negra jovem como medida de combate ao crime. Por outro lado, ela está próxima de setores mais à esquerda dos democratas, como Sanders e Ocasio-Cortez, ao defender o Green New Deal como uma solução para transformar a matriz energética dos EUA e zerar as emissões de carbono até 2030. A chapa ainda precisa ser referendada pelos democratas em Convenção Nacional. Caso a chapa vença as eleições, muitos já falam que Harris seria a candidata natural dos democratas em 2024.
O dia de ontem (12) foi de muitos comentários sobre o anúncio do governo russo de que teria finalmente chegado a uma vacina contra o novo coronavírus, a Sputnik V. O nome faz referência ao Sputnik, primeiro satélite artificial a orbitar a Terra lançado em 1957 pela então União Soviética. As avaliações mais críticas ao anúncio dizem que seria muito difícil provar a eficácia de uma vacina com apenas dois meses de testes. Outros dizem que não há suficiente debate internacional sobre os resultados atingidos nos testes, com publicação de artigos e promoção de intercâmbio científico. Entidades russas de professores, que devem estar no primeiro bloco de imunizados, após os médicos e profissionais da saúde, e a AOKI – Associação de Organizações de Pesquisa Clínica também pediram ao governo russo para evoluir mais nos testes antes de iniciar a aplicação, pois a população poderia ser exposta a uma vacina ainda não suficientemente testada. Por outro lado, muitos questionam se Putin e seu governo arriscariam tanto com a divulgação de uma vacina sem segurança sobre o produto. As autoridades russas hoje (12) reagiram ao criticismo internacional reafirmando seus procedimentos na validação da vacina. Fica a impressão de que a Rússia fez o registro, o anúncio, e vai “trocar os pneus com o carro andando”, ou seja, enquanto produz a vacina em escala, vai realizar a terceira fase de testes e fazer as publicações científicas correspondentes. A ver. A vacina não aparece na lista da OMS que relaciona os projetos que já chegaram à fase 3 de testes e a organização se pronunciou ontem dizendo que aguarda contato com autoridades russas para conhecer detalhes do imunizante. No Brasil, o governo do Paraná anunciou que deve assinar hoje (12) um acordo com a Rússia para a produção e distribuição da vacina, ficando a condução a cargo do Tecpar – Instituto de Tecnologia do Paraná.
Novamente com a Venezuela excluída os presidentes dos países amazônicos se reuniram na Segunda Cúpula Presidencial pela Amazônia. Desta vez o encontro foi por videoconferência. O primeiro encontro foi presencial, em setembro do ano passado, na cidade colombiana de Letícia. De onde saiu o Pacto de Letícia. Além do presidente Duque da Colômbia, participaram Bolsonaro pelo Brasil, Lenin Moreno pelo Equador, a de fato Añez pela Bolívia, Vizcarra pelo Peru e autoridades do Suriname e Guiana. A reunião teve como objetivo reafirmar os 52 pontos da Declaração de Letícia e a discussão sobre o financiamento dos projetos previstos nesses pontos. Participaram do encontro o presidente do BID, Luis Alberto Moreno e uma representante da OTCA – Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, com sede no Brasil, Maria Alexandra Moreira. Alvo de críticas internacionais por sua política ambiental e em especial com relação às queimadas na região amazônica, o Brasil não participou do primeiro encontro de Letícia. Nesse segundo encontro, o mundo inteiro noticiou a fala do presidente Bolsonaro, especialmente quando ele disse ser “mentira” que os incêndios estão devastando parte significativa da Amazônia brasileira. Ele contradisse dados de seu próprio governo que através do INPE deixam claro que em 12 meses aumentou em 33% a devastação da floresta. Ele ainda desafiou os líderes dos outros países a sobrevoarem a floresta e apontarem algum foco de incêndio ou hectare desmatado.
A Nova Zelândia tem eleições marcadas para setembro, mas a primeira ministra Jacinda Ardern anunciou que há hipótese de adiamento diante do ressurgimento de casos de coronavírus no país após mais de 100 dias sem infecções. Os casos surgiram em Auckland, maior cidade do país, e que agora está em confinamento. O partido de oposição, Partido Nacional, também pede adiamento das eleições para o fim do ano ou princípio de 2021. Com uma população de 5 milhões de habitantes, a NZ registrou 22 mortos por Covid-19 até agora, além de ter ficado 102 dias sem contágio registrado.
Na Europa, o coronavírus preocupa na Espanha. Na última semana, uma média de 4900 casos diários foram registrados. Superior aos números da França, Reino Unido, Alemanha e Itália juntos. Críticos ao governo dizem que houve “muita pressa” no desconfinamento, visto que a explosão de casos veio justamente duas semanas após a abertura.
