Na noite desta segunda-feira, 28 de janeiro, as secretarias sindicais dos Partidos Comunista do Brasil e Pátria Livre realizaram no auditório do Sindicato dos Urbanitários de Brasília uma Plenária Sindical conjunta como parte do processo de debate que envolve a incorporação do PPL ao PCdoB. A reunião dos sindicalistas segue uma já consolidada relação de trabalho e unidade entre CTB e CGTB no Distrito Federal.
A plenária reuniu 50 dirigentes sindicais e militantes da luta classista no Distrito Federal, superando as expectativas dos organizadores. A atividade iniciou pela fala do Membro da Direção nacional do PPL e ex-candidato à Presidência da República, o filósofo João Vicente Goulart, também membro da Comissão de Enlace PPL e PCdoB. João Goulart Filho, que chamou a atenção para a importância de uma postura generosa no seio da esquerda para a defesa da Nação Brasileira, pelo momento que o país e a classe trabalhadora enfrentam. Para Goulart, o gesto do PCdoB e do PPL pela união é um exemplo para o caminho de saída que se busca na situação política atual.
O Presidente do PCdoB-DF, membro do Comitê Central do PCdoB-DF, Augusto Madeira fez uma análise de conjuntura sobre a situação nacional e a importância de reunir amplas forças numa frente ampla a partir da consciência das graves ameaças sobre a democracia, a soberania nacional e os direitos dos trabalhadores(as)
A mesa, composta, além dos Presidentes Madeira e Goulart, por Santa Alves, Presidenta da UNEGRO e dirigente da CTB-DF e por seu Presidente, Aldemir Domínio, a Presidenta da Federação de Mulheres do DF, Jane Ferreira e o Presidente da CGTB-DF, o economista Flausino Antunes, intervieram a seguir, abrindo depois a palavra para os participantes. O evento contou com a representação da Secretaria do Trabalho do DF e de diversos sindicatos e categorias no DF, como o Presidente do Sindicato da Construção Civil, Raimundo Salvador, dos Agentes de Saúde, Aldemir Domício, dos Auxiliares de Educação Privada, Suellen Silva, dos trabalhadores de Cooperativas, Waldir Ferreira, além de dirigentes sindicais de diversas categorias, como no caso de Victor Frota, dos urbanitários de Brasília, anfitrião do evento.
A unidade política em defesa dos direitos dos trabalhadores(as) e a denúncia do fim do Ministério do Trabalho, da Deforma Trabalhista e da Terceirização foram os temas centrais, assim, como o debate sobre a história recente do país, as vicissitudes da luta pela democracia e as múltiplas convergências históricas que envolveram o PPL (e antes o MR8) e o PCdoB, como a luta comum pelo fim da Ditadura, a saída para a derrota das Diretas Já a partir da eleição indireta de Tancredo Neves, a defesa da Constituição de 1988 e a luta de massas que teve como grandes momentos de unidade a luta do Fora Collor e em defesa da unidade das centrais sindicais. O ambiente vibrante, unitário, combativo marcou a atividade, reforçando a importância da decisão das duas direções nacionais em promover essa união patriótica, em defesa da democracia e dos direitos da Classe Trabalhadora.
Coube ao dirigente do PPL, Waldir Ferreira dar o toque cultural da atividade ao declamar seu cordel "A Frente do Povo", refletindo sobre a situação nacional e sobre a necessidade unir o povo brasileiro, com a crítica, a poesia e um toque de humor que levantou o auditório:
A atividade se encerrou com o encaminhamento de uma maior articulação entre as secretarias sindicais dos partidos para a ação conjunta no âmbito das centrais sindicais. O informe dos entendimentos entre PCdoB e PPL sindical foi dado por Paulo Vinícius, Secretário Sindical do PCdoB-DF, sendo as prioridades o fortalecimento do Fórum das Centrais no DF, as ações unitárias contra a Reforma da Previdência e a luta por um Primeiro de Maio massivo e unificado o mais amplo possível.
Um minuto de silêncio foi dedicado às vítimas do maior acidente ambiental e do trabalho já ocorrido no Brasil, a tragédia do crime ambiental da Vale privatizada em Brumadinho-MG e com a execução solene do Hino Nacional Brasileiro entre os presentes, afirmando a unidade entre as causas do Brasil, da democracia e dos direitos da classe trabalhadora.
A plenária tirou a linha de defesa dos trabalhadores, da previdência contra os ataques das aves de rapina do Governo, da criação de empregos com qualidade sem perda de direitos, contra o desmonte do Estado e e as privatizações.
Unidos, PPL e PCdoB, seremos fortes, em prol de um Brasil livre e soberano, contra o fascismo do Bolsonaro.
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019
terça-feira, 29 de janeiro de 2019
Oficina de conjuntura CTB-CGTB-ADJC articula ações unitárias contra a Reforma da Previdência e em defesa da classe trabalhadora - Paulo Vinícius Silva
Aconteceu na tarde desta segunda-feira (28/01), no Sindicato dos Urbanitários (STIU-DF) a oficina Conjuntura, Economia e Direitos dos Trabalhadores(as), realizada pelas centrais sindicais CTB e CGTB do DF em conjunto com o movimento Advogados e Advogadas por Democracia, Justiça e Cidadania (ADJC Nacional).
O Economista Clóvis Scherer, do DIEESE (Depto Intersindical de Estudos Estatísticos e Sócio Econômicos) fez um balanço da economia em paralelo com o impacto da Deforma Trabalhista de Temer, demonstrando como a a agenda recessiva em favor do capital financeiro rentista - banqueiros e grandes especuladores - impede a economia de crescer, gerar empregos, o que explica o pífio desempenho econômico e a persistência do desemprego como principal drama nacional.
O Secretário da ADJC, o advogado Paulo Guimarães fez o balanço de uma profunda alteração do direito, contrária às causas dos trabalhadores(as). A unificação conservadora, o impacto da Lei da Terceirização Ilimitada, da Deforma Trabalhista e de diversas decisões de tribunais superiores apontam para um cenário de dificuldades e a necessidade de luta unificada da classe trabalhadora e para além dos sindicatos, com a necessária relação com os operadores do Direito que estejam ao lado da Classe Trabalhadora. Sua apresentação foi complementada pelos advogados Guilherme da Hora e Oliver Oliveira, que reconstituíram os episódios recentes da História que levaram à ampliação dos coletivos advogados, e à ADJC, assim como a crescente mobilização dos advogados(as) trabalhistas e em defesa da Justiça do Trabalho.
Dirigentes sindicais dos urbanitários(as), bancários(as), auxiliares de educação privada, economistas, agentes comunitários de saúde e professores(as) refletiram sobre as possibilidades de trabalho unitário diante desta situação. O Economista Flausino Antunes, Presidente da CGTB, destacou a centralidade da batalha da Reforma da Previdência neste semestre e a importância de desmistificar a mentira do déficit da previdência através de posições claras e debates públicos. O Presidente da CTB-DF, o agente de saúde Aldemir Domício destacou a importância de unificar todas as centrais sindicais em iniciativas conjuntas contra a destruição da Previdência. Santa Alves, Secretária da Igualdade Racial da CTB-DF, ponderou que as ações unitárias devem atingir as grandes pautas do semestre, a exemplo do 08 de Março, em que se propõe exista uma ala na Marcha do Dia Internacional da Mulher, representando as mulheres trabalhadoras. Paulo Vinícius, Secretário de Relações de Trabalho da CTB Nacional, propôs uma agenda de debates e o empenho redobrado na construção de um Primeiro de Maio Unificado. Jairo Mendonça, Dirigente do da CTB no SINPRO-DF, deu o informe do Seminário Jurídico Nacional da CTB e ponderou sobre a necessidade de articular o jurídico e o político na situação atual. Rosângela Rosa e Victor Frota, urbanitários e anfitriões da oficina, compartilharam as experiências de relacionamento do sindicato com o Congresso e reforçaram a importância da pressão sobre os parlamentares nesta luta.
Ao final das falas, os presentes firmaram um convênio de colaboração entre as três entidades, e iniciam um conjunto de ações unitárias em favor da Previdência, pela denúncia e revogação da Deforma Trabalhista e em defesa da democracia e do movimento sindical e social. Um compromisso da CGTB e da CTB do DF é o o fortalecimento do Fórum das Centrais no DF e a construção de um grande debate sobre a Previdência Social e a Classe Trabalhadora em fevereiro em Brasília e a elaboração de uma proposta de nota unificada em defesa da Previdência e da Seguridade Social. Costituiu-se na ocasião um grupo de trabalho composto por Paulo Vinícius Silva, Flausino Antunes e Oliver Oliveira, para elaborar os materiais e a agenda comum do movimento.
O Economista Clóvis Scherer, do DIEESE (Depto Intersindical de Estudos Estatísticos e Sócio Econômicos) fez um balanço da economia em paralelo com o impacto da Deforma Trabalhista de Temer, demonstrando como a a agenda recessiva em favor do capital financeiro rentista - banqueiros e grandes especuladores - impede a economia de crescer, gerar empregos, o que explica o pífio desempenho econômico e a persistência do desemprego como principal drama nacional.
O Secretário da ADJC, o advogado Paulo Guimarães fez o balanço de uma profunda alteração do direito, contrária às causas dos trabalhadores(as). A unificação conservadora, o impacto da Lei da Terceirização Ilimitada, da Deforma Trabalhista e de diversas decisões de tribunais superiores apontam para um cenário de dificuldades e a necessidade de luta unificada da classe trabalhadora e para além dos sindicatos, com a necessária relação com os operadores do Direito que estejam ao lado da Classe Trabalhadora. Sua apresentação foi complementada pelos advogados Guilherme da Hora e Oliver Oliveira, que reconstituíram os episódios recentes da História que levaram à ampliação dos coletivos advogados, e à ADJC, assim como a crescente mobilização dos advogados(as) trabalhistas e em defesa da Justiça do Trabalho.
Dirigentes sindicais dos urbanitários(as), bancários(as), auxiliares de educação privada, economistas, agentes comunitários de saúde e professores(as) refletiram sobre as possibilidades de trabalho unitário diante desta situação. O Economista Flausino Antunes, Presidente da CGTB, destacou a centralidade da batalha da Reforma da Previdência neste semestre e a importância de desmistificar a mentira do déficit da previdência através de posições claras e debates públicos. O Presidente da CTB-DF, o agente de saúde Aldemir Domício destacou a importância de unificar todas as centrais sindicais em iniciativas conjuntas contra a destruição da Previdência. Santa Alves, Secretária da Igualdade Racial da CTB-DF, ponderou que as ações unitárias devem atingir as grandes pautas do semestre, a exemplo do 08 de Março, em que se propõe exista uma ala na Marcha do Dia Internacional da Mulher, representando as mulheres trabalhadoras. Paulo Vinícius, Secretário de Relações de Trabalho da CTB Nacional, propôs uma agenda de debates e o empenho redobrado na construção de um Primeiro de Maio Unificado. Jairo Mendonça, Dirigente do da CTB no SINPRO-DF, deu o informe do Seminário Jurídico Nacional da CTB e ponderou sobre a necessidade de articular o jurídico e o político na situação atual. Rosângela Rosa e Victor Frota, urbanitários e anfitriões da oficina, compartilharam as experiências de relacionamento do sindicato com o Congresso e reforçaram a importância da pressão sobre os parlamentares nesta luta.
Ao final das falas, os presentes firmaram um convênio de colaboração entre as três entidades, e iniciam um conjunto de ações unitárias em favor da Previdência, pela denúncia e revogação da Deforma Trabalhista e em defesa da democracia e do movimento sindical e social. Um compromisso da CGTB e da CTB do DF é o o fortalecimento do Fórum das Centrais no DF e a construção de um grande debate sobre a Previdência Social e a Classe Trabalhadora em fevereiro em Brasília e a elaboração de uma proposta de nota unificada em defesa da Previdência e da Seguridade Social. Costituiu-se na ocasião um grupo de trabalho composto por Paulo Vinícius Silva, Flausino Antunes e Oliver Oliveira, para elaborar os materiais e a agenda comum do movimento.
segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
Paz e Solidariedade para a Venezuela. Ianques, Go Home! Paulo Vinícius Silva
Gilberto Dimenstein, Marcelo Rubens Paiva e Heloísa Genro, Gregório Duvivier e talvez até você, que me lê agora, todos concordam que a Venezuela seria uma ditadura e apoiam, objetivamente, os movimentos de países que querem apear Maduro do governo de seu país. Não à toa, a sabedoria popular ensina a separar o querer bem de seguir as besteiras que uma pessoa que admiramos fale. Esse é o problema da cultura dos avatares. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. A coincidência das opiniões não é fortuita, reflete os limites da concepção da democracia burguesa e da sua ética, que posa de radical e afeta especialmente à classe média.
Curiosamente, não se apercebem, da coincidência de sua visão de política exterior com a esposada pelo Ministro Ernesto Araújo. Desse modo, chancelam uma política absurda de hostilidade contra o país irmão num grau de agressividade inédito há pelo menos um século. Todavia, foi acertada a posição de PT e PCdoB, desde o princípio, de denunciar as perigosas bravatas que se fazem de nosso país contra o povo irmão venezuelano, sem atentar para as consequências catastróficas e infames dessa política. Quem é contra Bolsonaro deveria ouvir seus ataques e hostilidade contra a Venezuela, agressão movida por governos, estes sim, frutos de fraude eleitoral, de extrema direita, a cumprir o funesto papel sabujo de cães de caça do império estadunidense contra um país latino-americano, contra a Pátria de Simón Bolívar.
É uma atitude burra o Brasil apoiar essa aventura golpista pelo intervencionismo externo que agora se tornou a panacéia universal, destinada a "salvar o povo venezuelano"do "regime de Maduro". Ora, quanta bobagem. O que estamos vendo é mais um capítulo do jogo bruto que se tornou o direito internacional e a noção de democracia desde a trágica invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003 - o Presidente Lula foi contra.
