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sábado, 21 de julho de 2018

Fica a Dica do PCdoB: vamos de mãos dadas - Paulo Vinícius Silva

Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas

Drummond





Manuela Dávila, do PCdoB


O PCdoB tem uma longa tradição de construção da unidade não só na esquerda, mas com nacionalistas e democratas. O chamado para a criação da Frente Brasil Popular de 1989 foi feito pela sigla, num gesto de grandeza em apoio à candidatura de Lula. Mas também a Constituinte, a Redemocratização e a vitória de Tancredo, a vitória de JK, tiveram lá a contribuição dos comunistas do Brasil, que buscam ser consequentes, seguir o conselho do Marx, no Manifesto Comunista, que completou 170 anos: lutar no presente com a cabeça no futuro do movimento. Ver longe. O Comitê Central do PCdoB adotou uma resolução justa, cirúrgica, ajustada ao momento de confusão e ameaça que vivemos. Mais que isso, a resolução é funcional, orienta o conjunto das ações de todos e todas as militantes na reta decisiva das coligações. E nos dá liberdade para agir.

O Partido é muito habilidoso, tem conteúdo, seus quadros são notáveis e tem princípios, como sempre se mostrou na solidariedade ao Ex-Presidente Lula - sempre. Reflete num momento grave de união da direita golpista e dispersão do povo. Age com a sensibilidade e a responsabilidade que o momento exige. E foi cristalino ao apresentar seu projeto, é muito importante o avanço eleitoral do PCdoB como parte de uma vitória do povo brasileiro e da nossa democracia.




Treino é treino, jogo é jogo, e o que se poder perder é o futuro do Brasil, da democracia, uma vida de privações para nosso povo. Vamos por toda parte dialogar pela unidade da esquerda, dos nacionalistas, democratas, já no primeiro turno para salvar o Brasil.

A Frente Ampla exige o entendimento da esquerda, representada nas candidaturas de Manu, Lula, Ciro e Boulos para a partir daí unir o Brasil e vencer o golpe. Então, essa clareza é material finíssimo para a luta política nas próximas semanas.

Vamos trabalhar pela unidade, rejeitar provocações e arroubos, o momento é de paciência, mobilização, responsabilidade. Nossa Pré-candidata, a querida camarada Manuela Dávila seguirá nos orgulhando a cada gesto, construindo a política desse coletivo que se afirma no cenário nacional como o que é: uma força já quase secular, mas que renova a política brasileira, força nacionalista, da classe trabalhadora, das mulheres e da juventude. Como foi acertado ter lançado Manu e ver a importância do papel que tem assumido e tanto há para fazer!




Eu acredito que é possível unir, é possível vencer, como diz o PCdoB. O povo unido jamais será vencido. É essa união que permitirá à maioria do povo entender o perigo e salvar o nosso país pela democracia.

Confira na íntegra:
PCdoB faz chamado a PT, PDT e PSB à unidade

quinta-feira, 12 de julho de 2018

CTB - Paulo Vinícius - CDEICS - CÂMARA - Desenvolvimento produtivo e me...





Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços - CDEICS
Tema: "Desenvolvimento produtivo e mercado de trabalho" Requerimento nº 156/2018 Iniciativa: Deputado Daniel Almeida
Local: Anexo II, Plenário 05
Data: 11/07/2018

Sessão: Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços - Audiência Pública

terça-feira, 10 de julho de 2018

Manuela D’Ávila:'Não temos o direito de não vencer as eleições' - Portal Vermelho

Manuela D’Ávila: \'Não temos o direito de não vencer as eleições\' - Portal Vermelho:

Em um grande ato na Unicamp, nesta quinta-feira (28), que reuniu mais de mil pessoas, a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, reafirmou a importância de ganhar as eleições para barrar o projeto neoliberal que destrói o Estado brasileiro. Manuela frisou que a velocidade da destruição do Brasil e dos direitos dos trabalhadores é avassaladora.
Foto: Karla Boughoff
“Acabaram com a CLT, sem legitimidade e autoridade política. Estão entregando o pré-sal, uma das perspectivas do desenvolvimento de médio e longo prazo altamente vinculada à produção científica nacional (…) A gente não tem o direito de não lutar obsessivamente por ganhar as eleições. Por que? O presidente nesse país não é um rosto, é um projeto. E o projeto neoliberal do governo Temer está rondando um monte de candidaturas”, explicou.