No Líbano, seguem as manifestações populares contra o governo, mesmo com a renúncia do premiê e todo seu gabinete. Ontem (12) milhares de pessoas marcharam perto do porto destruído e fizeram um minuto de silêncio no minuto exato em que há uma semana ocorreu a explosão. Cristãos e muçulmanos foram convocados por suas igrejas para fazerem um dia de orações. O número oficial de vítimas passou para 171, mas há estimativas de que são mais de 200. Deixo aqui o link da história de três bombeiros ainda desaparecidos que morreram ao tentarem apagar um incêndio no porto, sem saberem quem o galpão incendiado possuía nitrato de amônio:
Após Alemanha e França suspenderem acordos de extradição com Hong Kong. O executivo da ilha fez o mesmo por reciprocidade. Canadá, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia também anunciaram as mesmas medidas.
Em Belarus, ou Bielorrússia, também seguem os protestos. Ontem foi a terceira noite de manifestações após as eleições de domingo (9). Muitas ruas na região da capital Minsk estão bloqueadas e cenas de prisões arbitrárias e violência policial pipocam nas redes. Milhares de pessoas foram detidas. Jornalistas também têm denunciado que suas câmeras estão sendo tomada ou tendo chips arrancados. A candidata de oposição a Lukashenko, que governa o país desde 1994, deixou o país e se refugiou na Lituânia.
Na Bolívia também seguem os protestos e os bloqueios de vias. Ontem o ministro de governo, Arturo Murillo, reagiu dizendo à CNN que estão “tratando de evitar uma guerra civil no país, que tem horas contadas para começar”. Defendeu ainda que “meter bala” nos bloqueios seria “politicamente correto”. Os protestos são organizados pela COB (central de trabalhadores) e o Pacto de Unidad contra o adiamento das eleições para 18 de outubro. Embora o governo de fato ainda não tenha entrado mais fortemente com o exército e polícia contra as manifestações, grupos paramilitares estão sendo usados para atacar os manifestantes. O chefe das forças armadas, Sérgio Orellana, envolvido no golpe contra Evo, tem colocado uma série de condicionantes ao governo Añez para ir fazer os “desbloqueios” das vias ocupadas pela população. Uma delas é a imunidade quanto ao uso da força e armamentos e outra é quanto ao rebaixamento do papel das forças policiais.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, pediu ontem (11) o adiamento das eleições legislativas da Venezuela marcadas para 6 de dezembro, diante da negativa de alguns partidos da oposição de participarem do pleito. A declaração foi feita após o chanceler Arreaza enviar convite à União Europeia para o envio de observadores internacionais durante o processo eleitoral.
V Curso do Barão de Itararé: Comunicação para derrotar o bolsonarismo - Inscrição até 14/08
O Barão faz um grandioso curso para armar a luta nas redes contra a extrema direita e o genocídio. Além da qualidade das palestras e debatedores, os custos de R$ 100 da inscrição ajudarão muito na reisistência dessa entidade fundamental da luta em defesa da democracia, o nosso Centro Barão de Itararé. O Blog Coletivizando apoia totalmente.
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V Curso Nacional de Comunicação do Barão de Itararé
Como enfrentar e derrotar o bolsonarismo
24, 25 e 26 de agosto de 2020
24 de agosto, segunda-feira, às 9 horas
Quem são os bolsonaristas?