A partir dali, passa-se a admitir que se "exporte" via bombardeios a "democracia". A partir daí, torna-se aceitável o tipo de infâmia que representa o governo espanhol, monarquia metropolitana da Venezuela, derrotada por Bolívar, ter a pachorra de emitir um ultimato dando dias para que a Venezuela deponha seu presidente. É um escárnio. Jamais o Brasil podia apoiar isso, se levasse em conta o interesse dos brasileiros. Tal sorte de ataque contra a soberania de um país pode se voltar contra nós, que temos o Pré-Sal (tínhamos), a Amazônia, e somos um país invadido, entregue por dentro por uma quinta coluna. A quem interessa esse direito internacional em que um país ou um conjunto de países fora do ordenamento jurídico internacional - uma coalizão de interesses espúrios, de conquista, colonial, imperialista - possa se reunir e dizer: não reconheço sua eleição, ou ainda, dou-lhe prazo pra sair do poder, ou ainda, anule sua eleição e chame outra, ou ainda, que o derrotado, o Aécio deles assuma!? É uma loucura. Eles farão o mesmo conosco. É uma posição que fragiliza a soberania do nosso país, expõe-nos a uma guerra, completamente despreparados, com um caos evidente, sob um governo de incapazes. Devia o governo apoiar os venezuelanos na nossa fronteira, isso eles não fazem. Vocês entendem o que é o impacto de refugiados de guerra? Tem noção?!
A Venezuela está sofrendo uma guerra econômica, um bloqueio financeiro internacional, a secessão interna, atos terroristas promovidos pela oposição - houve há poucos dias um atentado com drone contra Maduro num ato público -, inúmeras atividades financiada desde fora. Há uma peculiaridade no subdesenvolvimento venezuelano estudada desde a década de 50 por Celso Furtado, e que no debate acadêmico nacional se refere a uma específica fragilidade econômica, o rentismo petroleiro, fator geopolítico incontornável dos interesses em disputa na Venezuela, uma das maiores reservas de petróleo do mundo.
Curiosamente, não se apercebem, da coincidência de sua visão de política exterior com a esposada pelo Ministro Ernesto Araújo. Desse modo, chancelam uma política absurda de hostilidade contra o país irmão num grau de agressividade inédito há pelo menos um século. Todavia, foi acertada a posição de PT e PCdoB, desde o princípio, de denunciar as perigosas bravatas que se fazem de nosso país contra o povo irmão venezuelano, sem atentar para as consequências catastróficas e infames dessa política. Quem é contra Bolsonaro deveria ouvir seus ataques e hostilidade contra a Venezuela, agressão movida por governos, estes sim, frutos de fraude eleitoral, de extrema direita, a cumprir o funesto papel sabujo de cães de caça do império estadunidense contra um país latino-americano, contra a Pátria de Simón Bolívar.
É uma atitude burra o Brasil apoiar essa aventura golpista pelo intervencionismo externo que agora se tornou a panacéia universal, destinada a "salvar o povo venezuelano"do "regime de Maduro". Ora, quanta bobagem. O que estamos vendo é mais um capítulo do jogo bruto que se tornou o direito internacional e a noção de democracia desde a trágica invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003 - o Presidente Lula foi contra.
A partir dali, passa-se a admitir que se "exporte" via bombardeios a "democracia". A partir daí, torna-se aceitável o tipo de infâmia que representa o governo espanhol, monarquia metropolitana da Venezuela, derrotada por Bolívar, ter a pachorra de emitir um ultimato dando dias para que a Venezuela deponha seu presidente. É um escárnio. Jamais o Brasil podia apoiar isso, se levasse em conta o interesse dos brasileiros. Tal sorte de ataque contra a soberania de um país pode se voltar contra nós, que temos o Pré-Sal (tínhamos), a Amazônia, e somos um país invadido, entregue por dentro por uma quinta coluna. A quem interessa esse direito internacional em que um país ou um conjunto de países fora do ordenamento jurídico internacional - uma coalizão de interesses espúrios, de conquista, colonial, imperialista - possa se reunir e dizer: não reconheço sua eleição, ou ainda, dou-lhe prazo pra sair do poder, ou ainda, anule sua eleição e chame outra, ou ainda, que o derrotado, o Aécio deles assuma!? É uma loucura. Eles farão o mesmo conosco. É uma posição que fragiliza a soberania do nosso país, expõe-nos a uma guerra, completamente despreparados, com um caos evidente, sob um governo de incapazes. Devia o governo apoiar os venezuelanos na nossa fronteira, isso eles não fazem. Vocês entendem o que é o impacto de refugiados de guerra? Tem noção?!
A Venezuela está sofrendo uma guerra econômica, um bloqueio financeiro internacional, a secessão interna, atos terroristas promovidos pela oposição - houve há poucos dias um atentado com drone contra Maduro num ato público -, inúmeras atividades financiada desde fora. Há uma peculiaridade no subdesenvolvimento venezuelano estudada desde a década de 50 por Celso Furtado, e que no debate acadêmico nacional se refere a uma específica fragilidade econômica, o rentismo petroleiro, fator geopolítico incontornável dos interesses em disputa na Venezuela, uma das maiores reservas de petróleo do mundo.
2018
O peso do petróleo na economia se reflete na abundância de divisas internacionais que afeta sobretudo o câmbio e o valor nominal dos salários e preços. É um desestímulo massivo a qualquer atividade econômica interna, pois é mais barato importar tudo, não dá para competir. Essa conjuntura se agrava quando a classe empresarial comercial e importadora “acarapa" os produtos que deveria vender ao publico. No governo Sarney, no Brasil, em parte isso aconteceu com a carne, quando se escondiam as reses, especulando com o preço. No caso venezuelano é um locaute, liderado pelas associações empresariais, como FEDECAMARAS, que ficou célebre no sequestro e na tentativa de golpe contra o falecido presidente Chávez. Assim, a crise econômica venezuelana tem razões estruturais do seu rentismo petroleiro, agravadas pelo boicote econômico. A isso se soma o boicote diplomático promovido pelo alinhamento à politica hostil dos EUA, agravada por Trump.
2017
Outro aspecto do “regime de Maduro” é a caracterização de seu governo como ditadura, porque que ele não se submeteu à pantomima de atendimento às tentativas institucionais de golpe de Estado. No exercício de seu mandato, dado pela traumática eleição em que Chávez morrera, Maduro teve de enfrentar a insubmissão da Assembleia - lembram do Cunha, do impeachment? - que visava simplesmente a retirá-lo do poder dado pelas urnas. Maduro, ao contrário de Dilma, não se submeteu à sanha golpista e, com base na mesma Constituição, foi ao Supremo, anulando o golpe e chamando novas eleições, que venceu por 67% dos votos num sistema eletrônico similar ao nosso. O grau de polarização da sociedade e da disputa política e econômica no país vai a extremos com o estímulo externo, para a derrocada do governo e a retomada, pela força, da direção da PDVSA e do petróleo Venezuelano. Que moral o Brasil de hoje tem para criticar um país como a Venezuela? Esse país teve o maior número de eleições no mundo, no período de 1998-2018. Foram 6 eleições presidenciais, 5 eleições parlamentares, 7 eleições regionais, 4 eleições municipais (desde 2013), 6 referendos e 2 eleições de assembleia constituinte. Por que a Arábia Saudita, reino autoritário e misógino, merece o apoio dos EUA e a Venezuela apenas o ódio. Petróleo é a palavra, não democracia, não nos iludamos.
Não podemos jamais nos enredar nessa sorte de manobra estimulada claramente pelo imperialismo estadunidense e seus interesses petroleiros.
A fragilidade de nossas FFAA devido ao sucateamento é gritante. Para pagar o serviço da dívida pública e para a agenda da “corrupção”, que foi corrompida, vimos sacrificados projetos centrais da defesa nosso país, como o submarino nuclear - com a prisão do gênio brasileiro, Vice-Almirante Othon, criador das centrífugas de enriquecimento de urânio brasileiras - , a renovação frustrada dos caças, o satélite brasileiro (já dominado) e o alheamento crescente aos interesses nacionais por um deslumbre injustificado diante de uma potência decadente como os EUA.
Enquanto isso, no país vizinho vimos o fortalecimento inaudito da autoridade política dos militares e da capacidade de defesa venezuelana, assim como a vinculação de sua economia às chinesa e russa, mudando o eixo de seu comércio exterior e também saindo dos grandes acordos do sistema financeiro.
Expomo-nos, assim, a um conflito internacional em plena Amazônica, em que o interesse de superpotências se impõem sobre a vontade soberana de um povo para lhe retirar o petróleo. Nada pode depor mais contra o interesse dos brasileiros e brasileiras. A América Latina deve ser solidária à Venezuela, recebendo com dignidade os irmãos venezuelanos e repudiando toda chantagem e ingerência externa, somando em favor do diálogo e da paz na nossa região. E devemos repudiar a intervenção dos EUA promovendo a guerra na América Latina. Essas sim são as posições que correspondem aos grandes interesses nacionais. Ianques, go Home! Paz para a Venezuela, não à ingerência externa! Os venezuelanos são os e as donos(as) de seu destino!
O peso do petróleo na economia se reflete na abundância de divisas internacionais que afeta sobretudo o câmbio e o valor nominal dos salários e preços. É um desestímulo massivo a qualquer atividade econômica interna, pois é mais barato importar tudo, não dá para competir. Essa conjuntura se agrava quando a classe empresarial comercial e importadora “acarapa" os produtos que deveria vender ao publico. No governo Sarney, no Brasil, em parte isso aconteceu com a carne, quando se escondiam as reses, especulando com o preço. No caso venezuelano é um locaute, liderado pelas associações empresariais, como FEDECAMARAS, que ficou célebre no sequestro e na tentativa de golpe contra o falecido presidente Chávez. Assim, a crise econômica venezuelana tem razões estruturais do seu rentismo petroleiro, agravadas pelo boicote econômico. A isso se soma o boicote diplomático promovido pelo alinhamento à politica hostil dos EUA, agravada por Trump.
2017
Outro aspecto do “regime de Maduro” é a caracterização de seu governo como ditadura, porque que ele não se submeteu à pantomima de atendimento às tentativas institucionais de golpe de Estado. No exercício de seu mandato, dado pela traumática eleição em que Chávez morrera, Maduro teve de enfrentar a insubmissão da Assembleia - lembram do Cunha, do impeachment? - que visava simplesmente a retirá-lo do poder dado pelas urnas. Maduro, ao contrário de Dilma, não se submeteu à sanha golpista e, com base na mesma Constituição, foi ao Supremo, anulando o golpe e chamando novas eleições, que venceu por 67% dos votos num sistema eletrônico similar ao nosso. O grau de polarização da sociedade e da disputa política e econômica no país vai a extremos com o estímulo externo, para a derrocada do governo e a retomada, pela força, da direção da PDVSA e do petróleo Venezuelano. Que moral o Brasil de hoje tem para criticar um país como a Venezuela? Esse país teve o maior número de eleições no mundo, no período de 1998-2018. Foram 6 eleições presidenciais, 5 eleições parlamentares, 7 eleições regionais, 4 eleições municipais (desde 2013), 6 referendos e 2 eleições de assembleia constituinte. Por que a Arábia Saudita, reino autoritário e misógino, merece o apoio dos EUA e a Venezuela apenas o ódio. Petróleo é a palavra, não democracia, não nos iludamos.
Não podemos jamais nos enredar nessa sorte de manobra estimulada claramente pelo imperialismo estadunidense e seus interesses petroleiros.
A fragilidade de nossas FFAA devido ao sucateamento é gritante. Para pagar o serviço da dívida pública e para a agenda da “corrupção”, que foi corrompida, vimos sacrificados projetos centrais da defesa nosso país, como o submarino nuclear - com a prisão do gênio brasileiro, Vice-Almirante Othon, criador das centrífugas de enriquecimento de urânio brasileiras - , a renovação frustrada dos caças, o satélite brasileiro (já dominado) e o alheamento crescente aos interesses nacionais por um deslumbre injustificado diante de uma potência decadente como os EUA.
Enquanto isso, no país vizinho vimos o fortalecimento inaudito da autoridade política dos militares e da capacidade de defesa venezuelana, assim como a vinculação de sua economia às chinesa e russa, mudando o eixo de seu comércio exterior e também saindo dos grandes acordos do sistema financeiro.
Expomo-nos, assim, a um conflito internacional em plena Amazônica, em que o interesse de superpotências se impõem sobre a vontade soberana de um povo para lhe retirar o petróleo. Nada pode depor mais contra o interesse dos brasileiros e brasileiras. A América Latina deve ser solidária à Venezuela, recebendo com dignidade os irmãos venezuelanos e repudiando toda chantagem e ingerência externa, somando em favor do diálogo e da paz na nossa região. E devemos repudiar a intervenção dos EUA promovendo a guerra na América Latina. Essas sim são as posições que correspondem aos grandes interesses nacionais. Ianques, go Home! Paz para a Venezuela, não à ingerência externa! Os venezuelanos são os e as donos(as) de seu destino!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
Lenin e seu pensamento Revolucionário
Batista Lemos deu a linha pelas redes e eu reproduzo e acrescento:
No dia 21 de janeiro de 1924 morria, aos 53 anos, o líder revolucionário, dirigente comunista Internacional e teórico marxista Vladimir Ilitch Ulianov.
Lenin foi um dos mais destacados dirigentes da Revolução Russa e da reorganização internacional do movimento da Classe Trabalhadora.
A figura de Lenin foi duramente atacada pelo inimigos declarados da classe trabalhadora assim como pelos reformistas, contudo sua obra teórica assim como sua própria vida servem de exemplos para o proletariado em todo o mundo.
Lenin Vive na teoria e na ação militante de comunistas em todo o mundo.
Camarada Lênin PRESENTE!
Hoje e SEMPRE!