Questionada sobre o ex-presidente Lula, a pré-candidata do PCdoB afirmou que o pré-candidato do PT está preso porque está em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. “Lula é submetido a um processo que não consta nenhuma prova.” Manuela ressaltou que sua candidatura é legítima, e acredita que se a justiça fosse feita e Lula estivesse em liberdade, ele seria o candidato que unisse a esquerda.

Na visão da pré-candidata do PCdoB, a esquerda já conseguiu um avanço construindo o programa “Unidade para Reconstruir o Brasil”, que gira em torno de um novo projeto nacional de desenvolvimento com diretrizes que apontam condições do Brasil superar a crise. O programa é assinado pelas fundações Maurício Grabois (PCdoB), Perseu Abramo (PT), Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (PDT) e Lauro Campos (PSOL).

“Esse programa é inédito, e nós do PCdoB, fizemos um esforço além, que foi dizer: Se o problema das 4 pré-candidaturas somos nós, então não existe problema. Mesmo eu sabendo a exata importância e significado de ser a única pré-candidata de esquerda e feminista depois de um golpe misógino. Mas, não é sobre contar a minha história, é sobre contar a história do nosso povo e das nossas mulheres, que precisam que nós vençamos as eleições.”

Manuela explicou que o gesto do PCdoB não resultou em uma saída conjunta. “Saída conjunta não é um retirar para apoiar o outro. Saída conjunta é nós nos unirmos para vencer as eleições. Meu partido e a minha pré-candidatura trabalham para isso, pela exata razão de precisar vencer as eleições. Nós precisamos tirar o Brasil das mãos dessa gente que quer destruir o Estado e os direitos do povo.”

Na opinião da pré-candidata do PCdoB, o campo da esquerda estará no segundo turno. “O nosso povo não colocou essa turma lá nas últimas quatro eleições.” Manuela disse que se a esquerda não construir uma saída conjunta, ela tem esperança em ser a pessoa que conseguirá, de forma mais dinâmica, ter relação com os milhares de brasileiros que querem votar branco e nulo. “Não admito que a gente perca as esperanças.”

De acordo com a pesquisa Ibope/CNI, divulgada nesta quinta-feira (28), juntos os brancos e nulos somam 33% das intenções de voto. Manuela defendeu a necessidade de conversar com essas pessoas.

A pré-candidata do PCdoB ressaltou que tem visto muitos discursos que pregam conversar só com pessoas que sabiam que era um golpe. “Eu não vou falar só quem sabia que era golpe. É muito importante falar que foi golpe, mas a gente também tem que falar com as pessoas que acreditaram que não era golpe, mas acreditam que o Brasil é dos brasileiros. Porque eu não quero entregar o povo do nosso país para essa elite financeira, que não nos representa.”

Segurança

Manuela também defendeu a necessidade de a esquerda falar sobre segurança. “Por que? Porque senão eles falam com as ideias deles, que na verdade, são ideias que já estão em prática.”

“Na vida real, ou a gente se apropria desse tema ou vamos ficar em um lugar de fala, que ‘os presídios são horrorosos e a polícia mata todo mundo’.”

“Quem quer ser candidato como eu precisa de um projeto de reforma de segurança pública progressista. Eu sou a única pré-candidata que tem um projeto inteiro de segurança pública, que se baseia em algumas coisas.”

Durante o encontro, houve um ato de desagravo de mulheres feministas contra o programa Roda Viva, da TV Cultura, que contou com a participação da pré-candidata do PCdoB, Manuela D’Ávila, onde foi alvo de ataques machistas e misóginos.