- Esther Solano – pesquisadora da USP;
- Felipe Nunes – Diretor da Consultoria Quaest;
- Marcos Coimbra – diretor do Vox Populi;
Coordenação: Rita Casaro
24 de agosto, segunda-feira, às 14 horas
As batalhas políticas
- Gleisi Hoffmann – deputada federal e presidenta nacional do PT;
- Manuela D’Ávila – ex-deputada do PCdoB
- Juliano Medeiros – presidente nacional do PSOL
- Túlio Gadelha – deputado federal do PDT-PE
- Lídice da Mata – deputada federal do PSB-BA
-Coordenação: Wesley Oliveira Lima
24 de agosto, segunda-feira, às 17 horas
Cultura e humor em tempos de cólera
- Danilo Miranda – diretor do Sesc;
- Sergio Mamberti – ator, diretor e produtor cultural;
- Renato Aroeira - cartunista;
- Gregório Duvivier – ator e humorista;
- Maria Augusta Ramos – cineasta;
Coordenação: Larissa Gould
25 de agosto, terça-feira, às 9 horas
Os embates teóricos
- Marcia Tiburi – filósofa, escritora e professora da Université Paris 8;
- Silvio Almeida – jurista, escritor e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie;
-
Laurindo Lalo Leal Filho – professor aposentado da Universidade de São
Paulo, ex-apresentador da TV Brasil e integrante do Conselho
Deliberativo da Associação Brasileira de Imprensa (ABI);
Coordenação: Carlos Tibúrcio
25 de agosto terça-feira, às 14 horas
A disputa nas redes sociais
- Sérgio Amadeu – sociólogo e professor da Universidade Federal do ABC;
- Fabio Malini – pesquisador em ciências de dados e professor da Universidade Federal do Espírito Santo;
- Nina Santos – Pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital;
- Diego Dorgam – professor de Deep Learning na Universidade de Brasília;
Coordenação: Ana Flávia Marx
26 de agosto, quarta-feira, às 9 horas
A mídia diante do bolsonarismo
- Renata Mielli – coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC);
- Leonardo Attuch – editor do Brasil 247;
- Angela Carrato – professora da Universidade Federal de Minas Gerais;
- Bia Barbosa – jornalista e conselheira eleita do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)
Coordenação: Maria Alice Vieira
26 de agosto, quinta-feira, às 14 horas
O bolsonarismo está em crise?
- Franklin Martins – ex-ministro da Secom-PR no governo Lula;
- Heloisa Starling – professora da Universidade Federal de Minas Gerais e coordenadora do Projeto República;
- Rodrigo Vianna - jornalista
- Dennis de Oliveira – jornalista e professor da Universidade de São Paulo;
Coordenação: Roni Barbosa
*A confirmar
Orlando Silva pré-Candidato a Prefeito de São Paulo, em entrevista à FSP
Pré-candidato a prefeito, Orlando Silva quer usar luta racial para dialogar com periferia e se diferenciar de adversários
Publicado 12/08/2020 02:40 | Editado 12/08/2020 09:41
O deputado federal Orlando Silva será o primeiro candidato na história do PCdoB à Prefeitura de São Paulo. Para ele, emprego é, atualmente, a principal reivindicação da população paulistana. “Vou apresentar um programa emergencial para a geração de vagas nos próximos dois anos”, diz Orlando, em entrevista à Folha de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira (12).
Ex-ministro do Esporte (2006-2011) e ex-vereador na capital paulista (2003-2005), o pré-candidato comunista a prefeito diz admitir a adoção de incentivos financeiros para enfrentar o desemprego. “A cidade terá que renegociar os grandes contratos para garantir um espaço fiscal e dar fôlego aos pequenos comerciantes e às pequenas empresas.”
Confira os principais trechos da entrevista.
Folha de S.Paulo: Pretende
fazer uma campanha voltada a questões locais ou mais nacionalizada, com
ênfase na oposição ao presidente Jair Bolsonaro?
Orlando Silva:
São Paulo é uma cidade-estado, o maior colégio eleitoral do País, o que
faz com que o interesse nacional repercuta sobre a vida do município, e
vice-versa. Isso dá dimensão nacional à disputa, mas há que se fazer um
enfrentamento levando em conta a realidade local.
Folha: E o que a realidade local apresenta?
Orlando:
Decidi que meu partido deveria ter candidato no segundo turno da
eleição de 2018, quando vi Mano Brown falar que, se [um partido] deixou
de entender o povão, já era. Se não falar a língua do povo, vai perder
de novo. Ali passei a refletir: Temos que aprender com o povo. A
esquerda precisa ser mais humilde. Perceber que derrotas, quando nós as
sofremos, deixam lições. É preciso se reconectar com o povão.
Folha: Como se reconectar?
Orlando:
Desde 2016 se fala que a sociedade está polarizada, mas a impressão que
tenho é que é mais militante de um lado e do outro, enquanto o povão
mesmo fica olhando o cenário. Daí a necessidade de estruturar um projeto
político popular renovador para a cidade de São Paulo.
Folha: O sr. vai dialogar com os eleitores de Bolsonaro e buscar os votos deles?
Orlando:
As pesquisas mostram que bolsonaristas são 15%, no máximo 20% do
eleitorado. Mas tem gente que ainda observa Bolsonaro com simpatia
porque não vê alternativas e, ao mesmo tempo, não quer voltar ao
passado. A esquerda tem que pisar no barro, ouvir o povo, reelaborar
programa e, com muita humildade, trilhar um caminho novo. Temos que
voltar a fazer trabalho de base, preocupar menos com lacração na
internet e mais com a organização do povo. Comunidades religiosas
pentecostais e neopentecostais, com grande penetração na periferia, têm a
ver com respostas a problemas. Em vez de atacá-las, deveríamos aprender
com elas e resgatar o que foram marcas dos movimentos progressistas,
como mutirões, iniciativas populares de saúde e de creche.