LENIN, conheça e divulgue seu pensamento!
Questões de Partido - Atualidade do partido leninista no Brasil (PDF)
http://www.vermelho.org.br/html/biblioteca/nacional/questao_de_partido.pdf
Leia também em: http://www.vermelho.org.br/interna.php?pagina=biblioteca.htm
Textos de Vladimir Lenin
Que Fazer?
O imperialismo, etapa superior do capitalismo
Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo
O Estado e a Revolução
Karl Marx
A falência da II Internacional
Uma Grande Iniciativa
Um passo em frente, dois passos atrás
No dia 21 de janeiro de 1924 morria, aos 53 anos, o líder revolucionário, dirigente comunista Internacional e teórico marxista Vladimir Ilitch Ulianov.
Lenin foi um dos mais destacados dirigentes da Revolução Russa e da reorganização internacional do movimento da Classe Trabalhadora.
A figura de Lenin foi duramente atacada pelo inimigos declarados da classe trabalhadora assim como pelos reformistas, contudo sua obra teórica assim como sua própria vida servem de exemplos para o proletariado em todo o mundo.
Lenin Vive na teoria e na ação militante de comunistas em todo o mundo.
Camarada Lênin PRESENTE!
Hoje e SEMPRE!
LENIN, conheça e divulgue seu pensamento!
Questões de Partido - Atualidade do partido leninista no Brasil (PDF)
http://www.vermelho.org.br/html/biblioteca/nacional/questao_de_partido.pdf
Leia também em: http://www.vermelho.org.br/interna.php?pagina=biblioteca.htm
Textos de Vladimir Lenin
Que Fazer?
O imperialismo, etapa superior do capitalismo
Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo
O Estado e a Revolução
Karl Marx
A falência da II Internacional
Uma Grande Iniciativa
Um passo em frente, dois passos atrás
Crítica e autocrítica são coisas de comunistas - Paulo Vinícius Silva
Crítica e autocrítica são coisas de comunistas. Já outros ataques são outra coisa. A gente sabe diferenciar, a gente até se reconhece por isso.
Por essas duas réguas seguimos a medir e reconhecer os camaradas: a linha e a capacidade de crítica e autocrítica.
Falta uma fonte essencial: a História, a teoria, a Cência.
Assim, reconhecemos arrivistas, traíras, infiltrados, ignorantes, inocentes úteis, e seguimos nossa senda. E encontramos os/as camaradas, é uma coisa única. Reconhecer um camarada, chamar de camarada, convidar a ser um camarada são elogios, formas superiores de admiração, ser camarada é um querer bem. Vocês não tem ideia da minha alegria pela incorporação do PPL ao PCdoB, nesse momento, essa unidade singela e sincera em defesa da Nação Brasileira.
Ser camarada.
Quantos amigos e amigas não fiz nas lutas estudantis, juvenis e sindicais, quando encontrei uma pessoa que nunca conhecera e defendia as mesmas ideias, com a mesma preocupação de unir o povo, com a mesma doação de vida e de alma que eu incorporei, desde que me filiei, em maio de 1991 na Rua São Paulo, em Fortaleza.
Isso foi vida, não foi apenas narrativa de uma vida. Foi uma experiência real e transcendente - não está na minha time Line.
As redes sociais a que sou imensamente conectado geram essa anomalia que são as vidas inventadas e a cultura própria dos avatares. Avatar precisa lacrar. Suas opiniões são definitivas e sem responsabilidade com a verdade ou os acontecimentos ulteriores. É vida de videogame. E a vida real? Se uma parcela nada expressiva dela passamos conectados e em interação - uma categoria sociológica importantíssima -, sempre há o risco de sermos atropelados ao não cruzar, cabeça baixa, o sinal vermelho - porque quem guia podia estar vendo um zap. Tudo demais é veneno, até água, diz a sabedoria.
Ferreira Gullar dizia: "a vida pulsa" e seguirá pulsando. É preciso sim, lamber as feridas. Mas no nosso caso, é diferente, não tem nada de vergonhoso, aqui ninguém curte auto-imolação. Autocrítica é um momento importantíssimo, libera, galvaniza, mobiliza criatividade e o comprometimento coletivo. Autocrítica não é vergonha, em grande medida define-nos.
É para nós imperioso analisar o fechamento desse ciclo político e o início de outro. Nesse balanço, os métodos, princípios e debates são influenciados de modo invasivo pela cultura dos avatares, que tem uma função, objetivos e natureza diferente do que é um(a)militante. Essa dimensão virtual não esgota a pessoa, o quadro. E o debate auto-crítico e crítico se deve fazer entre nós, olhos nos olhos, com o devido carinho, o devido respeito e inclusive com as devidas fúrias. Sabemos o que está envolvido quando apontamos o dedo para um camarada. Ao mesmo tempo, a dimensão pedagógica, o cuidado com a organização, o direito de defesa, que lógica distinta das baixarias que se vê por aí.
Então existe sim um amor muito grande pelo partido como característica central da personalidade dos e das camaradas, existe essa vida interna democrática, pulsante e intensa, riquíssima, que se traduz no conhecimento da linha pelo estudo e a reflexão, e pela ligação com o povo onde você tiver na vida, na vida real. A tal da praxis, uma convicção que deixa de ser apenas intenção e "se transforma em gesto", ação coletiva, luta política, luta de massas, revolucionando a realidade e mudando em profundidade a vida da gente.
Esse é o instrumento partido que Lenin e gerações anteriores e posteriores plasmaram como a consciência avançada da nossa época, o mais eficaz instrumento de unificação do povo e da nação para a tarefa histórica indeclinável da transição ao socialismo, renovado pela experiencia chinesa e pelo balanço dos erros e inúmeros acertos do ciclo soviético. O socialismo é uma necessidade histórica. Há tanto a criar para perseguir a felicidade de toda a gente! A vida e a natureza são muito mais que o interesse no vil metal. A vida não é pra dar lucro, a natureza não é pra dar lucro, a gente merece viver sem essa brutal opressão do capitalismo, uma vida de terra, trabalho e pão. Sim. Nós somos socialistas. Aliás, somos até mais, somos comunistas. Por isso, é preciso unir utopia e perspectiva histórica. Sem agonia. Mas sem entregar a rapadura.
E por sermos comunistas somos patriotas, somos os democratas mais consequentes porque sabemos dos limites de uma democracia burguesa e acreditamos que é possível construir muito mais participação popular, para que a energia manietada da classe trabalhadora se solte com toda a força e beleza, transformando a vida do país. Que lindo será quando o povo brasileiro puder dirigir esse país. Vejam o quanto fizemos com a experiência de Lula - preso injustamente, candidato ao Nobel. Foi só um ensaio.
Há muita força, beleza, coragem, amor, superação no Povo Brasileiro. Rede social nenhuma poderá mudar o nosso povo, essa raízes são profundas e doloridas. Somos os que prosseguimos a luta contra a escravidão. Querem escravizar o nosso povo, vender nossas riquezas, controlar Nossa sexualidade, matar a nossa gente. Haverá força bastante na nossa gente para vencer esses baixos instintos que estão a perder a nossa Pátria Amada, nossa mãe gentil.
Não tremem de indignação nossos corações ante as infâmias contra nosso país, a venda da Embraer, subalternidade maluca ao Trump-EUA?! E pensar numa base militar ianque no nosso país?! E as agressões que querem propor, colocar irmão contra irmão, brasileiros contra venezuelanos?! A a venda das empresas estatais que construímos que a ganância nos quer tirar, para escravizar-no?!
Soa, sim, em nossos corações, o refrão:
Brava gente brasileira
Longe vá temor servil
Ou ficar a Pátria Livre
Ou morrer pelo Brasil!
É a nossa luta a defesa do Brasil. Jamais aceitaremos dividir o nosso povo. Tá certo o Mano Brown, o povo não é fascista. Nós amamos profundamente o nosso povo. Temos de ouvir mais o que o povo diz. Mudou tudo. Mas a verdade está lá fora. Qual a ligação nossa, real, com o povo? Estamos dando a batalha na disputa cultural da nossa sociedade? É nas ruas, muito mais que nas redes, que devemos buscar a resposta.
A realidade se impõe. A vida e a morte se impõem, assim como o renascimento sucede à mortandade. Ano passado a minha mãe morreu e o Bolsonaro foi eleito. Tenho muita esperança num 2019 melhor. Aurora será o nome da filha dos meus queridos André e Flavinha - que emoção - que surge com esse novo ano. Castro Alves ensinou que toda noite tem Aurora. Eu sou otimista. Nosso povo está na luta, não está vacilando no combate. Mas o isolamento e as bolhas, a ilusão esconde uma grande necessidade de reformulação da nossa luta de massas e no campo das ideias, num contexto de resistência.
Precisamos ouvir e refletir muito, camaradas. Estou com uma grande saudade de tantos(as) de vocês, que tudo que queria era esse reencontro, de gênio, de poesia, de debate, tipo assim, um congresso.
Ato em defesa da Justiça do Trabalho em Brasília: ampla unidade em defesa dos Trabalhadores(as) - Paulo Vinícius Silva
Esta segunda, 21, começou com o Ato em defesa da Democracia e da Justiça do Trabalho, ocorrido às 10h00 no Tribunal Regional do Trabalho que fica na W3 Norte à altura da 513, em Brasilia. A atividade, convocada pela Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat), cresceu em adesão de operadores de direito, juízes, promotores, advogados e sindicalistas, que realizam protestos e atos públicos em 41 cidades, entre capitais e grandes municípios.
As atividades ocorrem em um contexto de inaudito ataque aos direitos dos trabalhadores(as), que se expressou nas famigeradas leis da Terceirização e da Deforma Trabalhista, situações agravadas pela extinção do Ministério do Trabalho e do Emprego e pelas declarações sobre a extinção da Justiça do Trabalho, cogitada pelo presidente Jair Bolsonaro.
A Deforma Trabalhista e a Terceirização ampliaram, e muito, a exploração do trabalhador(a): trabalho intermitente, quarteirização, pejotização, a figura do intermediador de mão de obra", o papel assumidamente formal e meramente homologatório que a Justiça do Trabalho passaria a ter, a equiparação de indenizações trabalhistas como proporção dos ganhos de cada empregado(a) e não do dano sofrido, as dificuldades de acesso à Justiça e a redução do tempo de prescrição das reclamações trabalhistas, tudo isso ambientado no ambiente de polícia a que se quer vincular o movimento sindical, já profundamente atacado em sua estrutura financeira e no seu poder de negociação coletiva.
É uma terra sem lei para os trabalhadores e trabalhadoras o "paraíso" para a máxima exploração do capital, com trabalho intermitente, adoecimento e miséria como a distopia que melhoraria o Brasil. Melhorar para quem?!
Esse contexto aponta caminhos para a unidade de todos os democratas, patriotas que defendem o patamar de direitos que o Brasil atingiu a partir da Construção de 1988. A atividade representou essa ampla frente, com a presença de sindicalistas, associações de classe, populares e autoridades que lotaram o TRT de Brasília. Registramos, a título de exemplo, as presenças da Ministra do Tribunal Superior do Trabalho, a Excelentíssima Ministra Delaíde Arantes, de Charles Lustosa Silvestre, procurador do Ministério Público do Trabalho, a Presidenta da ABRAT, Alessandra Camanho, da OAB-DF, Délio Lins, a vice-Presidenta da ANAMATRA, Noemia Garcia Porto, a Deputada Federal Erika Kokay (PT-DF), o ex-deputado Constituinte Aldo Arantes, pela ADJC - Advogados(as) pela Democracia, Justiça e pela Democracia. As centrais sindicais estavam presentes, o Presidente da CSPB, João Domingos, pela Nova Central, pela CONTRATUH, Vera Lêda e Paulo Vinícius Silva, Secretário de Relações do Trabalho da CTB. Vários sindicatos marcaram presença, no que se destacou, pelo número de diretores, o Sindicato dos Bancários de Brasília, filiado à CUT.
O tom dos discursos na atividade foi dado pelas brilhantes oradoras que organizaram e dirigiram a atividade, com palavras de ordem de união dos brasileiros e brasileiras em defesa da democracia, da legalidade e dos avanços sociais conquistados, e que há de defender contra os retrocessos que ferem a Constituição Brasileira.
Para ampliar a interlocução e a ação conjunta de resistência à ofensiva contra o Trabalho, as seções do DF da CTB e da CGTB propuseram à ADJC um encontro de trabalho já nesta sexta, para reforçar todas as iniciativas que possam unir sindicalistas e operadores do direito na resistência ao retrocesso.
Confiram algumas imagens do evento:
Veja também em: https://photos.app.goo.gl/etHXcsvULp4YTcUPA
E as falas da Ministra Delaíde Arantes e do Constituinte de 1988, Aldo Arantes, no evento:
De Brasília, pelo Coletivizando, Paulo Vinícius Silva.
As atividades ocorrem em um contexto de inaudito ataque aos direitos dos trabalhadores(as), que se expressou nas famigeradas leis da Terceirização e da Deforma Trabalhista, situações agravadas pela extinção do Ministério do Trabalho e do Emprego e pelas declarações sobre a extinção da Justiça do Trabalho, cogitada pelo presidente Jair Bolsonaro.
A Deforma Trabalhista e a Terceirização ampliaram, e muito, a exploração do trabalhador(a): trabalho intermitente, quarteirização, pejotização, a figura do intermediador de mão de obra", o papel assumidamente formal e meramente homologatório que a Justiça do Trabalho passaria a ter, a equiparação de indenizações trabalhistas como proporção dos ganhos de cada empregado(a) e não do dano sofrido, as dificuldades de acesso à Justiça e a redução do tempo de prescrição das reclamações trabalhistas, tudo isso ambientado no ambiente de polícia a que se quer vincular o movimento sindical, já profundamente atacado em sua estrutura financeira e no seu poder de negociação coletiva.