Manuela também falou sobre temas como economia, meio ambiente, educação e questão indígena.


Assista ao evento na íntegra:





Fonte: Portal PCdoB

AI-5 da Globo impõe censura aos jornalistas - Portal Vermelho



AI-5 da Globo impõe censura aos jornalistas - Portal Vermelho:
Os jornalistas amestrados do Grupo Globo – um monopólio midiático que reúne TVs aberta e por assinatura, rádios, jornais, revistas e internet – sempre expressaram suas opiniões mais reacionárias, elitistas e golpistas pelas redes sociais.

Por Altamiro Borges*
Criação do chargista Jota
Nunca foram incomodados pela famiglia Marinho. Pelo contrário. Os serviçais, que chamam patrão de companheiro e são mais realistas do que o rei, eram incentivados e bajulados. Bastou, porém, o vazamento de uma conversa pelo WhatsApp de um jornalista mais crítico e independente para o império global baixar um comunicado censurando seus profissionais de forma draconiana, que relembra o período mais sombrio da ditadura militar, o do Ato Institucional número 5. Tanto que a norma está sendo chamada de “Lei Chico Pinheiro”.

O documento intitulado “Grupo Globo divulga diretrizes sobre uso de redes sociais por jornalistas” é assinado pelo presidente do Conselho Editorial do império, João Roberto Marinho. Em um dos seus adendos, a peça medieval chega a vetar a utilização do WhatsApp de grupos familiares. A Seção II das Novas Diretrizes faz uma ameaça escancarada. “É evidente que, em aplicativos de mensagens, como WhatsApp e outros, todos têm o inalienável direito de discutir o que bem entender com grupos de parentes e amigos de confiança... Mas, é preciso que o jornalista tenha em mente que, mesmo em tais grupos, o vazamento de mensagens pode ser danoso à sua imagem de isenção e à do veículo para o qual trabalha... Tal vazamento o submeterá (o profissional envolvido) a todas as consequências que a perda de reputação de que é isento acarreta”.

As “diretrizes” também proíbem expressamente que os jornalistas emitam ou compartilhem opiniões políticas próprias ou de terceiros em redes sociais e ainda orienta que não façam reclamações públicas de nenhuma empresa ou prestadora de serviço em caso de mau atendimento. Afinal, a publicidade é que garante a fortuna dos três filhos de Roberto Marinho, que seguem constando no ranking da revista Forbes dos maiores bilionários do Brasil. Diante destas e de outras bizarrices, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou nesta quarta-feira (4) um documento duro de crítica ao império global. Vale conferir:

Regras do Grupo Globo para redes sociais impõem censura prévia a jornalistas

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), entidade máxima de representação da categoria, vem a público denunciar e repudiar a censura prévia que o Grupo Globo estabeleceu para os seus jornalistas contratados. A pretexto de estabelecer “diretrizes para o uso de redes sociais”, o Grupo Globo atenta contra a liberdade de expressão dos jornalistas, impedindo, sob ameaça, os profissionais de se manifestarem em redes sociais, as que existem e que as vierem a existir.

As “diretrizes” do Grupo Globo afrontam os direitos e garantias fundamentais da Constituição Cidadã de 1988. O artigo 5º da Constituição Federal, em seus incisos IV, VIII e IX, assegura que é livre a manifestação do pensamento, que ninguém será privado de direitos por convicção filosófica ou política e que é livre a atividade intelectual, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

Já em seu artigo 220, que trata da Comunicação Social, a Constituição Federal também expressa que a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição.

Pelas novas “diretrizes”, os jornalistas do grupo empresarial não podem compartilhar mensagens que revelem posicionamentos políticos, partidários ou ideológicos, mesmo em grupos em que se exige a confiança absoluta em seus participantes.

Nas redes sociais, os jornalistas devem se abster de expressar opiniões políticas, promover e apoiar partidos e candidaturas, defender ideologias e tomar partido em questões controversas e polêmicas que estão sendo cobertas jornalisticamente pelo Grupo Globo.