Folha: Essa será a proposta da sua campanha?
Orlando:
Falo em tirar energia e criatividade da periferia porque é de onde eu
vim. Precisamos olhar para ela como o lugar da potência, não da
carência. Nasci num bairro periférico de Salvador, estudei em escola
pública, usei unidade básica de saúde. Quero levar para a campanha a
indignação de quem conhece os problemas do povo de viver, não de ouvir
dizer.
Folha: Como essas pautas podem se converter também em apoio da classe média, da elite?
Orlando:
Em estratos médios e mesmo nos altos, quem tem capacidade crítica se
comove com o drama da realidade na periferia e se mobiliza para apoiar
um projeto que coloque foco em ajudar primeiro quem mais precisa.
Folha: É um discurso próximo do de Jilmar Tatto (PT) e Guilherme Boulos (PSOL), ambos do campo da esquerda.
Orlando:
O Tatto e o Boulos são amigos [meus]. Pode haver identidades porque
compomos o mesmo campo. Mas uma liderança política negra enfrentar o
racismo estrutural é diferente de uma que ouve dizer o que é o racismo.
Folha: Como pretende se diferenciar dos dois?
Orlando:
Vou, com a minha experiência de vida e pessoal, valorizar a minha
condição de negro e debater a representatividade na política. Não serão
os brancos que vão romper com o racismo estrutural.
Folha: Que medidas efetivas um prefeito pode adotar para combater o racismo no âmbito municipal?
Orlando:
Temos que fazer cumprir plenamente as leis que obrigam o ensino nas
escolas da história da África e da cultura afro-brasileira. A prefeitura
também pode liderar movimentos que coloquem mais peso em políticas
públicas, com o cumprimento da política de cotas na administração, e em
mobilização do setor privado, engajando empresas para gerar
oportunidades para a população negra.
Folha: Qual é a maior demanda do paulistano, principalmente pós-pandemia?
Orlando:
Emprego. Vou apresentar um programa emergencial para a geração de vagas
nos próximos dois anos. A cidade terá que renegociar os grandes
contratos para garantir um espaço fiscal e dar fôlego aos pequenos
comerciantes e às pequenas empresas.
Folha: Com isenção de impostos?
Orlando:
A cidade pode suspender a cobrança de determinados tributos durante um
período. E aí vem a pergunta: mas como vamos pagar a conta? Você negocia
uma moratória nos grandes contratos e abre um espaço fiscal para dar
suporte aos micro e pequenos empresários. Um momento excepcional pede
medidas excepcionais.
Folha: Nesses grandes contratos, o sr. inclui os de transporte público, que demandam subsídio da prefeitura?
Orlando:
A meu ver, o subsídio é uma caixa-preta. É necessário auditar. Não dá
para manter no nível de hoje. O tema da mobilidade é um dos que exigem
aliança de São Paulo com outros entes da Federação, para ampliar o
transporte de alta capacidade, com expansão das malhas metroviária e
ferroviária. E inclusive envolver captações internacionais. Deveríamos
abrir diálogo com a China, um país que tem feito muitos investimentos em
infraestrutura.
Folha: Como avalia o governo de Bruno Covas (PSDB), pré-candidato que hoje lidera as pesquisas?
Orlando:
A gestão João Doria/Bruno Covas passará à história como uma gestão nula
para a cidade de São Paulo. Quantas políticas inovadoras foram feitas?
Nenhuma. Que iniciativa estruturante para o futuro foi feita? Nenhuma.A
gestão da Covid-19 foi marcada por vacilações, com repercussão na vida
das pessoas: o rodízio, que jogou grande parte dos trabalhadores no
transporte público, a falta de descentralização dos hospitais de
campanha e os sinais contraditórios no debate sobre a volta às aulas.
Folha: O sr. vai se licenciar para fazer a campanha?
Orlando:
Não. O exercício do meu mandato também é parte da estratégia de
campanha, com medidas prioritárias como o auxílio emergencial, a medida
provisória para manter os empregos e a regulação do combate às fake
news. Durante a campanha, vou falar do que fiz na crise da Covid-19.
Folha: Como será fazer campanha por um partido que tem no nome o comunismo, demonizado por Bolsonaro e a direita?
Orlando:
Olha, pelo Bolsonaro, 80% do Brasil é formado por comunista. A minha
perspectiva sempre foi a de construir uma sociedade justa, com igualdade
de oportunidades e comunhão. Um governo comunista é como o do Maranhão,
que o Flávio Dino faz. Quero governar São Paulo inspirado em Flávio
Dino.