É uma terra sem lei para os trabalhadores e trabalhadoras o "paraíso" para a máxima exploração do capital, com trabalho intermitente, adoecimento e miséria como a distopia que melhoraria o Brasil. Melhorar para quem?!
Esse contexto aponta caminhos para a unidade de todos os democratas, patriotas que defendem o patamar de direitos que o Brasil atingiu a partir da Construção de 1988. A atividade representou essa ampla frente, com a presença de sindicalistas, associações de classe, populares e autoridades que lotaram o TRT de Brasília. Registramos, a título de exemplo, as presenças da Ministra do Tribunal Superior do Trabalho, a Excelentíssima Ministra Delaíde Arantes, de Charles Lustosa Silvestre, procurador do Ministério Público do Trabalho, a Presidenta da ABRAT, Alessandra Camanho, da OAB-DF, Délio Lins, a vice-Presidenta da ANAMATRA, Noemia Garcia Porto, a Deputada Federal Erika Kokay (PT-DF), o ex-deputado Constituinte Aldo Arantes, pela ADJC - Advogados(as) pela Democracia, Justiça e pela Democracia. As centrais sindicais estavam presentes, o Presidente da CSPB, João Domingos, pela Nova Central, pela CONTRATUH, Vera Lêda e Paulo Vinícius Silva, Secretário de Relações do Trabalho da CTB. Vários sindicatos marcaram presença, no que se destacou, pelo número de diretores, o Sindicato dos Bancários de Brasília, filiado à CUT.
O tom dos discursos na atividade foi dado pelas brilhantes oradoras que organizaram e dirigiram a atividade, com palavras de ordem de união dos brasileiros e brasileiras em defesa da democracia, da legalidade e dos avanços sociais conquistados, e que há de defender contra os retrocessos que ferem a Constituição Brasileira.
Para ampliar a interlocução e a ação conjunta de resistência à ofensiva contra o Trabalho, as seções do DF da CTB e da CGTB propuseram à ADJC um encontro de trabalho já nesta sexta, para reforçar todas as iniciativas que possam unir sindicalistas e operadores do direito na resistência ao retrocesso.
Confiram algumas imagens do evento:
Veja também em: https://photos.app.goo.gl/etHXcsvULp4YTcUPA
E as falas da Ministra Delaíde Arantes e do Constituinte de 1988, Aldo Arantes, no evento:
De Brasília, pelo Coletivizando, Paulo Vinícius Silva.
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sábado, 19 de janeiro de 2019
Haroldo Lima: O PCdoB e a presidência da Câmara - Portal Vermelho
Sente-se uma movimentação política contrária à posição que o PCdoB está construindo, e ainda não concluiu, para a eleição a presidente da Câmara dos Deputados. Aparecem protestos e advertências contra o que seria um erro do Partido.
Alguns desaprovam a posição que o Partido constrói por acharem, sinceramente, ser ela uma posição equivocada. São pessoas nossas, gente de esquerda e até militantes, com quem eventualmente podemos divergir, na busca do melhor caminho.
Há os que, sendo nossos aliados, enxergam a oportunidade de tirar uma “lasquinha” no PCdoB, fomentando uma onda contra o Partido, na esperança de que isto pode lhes ser útil na próxima campanha eleitoral, na sucessão do sindicato ou na entidade estudantil. São oportunistas.
Há ainda os que alardeiam decepção com o Partido, deformam suas posições, incitam freneticamente os ânimos contra ele e o criticam com tal virulência, que revelam, na verdade, estarem satisfeitos em ver o Partido ser criticado. Esses são nossos adversários históricos, que se fingem de esquerda para ganharem autoridade nas nossas áreas e dizerem que estão descontentes com os comunistas.
Em todas essas situações, devemos ficar atentos com os problemas postos, enfrentá-los com serenidade, não nos envolvermos no alarido que tumultua, tomar as iniciativas que o momento e nossa responsabilidade exigem e, sempre que possível, esclarecer os fatos.
Reiterar, por exemplo, que não há duas eleições, a de 2018 e agora a de 2019, na Câmara. A de 2019 é consequência da de 2018, é seu desdobramento. Quem ganhou a de 2018, vai ganhar a de 2019, pois o pessoal que aí vai votar é, majoritariamente, a turma vitoriosa em 2018. Os partidos que chegaram à maioria nessa eleição - extrema-direita, direita, centrão - vão agora escolher as pessoas que dirigirão a Câmara. Mas eles têm que observar o Regimento da Casa, que não permite o trucidamento das minorias. De qualquer forma, quem ganhou em 2018 não vai entregar o comando da Câmara a quem perdeu. E quem perdeu fomos nós.
Como a Câmara é uma Casa eminentemente política, as minorias, apoiando-se no Regimento, tem alternativas a seguir.
Podem, por exemplo, em grupo ou individualmente, simplesmente aderir às forças dominantes. Os traidores assim procedem.
Podem lançar candidato avulso para marcar posição e projetar algum nome, correndo o risco de mostrar a insignificância da força que o apresentou. Na eleição para a presidência da Câmara, de 2015, o PT insistiu em lançar candidato próprio, que recebeu apoio da esquerda, mas não do centro. Este saiu separado. E o Psol resolveu “marcar posição”, saindo com candidatura própria e teve oito votos. Resultado, ganhou Eduardo Cunha, o promotor do impeachment que redundou no desastre que está por aí.
Finalmente podem seguir a alternativa que PCdoB e PDT estão construindo. Identificar, entre os setores que estão galvanizando apoios, um candidato que tenha alguma tradição de defesa da instituição, que respeite forças políticas diferenciadas e de esquerda, e não as “tratore”, que garanta a essas forças espaços nas comissões temáticas e outras que surjam, indispensáveis a uma atuação parlamentar eficiente de inspiração popular. Na situação posta, essas condições estão levando ao nome do Rodrigo Maia.
Agora uma questão: estaremos apoiando então o candidato do PSL, do partido do Bolsonaro, como adversários e “mui amigos” estão a vociferar?
De forma alguma. Isto é calúnia oportunista que serve para engrandecer o PSL e Bolsonaro.
Desde que apareceu a hipótese de o capitão reformado ganhar a eleição de 2018, que o PSL começou a trabalhar para ter o comando da Câmara, seja com um presidente de suas próprias fileiras, seja com um bolsonarista de primeira hora.
A deputada do PSL de São Paulo, eleita com mais de um milhão de votos, Joice Hasselmann, sobre o assunto declarou ser "muito natural que o PSL pleiteie o comando da Câmara” (O Globo, G1, 22.10.2018). Luciano Bivar, presidente licenciado do partido, e eleito deputado federal por Pernambuco, na mesma oportunidade, disse haver um "movimento" para que ele disputasse a presidência da Câmara. (id)
Caminhando nesse rumo, o PSL logo começou a ter problemas. Analistas registraram, por exemplo, que “o PSL deve ter dificuldade nas negociações com os outros partidos, por ter muitos membros em primeiro mandato” (Cláudia Tavares, O Globo). O próprio Bolsonaro teria admitido não ficar seu partido com a presidência da Câmara.
O peso da inexperiência e a arrogância do PSL foram afastando setores do centro político e a imprensa já informava ainda em outubro: “Investidas do PSL por comando da Câmara irritam deputados do Centrão”. (Revista Exame, 18.10.2018).
No final de 2018, os projetos do PSL para a presidência começam a desandar e já em janeiro de 2019 naufragaram. "O partido do presidente da República abre mão de disputar a Presidência da Câmara dos Deputados", informa a Gazeta do Povo, do Paraná, em 08.01.2019.
A desistência não foi acompanhada de um apoio imediato e tranquilo à candidatura do Rodrigo Maia, com quem o PCdoB já vinha discutindo espaços políticos e garantias há mais tempo. Havia certa má vontade contra o Maia, como se deduz da postura do filho do presidente assim anunciada, “Eduardo Bolsonaro descarta apoio do PSL a Maia: outras preferências” (O Globo, G1 10.12.2018)
Apesar de “outras preferências”, no início de janeiro de 2019, o PSL delibera apoiar Rodrigo Maia e negocia com ele os termos do apoio.
Agora bem. As conversações e buscas de espaços e garantias do PCdoB com o Rodrigo Maia já estavam avançadas quando o PSL, derrotado em seu intento de comandar a Câmara, a despeito de já ter descartado publicamente o apoio a Maia e de “ter outras preferências”, à falta de alternativa, vem apoia-lo. E aí o PCdoB que faz? bate em retirada, potencializando o apoio a Maia do recém chegado PSL? Estaria o mais experimentado partido do Brasil ao sabor do PSL? Se ele vier “a gente sai”, se não vier “a gente fica?”.
De forma alguma. Está certo o Líder da bancada federal Orlando Silva ao dizer que “o PSL ensaiou construir um candidato à presidência da Câmara dos Deputados e não conseguiu. Todos viram a lista de alternativas (a presidente da Câmara) apresentadas pelo presidente eleito, que não incluía Rodrigo Maia. E os parlamentares do clã Bolsonaro falavam que “o tempo de Maia passou”. Completava Orlando: “é o PSL que tem que se explicar.” (O Antagonista, 16.01.2019)
O PCdoB não está fazendo nenhum bloco com o PSL. Isto é difamação e falsidade. Porque todos sabem, mesmo os que tentam esta difamação, que, na linha de frente da luta renhida que nosso povo terá que travar contra o governo reacionário do Bolsonaro estará, com destaque, o PCdoB.
*Haroldo Lima é membro da Comissão Política Nacional do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
A FRENTE DO POVO! - *Waldir Ferreira
"Vivemos momento grave
Atentai, trabalhadores!
Por favor, peço a atenção
Das senhoras, dos senhores
Pense no país primeiro
Brasileira, brasileiro
De todas as nossas cores!
Não se trata de partido
De cor, de ideologia
Nem de credo, nem de gênero
Ou de metodologia
A questão aqui é essa
Pois parece que começa
O fim da democracia.
E isso vai nos exigir
Um grande desprendimento
Pra lutar por nosso povo
Promovendo o isolamento
Do atraso e com verdade
Defender a liberdade
Nesse grande enfrentamento.
Nossa Pátria nos exige
No povo pensar primeiro
Sem vaidade, ir a campo
Com destemor de guerreiro
Construir a Ampla Frente
E mostrar pro Presidente
Somos povo brasileiro!
Movimento sindical,
De mulheres e os partidos
De negros e de estudantes
Os sem-teto, desvalidos
Unificar os sem-terra
E juntos partir pra guerra
Na tropa dos oprimidos.
Foi eleito um presidente
Falando em patriotismo
Atacando tudo e todos
Sem uso de eufemismo
Não debateu o país
Muito fala, nada diz
É esse o bolsonarismo.
O infame fez campanha
Se dizendo a salvação
Inventor da honestidade
O Messias, Capitão
Todo certo e impoluto
O discurso era fajuto
Exala só a corrupção.
E se diz um patriota
Só pode ser brincadeira
Faz continência pra gringo
Mais parece uma “rameira”
Que até finge ter firmeza
Mas vende nossa riqueza
Enrolado na bandeira.
Como se diz no Nordeste
Vou usar aqui o mote
Desse povo sertanejo
Que antes de tudo é forte
Lutador, honesto e caro
No crânio de Bolsonaro
Tem é miolo de pote.
Tudo que ele apresenta
Causa dano ao nosso povo
Faz política há 30 anos
E vem dizer que é o novo
Mais velho que andar pra frente
Elegeram um presidente
De ianque baba-ovo.
Atacando as minorias
Em favor do preconceito
Faz cortina de fumaça
Para ver se tem efeito
Seu ideal privatista
Anti-pátria e entreguista
O fim de nossos direitos.
Usa-se rosa ou azul?
De que cor é a cadeira?
A mulher fala por libras?
Vão mudar nossa bandeira?
É tudo boi de piranha
Diversionismo nos ganha
Iludidos por besteira.
Ocorre que enquanto isso
Quem nos governa de fato
Prepara suas reformas
Com todo seu aparato
Para sangrar nosso povo
E nós estamos de novo
Caindo mesmo que pato.
O massacre teve início
Com a política indigenista
Absurdamente entregue
Para a sanha ruralista
Raposa no galinheiro
É a lógica do dinheiro
A prioridade à vista.
O fim do MTE
Um ente fundamental
Combater trabalho escravo
E de forma especial
Ampara os trabalhadores
Pois na luta com os senhores
Tem mais força o capital.
Ministério da Cultura
Tudo que fala igualdade
Emancipação do povo
E luta por liberdade
Bolsonaro extinguiu
Quer dividir o Brasil
Por burrice ou por maldade?
Quer dar arma e não livro
Ódio e não educação
Criminaliza professores
Quer a privatização
Das escolas, da saúde
Cada nova atitude
É uma exasperação.
Até o salário mínimo
Menor que o do Paraguai
Rebaixou em 8 contos
Inda anunciou que vai
Impedir ele aumentar
Valorização cessar
O pobre vai dizer ai!
Um crime de lesa-pátria
É a venda da Embraer
Tecnologia de ponta
Entregue como qualquer
Produto de fim de feira
É um filho de chocadeira
Chame tu como quiser.
Mas a marca de Silvério
De Laval, de Calabar
Fica estampada na testa
Quando o biltre revelar
A grande submissão
É sua genuflexão
Pr’ outra pátria se prostrar.
Pois nem isso mais lhe falta
A ninguém mais ele engana
Lambe-botas do império
Sacripanta, é um banana
Disse que vai estuda
Cá uma base militar
De bandeira americana.
Não perde por esperar
Reação de nossa gente
Nossa história é de batalhas
Povo de luta, valente
Que nunca fugiu da guerra
Precisar de novo “enterra”
Um traidor presidente.
Em nosso peito tem Pátria
E essa luta, seguiremos
Pois nós somos a verdade
E a mentira não tememos
Vamos lá, trabalhadores
Povo de todas as cores
Pátria Livre! Venceremos!"