Os jornalistas, chamados de comentaristas, analistas ou colunistas de opinião, devem ter uma atuação na rede social que não permita a percepção de que são militantes de causas e que fazem parte da luta político-partidária ou de ideias. A eles, como a todos, é vedado apoiar candidatos ou partidos, dentro e fora de eleições.

Os jornalistas do Grupo Globo também ficam impedidos de fazer publicidade, mesmo que indiretamente, ao citar ou se associar a nome de hotéis, marcas, empresas, restaurantes, produtos, companhias aéreas etc. Isso também não deve acontecer em contas (em redes sociais) de terceiros, e o jornalista deve zelar para evitar tais ocorrências.

Não satisfeito em cercear a liberdade de expressão, a livre manifestação do pensamento e privar o direito do jornalista de manifestar suas convicções políticas, o Grupo Globo também amordaça os seus colaboradores não-jornalistas. Proíbe os profissionais de outras áreas de atuação de declarar voto ou fazer propaganda para candidatos ou partidos no material produzido especificamente para os veículos para os quais trabalham.

Ao impor as novas “diretrizes”, incorporadas aos “Princípios Editoriais”, datados de 2011, o Grupo Globo amordaça os seus profissionais, estabelecendo a censura prévia. As “diretrizes” aparecem como “recomendações”, mas fica evidente que quem não segui-las será responsabilizado e sofrerá consequências.

“As regras são válidas para todos os jornalistas do Grupo Globo e devem ser rigorosamente observadas. As chefias diretas ficam com a incumbência de implementá-las, torná-las uma realidade e, em caso de faltas por parte de jornalistas, dividir os episódios com a direção de redação do veículo, que decidirá então se é o caso de levá-los à apreciação do Conselho Editorial do Grupo Globo”, estabelecem as “diretrizes”.

Em carta aos jornalistas, João Roberto Marinho tenta justificar o injustificável, afirmando que o objetivo da medida é garantir a isenção, princípio basilar do Jornalismo. Paradoxalmente, Marinho esquece que a isenção jornalística nunca foi a marca do Grupo Globo que, inclusive, já veio a público pedir desculpas por ter apoiado a ditadura civil-militar. E, provavelmente, terá de vir a público no futuro pedir desculpas pelo apoio ao golpe político de 2016.

A Fenaj não admite o estabelecimento da servidão intelectual e, junto com os Sindicatos de Jornalistas do país, vai procurar as medidas legais cabíveis, tanto na Justiça do Trabalho quanto na Justiça comum, para pôr fim à censura prévia estabelecida e devolver a dignidade aos jornalistas do Grupo Globo.

Um silêncio que vale por mais de mil palavras - Portal Vermelho



Um silêncio que vale por mais de mil palavras - Portal Vermelho:
O processo de entrega da EMBRAER à Boeing, em um pacote que inclui tecnologia de uso militar não preocupou o ministério da Defesa, conforme “informam” os grandes jornais. Tampouco se viu alguma manifestação dos comandos militares, dos generais da ativa ou, mesmo, de certos oficiais twitteiros, da ativa e da reserva.

Por Rita Coitinho*

O mesmo pode-se dizer das operações envolvendo vendas, a preços irrisórios, de campos de petróleo e até plataformas da Petrobrás, a despeito dos protestos e manifestações de grupos altamente qualificados para tratar do tema, como as associações de engenheiros da área.

A venda da Embraer à multinacional estadunidense está em pé de igualdade em descalabro nacional com o desmonte do programa nuclear brasileiro, ocorrido em lances rápidos que envolveram a ação coordenada do judiciário e da “inteligência” estadunidense e que levou à prisão, pouco esclarecida e baseada em vagas acusações de corrupção, do pai do programa nuclear brasileiro, o Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. É da mesma gravidade das notícias recentes de que avança o entendimento do Brasil com os EUA para cessão do uso da Base de Alcântara (conforme abordamos em artigo anterior http://desacato.info/a-america-do-sul-no-mapa-das-guerras-do-futuro/).