Folha: O sr. também cita a China, outro “bicho-papão”.
Orlando: A China, que é um país onde estive três vezes, é uma experiência comunista, com muito desenvolvimento, e que pode ser um local de muitas parcerias para a nossa gestão.
Folha: Existe chance de retirada da sua candidatura?
Orlando: Nenhuma.
Folha: A inédita ausência do PT em uma campanha do PCdoB na capital enfraquece ou fortalece seu nome?
Orlando:
Apresentar um projeto para a cidade é o nosso desafio. Tenho muitos
amigos no Partido dos Trabalhadores, o Lula foi um extraordinário
presidente, mas nós temos que olhar para a frente.
Folha: O que motivou a cisão?
Orlando:
Nós, do PCdoB, entendemos que é necessário estruturar um projeto
político para a cidade de São Paulo que não será feito à sombra do PT e
que precisa de um líder. Foi-se o tempo em que São Paulo melhor seria
governada por um gerente. Aliás, tem gente que se agarrou a esse
conceito de ser gerente e teve um péssimo resultado, inclusive eleitoral
[referindo-se a João Doria, do PSDB].
Folha: O PCdoB terá baixo tempo de TV e poucos recursos do fundo eleitoral. Como driblar isso?
Orlando:
Vamos fazer o que estiver ao nosso alcance. Vou apostar muito nos
debates na TV, na militância e na força das ideias para atrair o voto
progressista e ocupar um espaço. Quem sabe nós não chegamos ao segundo
turno?
sábado, 8 de agosto de 2020
NOTA DE FALECIMENTO DE DOM PEDRO CASALDÁLIGA PLA, CMF
Informações detalhadas com:
Pe. Ronaldo Mazula, CMF, celular/WhatsApp (11) 9.7173-7755, com Pe. Brás Lorenzetti, CMF, celular/whatsApp (16) 99257-6513 ou ainda 16 99176 8284(Pe. Luiz Botteon).No site www.claretiano.edu.br/dompedro
Nas redes sociais (https://www.instagram.com/casaldaliga_claretiano/ e https://www.facebook.com/pedro.casaldaliga.184)
O velório acontecerá em três locais:
1 - Em Batatais - SP
O corpo de Dom Pedro Casaldáliga, CMF, será velado, no dia 08 de agosto de 2020, a partir das 15 horas na capela do Claretiano - Centro Universitário de Batatais, unidade educativa dirigida pelos Missionários Claretianos, situada à rua Dom Bosco, 466, Castelo, Batatais, São Paulo, Brasil. Informações: 16.3660-1777.
A missa de exéquias será celebrada, em Batatais, no dia 09 de agosto de 2020 às 15h, no endereço acima e será aberta ao público em geral, além de ser transmitida ao vivo pelo link https://youtu.be/spto8rbKye0. O link estará aberto para que outros veículos de comunicação possam retransmitir.
2 - Em Ribeirão Cascalheira - MT
O corpo de Dom Pedro Casaldáliga, CMF, será velado no Santuário dos Mártires, a partir do dia 10 de agosto, sem previsão de horário de chegada do corpo. Informações: telefone 66 - 98420 - 2253 Pe. Tiago.
3 - Em São Félix do Araguaia - MT
O corpo de Dom Pedro Casaldáliga, CMF, será velado no Centro Comunitário Tia Irene. O sepultamento será em São Félix do Araguaia.
SEM PREVISÃO DE DIA, POIS ANTES PASSARÁ POR RIBEIRÃO CASCALHEIRA. Informações: com Pe. Saraiva telefone: 31 - 99677 - 4875.
Reunião da CTB Bancários do Distrito Federal no dia 07/08, Dia de Luto e Luta
O que rolou na reunião da CTB Bancários do Distrito Federal no dia 07/08, Dia de Luto e Luta, em Brasília, mas com a...
Publicado por Paulo Vinícius em Sábado, 8 de agosto de 2020
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Bancários(as) da CTB DF debatem campanha nacional nesta sexta, 07/08 às 19 horas pelo Zoom
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Andei em busca da Cifra da Internacional, o hino mundial dos trabalhadores e trabalhadoras e não achei opções, excetuando-se a versão d...
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E nossa história não estará pelo avesso, assim, sem final feliz: teremos coisas bonitas pra contar. E até lá, vamos viver, temos muito ainda...
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A campanha nacional dos bancários termina com gosto amargo. Especialmente no BB, a revolta com a falta de ganho real significativo é imens...