*É Presidente do Sintracoop/DF, Secretário-Geral da CGTB/DF e Membro da Executiva Nacional da CGTB.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2019
PCdoB: lutar com consequência em busca da Frente Ampla - Paulo Vinícius Silva
Eu estranho muito essa análise de que "nos conspurcamos" se fizermos alianças. Objetivamente, isso não se sustenta.Exatamente forças que nos criticam são useiras e vezeiras em apoios claros e encobertos, acordos inconfessos. Por exemplo: o aceitar sem luta que se percam os espaços legislativos que vão favorecer a resistência. É um acordo também. Gravíssimo. É o WO. Essa grande atitude revolucionária contra o Maia significa o que? Nada. Desiste dos espaços que servirão ao entrincheiramento do povo na disputa pelos seus direitos. Nega a importância do que efetivamente se decide pelo fetiche do símbolo, da dureza do "não conciliar jamais". Nega à minoria parlamentar sob ataque, direito sagrado de fazer manobras parlamentares. Confunde moralismo com uma batalha de início de jogo, de regramento e de estabelecimento de relações. Joga todo o centro político para o lado de lá, com o risco de maioria qualificada, de exclusão, de perseguição, sem pejo.
Ninguém fica apavorado com o desprendimento de uma minoria parlamentar que tem como grande ato inaugural de ação no parlamento a derrota e o auto-isolamento e a exclusão, às vésperas de uma guerra?
Um erro tático dessa natureza não é aceitável. Toda a paixão, a emoção, o jogar para a platéia, deve ceder lugar à fria análise dos custos imensos de uma decisão temerária. Mesmo a composição atual com o Maia nos achará em uma situação frágil na correlação de forças. É um dado estrutural que saiu das urnas. Faremos o que? Desconheceremos os poderes da república? É preciso ser consequente.
Os ataques à honra de nosso partido escondem anticomunismo, despeito, arrogância, o firme propósito de nos tratar como partido de segunda, o desconhecimento da nossa história e cabedal tático, a infâmia pura e simples de querer nos jogar do lado de lá. Ainda assim, por compromisso com o nosso povo, antes, hoje e sempre estaremos todos juntos mobilizando contra a privatização, contra a perda de direitos, a favor do povo, lado a lado com esses mesmos companheiros equivocados. Mas não naturalizemos esses ataques desrespeitosos de quem se diz companheiro. Bom é ser apoiado. Aí nós somos lindos.
E tem gente aí nos xingando, questionando como se não lutássemos pela democracia, pela Nação e pelo trabalhador, pela classe na sua diversidade. Ora, é preciso mesmo que se respeite o PCdoB. Até porque o PCdoB está sendo questionado por uma opção tática clara e honesta: não é hora de polarizar a eleição da Câmara. Por que? Porque o PCdoB sabe contar.
O PCdoB defende a Frente Ampla. Está ameaçada a legalidade. Se os comunistas dão um sinal de cautela, desse modo, é preciso levar em conta. Em momentos de grande dificuldade que o PT viveu, o PCdoB jamais o atacou. Em momentos em que a esquerda se engalfinhava, o PCdoB chamava a unidade. Na hora de retirar a candidatura da gigante Manuela D'Ávila, para unir, só o PCdoB foi capaz. Jamais se calou diante da prisão injusta de Lula. Então, quero registrar muito concretamente que esse episódio serviu para fins didáticos de quadros do Partido. Reafirma a responsabilidade de nossa posição, porque sabemos fazer conta. Ao mesmo tempo ilustra o nível da divergência tática que envolve PCdoB e PT e PSOL.
Há muita ignorância e mais ainda, muita religião, nessa visão da classe média sobre o que é o comunismo, o militante comunista, em parte por ignorância. Não serão as fake news nem a ignorância que nos definirão, nós conhecemos a nossa história e fizemos movimentos muito claros de renovação, face à crise do socialismo. Querem definir os comunistas como uma força sectária, martirizada, derrotada, uma lembrança do passado. Vã ilusão.
Os comunistas sempre fizeram alianças e acordos dificílimos e incompreendidos e que se mostraram decisivos para o Brasil e o mundo. Quem acha que ser revolucionário e comunista é não fazer acordos desconhece a alma do guerrilheiro, a importância da flexibilidade tática, a imposição da realidade, e não de nossos anseios, mas da correlação de forças. Esses movimentos não são abandono da luta, muito ao contrário, mas assumir a complexidade concreta da batalha e jamais dar-se por vencido. Nós acumulamos é para resistir. E não aconselho menosprezar nossa capacidade de luta. Para a complexidade dessa guerra de múltiplos movimentos, em que cada um é cada um e estamos todos com o mesmo objetivo, precisamos educar a nossa juventude, nossa classe e nossos intelectuais para serem quadros, incorporarem as premissas de nossa ação politica, coerentes com nossos pressupostos, e convencidos da justeza da posição da nossa direção e dos nossos parlamentares, gente da melhor qualidade, bastiões da resistência. Não somos enfeite, não aceitamos WO, fazemos luta com as condições que temos. Vamos dar trabalho.
E a saída é a frente ampla.
quarta-feira, 16 de janeiro de 2019
Formação Marxista - Esquerdismo, doença Infantil do Comunismo - Lênin
Esquerdismo, doença Infantil do Comunismo - Lênin - Texto integral:
https://www.marxists.org/portugues/lenin/1920/esquerdismo/index.htm
Ficha de Leitura: Augusto César Buonicore http://www.escolapcdob.org.br/file.php/1/materiais/pagina_inicial/Cadernos_Formacao/19_CF_Esquerdismo_FICHA.pdf
Artigo de Renato Rabelo:
“Esquerdismo...” – lições da luta contra o extremismo no movimento operário
http://www.escolapcdob.org.br/file.php/1/materiais/pagina_inicial/Cadernos_Formacao/20_CF_Esquerdismo_ARTIGO.pdf
https://www.marxists.org/portugues/lenin/1920/esquerdismo/index.htm
Ficha de Leitura: Augusto César Buonicore http://www.escolapcdob.org.br/file.php/1/materiais/pagina_inicial/Cadernos_Formacao/19_CF_Esquerdismo_FICHA.pdf
Artigo de Renato Rabelo:
“Esquerdismo...” – lições da luta contra o extremismo no movimento operário
http://www.escolapcdob.org.br/file.php/1/materiais/pagina_inicial/Cadernos_Formacao/20_CF_Esquerdismo_ARTIGO.pdf
Orlando Silva: É preciso ouvir Guimarães Rosa - Sobre a eleição da Câmara
PORTAL VERMELHO
As eleições para as mesas da Câmara e do Senado sempre ensejam muita intriga política, disputas por protagonismo e por objetivos das forças políticas que compõem o Parlamento, sejam elas governistas ou de oposição. Muitas vezes, para galvanizar prestígio na opinião pública “engajada” e deslegitimar movimentos de outras forças, argumentos enviesados são apresentados, como se as eleições internas do parlamento seguissem as mesmas regras ou fossem um terceiro turno das eleições gerais.
Richard Silva/PCdoB na Câmara
Por Orlando Silva*
A verdade, no entanto, é que são eleições em quase tudo distintas. Nas eleições gerais são debatidos – ou ao menos deveriam ser – projetos para o país, objetivos a perseguir na economia, em políticas públicas para as diversas áreas, como saúde e educação, que, ao fim, são submetidos a escolha popular através do voto em candidatos que sustentem tais programas.
No caso das eleições para o comando das casas legislativas, os debates giram entorno da reafirmação da autonomia do poder e não submissão ao Executivo, dos compromissos com a manutenção da democracia interna da Casa, do respeito ao regimento e à proporcionalidade para distribuição dos espaços na mesa diretora, em comissões, relatorias. Não são questões menores, pois garantem a própria condição para o exercício de prerrogativas caras às minorias e oposições. Mas também não são, como alguns querem fazer parecer, debates entre programas de governo. Tais pactos firmados pelos candidatos guiam as posições partidárias – não é, portanto, necessariamente, uma disputa entre direita e esquerda, nem uma questão de princípios.
A ação dos comunistas no Parlamento sempre esteve acompanhada de polêmica. É natural, trata-se de uma instituição que ganhou formas mais precisas com a democracia liberal e se constituiu em mecanismo funcional para o domínio institucional das classes dominantes. Por outro lado, pode ser uma caixa de ressonância das demandas dos trabalhadores e, a depender da correlação de forças, até um espaço de conquistas para o povo.
O PCdoB já tem uma tradição relevante de atuação parlamentar, que remonta a 1945. Já atravessamos momentos bem distintos da vida nacional. E essa história deve nos inspirar. A conjuntura atual tempera muito os debates políticos, exigindo balizar e justificar a posição a ser tomada pelos comunistas com base em objetivos traçados para atuação no Congresso no próximo período. A meu ver:
1. Garantir funcionamento democrático do parlamento, de maneira que a oposição possa exercer efetivamente seu papel;
2. Atuar para o que o legislativo reequilibre a relação com outros poderes. Isso nos interessa porque interessa à estabilidade democrática, o que no quadro atual tem especial importância. No Brasil de hoje, a estabilidade institucional tem um valor chave.
3. Manter relações políticas amplas, fundamentais para nossa ação política nos próximos anos.
4. Participar da governança da Casa e das comissões, com alguma relevância.
Tenho dito que eleição da Mesa da Câmara não é do líder do Governo, nem da Oposição. Isso é importante porque o ambiente político está extremamente polarizado e essa polarização vai prosseguir, pois ela é funcional para os polos. Um alimenta o outro: facilita o exercício do poder para um lado, e mantém a perspectiva de poder para o outro. E o interesse nacional vai sucumbindo nesse estica e puxa. É triste.
No caso concreto da eleição para a direção da Câmara, a candidatura de Rodrigo Maia polariza o debate. Natural, é o atual presidente. É um político conservador. Na economia, um liberal convicto. Mas é um democrata, não um déspota.
Com a queda de Eduardo Cunha, foi eleito presidente. Assumiu e cumpriu movimentos delicados, como impedir que instrumentos legislativos fossem utilizados para perseguir e criminalizar entidades e movimentos sociais ou o acordo que retirou de pauta o projeto de privatização da Eletrobrás.
Na eleição atual para a Mesa, havia uma construção para unir um bloco em defesa da política.
O PSL percebeu o jogo e correu para anunciar o apoio a Maia, assim reduzindo o risco do governo sofrer uma derrota estratégica. Contudo, a eventual vitória de Rodrigo Maia não deve ser lida como uma vitória do campo governista, uma vez que este sempre o qualificou como “velha política”. Lembremos que o Clã Bolsonaro anunciou a quem quisesse ouvir que “o tempo de Rodrigo Maia havia passado” – mais claro, impossível.
Candidaturas forjadas só para marcar posição servem para ganhar likes nas bolhas das redes sociais, mas seguem uma lógica de isolamento que em nada serve à oposição.
Há, também, candidatos avulsos tentando pescar em águas turvas, buscando bênçãos da sorte “Severina”. Lembram do Severino?
Esse é o quadro, com uma novidade aqui e outra ali, fatos acessórios, úteis à crônica política. No mais, há uma polêmica na esquerda, que diz respeito a diferenças estratégicas e táticas, de leitura de correlação de forças, de frente ampla ou frente de esquerda. Na eleição da Câmara, tais divergências vão aparecer sempre. O debate de fundo se arrasta faz tempo. Esse será apenas mais um round.
O país vive uma situação delicada. Temos um governo de extrema direita, que diz abertamente que entre seus objetivos está perseguir a esquerda, acabar com direitos sociais e democráticos. Neste quadro extremamente desfavorável para as forças progressistas, o isolamento no Congresso pode ser fatal até mesmo para o exercício pleno da oposição ao governo.
Guimarães Rosa já nos ensinou que “o sapo não pula por boniteza, mas por precisão”. É o caso. Rodrigo Maia, nas atuais condições políticas, é o nome que reúne melhores condições para presidir a Câmara dos Deputados e garantir o seu funcionamento democrático e autonomia diante dos outros poderes.
O PCdoB indicou sua posição. E busca construir com PSB e PDT um caminho comum.
* Orlando Silva é líder do PCdoB na Câmara dos Deputados.
As eleições para as mesas da Câmara e do Senado sempre ensejam muita intriga política, disputas por protagonismo e por objetivos das forças políticas que compõem o Parlamento, sejam elas governistas ou de oposição. Muitas vezes, para galvanizar prestígio na opinião pública “engajada” e deslegitimar movimentos de outras forças, argumentos enviesados são apresentados, como se as eleições internas do parlamento seguissem as mesmas regras ou fossem um terceiro turno das eleições gerais.
Richard Silva/PCdoB na Câmara
Por Orlando Silva*
A verdade, no entanto, é que são eleições em quase tudo distintas. Nas eleições gerais são debatidos – ou ao menos deveriam ser – projetos para o país, objetivos a perseguir na economia, em políticas públicas para as diversas áreas, como saúde e educação, que, ao fim, são submetidos a escolha popular através do voto em candidatos que sustentem tais programas.
No caso das eleições para o comando das casas legislativas, os debates giram entorno da reafirmação da autonomia do poder e não submissão ao Executivo, dos compromissos com a manutenção da democracia interna da Casa, do respeito ao regimento e à proporcionalidade para distribuição dos espaços na mesa diretora, em comissões, relatorias. Não são questões menores, pois garantem a própria condição para o exercício de prerrogativas caras às minorias e oposições. Mas também não são, como alguns querem fazer parecer, debates entre programas de governo. Tais pactos firmados pelos candidatos guiam as posições partidárias – não é, portanto, necessariamente, uma disputa entre direita e esquerda, nem uma questão de princípios.
A ação dos comunistas no Parlamento sempre esteve acompanhada de polêmica. É natural, trata-se de uma instituição que ganhou formas mais precisas com a democracia liberal e se constituiu em mecanismo funcional para o domínio institucional das classes dominantes. Por outro lado, pode ser uma caixa de ressonância das demandas dos trabalhadores e, a depender da correlação de forças, até um espaço de conquistas para o povo.