O caso dos aviões envolve, da mesma maneira que o do submarino nuclear, o sequestro de tecnologia. Lembremos os debates acalorados em torno da compra dos aviões Gripen NG, durante o governo de Dilma. O Brasil recusou a compra de aviões estadunidenses porque a venda não incluía transferência de tecnologia e optou pelas aeronaves suecas, numa decisão de Estado que gerou protestos dos estadunidenses e ensaios de setores do Ministério Público de questionar a decisão da chefe do poder executivo, tomada em conjunto com o Ministério da Defesa e o comando da Aeronáutica. As aeronaves (F-39) de tecnologia sueca seriam fabricadas pela Embraer, com a transferência da tecnologia desenvolvida pela empresa nórdica. Agora, num lance rápido, o governo de Temer entrega a empresa e a tecnologia ao país que perdeu a concorrência. Coincidência? Não. Mais um passo adiante na consolidação do objetivo do golpe de Estado: submeter o Brasil e fazê-lo retornar à condição da qual não deveria ter ousado sair: a de país dependente, tecnologicamente atrasado e politicamente alinhado aos interesses do capital internacional.

Em política, certos silêncios são eloquentes. Já passou o tempo em que o profissionalismo, o zelo pela função e a discrição poderiam ser alegados por quem desejasse sair em defesa dos comandos militares. Desde que uma porção deles tem feito uso de redes sociais para expressar suas não solicitadas opiniões sobre a vida civil, passou a ser esperado que se pronunciem sobre as questões que, de fato, afetam sua função: a defesa da soberania nacional. Mas não. Preferem usar as redes sociais para opinar sobre política e questões morais, como se viu, uma vez mais, neste domingo, quando o general da reserva, Paulo Chagas, utilizou-se do twitter para investir contra o desembargador Rogério Favreto. De maneira mais sutil, o próprio comandante do exército, General Villas Boas, já utilizara o twitter para pressionar o STF na véspera da sessão que decidiu sobre o pedido de habeas corpus para Lula, em abril deste ano. Com platitudes sobre “moralidade”, “respeito à paz social” e “atenção à missão institucional do exército”, o comandante externou sua posição, favorável à prisão de Lula já em segunda instância, quando se sabe que não lhe cabe opinar sobre questões que estejam sob a apreciação do poder judiciário.

A julgar pelos oficiais twitteiros, a preocupação de uma parcela considerável – e poderosa – dos militares está centrada na “moralidade”, o velho mantra imortalizado pelo Brigadeiro Eduardo Gomes, o ex-tenentista que, em 1945 e 1950, foi o candidato (derrotado) da UDN à presidência da república, tendo também participado ativamente do Golpe de Estado de 1964. Com a internacionalização da formação teórica das forças armadas, a partir da criação da Escola das Américas (1946), sediada no Panamá e coordenada pelos EUA, o moralismo uniu-se ao discurso anticomunista da Guerra Fria e foi instrumentalizado na perseguição às esquerdas do subcontinente latino-americano. Hoje a escola já não funciona no Panamá, e toda sua estrutura foi transferida para as instalações do Estado da Geórgia, nos EUA (Fort Benning), onde os cursos de formação para militares latino-americanos seguem a todo vapor. Muitos dos militares brasileiros que chegam ao topo da carreira passaram por algum desses cursos. Ao que tudo indica, embora o Livro Branco da Defesa do Brasil aponte para o entendimento de que hoje a maior ameaça à segurança nacional vem de uma “potência” estrangeira, o pensamento hegemônico das forças armadas segue na velha cartilha da Escola das Américas, segundo a qual a principal ameaça é o “inimigo interno”, que parece ser, até hoje, o mesmo do período da guerra fria: as organizações de esquerda e movimentos populares.

Não importa que justamente os governos desses partidos de esquerda que tanto combatem tenham dado sustentação ao programa nuclear brasileiro; que tenham garantido a soberania do país sobre seu território recusando-se a seguir adiante nas tratativas de cessão da Base de Alcântara (como ocorreu no governo de FHC); que tenham tido coragem de decidir contra as pressões estadunidenses por aquisição de tecnologia militar; que tenham reequipado as forças armadas, que estavam à míngua ao final do governo de FHC, e ampliado seu orçamento. Nada disso é tão importante, ao que parece, quanto a cruzada moral em que se empenham os oficiais twiteiros.

A não ser que demonstrem o contrário – e passem a utilizar-se das redes sociais para questões pertinentes à sua missão institucional -, desde que teve início o processo político que redundou na situação em que nos encontramos no dia de hoje, as manifestações públicas das Forças Armadas, na medida em que se atêm ao velho moralismo udenista e silenciam frente aos reiterados ataques à soberania nacional, têm expressado lealdade às forças de desestabilização da sociedade brasileira e de desmonte da soberania nacional, articuladas aos interesses das grandes corporações internacionais, num processo que já caracterizamos, em artigos anteriores, como “guerra híbrida”. Calam-se diante da entrega das estatais brasileiras e dos recursos naturais, do desmonte da ciência e tecnologia nacionais, ao mesmo tempo em que emprestam prestígio à prática de lawfare do judiciário brasileiro, cujo único objetivo é impedir que, nas eleições de 2018, Lula seja reeleito e retome o projeto político soberano que esteve em curso entre 2003 e 2016.

*É socióloga, Dra. em Geografia e membro do Conselho Consultivo do Cebrapaz.

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Vídeo - CTASP - Câmara - Seminário Impactos Deforma Trabalhista - Fala em nome da CTB - TV Câmara

Representei ontem, 04/07, a CTB no Seminário - Impactos da Aplicação da Nova Legislação Trabalhista no Brasil, promovido pela Comissão de Trabalho de Administração e Serviço Público, tendo como tema o impacto da Deforma Trabalhista sobre as Negociações Coletivas.

O Seminário completo está disponível no portal da Comissão, clique aqui




Vídeo - 20ª Conferência dos Bancários - Falei pela CTB sobre as eleições de 2018 - Rosolução



RESOLUÇÃO 
As delegadas e os delegados eleitos e reunidos na 20ª Conferência Nacional dos Bancários, reforçam a importância do respeito à democracia, da realização das eleições 2018 e orientam a escolha de candidatos comprometidos com a classe trabalhadora. 
Isso significa candidatos à Presidência da República que se comprometam 
com a revogação da reforma trabalhista, 
revogação da PEC da Morte, 
da revogação da lei das terceirizações e 
em defesa das empresas públicas, da democracia brasileira e da soberania nacional. 
Também candidatos que se posicionem contrários à criminalização da política e dos movimentos sociais e sindical.

ELEIÇÕES 2018: POR UM CONGRESSO NACIONAL COMPROMETIDO COM O POVO 

Pela revogação da reforma trabalhista, pelo direito à aposentadoria, em defesa das empresas públicas, da democracia e da soberania nacional

Em 2017, quase 200 mil estudantes matriculados abandonaram o ensino superior. E este ano, o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, teve 1,2 milhão de inscritos a menos.

O Brasil tem atualmente quase 14 milhões de desempregados. Ao todo, são 27,7 milhões de pessoas com força de trabalho subutilizada. Se comparado com 2014, o número de desempregados cresceu 94,2%, o que significa que há 6,6 milhões de pessoas a mais procurando emprego no país desde o golpe por meio do qual Michel Temer (MDB-SP) assumiu o governo no Brasil. São 4,6 milhões os trabalhadores que sequer têm forças para procurar uma vaga no mercado de trabalho, depois de meses e meses de tentativas frustradas. A maioria (60,6%) vive na região Nordeste, onde estão 2,8 milhões dos desalentados.