O PCdoB já tem uma tradição relevante de atuação parlamentar, que remonta a 1945. Já atravessamos momentos bem distintos da vida nacional. E essa história deve nos inspirar. A conjuntura atual tempera muito os debates políticos, exigindo balizar e justificar a posição a ser tomada pelos comunistas com base em objetivos traçados para atuação no Congresso no próximo período. A meu ver:
1. Garantir funcionamento democrático do parlamento, de maneira que a oposição possa exercer efetivamente seu papel;
2. Atuar para o que o legislativo reequilibre a relação com outros poderes. Isso nos interessa porque interessa à estabilidade democrática, o que no quadro atual tem especial importância. No Brasil de hoje, a estabilidade institucional tem um valor chave.
3. Manter relações políticas amplas, fundamentais para nossa ação política nos próximos anos.
4. Participar da governança da Casa e das comissões, com alguma relevância.
Tenho dito que eleição da Mesa da Câmara não é do líder do Governo, nem da Oposição. Isso é importante porque o ambiente político está extremamente polarizado e essa polarização vai prosseguir, pois ela é funcional para os polos. Um alimenta o outro: facilita o exercício do poder para um lado, e mantém a perspectiva de poder para o outro. E o interesse nacional vai sucumbindo nesse estica e puxa. É triste.
No caso concreto da eleição para a direção da Câmara, a candidatura de Rodrigo Maia polariza o debate. Natural, é o atual presidente. É um político conservador. Na economia, um liberal convicto. Mas é um democrata, não um déspota.
Com a queda de Eduardo Cunha, foi eleito presidente. Assumiu e cumpriu movimentos delicados, como impedir que instrumentos legislativos fossem utilizados para perseguir e criminalizar entidades e movimentos sociais ou o acordo que retirou de pauta o projeto de privatização da Eletrobrás.
Na eleição atual para a Mesa, havia uma construção para unir um bloco em defesa da política.
O PSL percebeu o jogo e correu para anunciar o apoio a Maia, assim reduzindo o risco do governo sofrer uma derrota estratégica. Contudo, a eventual vitória de Rodrigo Maia não deve ser lida como uma vitória do campo governista, uma vez que este sempre o qualificou como “velha política”. Lembremos que o Clã Bolsonaro anunciou a quem quisesse ouvir que “o tempo de Rodrigo Maia havia passado” – mais claro, impossível.
Candidaturas forjadas só para marcar posição servem para ganhar likes nas bolhas das redes sociais, mas seguem uma lógica de isolamento que em nada serve à oposição.
Há, também, candidatos avulsos tentando pescar em águas turvas, buscando bênçãos da sorte “Severina”. Lembram do Severino?
Esse é o quadro, com uma novidade aqui e outra ali, fatos acessórios, úteis à crônica política. No mais, há uma polêmica na esquerda, que diz respeito a diferenças estratégicas e táticas, de leitura de correlação de forças, de frente ampla ou frente de esquerda. Na eleição da Câmara, tais divergências vão aparecer sempre. O debate de fundo se arrasta faz tempo. Esse será apenas mais um round.
O país vive uma situação delicada. Temos um governo de extrema direita, que diz abertamente que entre seus objetivos está perseguir a esquerda, acabar com direitos sociais e democráticos. Neste quadro extremamente desfavorável para as forças progressistas, o isolamento no Congresso pode ser fatal até mesmo para o exercício pleno da oposição ao governo.
Guimarães Rosa já nos ensinou que “o sapo não pula por boniteza, mas por precisão”. É o caso. Rodrigo Maia, nas atuais condições políticas, é o nome que reúne melhores condições para presidir a Câmara dos Deputados e garantir o seu funcionamento democrático e autonomia diante dos outros poderes.
O PCdoB indicou sua posição. E busca construir com PSB e PDT um caminho comum.
* Orlando Silva é líder do PCdoB na Câmara dos Deputados.
Jandira Feghali dá a real sobre a disputa da Câmara
Justo pronunciamento da Deputada Federal Jandira Feghali (PCdoB). Em poucas palavras explícita as reais condições da disputa que envolve a escolha da mesa diretora da Câmara e explica a posição do PCdoB a respeito do tema.
Na democracia, o debate é salutar é bem vindo, mas é fundamental sempre considerar quem está do outro lado da polêmica. O PCdoB tem muita história de luta por direitos do povo e principalmente por democracia e liberdade. É neste cenário de crescimento da extrema direita, de risco a estes pilares da cidadania que se insere a discussão da presidência da Câmara. A esquerda não tem a menor chance de ganhar a eleição neste espaço institucional na atual correlação de forças. Sequer existe polarização entre uma candidatura de esquerda X outras. Respeitar a democracia interna, impedir a asfixia regimental e garantir instrumentos institucionais para fortalecer a resistência e a luta, é o que está em jogo nesta disputa. Olhando as alternativas postas e viáveis, O PCdoB, não aceitará fazer bloco parlamentar com o PSL, vai buscar juntar os partidos do nosso campo para atuação política e ocupação de espaços, entendeu que o atual presidente da Câmara, que hoje mantém bom diálogo com a esquerda, e forte candidato à reeleição, pode ser a opção para preservar a ação parlamentar ampla e plural. Isto nada tem a ver com as posições programáticas do partido que serão agudas e fortes na luta, no Congresso, nas redes e nas ruas.
Jandira Feghali - Deputada Federal PCdoB RJ
Na democracia, o debate é salutar é bem vindo, mas é fundamental sempre considerar quem está do outro lado da polêmica. O PCdoB tem muita história de luta por direitos do povo e principalmente por democracia e liberdade. É neste cenário de crescimento da extrema direita, de risco a estes pilares da cidadania que se insere a discussão da presidência da Câmara. A esquerda não tem a menor chance de ganhar a eleição neste espaço institucional na atual correlação de forças. Sequer existe polarização entre uma candidatura de esquerda X outras. Respeitar a democracia interna, impedir a asfixia regimental e garantir instrumentos institucionais para fortalecer a resistência e a luta, é o que está em jogo nesta disputa. Olhando as alternativas postas e viáveis, O PCdoB, não aceitará fazer bloco parlamentar com o PSL, vai buscar juntar os partidos do nosso campo para atuação política e ocupação de espaços, entendeu que o atual presidente da Câmara, que hoje mantém bom diálogo com a esquerda, e forte candidato à reeleição, pode ser a opção para preservar a ação parlamentar ampla e plural. Isto nada tem a ver com as posições programáticas do partido que serão agudas e fortes na luta, no Congresso, nas redes e nas ruas.
Jandira Feghali - Deputada Federal PCdoB RJ
Sobre a facilitação da posse de armas de fogo no Brasil: Íkaro Chávez, via facebook
Não é uma questão moral ou de princípios, é uma questão técnica mesmo.
O Brasil, mesmo com um controle relativamente rígido sobre a venda de armas, é o país onde mais há mortes por armas de fogo no mundo. Segundo o Global Mortality from firearms, 1990 - 2016) , do Instituto de métricas e avaliação em saúde (Institute for Health Metrics and Evaluation) o país somou 43.200 morte, à frente dos EUA, com 37.200.
Os EUA são um país nascido de uma guerra popular de libertação, onde o povo armado foi fundamental para a vitória. Por isso a constituição, que é a mesma desde os tempos da independência, no sec. XVIII, garante o direito das pessoas à posse de armas, para os EUA, naquela época, era uma questão de defesa nacional.
Obviamente hoje os EUA não necessitam de milícias populares para garantir a segurança da nação, mas o direito à posse de armamentos já está de tal forma entranhado na cultura daquele país, que é muito difícil restringi-lo.
Mas sobre o Brasil, o que faz alguém pensar que mais armas em circulação vão diminuir a tragédia das mortes por armas de fogo?
É obvio que não existe nenhuma sustentação teórica ou empírica para isso. Então a única coisa que pode justificar tal política é o desejo individual de se auto proteger, ou seja, já que há uma guerra, que pelo menos eu entre armado nela.
É um sentimento justificável. O cidadão pensa: Não me interessam as estatísticas, não me interessa que mais pessoas morram, eu poderei me defender.
Há obviamente um problema. Manter as coisas como estão não é uma solução e as pessoas querem uma solução. A solução de tomar para si o direito à auto defesa é sem dúvida a mais simples.
Mas e quanto à eficácia disso do ponto de vista individual?
Armas em casa: Ter uma arma em casa ou no local de trabalho tem sim efeito dissuasivo. O criminoso sempre escolhe a opção mais fácil. Entre uma casa com cacos de vidros no muro e outra sem, ele escolhe a sem, entre uma casa com cacos de vidro no muro e outra com cerca elétrica ele escolhe a com cacos de vidro, e assim por diante. Portanto, ao saber que na casa ou comércio pode haver alguém armado, é muito provável que os criminosos evitem entrar nesses estabelecimentos. Por isso acho que os maiores apoiadores do armamento da população sejam os pequenos empresários.
Há a possibilidade de assaltantes entrarem nos estabelecimentos justamente para roubar as armas? Sim, há, mas certamente as pessoas avaliam, creio que corretamente e principalmente no caso dos comerciantes, que entre o risco de ser assaltado para roubarem sua arma e a quase certeza de serem assaltados para roubarem seu patrimônio, é melhor ficar com o primeiro.
O risco de uma criança pegar a arma do adulto em casa existe, mas os pais certamente acham que isso não vai acontecer com eles.
Armas na rua: O decreto do rearmamento, que flexibiliza a posse, não flexibiliza o porte. Mas alguém acha mesmo que todas essas armas compradas por "cidadãos de bem" ficarão quietinhas, guardadinhas nas casas e nos estabelecimentos comerciais? Alguém acha que muitas das milhões de armas adquiridas não vão ficar circulando por aí nas cinturas e nos veículos de seus donos? Alguém acha mesmo que em cada um dos milhares de botecos do país não vai haver pelo menos um "cidadão de bem" com a cara cheia de cachaça com um ferro na cinta? Alguém acha mesmo que essas armas circulando por aí não vão acabar caindo aos milhares nas mãos de bandidos? Alguém acha mesmo que não haverá uma chance enorme de que crianças vitimas de bulling levem as armas de seus pais para a escola e eventualmente dispararem a esmo, como ocorre frequentemente nos EUA? Alguém acha que não haverá aumento significativo de mulheres mortas por seus companheiros agressores, que agora disporão de uma arma sempre à mão?
Ou seja, uma aparente solução individual vai, certamente, se transformar num grande problema coletivo. Se nos EUA, um país com muito menos problemas sociais que o Brasil e onde já existe uma cultura secular de convívio com armas de fogo, já há um grave problema, imagina milhões de brasileiros eufóricos com seus novos brinquedos de matar, doidos pra exibi-los por aí.
Durante a maior parte da história da raça humana os homens tiveram que se defender com as próprias mãos e usando as armas de que dispunha, até que as pessoas perceberam que dessa forma jamais poderiam viver em paz e criaram o estado, abrindo mão do direito à justiça privada e entregando o monopólio da justiça e da própria violência a esse mesmo estado. Ou seja, as pessoas abriam mão de parte de sua liberdade para poderem viver todas em um ambiente mais pacífico e previsível.
O fato de o Brasil estar sofrendo essa verdadeira regressão civilizacional é com certeza, motivo de tristeza e pelos motivos que coloquei acima, de grande preocupação.
ENTRETANTO NÃO BASTA DIZER: NÃO AO REARMAMENTO. Temos que reconhecer, com pesar, que essa lamentável medida não foi tomada sem que houvesse um verdadeiro clamor popular. O presidente da república foi eleito, aliás, tendo o rearmamento como uma das principais promessas de campanha, ou seja, o decreto do rearmamento possui inegável legitimidade popular.
Temos que admitir que o ESTADO BRASILEIRO FALHOU na sua missão mais básica, que é de mediador dos conflitos. As pessoas clamam pela PRIVATIZAÇÃO da sua própria segurança porque o estado se mostrou totalmente incompetente em fornecer esse serviço, que é, diga-se de passagem, o mais básico e primitivo serviço que um estado pode prestar.
O decreto do rearmamento, no caso do Brasil, é sintoma extremamente grave da falência do estado brasileiro.
Outros povos, em outras épocas já passaram por situações semelhantes, em que seus estados perderam a capacidade de mediar os conflitos da sociedades e por consequência a própria legitimidade. Quase sempre o resultado foi a revolução e a construção de um outro estado, mas não sem antes muito sofrimento, destruição e morte.
Antes de comemorar, os militares brasileiros deveriam refletir sobre isso. Como deter um povo em fúria e armado? Momentos de crise institucional já vivemos vários, mas desde a república nunca vivemos enfrentamentos armados em larga escala.
A mim parece um contra senso que militares, sejam das FFAA ou das forças auxiliares, comemorem o rearmamento. Além do aumento do risco pessoal deles, estão abrindo mão de um monopólio, que é o do uso da força e mais, estão colocando em risco a existência do próprio estado a que servem.
Sou um revolucionário, defendo a substituição deste estado burguês por outro, dirigido pelos trabalhadores, então deveria comemorar a medida, pois é obvio que um povo armado tem muito mais condições de tomar o poder. Mas, sinceramente, acho que a melhor maneira de disputar o poder é pela via democrática e institucional.
Tendo em vista a atual correlação de forças internacional temo mesmo que possamos estar entrando numa perigosa armadilha que coloca em risco a própria unidade nacional. Guerra civil na Ucrânia, no Iemên e a terrível guerra civil na Síria deveriam nos servir de advertência. O Brasil é um país grande demais, rico demais e a sua desintegração interessa a muitas potências.