Desalento é a palavra que hoje, talvez, melhor defina o povo brasileiro, antes conhecido por sua alegria e disposição de viver. Mas isso é passado e o que vemos hoje é um país que voltou atrás, 20 anos em dois. Um país onde não há emprego, onde não há estudo, onde a crueldade sob a alcunha de austeridade fiscal mata. A taxa de mortalidade na infância (proporção de óbitos de menores de 5 anos para cada mil nascidos vivos), que durante de mais de uma década teve quedas consecutivas, subiu 11% em 2016, em comparação com o ano anterior.

Enquanto isso, seis milionários brasileiros têm a mesma riqueza que 50% dos mais pobres no país.

Já somam 40% os municípios brasileiros que não contam com uma agência bancária. E em muitos onde ainda há esse serviço, prestado prioritariamente pelos bancos públicos, já não chega mais dinheiro. Cidades abandonadas, desemprego que assombra.

O resultado do golpe, para onde quer que se olhe, é mais pobreza, o estrangulamento do desenvolvimento nacional, o aumento do desrespeito aos direitos dos trabalhadores, dívidas interna e externa em alta, o caos.

Quando da última eleição, mesmo antes do golpe, o perfil dos eleitos dava uma ideia, ainda que distante da terrível realidade vivida agora, do país que teríamos. A bancada de deputados federais que defende a causa dos trabalhadores caiu quase pela metade. Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), em outubro de 2014, identificava que os eleitos pela classe trabalhadora diminuíram de 83 representantes para 46. E que do outro lado, a
bancada empresarial contaria com 190 parlamentares.

O resultado foi visto ao longo dos últimos anos, com medidas que praticamente inviabilizaram o governo de Dilma Rousseff. Foi esse Congresso – majoritariamente patronal e com bancadas relacionadas a igrejas (“da bíblia), avessas aos direitos humanos (“da bala”), ex-jogadores de futebol (“da bola”) e ruralistas – que votou, em 2016, o impeachment da presidenta eleita.

As consequências foram nefastas para a sociedade brasileira, com o avanço de ditas reformas que na verdade estão levando ao desmonte de setores estratégicos da economia nacional.

Assim, foi aprovada a toque de caixa, em dezembro de 2016, a Emenda Constitucional 95, devidamente apelidada de PEC da Morte, por meio da qual foram congelados por 20 anos os investimentos nas áreas de Saúde, Educação, infraestrutura. Vai faltar dinheiro também para a agricultura familiar, responsável por 70% da produção de alimentos que vão para a mesa do povo brasileiro. E para programas de combate à violência contra a mulher – isso em um país que registra uma agressão contra elas a cada quatro minutos.  Outro ataque frontal à maioria do povo brasileiro foi a “reforma” trabalhista. A lei 13.467, sancionada em julho do ano passado, praticamente rasga a CLT, retirando direitos e reduzindo a força do movimento sindical. Entre as mudanças, autorização para o trabalho intermitente e temporário, liberação da terceirização, fim das homologações nos sindicatos, prevalência do negociado sobre o legislado, o que possibilita o desrespeito a conquistas históricas dos trabalhadores.

O governo tentou ainda promover uma reforma da Previdência, por meio da PEC 287 protocolada em dezembro de 2016. As mudanças praticamente extinguiam o direito à aposentadoria, inviabilizando a Previdência pública e penalizando principalmente os que ingressaram mais cedo no mercado de trabalho, os mais carentes. Os movimentos sindical e social se uniram e conseguiram barrar a proposta até agora. O decreto de intervenção militar no Rio de Janeiro, de fevereiro de 2018, suspendeu as votações de Proposta de Emenda Constitucional até dezembro deste ano. Esse é o cenário em que se darão as campanhas salariais do segundo semestre de 2018, quando ocorrerão também as eleições que definirão o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais.


Vídeo - Assembleia 22/05 - A campanha nacional dos Bancários em 2018 - Paulo Vinícius Silva - CTB



22/05/18 - eleição em assembleia para os congressos dos bancos. A campanha nacional e os desafios para os bancários esse ano.
Fala de Paulo Vinícius - CTB - Diretor de Relações Sindicais do Sindicato dos Bancários de Brasília