Centrais sindicais organizam resistência contra Bolsonaro - Portal Vermelho
Dirigentes das centrais sindicais (CTB, CSB, CUT, Força Sindical, Nova Central, Intersindical, CSP-Conlutas, CGTB), federações e sindicatos, bem como do Dieese se reuniram na tarde desta terça-feira (15) e aprovaram a realização de uma plenária nacional em defesa da aposentadoria e da Previdência no dia 20 de fevereiro, quando será deliberado um plano de lutas unitário.
Até a realização da plenária, deverá ser cumpridda uma agenda de mobilização nas bases, com assembleias nas categorias e plenárias estaduais, para organizar a resistência da classe trabalhadora contra a proposta de reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL/RJ ).
“Até aqui, a soma da Greve Geral e do Ocupe Brasília, com a grande marcha das centrais, foi na positiva e galvanizou uma base. Por outro lado, a forte ofensiva ideológica, com um jogo estratégico de palavras e anseios, alcançou vitórias, como: Emenda Constitucional 95, Terceirização e Reforma Trabalhista”, externou Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, ao fazer análise da conjuntura e os retrocessos em 2018, sobretudo a resultante Jair Bolsonaro presidente.
Ele destacou que “na batalha da Reforma da Previdência precisamos analisar no detalhe para enfrentar a disputa de narrativa nas redes e nas ruas e revelar o brutal ataque que esconde essas propostas”, emendou.
Adilson também lembrou da “Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora” como veículo de conscientização do conjunto da classe trabalhadora. “Precisamos enfrentar o canto da sereia com debate político e muita mobilização e trabalho”.
“Repensar, hoje, significa dialogar, impulsionar o ânimo nas bases e mostrar qual o papel histórico do movimento sindical”, emendou ele.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, as propostas sinalizadas pela equipe econômica do governo, como o aumento da idade mínima e a capitalização da Previdência, praticamente acabam com o direito à aposentadoria de milhões de brasileiros e brasileiras. “E isso nós não podemos permitir. Vamos construir a resistência, organizar os trabalhadores e dialogar com a sociedade sobre os riscos das propostas sinalizadas pelo governo”, diz Vagner.
A resistência, segundo o presidente da CUT, deve ser construída a partir da base e os sindicatos têm o papel central na construção desse processo. Para ele, “os sindicatos devem construir essa resistência e foi isso que debatemos hoje. Agora, os sindicatos devem ir para as bases, marcar as assembleias, construir a organização da luta. E as demandas e as deliberações dos trabalhadores serão a base do que iremos definir no dia 20”.
A batalha contra a reforma da Previdência, na avaliação do presidente da CUT, é o que definirá como será a luta de resistência da classe trabalhadora no atual governo. “Por isso, é importante dialogar também com todos os setores da sociedade. E as mobilizações do dia 8 de março, Dia Internacional das Mulher, e do 1º de maio, Dia do Trabalhador, são fundamentais para estabelecer esse diálogo”, afirmou.
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, também enfatizou a mobilização dos trabalhadores. "Levaremos as discussões de hoje para os sindicatos e vamos debater formas de mobilização. Queremos estar preparados porque acreditamos que a reforma passará por um rito sumário no Congresso", afirmou.
Para a Força, o governo deveria esgotar outras possibilidades antes de entrar em uma reforma previdenciária, como taxar grandes fortunas para aumentar a arrecadação e cobrar grandes devedores. Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a ideia é começar uma mobilização com os trabalhadores para que seja possível articular uma grande paralisação, caso necessária. Para ele, as centrais devem esperar o presidente encaminhar a proposta de reforma para o Congresso Nacional e a partir disso começar o movimento de paralisações.
Capitalização é tragédia para os trabalhadores
Na reunião com as demais centrais, o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, rechaçou a proposta de regime de capitalização da Previdência, que Bolsonaro quer adotar no Brasil para, segundo ele, resolver o rombo nas contas públicas.
“O mesmo modelo foi adotado no Chile na década de 1980 e hoje, quase 40 depois, o resultado foi o empobrecimento e a miséria dos idosos chilenos”, diz Sérgio.
Aproximadamente 91% dos aposentados recebem benefícios de cerca de meio salário mínimo do país, o equivalente a, em média, R$ 694 – o piso nacional do Chile é de 288 pesos, ou R$ 1.575,66.
No modelo de capitalização, cada trabalhador ou trabalhadora faz a própria poupança, que é depositada em uma conta individual nas Administradoras de Fundos de Pensão (AFPs), que podem investir no mercado financeiro.
Na prática, avalia o secretário-geral da CUT, isso significa que o valor da aposentadoria de um trabalhador depende do rendimento que a conta individual dele tiver, sem contribuição dos empresários e do governo.
“No final, a experiência mostra que o valor dos benefícios é rebaixado. Essa proposta de capitalização é uma tragédia para a classe trabalhadora brasileira”, conclui Sérgio.
Confira a íntegra da nota das centrais sindicais
Centrais orientam luta em 2019
Reunidas nesta terça (15), as centrais sindicais (CSB, CTB.CUT, Força Sindical, Nova Central, CSP - Conlutas, Intersindical e CGTB) reafirmaram sua posição contrária a qualquer proposta de reforma que fragilize, desmonte ou reduza o papel da Previdência Social Pública.
Centrais Sindicais Brasileiras decidem:
- Realização de “Plenária Unitária das Centrais em defesa da Previdência e contra o fim da aposentadoria” no dia 20 fevereiro;
- Orientar a realização de plenárias estaduais e assembleias de trabalhadores para construir a mobilização, decidirem formas de luta, greves e paralisações, para enfrentar as propostas do governo e alertar os trabalhadores sobre a nefasta proposta de reforma da Previdência e ataques à aposentadoria;
São Paulo, 15 de janeiro de 2019
Vagner Freitas, Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical
Adilson Araújo, Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Antônio Neto, Presidente Interino da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
José Calixto Ramos, Presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
Edson Índio, Secretário Geral da Intersindical
Atnagoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS
Ubiraci Dantas, Presidente da CGTB
Do portal Vermelho, com niformações da CTB e da CUT
De Eduardo Cunha a Rodrigo Maia: a esquerda ainda não entendeu a disputa política na Câmara - Arthur Silva - Portal Disparada
Portal Disparada
É impressionante: todas as vezes que há eleições para a presidência da Câmara ou do Senado a esquerda volta para uma mesma discussão velha e desgastante. De um lado, há aqueles que defendem o pragmatismo e a adesão aos candidatos viáveis do Centrão (que na maioria das vezes são apenas membros da direita fisiológica) para garantir presidências e presença dos partidos nas Comissões relevantes do Parlamento. De outro, há os partidários da “política das ruas” que defendem o apoio a políticos claramente identificados com a esquerda e nenhuma chance de vitória para “marcar posição” e “deixar clara a coerência” para a sociedade.
É curioso que essas discussões nunca adquirem qualquer relevância ou penetração nas grandes massas de modo geral, mas elas sempre assumem uma relevância enorme no meio da militância de esquerda. Isso tem um motivo: o que importa nesses debates não é a discussão em si, mas a disputa da militância de esquerda e de seu mercado de votos.
Esse é um daqueles momentos em que um grupo de deputados fala pra uma parte da base (geralmente a mais pobre): “nós somos os pragmáticos, nós somos que tem o pé na realidade, nós somos os que efetivamente defendem a população no parlamento”. Enquanto isso, outro grupo de deputados fala para a outra parte da base (geralmente a mais rica): “nós somos os verdadeiros parlamentares ideológicos, nós somos os que mantém a coerência, nós somos os que fazem a oposição de verdade à direita”.
Deixando o circo de lado, vamos debater o que interessa: se um militante arroga para si a postura revolucionária, isto é, a postura de quem ambiciona de fato mudar a realidade política e social do seu país, qual lado ele deve “adotar”? É comum ver aqueles mais identificados com os ideais socialdemocratas defenderem a postura mais pragmática, pois é imprescindível se chegar a algum nível de acordo para obter ganhos, por menores que sejam, para as bases populares. É por isso que este grupo acaba conquistando as grandes massas, porque tem ganhos concretos para oferecer em troca para a população mais pobre.
Por outro lado, é comum ver aqueles mais identificados com os ideais socialistas, ou de transformação mais radical defenderem a postura mais idealista. Quem tem suas necessidades materiais mais atendidas pode se dar ao luxo de defender “marcar posições” ou realizar “atos simbólicos” de “coerência e resistência”. É por isso que esta posição mais “radical” acaba agradando mais aos setores das classes médias, urbanizadas, do Sudeste, que são os mesmos que tem acesso privilegiado às redes sociais, e que acabam impondo sua visão no debate público, mesmo que socialmente estas questões não sejam tão relevantes.
Qual dos dois tem razão? Pra responder essa pergunta, sugiro que observemos o caso de um país onde uma mudança radical ocorreu: o Brasil. Aqui houve uma transição radical e estrutural da política em direção à direita. E sugiro também um ano de análise: o ano de 2015. Neste ano, Eduardo Cunha foi eleito presidente da Câmara dos Deputados ao mesmo tempo em que mega-protestos contra a presidente Dilma Rousseff foram organizados a partir da internet.
É preciso ter claro: a eleição de Eduardo Cunha foi extremamente importante para o impeachment de Dilma. Vamos lembrar que na época o governo federal, que tinha como Aloizio Mercadante seu principal articulador político, comprou a briga contra Cunha e o Centrão e apoiou um candidato “da esquerda”: o deputado Arlindo Chinaglia, do próprio PT. O resultado desta decisão foi um desastre político. Cunha se tornou presidente da Câmara no 1º turno, com 267 votos contra 136 votos de Chinaglia, o que já no resultado trouxe uma mensagem de humilhação para o governo federal, mostrando a debilidade de sua articulação política. Mas não foi só isso.
A vitória de Cunha contra o governo deixou nas mãos de Cunha o poder para abrir ou engavetar um processo de impeachment contra a presidenta, e fez com que o PT perdesse todas as posições nas Comissões da Câmara às quais teria direito, como maior partido da Casa. Na prática, isto significou o seguinte: sem presença relevante nas Comissões, o PT perdeu qualquer capacidade de determinar agendas de votação ou de realizar manobras regimentais para atuar em matérias do seu interesse.
Isto não significa apenas a perda de poder atuar em questões ideológicas, isto significa, por exemplo, a perda de capacidade de negociar com deputados de fora da esquerda a tramitação de matérias de seu interesse em troca de votos em uma outra votação estratégica, como digamos, uma votação de abertura impeachment. Ou seja, na derrota contra Cunha o PT “marcou posição” e em troca perdeu, de forma muito prática, instrumentos de poder para conseguir negociar com os parlamentares em votações importantes, como foi a do impeachment. Não se trata de discussão ideológica: o partido perdeu poder, concretamente.
Em outra esfera de atuação, a construção do Vem Pra Rua, MBL, Revoltados ON LINE, e dos influenciadores digitais da direita como Joice Hasselmann, Olavo de Carvalho e até de políticos como Álvaro Dias e Jair Bolsonaro, foi determinante para o domínio que ela construiu nas mobilizações populares contra o governo. Estas mobilizações também foram extremamente importantes para o impeachment de Dilma. Os protestos maciços com centenas de milhares e até milhões de pessoas eram a face pública da grave crise que o governo atravessava.
A cada mega-manifestação lotando a Avenida Paulista os custos da negociação política do governo no Parlamento ficavam mais altos. A cada protesto televisionado, a direita política mobilizava suas bases, e dava a esperança concreta aos seus partidários de que o Brasil viveria uma mudança política radical. De que o governo Dilma cairia. De que Lula iria para a cadeia. De que o Judiciário “caçaria” os “políticos corruptos”, a despeito da lei “engessada demais”. De que o STF seria intimidado, e não aplicaria a lei na mesma interpretação que tinha até então. Tudo isso se confirmou.
E aqui vem o ponto central. A direita não privilegiou ou a atuação parlamentar, ou a mobilização de ruas. A direita, que teve uma visão total da realidade, fez os dois ao mesmo tempo. A cada derrota política do governo federal no parlamento, a mobilização da direita ganhou mais força. E a cada protesto com milhares de presentes, a direita parlamentar se fortalecia para derrubar o governo legitimamente eleito.
É por isso que ao mesmo tempo em que levantava multidões contra a “velha política” na Avenida Paulista, Kim Kataguiri se sentava com Eduardo Cunha, um dos políticos mais corruptos e nefastos da Câmara, para influenciar a agenda de votações da Casa e planejar a próxima rodada de manifestações. A esquerda simplesmente apontou com todo sarcasmo e ironia a “falta de coerência” de Kim Kataguiri, achando de alguma forma isso o prejudicaria politicamente.
Obviamente isso não ocorreu, porque a população de verdade, e não os militantes de internet, não mede os políticos por suas articulações, mas sim pelo impacto real que produzem na sociedade. E Kim Kataguiri, por ajudar a derrubar uma presidente, a prender a maior liderança popular do Brasil, e dar sequência ao macartismo da Lava Jato, foi recompensado com 465 mil votos. Assim como Alexandre Frota, Joice Hasselmann, e várias das lideranças da direita do ano de 2015, que foram eleitos com grande votação em 2018.
Pra quem é de esquerda e conhece um pouco de sua literatura, esta conversa pode lembrar um pensador famoso e revolucionário de ofício, Vladimir Lênin. Na obra O Estado e a Revolução, Lênin debate com os sociais-democratas russos apontando seu viés pelo “cretinismo parlamentar”, ou seja, sua crença de que o jogo do Parlamento seria o centro único e exclusivo da disputa política. Essa obra acaba sendo a principal justificativa teórica que a “esquerda radical” usa para atacar os defensores do pragmatismo parlamentar.
Eles só esquecem que Lênin nunca descartou ou minimizou a importância do alcance e dos mecanismos de poder que a atividade parlamentar dá. A crítica de Lênin ao cretinismo parlamentar não era contra o pragmatismo, que é inerente da atividade política. Era sim à falta de visão de totalidade que a esquerda social-democrata tinha, ao negligenciar ou esquecer as expressões da luta social fora do Parlamento, e achar que “aumentar a bancada” é o objetivo último da atividade política. O contexto era um cenário de altíssima mobilização popular na Rússia, e uma defesa dos mencheviques pela domesticação da base militante.
É óbvio que ao parar de formar bases, ao não politizar a população, ao não conclamar o povo às ruas em momentos decisivos da história do país, ao tratar indicações para o Judiciário e Forças Armadas de forma “técnica”, o PT demonstrou sofrer da mesma aposta na institucionalidade e do mesmo cretinismo parlamentar que já destruiu todos os partidos sociais-democratas europeus. A base de todos os regimes sociais-democratas do mundo sempre foi uma atuação forte e vigorosa de sindicatos e movimentos populares, e tão logo esses movimentos se enfraqueceram, este modelo político-econômico se esfacelou.
Mas Lênin não era estúpido nem mais um dos sonhadores utópicos que o antecederam: ele era um realista político. Ele sabia que o Parlamento é um importante espaço de poder nas democracias burguesas, e que é importante disputa-lo e gerar ganhos para a classe trabalhadora ou constrangimentos para o poder estabelecido. Não se trata de debate ideológico, trata-se do reconhecimento factual do poder concreto que o Congresso tem. Foi com esse poder concreto do voto de cada congressista que Dilma foi derrubada da presidência e que teve sequência mais uma grande derrocada da esquerda brasileira. Hoje ninguém nem do povão nem da “militância esclarecida” se lembra de votação pra presidência da Câmara em 2015, as pessoas só se lembram que a presidente caiu.
Quando a esquerda defende um pragmatismo parlamentar, defendendo a candidatura de Rodrigo Maia por exemplo, sem atuar na formação de bases e sem construir uma visão estratégica de transformação da sociedade, ela salva o seu presente, mas sacrifica o seu futuro. Por outro lado, quando a esquerda defende coisas como “marcar posição” ou “manter coerência” em candidaturas isoladas e utópicas, como é a de Marcelo Freixo ou de qualquer petista hoje em dia, ela sacrifica seu poder de forma concreta no presente, esperando algo no futuro. É claro que entre ter ganhos num futuro hipotético ou no presente, a população mais pobre vai sempre preferir salvar o presente. Ou seja, no limite, os pragmáticos tem razão. Mas a visão do político e do militante revolucionário certamente tem de ir muito além disso.
Todas as vezes que vejo essas discussões de presidência da Câmara, e especialmente falas que colocam a atuação parlamentar em detrimento da mobilização social, vejo um sargento perguntando a um recruta na beira do campo de batalha se ele prefere ir pra guerra “usando fuzil ou munição”. Se a base atual de esquerda acredita que fazer política é privilegiar uma coisa ou outra, ela está mal formada. Se os parlamentares de esquerda seguirem a vontade dessa militância com medo de perder seus votos, estão errados. De 2019 em diante, vamos refletir um pouco com a derrota acachapante que sofremos nos últimos anos, e aprender com nossos adversários um pouco de leninismo: como disputar a política pra valer.
É impressionante: todas as vezes que há eleições para a presidência da Câmara ou do Senado a esquerda volta para uma mesma discussão velha e desgastante. De um lado, há aqueles que defendem o pragmatismo e a adesão aos candidatos viáveis do Centrão (que na maioria das vezes são apenas membros da direita fisiológica) para garantir presidências e presença dos partidos nas Comissões relevantes do Parlamento. De outro, há os partidários da “política das ruas” que defendem o apoio a políticos claramente identificados com a esquerda e nenhuma chance de vitória para “marcar posição” e “deixar clara a coerência” para a sociedade.
É curioso que essas discussões nunca adquirem qualquer relevância ou penetração nas grandes massas de modo geral, mas elas sempre assumem uma relevância enorme no meio da militância de esquerda. Isso tem um motivo: o que importa nesses debates não é a discussão em si, mas a disputa da militância de esquerda e de seu mercado de votos.
Esse é um daqueles momentos em que um grupo de deputados fala pra uma parte da base (geralmente a mais pobre): “nós somos os pragmáticos, nós somos que tem o pé na realidade, nós somos os que efetivamente defendem a população no parlamento”. Enquanto isso, outro grupo de deputados fala para a outra parte da base (geralmente a mais rica): “nós somos os verdadeiros parlamentares ideológicos, nós somos os que mantém a coerência, nós somos os que fazem a oposição de verdade à direita”.
Deixando o circo de lado, vamos debater o que interessa: se um militante arroga para si a postura revolucionária, isto é, a postura de quem ambiciona de fato mudar a realidade política e social do seu país, qual lado ele deve “adotar”? É comum ver aqueles mais identificados com os ideais socialdemocratas defenderem a postura mais pragmática, pois é imprescindível se chegar a algum nível de acordo para obter ganhos, por menores que sejam, para as bases populares. É por isso que este grupo acaba conquistando as grandes massas, porque tem ganhos concretos para oferecer em troca para a população mais pobre.
Por outro lado, é comum ver aqueles mais identificados com os ideais socialistas, ou de transformação mais radical defenderem a postura mais idealista. Quem tem suas necessidades materiais mais atendidas pode se dar ao luxo de defender “marcar posições” ou realizar “atos simbólicos” de “coerência e resistência”. É por isso que esta posição mais “radical” acaba agradando mais aos setores das classes médias, urbanizadas, do Sudeste, que são os mesmos que tem acesso privilegiado às redes sociais, e que acabam impondo sua visão no debate público, mesmo que socialmente estas questões não sejam tão relevantes.
Qual dos dois tem razão? Pra responder essa pergunta, sugiro que observemos o caso de um país onde uma mudança radical ocorreu: o Brasil. Aqui houve uma transição radical e estrutural da política em direção à direita. E sugiro também um ano de análise: o ano de 2015. Neste ano, Eduardo Cunha foi eleito presidente da Câmara dos Deputados ao mesmo tempo em que mega-protestos contra a presidente Dilma Rousseff foram organizados a partir da internet.
É preciso ter claro: a eleição de Eduardo Cunha foi extremamente importante para o impeachment de Dilma. Vamos lembrar que na época o governo federal, que tinha como Aloizio Mercadante seu principal articulador político, comprou a briga contra Cunha e o Centrão e apoiou um candidato “da esquerda”: o deputado Arlindo Chinaglia, do próprio PT. O resultado desta decisão foi um desastre político. Cunha se tornou presidente da Câmara no 1º turno, com 267 votos contra 136 votos de Chinaglia, o que já no resultado trouxe uma mensagem de humilhação para o governo federal, mostrando a debilidade de sua articulação política. Mas não foi só isso.
A vitória de Cunha contra o governo deixou nas mãos de Cunha o poder para abrir ou engavetar um processo de impeachment contra a presidenta, e fez com que o PT perdesse todas as posições nas Comissões da Câmara às quais teria direito, como maior partido da Casa. Na prática, isto significou o seguinte: sem presença relevante nas Comissões, o PT perdeu qualquer capacidade de determinar agendas de votação ou de realizar manobras regimentais para atuar em matérias do seu interesse.
Isto não significa apenas a perda de poder atuar em questões ideológicas, isto significa, por exemplo, a perda de capacidade de negociar com deputados de fora da esquerda a tramitação de matérias de seu interesse em troca de votos em uma outra votação estratégica, como digamos, uma votação de abertura impeachment. Ou seja, na derrota contra Cunha o PT “marcou posição” e em troca perdeu, de forma muito prática, instrumentos de poder para conseguir negociar com os parlamentares em votações importantes, como foi a do impeachment. Não se trata de discussão ideológica: o partido perdeu poder, concretamente.
Em outra esfera de atuação, a construção do Vem Pra Rua, MBL, Revoltados ON LINE, e dos influenciadores digitais da direita como Joice Hasselmann, Olavo de Carvalho e até de políticos como Álvaro Dias e Jair Bolsonaro, foi determinante para o domínio que ela construiu nas mobilizações populares contra o governo. Estas mobilizações também foram extremamente importantes para o impeachment de Dilma. Os protestos maciços com centenas de milhares e até milhões de pessoas eram a face pública da grave crise que o governo atravessava.
A cada mega-manifestação lotando a Avenida Paulista os custos da negociação política do governo no Parlamento ficavam mais altos. A cada protesto televisionado, a direita política mobilizava suas bases, e dava a esperança concreta aos seus partidários de que o Brasil viveria uma mudança política radical. De que o governo Dilma cairia. De que Lula iria para a cadeia. De que o Judiciário “caçaria” os “políticos corruptos”, a despeito da lei “engessada demais”. De que o STF seria intimidado, e não aplicaria a lei na mesma interpretação que tinha até então. Tudo isso se confirmou.
E aqui vem o ponto central. A direita não privilegiou ou a atuação parlamentar, ou a mobilização de ruas. A direita, que teve uma visão total da realidade, fez os dois ao mesmo tempo. A cada derrota política do governo federal no parlamento, a mobilização da direita ganhou mais força. E a cada protesto com milhares de presentes, a direita parlamentar se fortalecia para derrubar o governo legitimamente eleito.
É por isso que ao mesmo tempo em que levantava multidões contra a “velha política” na Avenida Paulista, Kim Kataguiri se sentava com Eduardo Cunha, um dos políticos mais corruptos e nefastos da Câmara, para influenciar a agenda de votações da Casa e planejar a próxima rodada de manifestações. A esquerda simplesmente apontou com todo sarcasmo e ironia a “falta de coerência” de Kim Kataguiri, achando de alguma forma isso o prejudicaria politicamente.
Obviamente isso não ocorreu, porque a população de verdade, e não os militantes de internet, não mede os políticos por suas articulações, mas sim pelo impacto real que produzem na sociedade. E Kim Kataguiri, por ajudar a derrubar uma presidente, a prender a maior liderança popular do Brasil, e dar sequência ao macartismo da Lava Jato, foi recompensado com 465 mil votos. Assim como Alexandre Frota, Joice Hasselmann, e várias das lideranças da direita do ano de 2015, que foram eleitos com grande votação em 2018.
Pra quem é de esquerda e conhece um pouco de sua literatura, esta conversa pode lembrar um pensador famoso e revolucionário de ofício, Vladimir Lênin. Na obra O Estado e a Revolução, Lênin debate com os sociais-democratas russos apontando seu viés pelo “cretinismo parlamentar”, ou seja, sua crença de que o jogo do Parlamento seria o centro único e exclusivo da disputa política. Essa obra acaba sendo a principal justificativa teórica que a “esquerda radical” usa para atacar os defensores do pragmatismo parlamentar.
Eles só esquecem que Lênin nunca descartou ou minimizou a importância do alcance e dos mecanismos de poder que a atividade parlamentar dá. A crítica de Lênin ao cretinismo parlamentar não era contra o pragmatismo, que é inerente da atividade política. Era sim à falta de visão de totalidade que a esquerda social-democrata tinha, ao negligenciar ou esquecer as expressões da luta social fora do Parlamento, e achar que “aumentar a bancada” é o objetivo último da atividade política. O contexto era um cenário de altíssima mobilização popular na Rússia, e uma defesa dos mencheviques pela domesticação da base militante.
É óbvio que ao parar de formar bases, ao não politizar a população, ao não conclamar o povo às ruas em momentos decisivos da história do país, ao tratar indicações para o Judiciário e Forças Armadas de forma “técnica”, o PT demonstrou sofrer da mesma aposta na institucionalidade e do mesmo cretinismo parlamentar que já destruiu todos os partidos sociais-democratas europeus. A base de todos os regimes sociais-democratas do mundo sempre foi uma atuação forte e vigorosa de sindicatos e movimentos populares, e tão logo esses movimentos se enfraqueceram, este modelo político-econômico se esfacelou.
Mas Lênin não era estúpido nem mais um dos sonhadores utópicos que o antecederam: ele era um realista político. Ele sabia que o Parlamento é um importante espaço de poder nas democracias burguesas, e que é importante disputa-lo e gerar ganhos para a classe trabalhadora ou constrangimentos para o poder estabelecido. Não se trata de debate ideológico, trata-se do reconhecimento factual do poder concreto que o Congresso tem. Foi com esse poder concreto do voto de cada congressista que Dilma foi derrubada da presidência e que teve sequência mais uma grande derrocada da esquerda brasileira. Hoje ninguém nem do povão nem da “militância esclarecida” se lembra de votação pra presidência da Câmara em 2015, as pessoas só se lembram que a presidente caiu.
Quando a esquerda defende um pragmatismo parlamentar, defendendo a candidatura de Rodrigo Maia por exemplo, sem atuar na formação de bases e sem construir uma visão estratégica de transformação da sociedade, ela salva o seu presente, mas sacrifica o seu futuro. Por outro lado, quando a esquerda defende coisas como “marcar posição” ou “manter coerência” em candidaturas isoladas e utópicas, como é a de Marcelo Freixo ou de qualquer petista hoje em dia, ela sacrifica seu poder de forma concreta no presente, esperando algo no futuro. É claro que entre ter ganhos num futuro hipotético ou no presente, a população mais pobre vai sempre preferir salvar o presente. Ou seja, no limite, os pragmáticos tem razão. Mas a visão do político e do militante revolucionário certamente tem de ir muito além disso.
Todas as vezes que vejo essas discussões de presidência da Câmara, e especialmente falas que colocam a atuação parlamentar em detrimento da mobilização social, vejo um sargento perguntando a um recruta na beira do campo de batalha se ele prefere ir pra guerra “usando fuzil ou munição”. Se a base atual de esquerda acredita que fazer política é privilegiar uma coisa ou outra, ela está mal formada. Se os parlamentares de esquerda seguirem a vontade dessa militância com medo de perder seus votos, estão errados. De 2019 em diante, vamos refletir um pouco com a derrota acachapante que sofremos nos últimos anos, e aprender com nossos adversários um pouco de leninismo: como disputar a política pra valer.
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